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Capítulo 8

📚 Milena Louise 📚

Reconheceria aquele cheiro de longe.

Pode se passar anos, várias pessoas na minha vida, novos momentos e nunca esquecerei a memória que eu guardo com carinho. A menina do 4° ano.

O seu cheiro de frutas e flores era o que mais me chamava atenção na infância. As vezes estava em casa então do nada sentia esse cheiro doce. Me incomodava lembrar dela o tempo todo.

Agora estou correndo atrás da garota de cabelo rosa. Raíssa corre tanto que seus pés mal tocam o chão. Enquanto corro lembro do motivo de eu estar sentindo dor nas costas.

Por ela ter caído em cima de mim

Minha farda está suja de folhas e nem me importo

Quando vi a sombra de uma pessoa em cima do muro me assustei. Usava peruca preto com branco, gargantilha no pescoço, maquiagem meio pesada e a farda.

Meu pensamento no início foi de ser um assaltante disfarçado ou algo do tipo. Eu resolvi falar com a pessoa e acabei no chão me sujando toda. Em compensação ainda ganhei uma bela dor nas costas.

E como se não bastasse ter caído em cima de mim... Ainda tampou a minha boca me impedindo de gritar. A atitude parecia suspeita.

— Ouvi passos. Era algum professor ou só você? — sussurrou próximo ao meu ouvido. Fala sério. Chegar sussurrando é golpe baixo.

Senti um arrepio ao ouvir seu susurro. Não entendi o motivo do meu corpo ter reagido desse jeito. Aquele cheiro doce de frutas e flores preencheu o ambiente e me senti nostálgica de estar sentindo de novo o cheiro desse perfume.

Por impulso mordi a mão dela e assim consegui me livrar um pouco do arrepio. Que sensação estranha.

A peruca dela estava um horror. Torta e amassada.Tinha até folha apregada na peruca.

Quando enfim revelou seu nome veio outra surpresa. A garota disfarçada era Raíssa. Tirou a peruca revelando o seu cabelo rosa.

Porém, o momento onde senti algo meio estranho diferente do arrepio causado pelo sussurro. Ela elogiou o delineador e se aproximou de mim quebrando toda a distância que nos separava.

Não temos intimidade

Seu toque na minha bochecha foi algo bom até certo ponto. Encarei ela e acho que meus olhos mostraram algo ruim, pois se afastou rapidamente

O rosto dela ficou vermelho na hora e eu não comentei nada. Será que tem alergia a algo? Por que o rosto dela tava assim? Outro ponto importante: ela é bonita e sabe disso.

Percebi também que ela gosta de contar histórias mirabolantes.

Acreditei muito que ela entrou aqui de noite e passou a madrugada nos fundos da escola. Fica ligada, Milena.

A conversa com ela se desenvolve de um jeito intrigante. É como se nunca nem tivéssemos nos visto e de repente vem o começo de uma conversa. Uma conversa leve, divertida, com um toque de humor.

Sinto as vezes como se fôssemos velhas amigas

Ela é chata quando quer e irritante. Até poderia tentar defendê-la.As coisas que fala, suas atitudes, seu humor acabam atrapalhando. É meio difícil de defender ela

Faz brincadeira nas horas erradas

Se não fosse isso eu até poderia ficar do seu lado

E no fim da conversa lembrou de novo da peruca. Ela cismou com isso e agora quer que eu compre uma nova. Ah fala sério, garota.

— Raíssa, a sala de vídeo é para lá —grito apontando para sala informática e do lado fica a sala de vídeo — Você vai para onde?

— Te encontro lá. Vou guardar um livro — grita e entra na sala de aula.

Eu paro de correr pegando nos joelhos. Essa menina podia ser atleta. Parece ter jeito para isso.

Sorrio com a ideia e reviro os olhos. Pego o papel azul bebê que guardei no bolso da calça. A carta está comigo. Estou pensando como responder a carta, porque a pessoa que escreveu colocou muitos conselhos para mim.

Não se achou no direito de receber algo tão pessoal

Será que eu fiz certo em escrever essa carta?

Entro na sala de vídeo e um clarão como se fosse várias luzes viram em minha direção. Luzes fortes. Pisco os olhos umas quatro vezes para me acostumar com a claridade.

A sala de vídeo está escura e depois de me acostumar com a claridade eu enfim vejo que são lanternas. Vários jovens do 2° A e 3° B estão aqui.

O restante tá assistindo a palestra.

Suspiro, fecho a porta, vou até onde está o grupo e me sento do lado de Liana e Isabelle.

As meninas comemoram que cheguei.

No canto direito encostada na parede da sala de vídeo vejo Livian. Ela está linda. Com seus fones grandes,cabelo molhado novamente, batom rosa. Parece até que se arrumou para ficar aqui.

Observo ela trocar olhares com Isabelle. Isso sempre acontece. Isa fica olhando para Livian. Nunca se deram bem e acho que é alguma rivalidade antiga. Não sei como perguntar isso para Isa.

Todo mundo está com lanternas. Eu fui a única que não trouxe. Suspiro entediada vendo todos conversando e a porta range. Olho para trás.

Raíssa entra na sala segurando lanterna. Ela sorri tímida e me surpreendo. Difícil ver ela tímida. Sempre tão esperta e com as respostas na ponta da língua.

— Chegou quem não devia — Cabeção diz e todos olham para ela — O que foi? Esqueceu o caminho de volta para terra dos sem noção?

— Cala a boca, idiota — ela diz rápido e coloca as mãos na cintura — Eu ia sim para terra dos sem noção, mas a bonitinha ali me chamou para terra dos perfeitinhos.

Raíssa aponta para mim. No meio de um lugar escuro cheio de lanternas só vejo todos olhando em minha direção. Uns riem e outros ficam calados.

— Milena nunca falaria com esquisitos — Isa interfere e olho de cara feia para ela — Vamos jogar e eu chamei minha amiga. Então saia por favor.

— Lila implorou para mim ficar — sorri e eu mordo o lábio sem saber como agir — E eu vou ficar com todo o prazer — ela vem com a lanterna e senta perto de mim.

Isabelle a encara de braços cruzados.

— Como assim Lila? — Liana sussurra para mim devido ao apelido. Levanto pegando a lanterna das mãos dela.

— É verdade, gente. Chamei ela — digo e solto um suspiro — Nós somos ou não pessoas civilizadas? Então nós podemos aceitar a presença dela. Eu não convidei o Formiga ou alguma menina do grupo 2. Convidei só uma integrante.

Todos ficam quietos. Quase sempre eles concordam comigo, ficam do meu lado, me apoiam. Agora não sei se estão a meu favor ou contra minha ideia.

— Quando cheguei nessa escola eu tive oportunidade de conhecer Liana — pego no ombro da minha amiga — Graças a ela eu conheci vocês. As vezes o que nós precisamos é da ajuda de alguém para a gente conseguir amigos. Uma pessoa que se importe de verdade. Amo vocês. Obrigada por acreditarem em mim. Por me fazerem bem todos os dias. Está mais que na hora de fazermos o mesmo com ela não acham?

— Sabe que a gente te adora — Liana se levanta e me abraça de lado — Já Raíssa conhecemos muito pouco. Talvez possamos dar oportunidade para ela.

— Precisa me defender não, Milena — pega na minha mão e faz com que eu me sente — Você me convidou e aqui estou. Azar o deles se gostam ou não. E aí bora jogar?

— Escutaram a madame — Livian sorri e meu coração acelera vendo seu sorriso — Temos as bebidas. Sabem como funciona, né? Cada um diz algo que fez ou não e as pessoas bebem se já fizeram isso. Começando pelo Eu Nunca.

— Nossa. Você é péssima para explicar — Isabelle diz fazendo o sorriso sumir dos lábios de Livian — Ignorem ela. E aí vamos?

— Para de falar assim — minha voz sai irritada e engulo em seco quando ela me encara — O que deu em você hoje? Tá falando mal de todo mundo.

— Deve ser tpm amiga — Liana sorri e empurra Isa — Tenha de piedade dela, Senhor. Tá muito estressada hoje.

Nós rimos. O ombro de Raíssa esbarra no meu me despertando.

Me lembrando o quanto estamos perto. Pego uma almofada e aperto contra o peito.

Os alunos trouxeram almofadas, panos para se enrolarem, ligaram o ar. A sala tá ficando fria

A primeira rodada começa. Eu levanto cinco dedos e os outros fazem o mesmo. Cada um vai entrando na brincadeira e por enquanto as coisas estão boas.

Ainda penso que é um perigo deixar os jovens juntos sem supervisão nenhuma. Não se pode confiar no 2° B junto com o 2° A. É mais fácil nossa sala brigar com eles e se acontecer estamos muito encrencados

Tento focar no jogo

Chega a minha vez. Não é como se eles nem me conhecessem. Todo mundo aqui sabe algo sobre mim. Menos os meus medos que nunca contei para ninguém.

O que eu poderia dizer?

— Eu nunca... Passei trote — falo rindo e ninguém abaixa o dedo. Ponto para mim então.

— Eu nunca flertei com o namorado da minha irmã — Livian dispara. Alguns abaixam o dedo inclusive Isabelle que toma um gole do copo. Ela parece tensa.

Permaneço com os meus cinco dedos levantados. Novidade nenhuma.

— Eu nunca fui obrigada a terminar um relacionamento — Raíssa fala com a voz fria.

Alguns se entreolham. Outros abaixam o dedo. Eu nunca namorei e meus amigos sabem. Pelo visto vou ganhar esse jogo. Ganhar nesse jogo significa perder.

Meus cinco dedos esticados começam a doer um pouco. Sinto uma câimbra no polegar e indicador

O comentário dela me intriga. Parece ter sido sério. Estava falando de si mesma. Fico imaginando a cena.
Um namorado no qual tanto gostou, o relacionamento bonito, perfeito, uma relação saudável.

Até que alguém os separou. Pode ter sido um emprego ou mudança de estado. Raíssa permanece com o copo na boca fingindo tomar a bebida.

O seu olhar se perde em algum ponto invisível no chão. Penso em perguntar se está bem quando de repente sinto gotas de bebida tocar o meu braço.

Olho bem a tempo de ver Isabelle jogar bebida em Livian. Cabeção abre a boca surpreso e bate palmas.

Ele deve ter visto o que aconteceu. Por isso tá comemorando.

Comemorando uma possível briga? Fala sério.

— Você é uma mentirosa. Nunca flertei com teu ex namorado — Isa grita e logo se levanta. Livian passa a mão no rosto e fecha a cara.

O que tá acontecendo?

— Precisava desse show, óculos fundo de garrafa? — pergunta se levantando — Não esperava isso de você.

— Para de ser cínica. Nunca gostou de mim — Isa a empurra e sinto vontade de defender a garota dos patins — Quer saber? Nunca flertei com seu ex namorado. Ruan gosta de mim e ele que soltou as indiretas. Para de criar cena.

— Criar cena? Acorda. Quem tá criando cena é você — dispara e fico em pé, mas Liana me segura — Acabou de deixar claro para todo mundo a nossa história.

Olhares de espanto ficam mais nítidos devido a luz das lanternas. Sem querer minha lanterna cai no chão.

— Eu estava cansada dessa mentira. Por isso mandei essa indireta no jogo — ela continua e sua voz falha — Para ver se você se acordava. Saiba de uma coisa, Isabelle. Eu nunca vou esquecer a sua traição e não tô nem aí para vocês. Ele é seu namorado. Não tenho mais nada a ver com essa história.

Livian sai correndo deixando um clima pesado. Não é o mesmo clima do ônibus de quando foi se inscrever no concurso de ukelele. O clima está tenso.

Como se as minhas expectativas tivessem indo embora, minha admiração, o jeito que a via como se ela fosse solitária ou livre, seu chame, o mistério.

Tudo se vai

Tipo cenas repetidas na minha mente

A garota do patins, a gente no ônibus, a minha alegria ao vê-la, nervosismo, o frio na barriga, o momento que piscou o olho deixando meu coração acelerado.

O fato dela me deixar hipnotizada

O fato de eu querer descobrir quem é a verdadeira Livian Alves

Cada cena se repete me deixando tonta. Não queria saber personalidade da garota dos patins. Eu queria saber muito mais que isso.

Minha curiosidade não era sobre seus gostos e só. Eu queria a confirmação do Universo para poder confirmar que ela era tudo que eu imaginava.

Precisava alimentar as expectativas. Eu tinha minha admiração. Não queria ser obrigada a parar de vê-la assim. Porque coloquei essa garota num pedestal.

Porque eu gostava dela

Ainda gosto. Muito.

Ficava intrigada pela fantasia que criei na minha cabeça de quem ela era

E essa confusão cheia de revelação me mostrou o contrário. Ela não é a garota misteriosa. É só uma jovem comum que tem uma vida comum. Toca ukelele.

No fundo eu queria acreditar que ela pudesse olhar para mim com o mesmo sorriso e sentir as malditas borboletas no estômago.

Eu só queria ser correspondida

Como não percebi antes?

Por isso tive ciúmes

Ciúmes. Isso. A palavra proibida

Ela está envolvida em uma história que não me diz respeito. Se entendi bem... Então Isabelle é irmã de Livian. Ela e o Ruan namoravam.

O atual da minha amiga e ex de Livian

Eu sinto os meus olhos se encherem de lágrimas. Estão ardendo. Pisco os olhos repetidas vezes para espantar o choro. Esse choro vem por eu estar sentindo o peso do que descobri.

O choro vem por ter a impressão de ter caído. Cai nas minhas mentiras. Todas as expectativas sumiram. Estou sozinha. Minha mente não pode mais alimentar mentiras.

Obrigo meus pés a andarem e não fico lá por mais nem um segundo.Antes de sair escuto o som de algo quebrando e não quero nem saber o que foi.

Corro totalmente sem rumo. Para longe da confusão e das revelações. Arrependida de ter me deixado enganar por tanto tempo.

Oi gente. Estão bem?

O que acharam desse capítulo?

Esperavam essa revelação?

O que acharam de Milena ter ficado do lado de Raíssa e ter defendido ela?

Estão gostando de Livian?

E de Isabelle?

Liana?

Espero que estejam gostando. Até a próxima

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