Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 14

🛸 Raíssa Valentina 🛸

Se pudesse agora iria sair correndo. Mandaria mensagem para Karen, sairia feliz com o sorriso de orelha a orelha, ia me encontrar com a garota que eu amo.

Quando visse Karen sorriria mais ainda, iríamos nos abraçar e diríamos as três palavras mágicas.

Eu te amo.

Eu te amo.

Eu te amo.

Se eu pudesse iria me encontrar com ela no mesmo lugar de sempre, debaixo da mangueira, iríamos nos esconder e ficar compartilhando segredos. Com ela seria fácil. Poderia beijar Karen.

Não estaria a quilômetros de distância da minha... Da garota que costumava chamar de minha namorada.

Sabia que cedo ou tarde me lembraria de Karen. Nas últimas semanas ignorei o nome dela no meu celular, não li nada da nossa última conversa, não escutei as músicas que nós costumávamos escutar e ignorei todas as borboletas que apareciam na minha frente.

Esses bichinhos fofos como borboletas e joaninhas. Doía olhar para eles e pensar nela, porque era como um fantasma.
Não tinha mais sua presença, mas tinha as lembranças.

Não escutava sua voz, mas ainda podia lembrar da sua risada.

O meu plano inicial era viver sem ela.

Eu tentei esquecer Karen. Não queria conhecer uma garota nova e começar a gostar dela. A ideia de namorar alguém novo me parecia ruim. Estava disposta a substituir minha primeira namorada?

Não voltei para escola depois de dias em casa pensando em encontrar garotas. Eu só pensei em estudar para esquecer esse pesadelo. E nunca mais ver ela era algo que me assustava no início.

Quando conheci Milena tinha primeiras impressões e fui mudando a forma como a via. Ela não é nada como imaginava. É gentil.

O fato é que sempre tive admiração por ela, a admirava de longe, nos jogos, com seus amigos, nas provas que sempre é a primeira a terminar.
E agora acho fofo até o seu jeitinho animado quando quer falar sobre algo que gosta.

Agora troco cartas com uma pessoa meio desconhecida. Compartilho os meus pensamentos.

Nunca compartilho os meus segredos.

Eu sou Raíssa e desde criança sempre fui fechada. Não confio em contar meus segredos nem para Fernanda e quem dirá para desconhecidos.

O quanto uma pessoa pode mudar em apenas alguns dias?

Tem algo nela que me faz querer ficar próxima, ter amizade, saber sobre essas coisas de signos ou mercúrio retrógrado. Ela é muito... Linda. Linda parece ser a palavra certa.

Mas a quem estou querendo enganar? Eu não esqueci Karen. A nossa última conversa ainda está lá salva. Ligações perdidas, mensagens enviadas, outras apagadas.

O visto por último tão explícito e claro. Visto por último dia 16 de abril 2016. Não aparece o Online e muito menos o Digitando. Nem o Gravando áudio. Como se ela tivesse sumido do mapa.

Seu número antigo. As nossas últimas lembranças. O nosso adeus que ficou entalado na minha garganta, porque eu nunca cheguei a dizer adeus para ela.

Uma simples joaninha que Milena viu no jardim da escola. Só uma joaninha de nada e isso me deixou triste. Menti para ela dizendo que Karen foi minha amiga do passado.

Eu ajudei Milena a se encontrar com sua crush ou seja lá que nome for. O fato é que Milena se encontrou com Livian. Fiz a minha parte.

Por que não consigo me sentir feliz por ter ajudado elas?

Por que o fantasma de Karen persegue minhas novas experiências?

Por que uma simples joaninha me fez ter vontade de chorar?

Ainda tem nossos signos. Eu de áries e ela de gêmeos. Nossos signos parecem se dar bem na amizade.

A astrologia tem nada a ver com yule e eu não pensei duas vezes antes de ir até ela para desejar feliz yule. Sim. Não podia perder a oportunidade de ensinar mais sobre as coisas que gosto e a roda do ano que estou começando a comemorar.

Ler fanfics sáficas no meio da aula de Inglês não está ajudando. E enquanto a professora Célia explica algo que eu não faço a menor ideia do que é, eu leio um romance clichê.

Era para mim estar achando meloso essa parte clichê onde as personagens estão se beijando e dançando na chuva. Esse tipo de clichê que nunca vou viver.

Mas caramba. Eu daria tudo para viver uma cena dessas na vida real. Ler fanfic pelo celular enquanto escuto a minha playlist de músicas sáficas faz isso tudo parecer verdade.

Como se eu pudesse estar dançando na chuva e vez ou outra beijando Karen.  No meio dos pensamentos de uma cena fofa com ela eu sem querer penso em Milena.

Porcaria de sentimento estranho que me irrita e me faz ter vontade de chorar.

Alguém bate na porta e não me atrevo a levantar a cabeça para ver quem é.
Continuo lendo a cena irritantemente fofa para ficar ainda mais sensível.

Sinto alguém cutucar meu ombro e me viro soltando um suspiro.

— A professora Cora tá te chamando — o menino nerd diz e tiro os fones rápido me virando para frente.

— Raíssa, Raíssa só podia ser você, né? Sempre desatenta — professora Cora me olha sorrindo — Eu e as meninas temos um aviso para vocês. Vamos ser rápidos, professora Célia, venham meninas.

Me levanto e vejo Milena fazer o mesmo e se juntar a mim na frente da sala. Sorrio forçado tentando tirar a imagem da cena na chuva.

Esquece esses romances clichês

— Nós já começamos as reuniões para pensar em algo bom que una vocês de uma vez por todas — professora Cora diz — Tivemos nossa primeira ideia e eu acho que vocês não vão gostar muito... Mas estamos pensando no melhor para a sala. A união de vocês é importante.

— O que vão fazer com a gente? — uma das meninas do trio pergunta.

— Todos vão participar, Bárbara, é um treino inicial que vamos fazer agora — a professora responde — Jonas, por favor, venha até aqui e nos explique sua ideia.

Jonas se levanta sorrindo e alguns amigos dele aplaudem. Seus amigos estão se divertindo com isso e ele balança a cabeça.

— Vocês já me conhecem. Tem nem graça — ele grita e alguns riem — Essa ideia foi minha. Vocês sabem que nós fizemos um "acordo" e não sentamos nessas cadeiras do meio.

— Inicialmente isso nos ajudou muito — Milena continua — Serviu para a gente ficar longe um do outro. Só que agora estamos prestes a ter a melhor viagem das nossas vidas...

— Ficarmos nesse bate boca não vai nos ajudar em nada — eu interrompo ela e tento parar de pensar em Karen — Nós precisamos nos unir pessoal. Não estive aqui no 9° ano, eu não sei como foi a competição e nem imagino a alegria de vocês quando ganharam.

— Isso mesmo. Você não sabe de nada — Bárbara me interrompe — Tivemos aqui e temos nossas diferenças. Quer o que? Que agora a gente se junte assim como em um passe de mágica?

— Até porque, professora Cora, olha só para ela — Formiga aponta para mim e eu reviro os olhos — É toda estranha e vai ficar na frente disso? Ela chega como se conhecesse a gente. Só falta é querer mandar na nossa sala como se fôssemos marionetes.

— Se acalmem, pessoal — pede Cora me olhando como se pedisse desculpas — Olha aqui, Eduardo, não irei aceitar esse  comportamento. Você foi muito mal educado com sua colega e isso vale para você também, Bárbara. Nós estamos aqui como professor e aluno e pedimos respeito.

— Para começo de conversa a ideia não foi minha. Não estou trabalhando sozinha — cruzo os braços e encaro ele — Somos um trio e estamos unidos com o propósito de fazer a viagem acontecer. Respondendo sua pergunta Bárbara... Não quero que vocês se juntem em um passe de mágica. Queremos paz. Estão cansados dessas brigas? Não acham que tá na hora de mudarmos?

— Enquanto ficamos aqui discutindo estamos perdendo tempo — Milena diz sem gaguejar. Parece estar confiante — Perderemos a viagem que ganhamos no 9° ano.
Então deixem as diferenças de lado e ajudem. Vamos ser civilizados ou tá difícil?

Todos ficam em silêncio. Respiro fundo e Jonas troca olhares com Milena. Parece querer um sinal para saber se ele pode explicar a ideia ou se precisa primeiro me defender.

Milena sussurra algo no ouvido dele e finalmente vejo um sorriso.

— Vamos acalmar os ânimos. Sei que não podemos fazer nada as pressas — ele coloca as mãos para trás — Minha ideia foi de propormos um desafio para a nossa turma. Quem quiser sentar nas cadeiras do meio então podem ir.

— O propósito com esse desafio é unir a nossa turma — continua ajudando o amigo — Alguém do meu grupo 1 para ser o primeiro a sentar nessas cadeiras?

— Não queremos obrigar ninguém — eu me apresso em dizer — Se nós fôssemos visitar outras escolas veriam como todos sentam perto um do outro, por exemplo.Era bom fazermos o mesmo aqui. Só um treino para ver como iam lidar com a aproximação.

— A gente já se conhece — Milena dá de ombros — É hora de paramos com as brigas e tentar fazer as pazes. Façam isso não só pela viagem. Façam para termos uma boa convivência.

— Eu já disse que tô com vocês — Liana sorri se levantando — E vou me sentar nessas cadeiras, mas não por obrigação. Eu queria mesmo mudar de lugar. Em compensação ainda tem o vento desse ventilador.

Liana pega sua mochila e senta em uma das cadeiras do meio. Eu me surpreendo por ela estar cooperando desse jeito.
Antes nem éramos próximas e agora ela estar do meu lado.

Ruan e Isabelle também pegam as suas mochilas e se sentam do lado de Liana. Eu sou do grupo 2. Estou representando os meus colegas.

Só que não sei se eles irão cooperar como os do grupo 1.

Para minha surpresa vejo Yara chamar a amiga, Micaela, e por fim as duas irem de cabeça baixa para sentarem ao lado de Liana, Isabelle e Ruan.

Bárbara, Yara e Micaela fazem parte do trio de meninas que só falam gritando.

Gostam de sentar sempre juntinhas e ficam conversando a maior parte do tempo.

Os outros alunos continuam no mesmo lugar. Agradeço mentalmente por eles estarem tentando fazer isso dar certo. Porém, sei que ainda temos um longo trabalho pela frente.

A professora Cora agradece a atenção saindo da sala em seguida. Eu vou me sentar e sem querer meu celular cai no chão. O meu coração para de bater por um momento.

Tudo bem. Meu coração não parou de bater. Só que se quebrar a tela do meu celular eu nem sei o que eu vou fazer.

O celular desconectou do fone

Alguém se abaixa para o pegar rápido. E eu só vejo o cabelo preto azulado cobrir o rosto dela enquanto se levanta com o meu celular na mão. Ela me olha rindo.

Não parece mais ter aquela tensão da hora que a vi conversando com Isabelle.Ela está calma como se tivesse tirado um peso das suas costas.

A conversa com Livian deu resultados

Milena olha para baixo. Fico lá parada feito uma boba encarando ela. Sua boca se abre um pouco surpresa, franze as sobrancelhas e pisca duas vezes antes de levantar a cabeça.

Percebo tarde demais.

Ela estava olhando para o meu celular que a propósito ficou com a tela ligada esse tempo todo.

— "Um romance sáfico clichê".

Vou comprar um passaporte e fugir do país

Caramba. Mas que merda

Sinto meu rosto esquentar e devo estar ficando vermelha.

— Meu Deus, garota. Desculpa aí. Pode... Me devolver meu celular? — atrapalho com as palavras e minha voz sai com um pouco de desespero — Por favor...

— Tá bom, Raíssa, tudo bem — fecha a boca passando a mão no pescoço para disfarçar e me devolve o celular.

Conecto os fones novamente saindo quase correndo sentindo o meu rosto se esquentar cada vez mais. Não encaro ninguém e sento sem olhar para o lado, pois sei que Milena está lá.

Eu fingia desmaio

Essa frase nunca fez tanto sentido como agora

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro