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Capítulo 12

📚 Milena Louise 📚

Um dia depois: quarta-feira

Nesses últimos dias sinto que as coisas estão saindo do meu controle. Antes eu estava conseguindo seguir meus rituais diários e agora não me concentro nem para assistir a novela.

Estou perdendo os capítulos da novela de Anelise e Pedro Antônio

Não consigo seguir meu ritual com o cronograma que fiz de estudos

Minha conta onde publico meus textos pessoais está parada

Nunca mais deixei conselhos para meus seguidores que provavelmente sentem falta dos meus textos

A situação está crítica

Ainda me sinto perdida. A diferença é o pensamento negativo que chega sem ser convidado me fazendo pensar besteira.

E se o mundo não me aceitar?

É o pensamento intruso que tento a todo custo evitar. Eu sempre penso muito nas coisas. Transformo águas calmas em um mar revolto cheio de ondas violentas.

Quando você passa muito tempo em fase de negação acaba se perdendo sobre a sua identidade. Isso aconteceu comigo e agora preciso correr atrás desse tempo perdido.

Estou tentando me permitir sentir. Sem medo, sem arrependimento, sem privar minha felicidade. Me permitir gostar da pessoa errada faz parte. Se desiludir faz parte. Infelizmente é normal.

Agora que descobri quem sou é hora de entender esse lado. E é como descobrir um novo mundo onde sou eu mesma. Do meu jeito. Me permitir errar também faz parte.

Porque não sou perfeita. Ninguém é

Nem sempre eu ajudarei o meu time a ganhar em um jogo

Ou conseguirei tirar notas boas

Nem sempre terei tudo sobre controle

Apesar de eu ser muito controladora

Fiz planos no final de semana.

Quero ter novas experiências, conhecer pessoas, a oportunidade de beijar garotas. Tudo bem. Talvez não seja grande coisa ou eu quebre a ordem dos planos.

Quando o assunto é garotas ainda fico impressionada. Poxa impressionada não é a palavra certa. Fico... Tímida. Eu sou inexperiente então é notável todo meu nervosismo perto de garotas.

O bom é eu poder confiar em Liana e Manoela. Já em Isabelle não confio como antes. Como eu disse, ela já não é mais prioridade, então sua opinião parou de ser importante.

Por enquanto vou manter esse segredo longe de meus pais e encontrar um bom momento para falar disso com Jorge. Vai ser melhor assim.

Já estamos no meio da semana e os dias se passam arrastados.Na segunda foi a reunião com a professora Cora. Eu junto com Raíssa dissemos nossas ideais ainda vagas.

Até que tivemos a nossa primeira ajuda.Jonas, meu amigo, nos procurou para se mostrar o primeiro apoiador e nos deu a ideia de acabarmos de uma vez com os grupos 1 e 2.

Jonas mostrou a sua ideia de propor um desafio a turma do 2° B. Que as cadeiras do meio da sala fossem ocupadas com os alunos.

Funcionaria assim: o aluno que quisesse sentar nas cadeiras do meio poderia se sentar ali.

Já quem quisesse permanecer no seu lugar não teria problema.

Objetivo do desafio é simples. Unir os dois grupos. Nas cadeiras do meio iriam se sentar alguns integrantes do grupo 1 misturados com integrantes do grupo 2. Ficar um perto do outro será um avanço significativo.

Eu consegui me livrar das olheiras e tô tendo descanso. Durmo a noite toda sem problemas. O que está me estressando é o fato de não estudar direito.

Semana que vem é prova

Prova BIMESTRAL

As provas antes da viagem para Minas Gerais

Eu preciso estudar e tirar notas boas

Não conseguirei viajar com esse peso na consciência de ter me esforçado pouco. Meus pais esperam o mesmo de sempre.

Eles querem ver que continuo bem nos estudos, uma garota inteligente, melhor jogadora e com a fama de perfeitinha.

Minha família não exige muito de mim. Eles sabem que não vou decepcionar. Eu as vezes acabo me pressionando a fazer mais.

O problema talvez seja eu.

Já passei umas três noites sem dormir e fiquei estudando até umas 04:30. Sim. 04:30 de madrugada. Cheguei na escola parecendo um zumbi, mas fiz a prova. Ou entreguei o trabalho.

Os estudos sempre em primeiro lugar

Estou agora lendo meus textos antigos que postei na minha conta. São textos tão pessoais.Os comentários dos meus seguidores me fazem sentir melhor.

Como é bom saber que tem gente bem parecida comigo. Não sou a única.

— Oi Milena — alguém interrompe meu momento e me viro vendo Ruan.

— Resolveu conversar comigo. Antes tarde do que nunca, né — suspiro me levantando e guardo o celular no bolso.

— Me desculpa, meu amor. Não devia ter te enganado esse tempo todo — ele pega nos meus braços — Não existiria segredos na nossa amizade se fosse por mim. Se dependesse de mim eu nunca iria ter te enganado.

— O fato é que não me enganou, Ruan — tiro as mãos dele me afastando cruzando os braços — Ocultou a verdade. É diferente. Teve inúmeras oportunidades e preferiu manter essa mentira.

— Tanto faz. Eu errei, né? Eu sei disso — ele gesticula com as mãos e faz uma pausa — Isabelle... Tinha medo. Não queria te contar por estar escondendo isso a muito tempo.

— E ela fez muito errado. Você nunca aconselhou sua namorada a contar a verdade? — encaro seus olhos e o deixo sem saída — Era tão simples. Meu Deus.

— Sempre virava uma briga quando eu tocava no assunto — respondeu depois de um tempo em silêncio —
Eu juro para você. Não gostava nada disso. Odiava te excluir disso, porque são amigas...

— Livian? Também não pensaram nela? — pergunto com uma leve irritação na voz.

— Que? Não... Terminei com Livian e fui bem sincero — explica com calma — Eu não quis mentir. Ela é legal.

— Nem falei disso. Em algum momento pensaram que estariam agindo pelas costas dela? — continuo o encarando — Ficaram se gostando e continuo lá com a mentira de estar apaixonado por Livian sendo que estava gostando mesmo era de Isabelle? Sendo ela a irmã da sua ex...

— Pode gritar vai. Eu mereço. Não fui nenhum santo nessa história — abaixa a cabeça — Eu vim aqui para te falar que sei onde Isabelle está. Ela veio hoje.

— E onde ela está se escondendo? — eu respiro fundo tentando me controlar.

— No jardim da escola — engole em seco e suspira — Desculpa mais uma vez. Eu sinto muito.

— O que mais me surpreende nem é o fato de ter namorado Livian — digo com a voz calma agora — O curioso é a cara de pau de vocês dois mentindo todo esse tempo. Principalmente de Isabelle ter escondido sua própria irmã.

Saio andando rapidamente sem deixar ele me alcançar. Não gosto de brigas. Eu nem sou marrenta. Costumo me manter sempre calma e só perder a paciência se algum jogo estiver ruim.

Ou se estiver indo mal nos estudos

Manter a voz firme mostrando alguma segurança fingida é bem difícil. Nesse caso estou magoada e me permito sentir raiva, por exemplo.

Estou exagerando?

Talvez, mas seria bom saber da verdade. Uma verdade tão simples. Elas são irmãs e ponto final. Por que era difícil admitir isso?

Poxa. Livian podia ter me contado no ônibus. Tivemos uma oportunidade e eu merecia saber.

— Oi, Isa. Ou eu deveria dizer Isabelle Alves? — chego sem avisar e a garota se levanta rapidamente me olhando.

— Vou matar o Ruan — sussurra — E, por favor, não diz esse sobrenome. Eu gosto de fingir que não tenho isso aí na minha identidade.

— Pois como te chamo então? Isabelle sem sobrenome? — afasto alguns fios de cabelo do meu rosto.

— Eu sei. Está com raiva de mim — ela coloca as mãos na cintura — Ah, Lila, me desculpa. Você não sabe o quanto tá sendo complicado.

— Por que nunca me contou? Era bem  simples chegar e dizer "oi, Milena, eu tenho uma irmã" — tento imitar sua voz e ela revira os olhos.

— Não é qualquer irmã, Milena. É logo a talentosíssima, privilegiada, bonitinha da Livian Alves — cospe as palavras — É difícil. Preciso lidar com a presença da irmã perfeitinha.

Observo seu jeito. Em outros dias eu iria abraçar ela, alisar seu cabelo enquanto ouvia suas reclamações ou choros, eu ia me importar e ajudar. Hoje não sei nem como agir.

Isa deixou de ser prioridade

— Você tem inveja dela — concluo com um sorriso forçado.

— Que? Está louca? Lila, eu preferiria mil vezes ser qualquer outra pessoa do que ser a própria Livian — ela gagueja.

— Para de fugir do problema. Uma coisa que você faz bem é ficar fugindo — digo cansada — Tá na cara que tem inveja da sua irmã. Não gosto de julgar ninguém e você sabe disso, mas nesse caso não vejo outra resposta.

Alguém cutuca meu ombro do nada e eu quase pulo de susto. Me viro para trás. É Raíssa. Seus olhos pretos me encaram e um sorriso brinca nos seus lábios.

A maquiagem pesada não combina bem com a roupa que está usando. Hoje ela veio sem farda. Uma blusa preta e uma calça xadrez vermelha.

Novamente com seus anéis de caveira. Noto uma certa tensão que ela tenta disfarçar com um sorriso.

— Reunião de última hora. Professora pediu para te chamar — diz animada e Isabelle suspira.

— Estávamos terminando de conversar — eu me afasto dela — A gente se fala.

— Espero que possa me perdoar, Lila — pede quase implorando — E eu tô com vocês. Odeio alguns integrantes do grupo 2 — ela olha para Raíssa rapidamente — Mas a viagem é importante e não quero perder a oportunidade de viajar nessas férias.

Eu agradeço sua ajuda e saio dali quase correndo. Em algum momento acabei perdendo Raíssa de vista.

Alguém cutuca meu braço com minha lapiseira e reviro os olhos pronta para reclamar.

— Feliz yule, Petúnia — ela estende os braços pegando nos meus ombros e para minha surpresa me puxa.

Meu corpo vai de encontro ao dela me despertando. Quase sendo possível tirar a raiva, a mágoa, o descontrole que está tirando minha paz.

O cheiro de hortelã logo invade minhas narinas. Vários fios de cabelo rosa ficam apregados no meu rosto.

Eu assopro os fios e me deixo levar pelo abraço. Seu cabelo é tão macio quanto a sua pele que sinto vontade de prolongar o abraço, mas ela me solta.

— Te livrei. Pode me agradecer — sorri de um jeito convencido — Sua lapiseira.

— Era para me devolver a lapiseira na segunda. Precisava conversar com Isabelle e não tenho nem que te agradecer. Me livrou de nada.

— Nossa. Nem parece você falando — ela dá um passo para trás esbarrando na planta — Desculpa aí então. Fiz errado e não te pertubo mais.

— Estou com raiva. Isso tudo mexeu muito comigo — digo me desculpando — Nem sou assim. Nunca me estresso facilmente e costumo ser legal. Nem eu tô me conhecendo...

— Relaxa. É normal estar agindo desse jeito — continua afastada e fala baixo.

— Que reunião é essa? Fui avisada não — volto ao assunto inicial com vergonha por ter sido ignorante.

— A reunião foi só uma desculpa para te tirar da conversa. Fui intrometida — sorri forçado — Em compensação fiz algo legal, né? Te desejei feliz yule.

— O que é yule, Raíssa? Já ouvi falar, mas não sei bem o significado — eu me aproximo dela.

— Você foi minha professora naquele dia quando me ensinou astrologia — ela ri enquanto rima as palavras — Por isso eu achei bacana te mostrar um pouco da roda do ano.

— Então o que é a roda do ano? — sorri tentando me lembrar se já tinha ouvido falar desse nome.

— Tem muitas celebrações cristãs que crescemos ouvindo falar e todos somos ensinados da magia dessas celebrações. Algumas são cristãs, mas outras não. Porém, muitas dessas celebrações são antigas e vem do tempo do povo celta ou povos pagãos. Isso tudo é a roda do ano.

— São oito eventos da roda do ano que é os sabbats e eles são de acordo com as estações do ano. Então cada hemisfério, norte e sul, comemora esses sabbats em diferentes datas. O natal é como se fosse o yule. No Brasil não é celebrado em dezembro, pois é diferente do hemisfério norte.
O yule é o solstício de inverno, é a noite mais longa do ano e a partir dessa data os dias ficarão longos por estar se encaminhando para o solstício de verão. Nos próximos meses o sol ganha força e chega o verão. A esperança que o tempo escuro vai passar e assim chegará o sol novamente.

— Que incrível. Adorei saber sobre essas celebrações. São tão antigas, né? — digo maravilhada — Muita gente comemora sem saber onde tudo começou. E adorei saber sobre o yule.

— Eu tenho qualidades, Petúnia. Agora você sabe disso — dá de ombros e sinto que ficou mais convencida — Boas impressões primeiro. Lembra?

— Claro. Está me mostrando as coisas boas — balanço a cabeça sorrindo — Fico muito feliz. Qual é o do apelido? Isso de Petúnia.

— A petúnia é uma flor muito bonita e delicada... Sei lá. Combina com você — ela gagueja com a explicação — Por isso vou te chamar assim agora.

— Raíssa sendo fofa é impressionante — digo brincando — Você me desejar feliz yule é tão irônico quanto hoje ser o meu aniversário.

— Como não sabia do seu aniversário garota? — pergunta falando rápido.

Raíssa olha para os lados me deixando sem ter como me explicar.

Vai andando até uma parte escura do jardim e quando volta vem segurando algo.

— Fecha os olhos — obedeço meio sem entender direito — Aqui o seu presente.

Sinto um cheiro fraco e algo tocando o meu nariz. Abro os olhos e me deparo com uma flor linda.Nunca vi essa flor.

— É a petúnia. Feliz aniversário, Milena — ela pega na minha mão e ficamos de mãos dadas segurando a pequena flor.


No próximo capítulo vai ser com a Milena novamente, porque é a conversa dela com Livian

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