Onze - Especial Arva
Arva.
Samiot está agitada como jamais vi.
Quem diria que um dia alguém do círculo divino se importaria assim com esses pequeninos. Quem diria que teríamos nosso próprio lar, que teriamos o direito de pedir que Kairon e as outras cidades nos reconheçam como irmãos.
O que posso pedir para o que me resta dessa vida, se pude ver meu povo livre e feliz como vejo agora.
Estão decidindo que roupas farão para a comemoração. Querem festejar com Aliatra novamente. Ela é a razão por estarem felizes assim.
Com a exceção de Ragok.
O que quer que tenha acontecido entre ele e a velha amiga, não terminou bem. Ele permanece olhando para a floresta, exatamente por onde ela andou com ele mais cedo para conversarem.
A conversa não foi agradável . E ele parece esperar que ela volte, como se estivesse disposto a ficar aqui até que aconteça.
Me aproximo dele de vagar. Ragok me percebe e respira fundo.
- Ela não virá para saber o que Samiot decidiu? - ele pergunta.
- Barak irá chamá-la, mas está autorizado a dar a notícia. Por isso demora tanto a ir. Está se perfumando. - explico.
Ragok olha em meus olhos. Parece que a cspacidade que ele ganhou de sorrir, chegou e se foi com a velha amiga.
- Por que está aqui e não com ela?
Ele desvia o olhar.
- Aliatra mudou. Antes, ela enfrentava tudo e todos para me defender. Agora não se importa em me magoar para cumprir a missão que acha que recebeu de Zoí.
Reviro os olhos.
- Ela recebeu uma missão da suprema Zoí e você se acha no direito de ficar magoado?
Ragok parece desconfortável.
- Não é da minha conta. Mas se fosse... Eu diria que você perde seu tempo magoando aos dois. - digo a ele. - Deveria estar com ela. Eu vi isso naquele baile, na noite em que vocês dois e Ziul libertaram a mim e ao meu povo. Eu vi seu olhar sobre ela, quando dançaram. Vi como ela olhou pra você quando Nigde te feriu.
Ragok olha para o céu que começa a escurecer.
- Nigde é protegida dela. Aliatra tirou a maldade daquele ser e agora acha que deve pretegê-la. Diz que Zoí deu essa missão a ela.
Precebo que Ragok não queria me contar. Nigde, restaurada. O que isso significa para nós?
O que isso significa para Samiot?
- Se Nigde está com Aliatra e não está escravizando ou torturando povos, é sinal de que a Velha Amiga está se saindo bem na missão que recebeu. - respondo.
Ele parece surpreso. Talvez não entenda que não vou me permitir julgar quem me devolveu a liberdade.
- Era exatamente isso o que Chirevo dizia que o velho amigo da profecia faria. A canção dizia a mesma coisa. Que o Velho amigo rasgaria o véu. Que nos traria liberdade. E que seríamos gratos. Eu sou grata. Aliatra está fazendo muito mais do que diz qualquer profecia. Você não deveria se esquecer disso.
Barak vem correndo em minha direção. Ragok olha para o amigo de tenda e em seguida olha para mim.
- Barak vai aceitar sua companhia se quiser ir. Será bem-vindo se voltar. Mas vai me deixar muito feliz se resolver seus problemas e ficar por lá.
Ragok finalmente sorri. Parece que entendeu.
- Diga a Aliatra que aceitamos. Estaremos presente no ajuntamento. Queremos Samiot em lugar de honra entre os sublimes.
Assim espero.
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