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Dezoito - Compaixão

Tempo.

Sempre me falta.

Tempo de conversar com meu pai.  De ajudar Pili com o Anśa. De brincar com Daikin. De ficar com Ragok.

Esses últimos dias foram agitados e trabalhosos. Então finalmente Kairon mandou uma resposta.

Haverá ajuntamento na Floresta. Kairon receberá os governantes e representantes dos povos das outras cinco cidades sublimes, que já estão à caminho.

Arva quer todos os magos presentes. Todos estão felizes.

- Ali? Vamos logo! - Daikin me puxa pela mão em direção a porta.

Ou saímos agora para ver Nigde, ou não conseguiremos passar por Kairon quando os representantes chegarem.

- Calma, Daik! - Pego Daikin no colo e levanto voo pela casa.

Ele ri, agarrando meu pescoço.

O que me faz lembrar que eu, ele e Pili ainda precisamos de ajuda com os treinamentos. Tenho muita habilidade com ventos, água e terra, mas sei que tem mais coisa. Inclusive aquela chama escura que Zoí me deu. O que restaurou Nigde ao seus melhores dias.

Papai está esperando na entrada de casa, com uma cesta enfeitada com flores e coberta com um pano bordado.

Presente para Nigde, provavelmente.

Me pergunto se Doçani está tratando bem o anjo de cabelo azul. E se Nigde está se comportando.

- Vamos andar? Quero ver mais da floresta. - Viemi pede.

Sorrio e concordo com um gesto.

Ele aprecia a vida sublime, como os magos. Sabem que podem voar, mas preferem andar somente para apreciar a Floresta.

Enquanto caminhamos, Daikin recolhe algumas flores caídas da cesta de papai. Parece fazer um buquê para Nigde.

- Como será que ela está? - Viemi pergunta.

- Doçani parece paciente. Ele está em boas mãos. - sussurro.

É o que espero. Que ela esteja bem.

- Pode me contar o que está sentindo, Ali. Sou seu pai. Não precisamos mais conviver como se Bouvae ainda estivesse entre nós. - ele pede.

Respiro fundo. Velhos hábitos são difíceis de abandonar.

- Não faço de propósito. Foram tempos dificeis. Muita coisa aconteceu ao mesmo tempo. - sussurro.

Ele sorri e envolve meus ombros com seu braço livre.

- Estou ouvindo agora.

- Certo... Hum... Nini e Ragok deveriam ser inimigos. Ela é aquela mulher que mandou ele me tirar do Xiador, quando tudo isso começou... Não deveriam ficar perto um do outro. Ela fez muito mal a todos os magos... e aos outros sublimes também. Seu verdadeiro nome é Nigde, para os sublimes ela é a grande causadora de toda a confusão.

- Você não concorda com eles?

Daikin corre a nossa frente, abrindo os braços. A felicidade dele é contagiante.

- Não posso concordar. Sei que Nigde tem culpa, mas não é a responsável por todos os males desse povo. Ela passou por muita coisa ruim e queria se vingar em quem podia atingir.

- Se ela tem culpa, por que a protege? - Papai não parece me acusar com essa pergunta. Só parece curioso.

Se ele soubesse com o que me comprometi. Se ele soubesse o quanto é difícil dizer.

- Ela não se lembra de nada. Não sei o que fiz com ela, só sei que por minha causa, Nigde perdeu todas as memórias de suas maldades e também de suas mazelas. Não posso deixar que ela seja ferida. Não posso.

Viemi sorri, olhando para Daikin, que agora corre em nossa direção. O sorriso do meu irmão é gigante. Ele está crescendo tão rápido. Queria que o tempo parasse um pouco.

- Daikin se apegou a ela. É até bonito de ver o carinho que ela tem por ele.

- Daikin se apega fácil. E quem é que o conhece que não o ame imediatamente?

- A mãe dele. - Papai resmunga.

Dou de ombros. Bouvae jamais demonstrou amar a nenhum de nós. Nem mesmo o próprio filho.

Um silêncio estranho cai sobre a floresta. Um vento gelado bagunça meus cabelos.

- Ai! - ouço Daikin reclamar.

Ele observa uma queimadura em seu indicador da mão direita. Aos seus pés, uma flor completamente queimada ainda solta fumaça.

Agacho e observo seu dedinho. Daikin não parece sentir dor. Parece que foi só um susto. Envolvo sua mão com as minhas e sorrio para ele, enquanto curo seu pequeno machucado.

Ele sorri e agarra meu pescoço assim que solto suas mãos. Fico de pé, com Daikin no colo e observo a flor queimada no chão, até ouvir Viemi resmungar. Olho para ele e meu coração dá um pulo de susto. A cesta toda está queimando no chão, enquanto Viemi tenta se livrar de sua casaca, que também queima.

Conjuro pouca água sobre ele. Papai suspira, aliviado, quando o fogo se apaga.

Observo as plantas ao nosso redor. Não há nada queimado além da cesta, da flor em que Daikin se queimou e da casaca de Viemi.

- De onde veio isso? - sussurro. - O que tinha na cesta, pai?

- Pão de frutas e as flores.

Daikin deita o rosto em meu ombro. Há algo de errado na Floresta. Está silenciosa demais. Seguro meu pai pela cintura e levanto voo em direção a fazenda de Doçani.

No caminho, observo a floresta. Tudo parece normal. Não há focos de incêndio, nem qualquer sinal de fumaça.

Avisto Kairon se aproximando. Desço na praça principal e observo os arredores.

Nada.

Tudo está normal por aqui. Alguns sublimes acenam. As crianças correm até onde estou, trazendo sorrisos e olhos curiosos. Nada de errado.

Agacho o toco o solo de Kairon, fechando os olhos. Tento sentir algo fora do lugar, mas daqui até Samiot, está tudo tranquilo.

Olho para Viemi, entretido com algumas das crianças. Daikin parece um pouco abatido, ainda em meu colo, mas sorri ao olhar para mim.

Respiro fundo e dou a atenção que as crianças solicitam. Distribuo beijinhos no rosto, enquanto eles me retribuem com seus sorrisos.

Quando as crianças se dispersam, seguimos para a fazenda de Doçani.

De longe, consigo ver os cabelos dela, brilhando sob o sol da manhã. Há uma coroa em sua cabeça. Uma coroa florida. Ela sorri, em uma dança infantil ao som do canto dos pássaros.

Daikin está estranhamente quieto. Mesmo ao ver Nigde, ele não faz menção de sair do meu colo.

Quando ela nos vê, seu sorriso se amplia. Nigde corre até nos e nos abraça forte, rindo com Daikin.

Só posso dizer que seu sorriso me fez falta. Sua alegria, sua infantilidade me fez falta.

- Que saudade de vocês! - ela sussurra, sem nos soltar.

- Nini! - Daikin resmunga com voz chorosa.

Nigde beija o rosto dele e o meu. É inevitável lembrar do beijo que ela me deu ao deixar minha casa para viver aqui.

- Doçani está? Daikin está estranho. - informo a ela.

Nigde percebe a estranhesa em Daikin e lidera o caminho até a casa de Doçani.

É um casebre de madeira simples, porém aconchegante e alegre. As paredes são pintadas de amarelo, há almofadas coloridas espalhadas pelo chão de carpete vermelho. A mobília é predominantemente verde e há pinturas nas paredes, muito parecidas com aquelas tapeçarias que enfeitam as casas de Kairon.

Doçani está bordando um grande pedaço de tecido branco. Ela abre os braços para Daikin assim que nos vê. Ela pode sentir que há algo errado.

Depois de um longo abraço cheio de aconchego em Daikin, Doçani toca a testa de Viemi. Ela viu algo nele também, o que só aumenta a minha preocupação. Conto a ela e a Nigde o que aconteceu na Floresta.

- Não havia fogo em mais nada? - ela insiste.

Nego com um gesto.

- Nada. Não senti nada de errado daqui até Samiot. Nada. Em lugar nenhum desse lado da floresta.

Daikin beija o rosto de Doçani e pula para o colo de Nigde. Ela segue para fora da casa, cochichando algo sobre os passarinhos. Doçani segura minhas mãos, me fazendo olhar para ela.

- Anśa de fogo é raro. Em Kairon, somente a criança de Chirevo consegue conjurar e com feitiço. - Doçani me lembra.

Dihdre. Somente ele, não. Existe outra pessoa.

- Dihdre está em Samiot, com Heir e Arva. Não poderia ser ele. - Viemi interrompe.

Papai tem toda razão. Dihdre está preocupado em cuidar da vida que Heir carrega. Não tem motivos para atear fogo na cesta do meu pai.

Mas ela tem motivos para fazer muito mais.

1344 palavras

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