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Capítulo 30- Descendentes

   " Espera de teu filho o que fizeste com teu pai"

( Tales de mileto)

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   O meu mundo desabou por completo ao ver a luz dos olhos de minha amada se esvair diante dos meus olhos. Mais uma vez me foi tomado o que eu tinha de mais precioso,  e novamente,  pelas mãos do mesmo homem que se diz ser o soberano dos Deuses. 

   Chegou a hora de eu pôr um ponto final nisso tudo. Não podia deixar que mais nada fosse roubado de mim, e mais nada seria. Nem que para isso eu tivesse que me sacrificar. Contudo, não morrerei antes de levá-lo comigo, antes de me certificar que o fim que levou, foi pelas minhas próprias mãos. 

   O homem que estuprou a minha mãe,  que matou a minha mãe de criação e que agora matou a mulher que eu amo, não podia mais viver. Eu vou colocar um fim nisso tudo, de um jeito ou de outro.

   Depositei o corpo sem vida da Medusa com muito cuidado naquele chão pedroso e frio,  enquanto me levanto encarando aquele Ser. Seus olhos almejavam por essa batalha, tanto quanto os meus. Estava bem claro que ambos queríamos colocar um ponto final nessa história.  Só poderia sair um vencedor neste duelo.

   E este vai ser eu!

   Ele começou a batalha direcionando alguns raios em minha direção. Eu desviei sem muita dificuldade, pois a velocidade dos raios pareciam vir bem lentamente, o que facilitou de eu escapar cambaleando ou dando algumas piruetas. Enquanto desviava, me concentrava em criar algum fogo na minha mão direita. Depois de várias tentativas falhas criando apenas faíscas, consegui emitir uma intensa chama e a lancei no alvo imóvel que não se importou em desviar, mas que acabou sendo protegido pelos próprios raios que surgiram em sua frente.

   Continuei com a minha estratégia de atacar e desviar, o que não surtia muito efeito, porém, eu iria continuar assim até encontrar alguma brecha na defesa do inimigo. Mas fui muito ingênuo por pensar que o Deus dos trovões não teria outros planos, ou outros alvos em mente.

   — Pense bem se vai querer continuar desviando — Após dizer isso, o ataque consecutivo que Zeus mandava em minha direção, cessou-se. Agora, os seus raios se concentravam em um único ponto criando uma bola enorme de energia pura — Agora, seja um bom garoto e segura isso! — Ele lançou a esfera com uma força incrível. Contudo,  o que eu achava que seria lançado em minha direção,  foi arremessado no intuito de atingir a minha amada no chão — Desintegre-se! 

   — NÃOOOO…

   Não podia deixar que aquilo a atingisse. Mesmo que a medusa já não estivesse mais entre nós, não iria permitir que o seu corpo fosse desrespeitado daquele jeito. Ela merecia um enterro mais apropriado. 

   Não querendo esse triste fim,  pulei na frente do ataque para protegê-la. Entretanto,  mesmo conseguindo criar uma barreira de fogo para me proteger, eu fui lançado para longe com a força do impacto, me causando sérios danos pelo corpo. 

   —Hahaha! Fico impressionado como um ser tão fraco assim seja a causa dos meus problemas — assim que tentei me recompor, ele apareceu de pé em minha frente após um clarão de um relâmpago, seguido de um barulho alto de um trovão — Mas a brincadeira termina aqui.

   — Eu iria falar o mesmo! — disse desviando do ataque de sua arma e me levantando desferindo um chute em seu rosto.

   — Bela tentativa. — falou ele agarrando a minha perna e me lançando com força,  contudo desta vez, consegui me recuperar rapidamente sem deixar de encará-lo. 

   — É  só isso que sabe fazer? — falei  com um sorriso de canto de boca, o que o deixou com um semblante irritado. 

   A luta se iniciou novamente. Ele me atacava com o seu poder dos trovões e eu corria para me aproximar dele, enquanto desviava de seus ataques. 

   Assim que consegui me aproximar dele, lancei uma bola de fogo em um raio que mirava em mim, causando uma explosão e enchendo o campo da batalha com uma cortina de fumaça. Nisso, aproveitei a brecha para ocultar a minha presença do inimigo,  me misturando com a fumaça e me tornando um só com ela.  

   Antes que Zeus pudesse reagir, eu o soquei com meus punhos cerrados envoltos de chamas, seguido por um chute em direção de seu rosto. Péssima ideia.  Um campo elétrico petrificou a minha perna antes mesmo dela chegar atingir o alvo, e para o meu azar,  uma descarga elétrica que percorreu todo o meu corpo veio em seguida.

   — Acha mesmo que isso seria o suficiente para me derrotar? — com um simples estalar de dedos, a fumaça que antes predominava o lugar, foi soprada para longe com a força do vento — Eu sou o Zeus, mortal. Eu sou Deus dos deuses,  o soberano do Olimpo — Ele caminhava devagarinho em minha direção — Eu já derrotei grandes inimigos,  eu já venci inúmeras batalhas. Achou mesmo que eu perderia para um simples mortal que mal saiu das fraldas? Não me faça rir! — Parou em minha frente e ergueu o meu corpo,  que permanecia em estatística, como se não fosse nada.

   — E-eu não s-sou um mero mortal… e você sabe muito bem disso — me esforcei para encará-lo, o mesmo apertava o meu pescoço — Não é  mesmo, PAI!? — Ele afrouxou o aperto em minha garganta por alguns segundos após eu dizer isso, mas logo voltou a apertar ainda mais com seu semblante  sério — Eu sou o seu…

   — Filho? — me interrompeu com o seu olhar de desprezo — Acha mesmo que eu me importo com um filho bastardo que tive com uma humana qualquer? 

    — M-minha mãe,  minha ver…verdadeira mãe,  não era uma humana… — comecei a sentir uma energia familiar querendo transbordar de meu corpo — E não pense nem por um segundo que eu te considero o meu pai. Você é  apenas o desgraçado que tirou a minha felicidade e que vai morrer por isso. 

   Conseguindo recuperar os movimentos por completo do meu corpo, agarrei o seu braço que segurava o meu pescoço com as minhas mãos,  e me joguei para trás aplicando um chute direto em seu rosto,  o que possibilitou a minha fuga de seu aperto, conseguindo me afastar um pouco dele,mantendo uma distância segura.

   — Entendo…— ele passa a mão no rosto ajeitando o nariz que havia se quebrado com o meu chute — Aquela maldita bruxa da Mágissa conseguiu esconder um filho bastardo de mim. Que tola! 

   — NÃO FALE ASSIM DELA!!! — Gritei,  ameaçando atacá-lo com uma esfera de chamas que eu concentrava em minhas mãos, porém, um ataque veloz e inesperado saiu do dedo dele e atravessou o meu peito, fazendo-me cancelar o ataque e cair de joelhos, enquanto jorrava sangue pela boca.

   — Eu não deixaria um erro como você nascer, de jeito nenhum. — a minha visão estava ficando embaçada, os meus sentidos estavam se esvaindo junto com a minha consciência. — MORRA! — foi a última coisa que escutei antes de uma  escuridão tomar posse de minha mente. 

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   Tudo está tão frio…tão quieto…Eu estava finalmente em paz…ou não?... Eu poderia me encontrar com meus entes queridos, estar junto com eles, mas então… Porque eu não me sinto satisfeito? Um vazio é  tudo o que eu  sinto, como se não pudesse me juntar a elas. Porque?... porque tenho que permanecer sozinho?...porque?...

   "Você não pode morrer ainda, meu filho"

   Uma voz doce e suave veio ao meu encontro, trazendo aconchego e luz no ambiente que antes era frio e escuro. 

   Essa voz… Mãe?.. 

   "Sim meu filho, sou eu."

   Devagar, abri os meus olhos, notando que eu não estava mais em um lugar escuro e desconhecido, agora me encontrava em um ambiente que eu conhecia muito bem, o pequeno parquinho que eu adorava brincar quando criança,  e que até hoje me trazia uma sensação de conforto e bem estar. Foi nesse parque que eu comecei andar de bicicleta pela primeira vez sem as rodinhas e também foi o lugar que eu me divertia com os meus pais antes de tudo mudar. Fiquei arrasado quando ele foi destruído  para construírem um edifício no lugar. Mas lá estava o meu amado parquinho, do jeito que me lembrava, intacto em perfeita forma. 

   Me encontrava sentado em um chão arenoso que eu vivia brincando quando mais novo. Um som de risadas no ambiente me chamou atenção e quando me viro seguindo a gostosa melodia,  meus olhos se enchem d'água quando me deparo com a figura que tanto amava e sentia falta. Ela estava se divertindo, enquanto  deixava os seus cabelos cacheados voarem com o vento que se fazia no lugar. Lá estava ela, com o seu sorriso encantador que acalmava o meu coração, balançando em um balanço, a minha mãe, Florinda. 

   Ela continuava se balançando enquanto sorria. A sua felicidade estava estampada em seu rosto. Eu corri em sua direção gritando pelo seu nome, mas a cada passo que eu dava, mais difícil se tornava para eu alcançá-la.

   — Mãe…não me deixe…— Sua imagem estava parecendo cada vez mais inalcançável — Não se vá…

   De repente,  sinto um toque suave em meus ombros, e quando ergo a minha cabeça, a Dona Florinda estava parada em minha frente com um belo sorriso.  Seu semblante trazia um conforto que eu almejava, que eu tanto necessitava há tempos.

   "Eu sempre estarei contigo, meu filho. Você nunca vai estar sozinho".

   Sua imagem desapareceu em um clarão,assim como o ambiente do parquinho em que eu estava. Agora, me encontrava em uma espécie de caverna, devido às paredes rochosas e a umidade do lugar. Estava um pouco escuro, sendo iluminado por apenas um feixe de luz que saia de uma pequena rachadura no teto. 

   Antes que eu me sentisse solitário novamente,  uma sombra elevou-se do chão e se transformou-se em uma mulher de cabelos negros. Me senti aliviado por poder vê-la também. 

   — Olá meu filho. — por alguma razão,  seu corpo permanecia nas sombras, que a rodeavam em um vórtice. 

   — Olá, Mágissa,  digo, mãe… — estava me sentindo envergonhado. 

   Ela apenas sorriu com ternura, o que  foi o suficiente para acalmar meu coração. 

   — Não tenho muito tempo. Está na hora de você saber de toda a verdade de quem é — Eu não disse nada, apenas fiquei quieto enquanto ela prosseguia — Você não é um humano como pôde perceber — Isso meio que já estava óbvio para mim — E nem um semideus ou um Deus qualquer…

   — Então, o que eu sou? — a interrompi.  Já estava farto desses mistérios todos. Até os próprios seres divinos ficavam confusos sobre o que eu era.

   — Você está muito além da compreensão comum. Você é uma entidade que nasceu no próprio Caos e se transformou em uma entidade Cósmica — em meu semblante demonstrava o meu estado confuso na qual ela percebeu e continuou se explicando melhor — Depois que eu utilizei o poder do amuleto do Caos para lançar o feitiço, que fez com que todos os seres divinos caíssem em um sono profundo, acabou tendo um efeito colateral que me prendeu dentro do amuleto. Eu estava grávida, mas o Zeus, o seu pai, não sabia desse fato. Eu fiquei submersa dentro da entidade primordial, e acabei dando a luz a você. — ela flutuava em torno de mim, sem desviar o olhar — Você nasceu dentro do Caos e uma parte dele reside dentro de você.  

   — Se eu nasci dentro do Caos que  estava preso dentro do amuleto, como foi que eu saí? E como foi que a minha mãe,  Florinda, se tornou a minha mãe? — mais perguntas surgiam em minha mente.

   — Caos ajudou você. 

   — Como assim? 

   — Depois que nasceu, você virou uma energia pura sem um hospedeiro e iria morrer devido ao acúmulo de poder cósmico que residia em você. Eu supliquei para que o Caos te salvasse,  e assim ele o fez. Juntos, conseguimos selar os seus poderes e controlar a energia descontrolada dentro de você — Seu rosto estava neutro, não conseguia desvendar as suas emoções — Porém, isso teve um custo… mas não é  nada para se preocupar — sua tentativa de sorrir só me mostrava que o custo foi alto — Com isso, conseguimos te salvar e te libertar. Você virou um bebê no mundo dos humanos, e foi criado por uma descendente de seu Pai. 

   — Então a minha mãe…

   — Sim. Ela te criou e cuidou de você. A mulher que conhecia como Florinda na verdade se chamava Frontitís. Ela era uma semideusa que seu pai gerou. Frontitís já estava desperta quando te enviei a ela, e a mesma jurou te proteger quando descobriu quem era. 

   — Mãe…— não pude segurar as minhas lágrimas após descobrir o quanto que eu era protegido por ela.

   A mão da mulher em minha frente repousou em meu ombro, enquanto que com a outra, limpou uma lágrima que percorria o meu rosto.

   — Está na hora de devolver o que foi tirado de você — Seu rosto se aproximou do meu, e em minha testa, aplicou um beijo quente, na qual, uma enorme energia começou a transbordar em meu corpo — O selo foi quebrado. Agora você deve ser forte o suficiente para controlar  essa energia Cósmica dentro de você — Sua imagem começou a desaparecer — Eu te amo…Meu filho…

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   Pov Narrador 

   Zeus se afasta lentamente do corpo mórbido caído no chão. Ele sente uma ardência em seu peito, e logo um sentimento de culpa invade a sua cabeça. Mas ao contrário do que parece, esse sentimento não estava vindo do Deus dos trovões, e sim da pequena alma que ainda residia naquele corpo. William se martirizava  por ter traído e causado sofrimento no seu melhor amigo que conhecia desde mais novo. Ele se sentiu traído pelo Deus do Olimpo que prometeu não matar o seu  amigo, caso desse o controle total de seu corpo para ele, e agora iria carregar para sempre o fardo das consequências de sua escolha. 

   — Patético. — Zeus resmungou antes de retomar o controle de sua mente. 

   — Espere…— uma voz fraca a qual ele não esperava mais ouvir, chamou por ele, o fazendo parar e olhar para trás. 

   O Deus dos céus se espantou ao contemplar o corpo que antes estava no chão sem vida, agora de pé em sua frente. Seu corpo foi preenchido por uma mistura de sentimentos que mal compreendia. Surpresa, alívio e principalmente, raiva, foram os  sentimentos que mais se destacavam naquele momento.  

   — Porque você não morre logo e pare de me fazer perder tempo? Você me odeia tanto assim para continuar sofrendo? — Os olhos de Zeus cintilavam fortemente em um azul. O raio em sua mão volta a surgir enquanto assumia uma postura de combate, junto com um sorriso presunçoso que estampava a sua face, claramente demonstrando a sua superioridade. Entretanto,  o seu sorriso logo muda ao sentir o aumento de energia no corpo de seu inimigo, que aumentava a cada segundo, demonstrando a sua força. — Quem…é  você? — perguntou ele espantado. 

   — Eu sou o seu fim! — foi a única coisa que o outro falou antes de desaparecer.

   — Mas…o que? — De repente, seu corpo é  atingido e mandado para longe sem que percebesse o que o atingiu. — Argh.

   Enquanto se recuperava, o seu queixo é  atingido por um gancho de esquerda dado pelo Alexandre que surgiu em sua frente.

   — Você é  fraco! — o mesmo cuspiu as mesmas palavras ditas antes para ele.

   — Argh — o Deus dos trovões tocou em sua boca e olhou o sangue que escorria por ela. — Maldito!

   Zeus fechou o tempo invocando os seus raios e trovões, e os lançou contra o inimigo que avançava sem preocupação em desviar, sendo atingido de frente. Porém, ao contrário do que ele esperava,  o Alexandre não era afetado pelos golpes, e podia sentir que seus ataques apenas fortaleciam o seu combatente.Não restando escolha, o soberano do Olimpo se sentiu obrigado a partir  para o combate corpo a corpo, já que os seus poderes não estavam mais afetando o outro.

   Alexandre já estava bem perto quando o Zeus tentou acertar o seu rosto com um soco envolvido em eletricidade, mas ele consegue desviar e aplicar um direto na boca do estômago do inimigo, contudo, o outro bloqueia levantando as pernas. Novamente, o Deus dos céus  tenta acertar um soco, porém o Alexandre consegue agarrar o soco e derrubá-lo no chão, mas logo se levanta para continuar o combate. Eles tentaram novamente acertar um ao outro, trocaram golpes poderosos na intenção de ferir um ao outro. Apesar de parecer que a luta seguia equilibrada, Zeus estava em clara desvantagem,  pois sabia que o adversário não estava lutando com a sua força ao máximo, e isso só o irritava ainda mais.

   Presenciando tal batalha a distância, Atena media a força dos dois combatentes, analisando possíveis desfechos dessa luta e qual seria mais benéfico para ela. Se ela ajudasse o Zeus a ganhar, ela teria ainda mais a confiança do mesmo, e poderia usar isso para destroná-lo e usurpar o seu trono. Agora, se ela ajudasse o Alexandre, ele possivelmente a mataria depois, ou na melhor das hipóteses,  a ignoraria.

    Ficou claro para ela, qual caminho que a mesma iria seguir.

   Vestindo a sua armadura dourada e apanhando a sua lança e escudo, ela partiu em direção da batalha que se prosseguia. Quando chegou perto, lançou o seu ataque em direção ao homem que estava distraído, o atingindo com a sua lança.  

   — Atena. — Zeus a olhou de relance antes de encarar o homem que foi atingido. — Eu que vou matá-lo! — ele se preparava para atacá-lo,  mas logo suspendeu o seu ataque após notar a força do oponente que aumentava sem parar.

   Alexandre agarra a lança fincada em seu peito e passa a encarar a responsável pelo ataque. Atena sentiu o seu corpo tremer, suas mãos ficaram trêmulas e mal sentia as suas pernas. Era como se tivesse perdido toda a sua força e confiança após olhar nos olhos dele. Tudo o que encontrava era o abismo, o terror, o próprio caos refletidos em seus olhos completamente pretos. 

   — Socor…— A Deusa da sabedoria tentou pedir por ajuda, mas foi interrompida por uma mão do Alexandre que pousou em sua testa e emitiu uma forte luz branca que expurgou a alma da Deusa,  do corpo da humana a quem possuía. 

   Katrina conseguiu retomar o controle de seu corpo, mas devido ao cansaço e os ferimentos que seu corpo foi exposto pelas batalhas,  acabou adormecendo.

   — Bem-vinda de volta.  — disse o Alexandre. Ele pegou o corpo da amiga e a colocou com cuidado no chão e depois ergueu uma barreira para protegê-la e curá-la, enquanto era observado pelo inimigo. 

   — O que…  o que você fez? — O soberano do Olimpo estava incrédulo com o que acabou de ocorrer. A sua tentativa de sentir a Deusa Atena falhou. A alma dela não possuía mais aquele corpo.

   — Eu apenas trouxe a minha amiga de volta colocando a intrusa para dormir eternamente. — Respondeu.  A sua postura, assim como a sua voz, demonstrava a sua tranquilidade e segurança. 

   Zeus ficou ainda mais furioso, tanto, que não ligava mais para o que fosse acontecer com ele ou com o planeta. Sua insanidade começou a tomar conta de seu raciocínio, buscando vingança  e a morte daquele que havia arruinado tudo. Ele canalizou todo o seu poder, assim como os relâmpagos e trovões que pairavam no ar, em sua arma, fazendo com que ela ficasse cheia de energia natural e se expandisse. 

   — ESSE É  O SEU FIM! — Gritou ele. Barulhos de trovões eram audíveis naquele céu escuro coberto de nuvens cinzentas.

   Pov Alexandre 

   Um temor surgiu pelo meu corpo ao fitar aqueles olhos enlouquecidos daquele ser. Sinto que algo perigoso estava prestes a acontecer. A energia que se acumulou depois da chuva de raios que teve, e que foi parar dentro daquela arma que o mesmo carrega, estava instável, podendo se descontrolar a qualquer momento. 

   — ESSE É  O SEU FIM! — ele gritou. O céu reagia com a sua agitação. 

   — O que é isso? — Nada de bom, imagino.

   — ESSE É  O SEU FIM! — voltou a repetir.  Seus olhos demonstravam a sua instabilidade. — EU VOU MATÁ-LO! EU VOU DESTRUIR TUDO! MORRA!!!

   Me preparava para o pior. Eu conseguiria detê-lo antes mesmo dele perceber,  porém isso causaria na morte dele, o que acabaria por levar o meu amigo junto. Não podia fazer isso. Preciso libertar o Will assim como eu fiz com a Katy. 

   Droga! O que eu faço?

   Eu me questionava sobre as minhas ações. Contudo, quanto mais tempo eu perdia pensando,  mais aquela arma mudava de tamanho e mais instável ela ficava. 

   — Me…mate! — escutei a voz do William dizer. Ele estava lutando para assumir o controle do corpo, impedindo que o seu invasor lançasse aquele raio. O seu corpo também mudava constantemente de aparência, variando entre a do Deus do Olimpo e a dele.

   — Will,  não quero matá-lo. Não consigo fazer isso.

   — Anda…logo… Não consigo segurá-lo por muito mais tempo… Por favor, Alex… — Seu corpo ficou mesclado entre os dois seres, demonstrando a luta interna que estava acontecendo. 

   — Desculpa,Will. — um lacrimejar em meus olhos deixava claro a minha tristeza pela ação que eu tinha que tomar. Envolvi a minha mão direita com uma mescla de fogo e raio, criando uma lâmina afiada com os dois elementos. — Adeus amigo. — disse antes de correr para atingir o meu alvo.

   — NÃOOOO…MORRA!!! — O Deus dos trovões tentou me impedir, mas já era tarde demais. Eu já estava com o meu braço atravessado em seu corpo, com a minha lâmina fincada em seu coração.  Ele urrou de dor antes da imagem do poderoso Zeus desaparecer, voltando a ser apenas o corpo frágil do William. — Obrigado…Amigo…— foram as últimas palavras do Will. Seu corpo começou a se decompor em cinzas, e entre elas, o raio que Zeus usava como arma,  caiu cravado no chão completamente desativado e em sua forma normal.

   Escutei uns sussurros vindo do raio no chão me chamando. Ele me queria, assim como eu estava tentado a possuí-lo. Então,  eu não me segurei, e arranquei ele do chão o dominando. Raios e trovões voavam naquele céu em resposta ao novo Deus dos céus. 

   — Você vai ser um excelente governante deste mundo.

    Sem acreditar, me viro rapidamente para contemplar a dona da voz em minha retaguarda. Era ela, só podia ser ela. Os seus olhos profundos não podiam ser confundidos. 

   — M-medusa? Como que…? — mal conseguia acreditar em meus olhos. 

   — O tridente me salvou. Graças às pequenas gotículas de água presentes no ar, eu consegui me curar. — um sorriso lindo se fazia presente em sua face — Por pouco eu não… — Não deixei que ela completasse. Corri em sua direção e tomei posse de seus lábios. A beijei freneticamente como se fosse a primeira vez. Como se a minha vida dependesse desse beijo.Eu estava feliz, e iria deixar que ela sentisse essa felicidade também.

   — Eu te amo! — falei antes de voltar a beijá-la. 

         》》》》》》Ω《《《《《《

   Eu fui junto com a medusa para a morada dos deuses, onde me deparei com o Rafael e o seu novo namorado. O Hefesto se curvou diante de mim após ver o raio de Zeus em minha posse. Eu me senti sem jeito, ainda mais com os olhares nada discretos do Rafa me fuzilando. O momento constrangedor foi desfeito graças às Katy que acordou de seu sono profundo, e já começou dramatizando as coisas como só ela mesma era capaz de fazer, arrancando gargalhadas por parte do Rafael e do resto do grupo. 

   Depois de alguns anos, os deuses, as musas, os Semideuses e outras criaturas que haviam restado, eles se juntaram e me deram o título de: o Deus dos deuses e o novo soberano do Olimpo. Medusa ficou ao meu lado se tornando a minha esposa e a nova Deusa dos mares. A Katrina levou um tempo para esquecer o William, que era o seu amor não correspondido e que faleceu ajudando a salvar o mundo. Mas  agora ela se encontra fazendo sucessos em filmes de ação, usufruindo das habilidades acrobáticas e da sabedoria deixada por sua ancestral. Quem mais mudou foi o Rafael. Ele vive junto com o deus da forja, trabalhando junto com ele como ferreiro. O seu talento para forjar novas armas para os Deuses era espetacular. Pela primeira vez, sinto que o meu amigo se achou, e que agora está realmente feliz com o homem que ama.

   Pov Narrador 

   Em algum lugar dentro de um vulcão, o Deus do submundo tenta recarregar a sua força em meio às lavas do ambiente. Ele resmunga consigo mesmo enquanto jura vingança daqueles que o desprezaram e que causaram a sua ruína.

   — Maldição…— Hades sente a sua pele coçar após se lembrar de quase morrer nas mãos do Caos. Ele foi salvo no último instante pelo velocista que tinha uma dívida com ele, o que também não o deixava nada satisfeito — Eu vou matar todos! Eu vou ser o único Deus a quem todos devem referenciar! EU VOU SER SUPREMO!!!

Fim

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ΩNotas do autor Ω

Obrigado por acompanhar essa história até aqui. Espero que tenha gostado e se divertido tanto quanto eu. Deixe nos comentários a sua opinião, eu ficaria feliz em ouvi-los.
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