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Capítulo 14 - Lua Cheia

   Depois que eu terminei  de pegar as minhas coisas, eu tirei  aquela roupa de hospital e vesti uma  minha que estava guardada em uma mochila separada pelo Rafael. Feito isso, caminhei para sair daquele quarto branco e azulado, seguindo pelo corredor enquanto o Rafa me informava de tudo o que havia passado, o que não era pouca coisa.  Caminhando pelo lugar,  pude perceber que havia vários enfermos nas camas, muitos deles em estado grave sem nenhum médico ou enfermeiras por perto para socorrê-los. Havia muitos doentes para poucos médicos de plantão. E os que tinham, teriam  que trabalhar o dobro para compensar a ausência dos outros médicos ou enfermeiros. Levando em conta tudo o que o Rafa me contava, eu entendi na hora o porquê desse caos todo.

   Demorou um pouquinho para chegar na saída do lugar, o hospital era maior do que eu imaginava. Assim que eu coloquei o  primeiro pé para fora do edifício, me surpreendi com algo inacreditável, tudo estava…normal? Eu esperava me deparar com o mundo virado do avesso,  Deuses entre os humanos,  os subjugando,  seres mitologicos por todo o lugar, e várias criaturas bizarras à solta, mas infelizmente,  ou felizmente,  nada disso estava presente, tudo estava em seu lugar nessa noite tranquila e serena, com a luz da lua batendo em minha face e me acariciando com a sua tamanha beleza natural.

   Não tive problemas para chegar em casa, que a propósito,  estava muito bem arrumada,  não havia nenhuma poeira na casa ou sujeira no chão, e as coisas estavam muito bem guardadas em seus devidos lugares. Sorte a minha que eu tinha um amigo excelente. 

   — Espero que não se importe, mas eu fiz uma faxina, e organizei algumas coisas que estavam fora do lugar — ele disse jogando a minha mochila sobre o sofá da sala. 

   — Obrigado por tudo, Rafa, você é  incrível mano. — Falei, o cumprimentando,  e me jogando no mesmo sofá. 

   — Eu sei,  eu sou incrível mesmo — disse ele, passando a mão em seu cabelo e o jogando para cima, deixando o mesmo balançar com a movimentação de sua cabeça antes de cair sobre os olhos ao parar. — Não foi fácil, diga-se de passagem, aqui estava um caos.  Depois do incidente,  várias casas no quarteirão foram destruídas, — se ajeitou para sentar no outro sofá a frente — então,  fiquei preocupado que a sua casa também estivesse,  por sorte, eu me preocupei a toa, essa casa estava intacta comparada ao restante do quarteirão, tinha apenas algumas coisas fora do lugar e alguma outras destruídas,  mas não foi nada que uma faxina não resolvesse.

   — Te devo uma, amigo — me ajeitei no sofá, antes de voltar a encará-lo — Espera um pouco,  você disse que o quarteirão foi todo destruído, mas eu não vi nada destruído quando a gente estava vindo pra cá. 

   — É  isso que também me perturba — se levantou coçando a cabeça,  e começou a andar de um lado para o outro pela sala sem sair do meu campo de visão — Vários lugares foram devastados depois que tudo isso começou. Tsunamis, terremotos,  chuvas de fogo e várias outras catástrofes anormais começaram a ser frequentes,  dizimando vários seres humanos ao redor do mundo — ele pára para me encarar — Eu não sei como eu ainda permaneço vivo, depois de tudo o que já rolou. Alguém deve ter muita adoração por mim para querer que eu permaneça vivo. Também,  com a minha beleza, eu…

   — Foca na história,  Rafael! — o cortei, antes dele perder o fio da meada e focar em seus atributos físicos. 

   —  Foi mal aí, a onde eu estava mesmo? — se lembrou antes que eu revelasse — assim…então, eu diria que é  um milagre,  quase como um milagre divino,  só não digo que é  um porque não quero adorar esses novos seres que falam que são os antigos deuses desse mundo…ops — levou a mão a boca no intuito de fechá-la como se pronunciasse algo que não deveria — Não se pode falar mal deles porque coisas ruins acontecem. 

   — Mas você ainda não explicou como tudo parece normal.

   — É, é  mesmo, viajei legal agora. Então…eu também não sei como. Um dia eu acordei, tudo estava em seu devido lugar, tudo parecia normal. Quando eu perguntei para algumas pessoas sobre o ocorrido,  elas me falavam que não sabia do que eu estava falando, que nada daquilo que eu mencionava, fazia qualquer sentido — ele pára para respirar um pouco — embora eu consiga avistar alguns templos erguidos em vários lugares, e quando eu perguntei sobre, me olhavam estranho, como se eu fosse de outro mundo por não saber. 

   — Se o que me diz for verdade, então eles sofreram  lavagem cerebral, ou algo do tipo.

   — Como assim "se o que eu digo for verdade "? É  lógico que eu falo a verdade, não estou ficando maluco e nem…

   — Foi mal, não quis dizer isso — falei com as mãos erguidas em rendição, após ver os olhos esbugalhados e fumaças sair do  nariz dele — Eu acredito em você, mano.

   — Eu acho bom! — ele virou o rosto cruzando os braços. — Amanhã você verá por você mesmo, mas hoje, tem que descansar! — ele andou em direção à cozinha — Eu vou preparar algo para você comer. Deita aí e descansa!

   — Sim, mamãe. — eu comecei a rir pela cara que ele fez antes de partir para a cozinha.

   Eu não estava cansado, já havia descansado até de mais para o meu gosto. Sinto a energia que se acumulou enquanto eu dormia transbordando do meu corpo, me dando vontade de gastá-la toda de uma vez. Eu não estava mais ferido e nem estava impossibilitado para ter que continuar deitado, então resolvo sair enquanto o Rafael se distraia na cozinha.

   Corro o mais rápido que eu podia, pulando e saltando de vários obstáculos que intervieram no meu caminho. Eu era um com o vento  e ele era um comigo,  nada poderia me atrapalhar de estar sentindo esse sentimento tão bom que é  o sentimento de estar vivo. Eu estava me sentindo tão bem que me permiti parar e contemplar a lua. Ela estava tão linda com todo o seu resplendor e seu formato circular perfeito, uma obra prima da natureza, eu diria. Banhando em sua luz, uma sombra surge me chamando atenção.  Parei uns segundos para admirar uma bela ave de rapina que voava em minha direção, com as suas magníficas asas de penas variadas que faziam um belo contraste com a lua. Ela voou para cima de mim, no qual eu me abaixei para não ser acertado. Me viro de imediato para olhar atentamente  a coruja que havia pousado na minha retaguarda. 

   — O que é  isso…? — Sou surpreendido por uma luz ofuscante que estava sendo emitida pelo animal, que foi mudando de forma até ganhar uma silhueta mais humana. — O que está acontecendo…? — Avistei a coruja tomar a forma de uma bela mulher de armadura dourada, lembrando muito uma amazona que eu assistia em filmes ou séries na televisão. — Quem é  você…? Responda a minha pergunta!

   Sem dizer nenhuma palavra, ela ergue uma lança e aponta para a minha direção,  no qual eu me recolhi no instinto de me defender. Ao piscar os olhos, recebi um chute direto na boca do meu estômago,  me jogando para trás e fazendo com que eu ficasse com falta de ar. Ela agarrou o meu pescoço e me ergueu sem nenhuma dificuldade,  como se eu fosse leve feito uma pluma. Os seus olhos fitaram os meus, olhos esses que não percebia nenhuma maldade por trás de suas ações. Percebendo que eu não iria revidar, me jogou no chão feito saco de batatas e voltou a apontar a sua lança para mim.

   — Olha só para ele, que humano fraco! — ela recolheu a sua lança,  que desapareceu diante dos meus olhos — Não duraria muito em uma batalha real. Mas me intriga que tenha sobrevivido aquele rombo no estômago — ela começa a andar em minha direção —  Contudo, algo me diz que você não deve ser um humano qualquer. 

   — Q-quem é  você? — ainda tentando recuperar o fôlego, totalmente acolhido, perguntei.

   — Hum… o que eu faço contigo? — Me ignorando completamente,  começou a pensar andando de um canto a outro, balançando o seu escudo conforme mexia os braços. 

   Vendo ela inquieta, comecei a reparar melhor nela. Alguma coisa me parece familiar, mas… o que? A voz que estava emitindo enquanto sussurrava me lembrava de alguém…o seu jeito de andar… o jeito de agir…. mas quem? Entretanto, foi somente no momento em que ela parou de novo para me encarar, que eu acabei percebendo uma leve mudança em seu olhar. Aquele olhar penetrante e destemido, e ao mesmo tempo doce e sensível, só pertencia a uma pessoa que eu conheço.

   — Katy? É  você? — perguntei fazendo ela abrir um sorriso como resposta. 

   — Se está se referindo à dona original desse corpo, acertou. — ela tirou seu elmo deixando os cabelos cacheados à disposição.  — Mas atualmente ela está dormindo,  bem profundamente, enquanto eu realizo a minha missão. 

   — Se você não é a Katy,  então quem é…— um clarão interrompe os meus pensamentos — A-Atena? 

   O seu semblante pareceu surpreso quando citei esse nome, revelando ser o mesmo nome dessa pessoa que está à minha frente.

   — Que interessante… — ela se aproxima mais de mim, ficando a centímetros de distância — Tem algo de especial em você, os seus olhos refletem isso. Você é realmente interessante! Estou louca para descobrir o que lhe torna tão fascinante. — se afastou — Eu sei que nos veremos novamente, humano. Se isso for o que você realmente é. Tente manter-se vivo. Faça valer a pena eu ter salvado você. — ela voltou a se transformar,  voltando a sua forma de animal e saiu voando em direção à lua,desaparecendo do meu campo de visão. 

   — Eu quero a minha amiga Katrina de volta… — falei para o vento que levava as minhas palavras para longe.

   Pov Atena

   Que estranho…eu quase nunca me engano. Achei ter sentido uma energia poderosa vindo daquela direção,  mas tudo o que eu encontrei foi aquele humano fraco de antes. Humano… se é  que eu posso chamá-lo assim. Algo nele é  familiar e ao mesmo tempo tão diferente, não se encaixa com nada que eu já tenha visto antes. Ele me intriga. Acho que nem  mesmo ele sabe o que  é. Por um momento,  meu corpo tremeu com o lampejo de seus olhos, mesmo que por um instante, olhos esses, que transbordam um poder inacreditável. Isso vai ser interessante!

   — Devo alertá-lo daquele humano?

   Pov Narrador 

    Enquanto o Alexandre parava para admirar a grande  lua cheia no céu estrelado, ele não notou que tinha alguém escondido vigiando ele, na espreita, por entre as sombras do lugar.

   Os perigos rondam cada vez mais o jovem que apenas busca estar em paz e achar uma maneira de voltar aos negócios.  Ele podia estar parado, mas a sua ambição continuava a todo vapor,talvez, até mais forte que antes.

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