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7 - Alexandre

@user98911504 Seu pedido foi atendido, ou pelo menos da melhor forma "HELEN" possível, espero que goste...

Galerinha linda do meu coração, agora só semana que vem mesmo, boa leitura.

Então é isso. Vou viajar com Helen e nem estamos namorando.

Claro que podemos fazer isso como amigos, mas o que rola quando estamos juntos está longe de ser amizade.

Vou o caminho até em casa, relembrando cada momento louco e intenso que tivemos antes do pai dela entrar na sala e acabo rindo feito idiota por estar tendo essa conexão com o olhar com ela.

Por mais louco que pareça, conseguimos mesmo nos comunicar com o olhar.

Desço da caminhonete e vou direto ao escritório, preciso saber o que Franco propôs para aceitar a parceria com o Haras e como vou viajar fim de semana e só volto terça-feira melhor adiantar o assunto.

Sento a minha cadeira deixando a pasta ao lado, no chão, e pego o contrato. Leio com atenção cada ponto e a única exigência, é que aceite o avaliador de confiança da empresa estar presente sempre que achar necessário e que eu passe a ele todas as coisas que serão feitas com detalhes.

Se tivesse visto isso lá, teria dito na hora que estava fechado o negócio.

Ligo o computador para já enviar a resposta e olho ao lado uma pilha de papéis. Respiro fundo e aperto o nariz entre os dedos o que faz meus óculos levantar um pouco. Talvez não tenha sido uma boa ideia essa viagem...

Começo ler os papéis e logo a cabeça começa doer... Contas, reuniões com coletores, material para aquisição que precisa de aprovação, remédios para serem comprados... E assim vai... Trabalho que não tem fim.

Deixo de lado apenas para enviar o e-mail a Franco e faço isso de forma mais rápida possível, então volto às papeladas.

— Mano. — Jake chama da porta. — Não vai viajar mais? — Procuro um relógio, mas ele me informa. — São 17h23, Lê. — Suspiro cansado e esfrego o rosto levantando novamente os óculos, então o tiro e coloco sobre a mesa. — Não vai de novo, né? — nega com a cabeça.

Não é a primeira vez que cancelo uma viagem por conta de trabalho, só que desta vez ele e mamãe, compraram as passagens e fizeram as reservas, dizendo que estou trabalhando demais. Quando perguntei por que duas passagens, meu irmão sorriu e disse: "para minha cunhada que sei que vai me dar". Ele estava bem humorado no dia que me deu as passagens e até brincamos sobre isso.

Agora não posso cancelar porque convidei Helen. Ela não é cunhada de Jake, como ele disse, porém é minha convidada e não posso simplesmente desfazer o convite.

— Vou ver se conseguimos o reembolso para...

— Não vou cancelar. — Ele vira me encarando com ceticismo. — Só vou finalizar essas leituras e já entro.

— Quer que eu ajude com algo? — Aproxima e encosta ao meu lado. — Nos dias que estiver fora posso adiantar alguma coisa se quiser.

Eu até gostaria de deixá-lo responsável por algo, mas todas as funções da fazenda são braçais ou tem algo que faz mal a respiração dele. Isso sempre complica e acaba que temos que ir ao hospital as pressas e como não quero que fique doente nem que passe mal quando eu estou fora, melhor não.

— Não precisa fazer nada Jake, estou certo que os rapazes dão conta. — Deixo os papeis de lado e ele afasta da mesa. — Melhor entrarmos está começando a garoar e isso pode te fazer mal. — digo já saindo.

Jake me acompanha sem falar nada. Sabe que estou cuidado de sua saúde.

— Mãe? — Entramos e vejo minha mãe preparando uma bolsa pequena. — Vai à algum lugar? — Ela me encara franzindo a testa e aponto a mala.

— Isso? Apenas umas coisas para você levar meu amor nada demais. — diz colocando um bolo quase inteiro dentro. — Você vai viajar e esses lugares nunca tem comida boa.

Fico sem acreditar que ela está colocando comida para que leve e Jake está prendendo o riso.

— Mãe, vou de avião e vamos ficar em uma pousada não precisamos levar comida. — Consigo falar.

— Peraí, você disse nós. Nós quem? Só vai você. — Meu irmão pergunta e minha mãe me encara.

— Eu convidei uma amiga. — Dou de ombros, sem olhar minha mãe, não quero que crie expectativas. — Ela não ia fazer nada fim de semana e vocês compraram uma passagem extra que nenhum dos dois quis usar, então usei com ela.

— Ora vejam só até que enfim boa notícia. — Meu irmão começa rir e vem até onde estou. — Se eu soubesse que essa passagem faria esse milagre tinha comprado antes.

— Mais um motivo para levar comida, não quero que essa sua amiga aí pense que não cuido de você. — Com isso minha mãe volta a arrumar a mala, colocando mais coisas dentro. — Só vive comendo porcarias desde que voltou a estudar, está ficando um palito. Daqui a pouco está doente e... — continua falando várias coisas e Jake continua tentando não rir.

— Mãe... Mãe... — Vou até ela e pego-a no colo. — Ainda consigo pegar a senhora no colo, viu. — Ela dá tapas no meu braço e a coloco no chão, rindo.

— Está querendo se machucar? — diz toda brava. — Você é tão teimoso quanto seu pai. — reclama e pega a bolsa em cima da mesa. — Vive apenas para o trabalho, não respira, não come...

Sinto o ar pesando novamente, é sempre assim quando escuto falar do meu pai. Sempre quis ser como ele centrado e trabalhador, e claro, ser um bom pai, mesmo que isso ainda não tenha ocorrido. Só que toda vez que sou comparado a ele é estranho, não sei explicar.

— Mãe, vou preparar minha mala já que a senhora já fez a comida. — Melhor não discutir com ela.

Vou ao meu quarto e faço uma mala rápida, não vou passar mais que quatro dias fora não há necessidade de muitas roupas. Coloco os itens básicos e meu notebook para controlar o trabalho da fazenda e da clínica de longe e logo desço.

— Mano, podemos conversar?

— Claro. — olho o relógio em meu pulso. — Tem que ser rápido. — Vamos ao escritório.

— Sei que se preocupa com a gente e com tudo, mas vamos ficar legal, tá. — diz sem jeito e fecha os olhos. — Vou cuidar da mamãe, prometo. — Abro um sorriso e bato em seu ombro.

— Gosto de te ver sorrindo assim. — digo contente. — Era só isso?

— Quem é sua amiga? É motoqueira Ruiva que te chama de Mala? — diz rindo.

— Sim, por quê?

— Você está gamado, nela dá para notar que ela mexe com você. — Abaixa o olhar e fico sem entender. — Acho que do mesmo jeito também. — Ergo a sobrancelha e olho o relógio novamente. — Ela é bem diferente de mim também, mas é legal e me aceita, ou pelo menos parece que aceita.

— Jake, isso é perfeito, nem acredito que está me contando isso.

— Só por que você está todo apaixonado pela sua amiga ruiva. — Soca minha barriga sorrindo. — Acho que entendo você, a minha também é bem diferente de mim, mas gosto dela cara, e acho que vou investir. — diz sorrindo.

— Vai aceitar o tratamento então?

— Acho que sim, quando você voltar conversamos.

— Pode chamar a tal mulher misteriosa para um jantar, mamãe vai adorar ter com quem conversar. — Olho meu celular tocando, é Helen.

ELA — Aí mala, chegando?

ELE — Chego em uma hora, Ruiva. — Uso o apelido que todos usam, mas é estranho. — Está pronta?

ELA — Claro que não, vou tomar banho. — diz rindo. — Por isso perguntei, dá tempo de boa. Até mais Mala. — Desliga.

— Tenho que ir mano, depois me fala quem é a tal mulher e quando voltar vemos como vai ficar sua fisio. — Fazemos o toque de sempre e me despeço. — Cuida da casa, mano. — Vou à sala, minha mãe já está com a mala lotada de comida e me entrega sorrindo. — Mãe, assim não vou passar na porta do avião. — lhe dou um beijo na testa.

— Do jeito que está magrinho, isso não vai nem fazer cocegas. — Me abraça forte e beijo sua cabeça. — Que Nossa Senhora e Jesus cristo te protejam, querido. — Faz o sinal da cruz me protegendo como sempre. — Te amo.

— Te amo mais, mãe. — Lhe dou mais um beijo e saio.

Chego a casa de Helen e ela está conversando com o tal Erick, sinto meu corpo esquentar de dentro para fora ao ver que eles ainda estão conversando, achei que ele já tinha sumido da vida dela.

O que essa menina tem na mente para continuar conversando com esse imbecil?

— Boa noite. — digo e o idiota olha para mim dos pés a cabeça.

— Oi Xande, minha mala já está pronta, já pego, um instante. — Helen diz sem me cumprimentar direito. — Então Erick, eu vou participar da corrida sim, mas não vou esse fim de semana para o evento lá, vou viajar agora com o Xande, só volto próxima semana. — Ele volta me olhar agora me encarando e abro um sorriso o provocando.

Não sei o motivo de ter feito isso, mas me aproximo de Helen e coloco minha mão sobre sua cintura, nas costas.

— Olá muito prazer em conhecê-lo, Erick. — Aceno com a cabeça sorrindo e encosto-me mais a Helen. — Vai demorar, Pequena? — digo o apelido que uso com ela sem roupas e ela me olha de lado.

— Não Xande, estou terminando um assunto com o Erick e já vou.

— Não demora, nossa reserva tem horário. — digo apenas para ver a reação do imbecil.

Estive pensando no caminho até aqui, já que estamos tendo esse lance de sexo e raramente nos contemos um perto do outro, não seria mal, tentarmos um relacionamento. Claro que ia propor isso a Helen na viagem, mas já posso deixar o imbecil achando que temos algo sério.

— Posso pegar as malas? — a encaro sorrindo.

— Estão na escada Alex. — me encara, engolindo em seco. — Eu pego, não se preocupe.

— Eu faço isso para você, Pequena. — Pisco para ela e viro para o imbecil. — Tenha uma boa noite, senhor Erick. — Vou novamente ao carro, mas ainda escuto.

— Me substituiu rápido, Cachorrinha. — Travo meu maxilar e respiro fundo, para não voltar a socar a cara dele por chamá-la assim.

— Não acho que isso seja da sua conta, Erick. — Helen diz parecendo irritada e escuto ainda. — Vou viajar e quando voltar te falo se posso ou não descolar o que pediu, de momento tenha um ótimo feriado. — Ela vem até o carro e abro a porta para ela entrar.

— Pronta? — digo sorrindo, tentando fingir que não escutei nada.

— Claro, só estou com fome. — Dou a volta para ir ao banco do motorista e noto o imbecil me olhando, o ignoro e entro no carro. — Xande, você é mesmo meu herói, valeu. — diz já mexendo na bolsa que minha mãe fez, cheia de comida. — Como sabia que eu estaria com fome?

— Essa mala é minha, Senhorita Sabe-Tudo. — Brinco e ligo o carro.

— Poxa Xande, sei que você é todo grandão e forte, mas tem comida aqui para um batalhão. — para de mexer e me encara. — Você come tudo isso?

— Não como quase nada disso, foi minha mãe quem fez. — Espero ela gargalhar ou ser sarcástica, mas ela fica muda. Olho de lado ela está paralisada. — Pode falar eu sei "filhinho da mamãe", não ligo para isso.

— Não falaria isso, Xande. — diz guardando as coisas novamente. — Só achei nobre da parte dela cuidar assim de você. — Fico sem compreender muito bem.

— Metade disso ela fez para você. — Ela franze a testa e dou risada. — Quando eu disse que não iria viajar sozinho, ela dobrou a quantidade de coisas, dizendo que não queria que morrêssemos de fome. — Helen gargalha e sinto um conforto delicioso com o som do seu riso. — Então acho bom não deixar de comer, pois ela vai querer saber se você gostou do que ela fez.

O caminho até o aeroporto foi tranquilo e Helen realmente estava com fome, pois não só comeu o que minha mãe fez como elogiou muito. Claro que eu já sabia, minha mãe é excelente cozinheira e me ensinou uns truques para não morrer de fome.

— Vai demorar quanto tempo? — diz bocejando e esfrega o rosto. — Estou com sono, culpa da comida da sua mãe. — diz rindo.

— Culpa sua de ser gulosa, quase não sobrou para mim. — Brinco com ela que me dá um soco no ombro. — Para uma mulher pequena você come muito.

— Cala a boca, seu Mala, não comi quase nada. — Reclama e se estica ficando de pé na minha frente. — Vai demorar?

— Nosso voo sai às 21h, são 20h35.

— Aff preciso exercitar ou vou dormir aqui mesmo. — Começa fazer exercícios.

Entendam bem... Estamos na sala de espera do aeroporto, tem apenas um pequeno quadrado de espaço à nossa frente, estamos na área de voo da primeira classe onde todos são executivos e empresários e Helen está se exercitando.

Imagine a cena... Ela está de pernas abertas e abaixando para tocar o chão, então repete o processo na lateral das pernas tocando cada um dos pés, então junta os pés e toca os dois deixando sua bunda empinada... Tudo isso com um micro short.

Claro que até os empresários mais centrados no trabalho estão olhando para ela.

— Helen aqui não é lugar para fazer isso. — digo desconfortável e ajeito minha calça.

— O que foi General? — abre um sorriso, sem vergonha e se aproxima. — Deixe você com uma espada pronta para batalha? — coloca uma mão de cada lado do meu corpo sobre o sofá e fica centímetros da minha boca.

— Pelo visto fez isso com vários ao redor.

— Que pena para eles só comer com os olhos, não é General Mala?

— Isso quer dizer que vou poder tocar, Senhorita Sabe-Tudo? — Aproximo mordendo seu lábio inferior, ela geme baixo. — Se continua com o show, vamos parar na delegacia, pois vou quebrar a cara de uns empresários imbecis que estão de olho na sua bunda.

— Meio possessivo, não é? — diz e afasta. — Preciso ficar acordada Alex, exercícios faz bem a saúde. — Volta se exercitar como estava, só que com a bunda virada para mim agora. — Não acha bom que eu me exercite? — Me olha pelo meio das pernas quando sua mão alcança o chão.

Levanto e pego-a no colo, ela dá um gritinho e circula meu pescoço, sento com ela no meu colo ainda e a encaro.

— Pequena, vou adorar que faça seus exercícios no meu quarto quando estivermos na pousada, de preferência, sem esse tecido todo. — Ela ri e se mexe em meu colo me fazendo gemer — Aqui não, Pequena, não na frente desse bando de urubus.

— Alex — ela se mexe em meu colo sentindo como estou duro e geme também —, esse fim de semana podemos só curtir um ao outro sem ficar lembrando o quanto nos irritamos no dia a dia?

— Você não me irrita, Pequena. — Ela me encara cética e ergue uma sobrancelha. — Tá, às vezes, irrita sim, mas é que você age sem pensar e... — ela abaixa o olhar e fecho os olhos. — Está certo, trégua até terça então. — Estendo a mão para um acordo.

— Essa trégua pode incluir gemidos e suor? — Se mexe mais sobre minha ereção. — Queria saber o que mais esse, General Mala, tem a me ensinar.

— Será um prazer te ensinar muitas coisas, Pequena, um prazer delicioso sem tantas roupas. — Aperto-a.

— Até terça vamos esquecer quem somos e nossas vidas aqui, pode ser? — Encosta a testa a minha e morde o lábio me encarando. — Sem preocupações. O que acha?

— Perfeito. — Ela se mexe mais em meu colo. — Pequena, aqui não.

— Achei que era sem preocupações, General. — me provoca e beija minha boca.

Todo meu controle vai para o espaço ao sentir sua língua invadindo minha boca e seus gemidos os meus ouvidos.

Beijo-a com vontade, passando minhas mãos por seu corpo e paro em sua bunda apertando de leve, ela se mexe em meu colo e nossos beijos ficam ainda mais sem controle. Escutamos um limpar de garganta e paro o beijo para ver o que está acontecendo.

— Senhores, por favor, façam isso em outro lugar. — A moça do aeroporto, está vermelha, mas vem fazer seu trabalho.

Helen começa rir e abraça meu pescoço colocando sua cabeça em meu ombro, eu fico muito sem graça por ter mais uma vez perdido o controle da situação.

— Pode deixar, senhorita. — digo e ela sai. — Viu só o que causou? — digo a Helen que não para de rir.

— O que posso fazer se você me deixa em chamas com esse seu jeito mandão. — Me surpreende com mais um beijo. — Preciso ir ao banheiro trocar a calcinha, essa já está encharcada. — diz com naturalidade e levanta me encarando. — Eu daria uma ajuda com isso no banheiro — Aponta minha ereção sorrindo —, mas todos aqui ficariam com inveja do que estaríamos fazendo. — Com isso sai e vai ao banheiro.

Depois do reboliço no aeroporto e de eu ficar muito sem graça com olhares das mulheres para mim, fomos ao avião e a viagem foi tranquila. Chegamos a pousada 23h e Helen estava tão cansada que a coloquei na cama e ela dormiu rapidamente.

BÔNUS HELEN

Erick, chega na hora que estou saindo de casa para esperar Alex. Deixo a mala sobre a escada e vou ver o que ele quer.

— Oi Erick, algum problema?

— Oi Ca... Helen, como você está?

— Bem é você?

— Bem também. — fica sem jeito. — Vai participar da corrida esse fim de semana?

— Não. Estou indo viajar agora. — estreito o olhar para ele. — O que quer Erick?

— Sei que interpretou errado o que escutou eu falar na ópera aquele dia, pois gosto de você Helen, não é mentira. — engulo em seco, lembrando-me de suas palavras.

— Acho bom não ficarmos lembrando do passado Erick, afinal é apenas isso mesmo, passado.

— Sim, melhor então. — chuta uma pedra invisível à frente e olha para os sapatos. — Queria recomeçar, com você... Sabe começar do zero de verdade... Sermos amigos e sairmos juntos, apenas amizade mesmo Helen, nada mais que isso. — Me encara mordendo o lábio. — Eu já fiz tanta burrada na vida e perdi tanto, não quero perder você, por favor, aceita que eu mostre que sou um bom amigo, por favor.

Não sou mais ingênua a ponto de achar que ele gosta de mim e tal, mas também não sou uma má pessoa e se ele for apenas amigo, não vai influenciar nada em minha vida, tenho vários conhecidos que apenas vejo nas corridas e ele possivelmente será igual.

— Eu... — Paro de falar, pois Alex estaciona sua caminhonete logo atrás de nós. — Preciso ir Erick, minha carona chegou.

— Achei que você dois não se entendiam. — ele estreita os olhos para Alex.

— Boa noite. — Alex chega perto de onde estamos e meu corpo já arrepia apenas com o som de sua voz.

— Oi Xande, minha mala já está pronta, já pego, um instante. — digo tentando manter minha sanidade.

A parte que fiquei sem entender foi os dois meio que se estranharem, não sei por que isso. Erick, não é mais nada meu e Alex também não, mas agiu como se estivesse com ciúme de Erick por perto.

Realmente não sei o que Alex tem, pois fico meio que ansiosa perto dele, ele mexe comigo mesmo eu tentando evitar, por isso comi boa parte da comida que a mãe dele fez para viagem, infelizmente eu como quando estou apreensiva ou nervosa.

E por mais que eu tente ser uma mulher racional e comportada como tenho tentado manter os últimos dias, perto de Alex é impossível. Meu corpo age por impulso e acabo não notando. Foi assim no aeroporto enquanto aguardávamos o horário, só queria relaxar e ficar perto dele não resolvia, comer não podia, então fui me exercitar, claro que, tudo foi por água abaixo e a culpa é dele por ficar me provocando com essa voz sexy.

O fato é que fizemos um acordo de paz onde nenhum dos dois sairá machucado, teremos um feriado juntos, cheio de tesão e sexo a vontade e sem compromisso com isso. Apenas sexo para deixar nossos corpos livres dessa coisa que sente um perto do outro.

Não sou de fato uma mulher de ficar de coraçãozinho e flores, na verdade nem mesmo gosto de lugares cheios de árvores e flores, me dá coceira, mas "fiz" um café da manhã, "fiz" por que só desci ao salão da pousada e preparei a bandeja, e agora subi novamente para o quarto, para lhe dar um bom café da manhã na cama.

Acredite. A última coisa que pensei quando acordei a pouco foi em café da manhã.

Alex está todo gato deitado na cama apenas com uma boxer, está virado de barriga para baixo, abraçado a um travesseiro e salivei com seus músculos quando acordei, mas como uma boa menina, me comportei, e fui lhe preparar um café da manhã reforçado, preciso que ele esteja saudável para podermos brincar a viagem toda.

Deixo a bandeja na pequena mesa, próxima a cama, e logo minhas mãos estão acariciando o corpo dele ainda adormecido, subo por suas panturrilhas e coxas, enquanto vou deitando-me sobre ele, acaricio sua bunda ainda coberta e beijo suas costas nuas da base até o pescoço.

Esse General mandão, vai aprender que não é apenas mandando que se tem prazer, desta vez eu vou estar no comando.

Sinto um peso nas minhas costas, como se não tivesse dormido direito, mas o peso está se movendo e me beijando. Acabo sorrindo com isso, é Helen, me acordando com beijos. Quem diria isso. Finjo estar dormindo para ver até onde ela vai ser uma boa menina.

Ela continua me beijando e involuntariamente sinto calafrios, ela sorri e continua distribuindo beijos até próximo ao meu pescoço, então deita por completo em minhas costas e apoiando às mãos no colchão, abaixa apenas para dar beijos próximo a minha orelha.

— Ei General, hora do café da manhã. — Continua beijando meu pescoço. — Achei que acordava mais cedo, está atrasado para seu banquete. — diz me provocando com os seios esfregando em minhas costas. — Se acordar logo, talvez possamos até ter uma sobremesa no café da manhã. — Solto um gemido sem querer ao imaginar como ela está excitada ao me falar essas coisas. — Hmmm assim o General acordou, foi só falar que vai ter uma sobremesa que seu pau resolveu dar bom dia. — Apoia as mãos sobre minhas costas, ficando sentada sobre mim. — Acorda, Xande para de graça. — Me dá um tapa nas costas e acabo rindo internamente. Essa é minha, Pequena.

Viro de forma rápida e a seguro pela cintura. Ela está sexy e provocante apenas com um biquíni de tiras azul. Minha ereção fica ainda mais ativa que já estava.

— Vejo que alguém acordou de bom humor. — Ela senta sobre minha ereção, mexendo o quadril e se inclina para beijar meu tórax. — Será que posso dar bom dia a seu companheiro?

— Não antes de me dar bom dia. — puxo-a para mim e tomo sua boca em um beijo louco.

Minhas mãos estão por todos os lugares do corpo dela e logo estão puxando as tiras do seu biquíni, Helen está me beijando com a mesma paixão e suas mãos estão sem controle sobre meu corpo, causando-me arrepios deliciosos.

— Acordei louca de tesão quando te vi assim sem roupas. — ela diz beijando meu pescoço e vai descendo para meu peito. — Achei que era mais uma brincadeira da minha mente, logo de manhã, mas você está longe de ser apenas uma brincadeira gostosa. — beija meu peito e desce mais. — É um puta tesão e estou louca para terminar meu sonho maluco. — Com isso, sem me dar tempo para nada, puxa minha cueca para baixo e passa a língua na ponta do meu pênis.

Sempre gosto de estar no controle e sou em quem dita as regras, digo quando quero ser chupado e como quero que faça, mas Helen nem mesmo me pergunta se eu quero, e nem como quero. E porra, ela está mandando muito bem.

Sua língua passa pela ponta e vai descendo, então sobe novamente e o coloca na boca, chupa com vontade e coloca mais fundo.

Perco por completo meu raciocínio. Helen segura à base com sua mão pequena e junto com sua boca começa me masturbar, sua boca vai até onde consegue e sua mão auxilia, então chupa com vontade.

— Você é delicioso Alex. Não é a toa que me viciou. — Passa a língua sobre a cabecinha e a encaro. — Vou te fazer gozar com minha boca. — Sorri e volta me encarar.

Seus olhos chocolates estão escuros de desejo e sua boca rosada e atrevida está formando um O perfeito em meu pau. Ela desce devagar me encarando e fecho os olhos com a sensação maravilhosa. Então sobe por completo e passa a língua na ponta novamente me fazendo olhar para ela.

— Não vou fazer o show se você não manter seus olhos abertos para apreciar. — diz sorrindo e seguro seus cabelos.

— Pequena, sua boca é a porra de um tesão no meu pau, não vou durar muito se ficar olhando.

— Só terá o que quer se ficar olhando, General. — Sua língua passeia mais uma vez por todo meu pau. — Quer ou não que eu continue?

— Pequena, você é muito gostosa, porra. — Seguro seus cabelos a puxando de leve. — Faz o que quiser, Pequena, me faz gozar então, porra. — digo me concentrando em sua boca.

Ela sorri e segura novamente à base com a mão, então com a outra vai às minhas bolas massageando e sua boca volta me torturar, sugando e lambendo.

Porra Pequena... Hmmm...

— Delicioso General. — Vai fundo e suga repetidas vezes. Seguro seus cabeços mexendo meu quadril e ditando o ritmo. — Hmmm, gostoso... Goza pra mim General, goza... — ela começa sugar com mais eficiência sem desgrudar os olhos dos meus, me chupando com vontade.

Perco por completo a noção de que ela é pequena e que preciso de controle para não machuca-la e começo foder sua boca como queria estar fazendo com ela, só que ela sabe bem o que fazer para me desconcentrar e começa ditar o ritmo com a boca, me fazendo parar e apenas apreciar o momento. Logo estou no paraíso de um gozo intenso e Helen está sorrindo.

— Adorei o café da manhã, General. — ela diz subindo novamente sobre mim e beija meu peito, vindo até minha boca. — Delicioso, você. — beija minha boca e ainda sinto meu gosto em sua língua.

Seguro seu corpo junto ao meu e viro-a para ficar por cima,

— Agora minha vez de sentir seu gosto, Pequena. — ela circula minha cintura com as pernas me impedindo. — Qual é Pequena, assim não vale. — digo por já estar quase posicionado em sua entrada. — Isso é covardia com minha pessoa. — Beijo sua boca e ela segura meus cabelos entre os dedos.

— Não quero sua boca aí agora, quero você todinho, me fodendo com força, General. — Sua boca ataca a minha e entro de vez, sem pensar muito. — Isso mesmo General, agora mexe com vontade. — diz mexendo o quadril e puxando novamente minha cabeça para um beijo.

Só posso dizer que adorei meu primeiro dia de viagem e que o café da manhã foi um banquete delicioso.

Tomamos um banho e logo depois descemos para ver o local. Jake é inteligente, me mandou para um lugar que não só é sossegado como é repleto de natureza. Pena que minha acompanhante não parece gostar muito.

— Nossa que saco, não tem um lugar sem tanto mato?

— Nem tem tanto mato assim Helen, são apenas árvores e quase não tem. — olho ao redor, tem mais montanhas que árvore. — Vem vamos dar uma volta. — seguro sua mão, ela me acompanha.

Começamos a fazer caminhada por uma trilha pequena que nos dá acesso uma das mais lindas visões da natureza.

— Uau. — Helen exclama ao parar na frente da cachoeira linda que tem aqui. — É incrível isso.

— Então, senhorita Sabe-Tudo, natureza não é tão ruim assim, é? — brinco com ela e vamos para uma das rochas que fica próximo a água.

Tem diversos turistas em volta e muitos já estão nadando e se divertindo, tem muita famílias aqui e diversas crianças de várias idades, inclusive adolescentes cheios de testosterona olhando para Helen de biquíni.

Passo minha mão sobre sua cintura e um deles ainda tem a audácia de erguer a sobrancelha para mim. Pirralho idiota.

— Aonde vamos, Alex? — Helen pergunta ainda encantada com a cachoeira a frente, por isso não nota os olhares para ela.

— Vamos ficar ali — aponto uma cadeira livre e sigo até ela. —, quando der uma diminuída de pessoas na água aproveitamos mais.

— Mas aí vamos perder todo o sol e a diversão. — ela para me encarando. — Vamos para a água ou tem medo de se afogar? — Traça meu maxilar com a ponta do dedo indicador e sorri, tira o tecido que estava cobrindo a parte de baixo e joga em cima da cadeira. — Vem Xande. — Vai até a pedra e pula.

Fico de olho onde estou, não estou a fim de brigar com esses moleques imbecis, mas eles não param de ficar olhando para ela e agora que ela está completamente de biquíni, sem nada cobrindo, estão quase babando.

Estou tão concentrado nos moleques imbecis que por um instante perco Helen de vista e quando vejo, ela já está do outro lado, perto da cachoeira, e parece se afogar, está subindo e descendo da superfície como se não conseguisse sair do lugar.

Era só o que me faltava essa louca não saber nadar e ter se jogado na água mesmo assim.

Tiro minha camisa e antes de tirar a bermuda vejo um dos adolescentes idiotas indo em direção a ela. Ótimo vai dar um de salva vidas. Jogo a bermuda rapidamente de lado e salto com precisão indo rápido até onde ela está.

Chego e seguro na cintura de Helen, puxando-a para meus braços, ela circula meu pescoço e começa gargalhar. Afasto e a encaro.

— Está louca mulher?

— Não, só queria que viesse nadar comigo e como sei que é todo certinho, viria me salvar. — Circula minha cintura com as pernas e continua rindo.

— Ainda bem que chegou a tempo, você está bem moça? — Olhamos para o lado. O garoto deve ter uns 18 anos de idade no máximo, mas está todo animadinho ao ver Helen mais de perto.

— Oi. Sim estou bem, desculpe, só estávamos brincando. — Solta minha cintura e beija meu peito. — Sabe como é? Gosto de fingir que estou em perigo para esse grandalhão vir me salvar. — Ela diz e beija meu maxilar, seguro sua cintura e beijo sua boca. — Você é novinho, deve brincar por aí também. — diz rindo.

Desta vez sou eu quem ergo a sobrancelha de forma arrogante.

— Obrigado por se preocupar rapaz. — digo, sorrindo feito idiota, tenho certeza. — Ela vai ficar bem comigo. — O rapaz sai todo murcho e acabo rindo. Helen é mesmo linda.

— Por que esse sorriso, General?

— O garoto estava louquinho para te salvar e poder colocar as mãozinhas sujas em você, só para se gabar com os amigos depois. — Helen olha para o menino que já está longe. — Você é nova e bonita Helen, é normal eles olharem.

— Você só pode estar de brincadeira com minha cara. — ela diz afastando e rindo. — O carinha é um bebê. — Gesticula e sai nadando. — Vem Xande, bora curtir o restante do dia.

Acabo rindo e vou até ela, já que entramos na água, melhor aproveitar.

O dia foi perfeito e agora estamos indo ao jantar, tem um restaurante aqui perto da pousada e vamos até ele, Helen está de short e uma regata daquelas que parece vestido.

— Por que roupas tão extravagantes?

— Gosto de me sentir livre, aquelas roupas do escritório, me prendem. — me olha e morde o lábio. — Está com vergonha de sair comigo assim?

Vergonha? Vergonha? Estou é excitado de ficar vendo ela assim sexy o tempo todo.

Puxo-a para meus braços sem me importar de estarmos na porta do restaurante e a beijo já com desejo intenso.

— Escuta Pequena, não teria vergonha de você, só que fico de pau duro toda vez que te vejo e suas roupas não ajudam me manter centrado. — ela ri e circula meu pescoço com os braços. — E quer saber mais? Prefiro você assim do que como te vi na empresa do seu pai.

— Nem me fale, está sendo uma tortura usar tanta roupa lá. — ela diz sorrindo e revira os olhos. —, mas você tinha razão, estou gostando de trabalhar na empresa.

— Que maravilha, me conta como está sendo seu desenvolvimento. — Seguro sua mão e entramos.

Ela conta empolgada que os últimos dias na empresa foram bem produtivos e que adorou participar de reuniões e decidir algumas melhorias para a empresa, claro que ela contou tudo falando alto e gesticulando como sempre, mas fico feliz por ela estar se entendendo.

— Xande, é incrível a sensação de conquistar algo novo, sabe... Foi como a primeira vez que corri de moto e cheguei a final foi...

— Você correu de moto? — Mexo-me desconfortável. — Corrida, tipo aposta?

— Sempre que dá eu vou a corrida. Erick veio perguntar exatamente se eu iria fim de semana, mas como vim com você, não fui à corrida — dá de ombros. — Sempre tem outras e claro, já me inscrevi para o torneio.

— Esse torneio é exatamente como? — Tomo meu vinho tentando relaxar.

De repente o ar ficou pesado e minha garganta parece ter uma bola de pelo grudada.

— São várias etapas Alex, temos corrida tradicional, desafios entre motos, muita adrenalina no rally e esse ano teremos uma surpresa para os melhores, e claro, eu já estou incluída, mas não podemos contar antes de estar certo. — diz empolgada e bebe seu vinho. — É muito excitante pilotar, não sei por que não gosta de moto, você já pilotou alguma vez? — Pergunta e mexo-me mais desconfortável ainda. — É excitante demais.

— É muito perigoso, não gosto de perigo.

— Perigo está em todo lugar Xande, pilotar uma moto não é perigosa, é só saber com fazer.

— Nem sempre. Às vezes, você sabe, mas, por exemplo, sua vida fica ainda mais em perigo em uma moto que em um carro em um acidente de trânsito. — Acabo me alterando ao lembrar-me de Jake todo machucado. — Com o carro pelo menos temos mais proteção.

Acho que me alterei demais, pois Helen está paralisada me encarando e pisca várias vezes. Droga, preciso parar com isso, ela não é Jake e o que faz da vida dela não me diz respeito.

— Vamos para a pousada já está tarde. — digo levantando.

Helen, me encara sem dizer nada e toma mais um pouco de vinho, então se aproxima, segura meu rosto me surpreendendo com um beijo. Retribuo com um misto de desejo e frustração, puxando-a mais para perto quase nos fundindo.

— Ei General, acho que podemos discutir isso de outra maneira, em um lugar mais reservado e sem tanta roupa, não acha? — Ela sorri e acaricia minha nuca com a ponta dos dedos, enquanto, beija meu maxilar. — Sabe o que não é seguro, General? — Passa o dedo indicador por meu peito, parando abaixo do meu umbigo. — Você andar por aí com essa espada a mostra. — Beija minha boca e sai. — Vamos Xande, já está tarde. — diz indo a porta do restaurante.

Deixo o dinheiro sobre a mesa, pagando a refeição e a gorjeta do garçom, não faço ideia de quanto foi o valor da gorjeta, mas o moço diz obrigado alto antes mesmo de eu sair atrás de Helen, que já está sorridente na calçada.

Daqui até a pousada são cerca de 5 minutos a pé e Helen começa correr na frente me fazendo ir atrás dela. Sei que não sou mais um moleque de 20 anos, mais me sinto feliz por estar com ela. Sua alegria é contagiante.

Quando chegamos a pousada ao invés de Helen ir para a esquerda, nos levando a casa e ao quarto que estamos, ela vira à direita indo para a trilha que nos leva a cachoeira.

Por um instante, para perto da entrada da trilha e me chama com o indicador fazendo uma cara safada, então desabotoa seu short, deixa-o cair aos seus pés e entra na trilha.

Essa mulher só pode ser louca mesmo, está entrando em um lugar cheio de mato e no escuro, mesmo com essa lua brilhante iluminando o caminho, pode ter morcegos ou cobras aqui.

Pego seu short e sigo-a chamando. Logo estamos na cachoeira, agora deserta. Ela para em cima da pedra, já sem sapatos, e tira a camiseta e o sutiã jogando aonde deixou seu tênis, então pula me chamando.

Ainda estou com o short dela na mão e paro olhando seu corpo apenas de calcinha sendo iluminado pela lua. Ela parece uma sereia nadando com seus cabelos cor de fogo e confesso que estou enfeitiçado.

Tiro minhas roupas jogando junto à dela e pulo na água, só que ao contrário de Helen, estou completamente sem roupas.

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