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5 - Helen

Beijo sua boca como se isso fosse um bote salva vidas em meio a uma inundação.

Alex passa a corresponder meus beijos de forma faminta e nos encostamos à parede. Minhas mãos passeiam por seus ombros largos e descem ao seu peito, sentindo como é forte. Sua boca desce para meu pescoço enquanto sua mão enorme está em minha nuca enroscada em meus cabelos.

— Meu Deus como você é cheirosa... — diz voltando me beijar na boca e aperta meu seio. — Você é pequena, mas é tão perfeita. — Seguro sua blusa puxando-o para mim.

O estacionamento do Hernandéz é tão lindo quando o local e cada espaço dos carros e motos são exclusivos, são repartidos com uma madeira vazada com vários quadrados e cheia de folhas nas laterais e parece uma espécie de cabine.

O sonho onde estamos na praia volta a minha mente e fico ainda mais tentada a tocá-lo sem roupas, desço minha mão por seu tórax, chegando à barra da sua camisa e puxo, colocando minha mão dentro e sentindo seu corpo quente e duro.

Gememos ofegantes e Alex me prende mais a parede.

Minhas mãos sobem por seu peito e minha perna sobe pela lateral do corpo dele, isso faz com que Alex suba a mão por minha coxa e aperte minha bunda. Gememos mais uma vez e ele me puxa mais, fazendo nossos corpos se unirem. Sinto sua ereção pulsando e minha excitação cresce mais.

— Alex... Quero mais... — Seguro seu cabelo entre meus dedos e puxo sua cabeça para lhe dar um beijo.

Sinto as mãos enormes de Alex indo a minha bunda e logo minha calça desce junto com minha calcinha.

— Meu Deus como queria sentir você. — Ele diz ofegante apertando minha bunda agora nua e segue para meu clitóris, massageando. — Tão perfeita. — Morde meu lábio e desce seu dedo até minha entrada. — Está tão molhadinha... Me deixa louco para colocar a boca aí.

Desço minha mão até sua calça, abaixando seu zíper, e coloco minha mão dentro de sua calça sentindo sua ereção ainda mais ativa.

— Vamos General... Me dá isso...

Alex afasta apenas para libertar sua ereção por completo, aproveito para tirar por completo minha calça, quando ele me olha só de camiseta segura minha cintura e me prende novamente a parede, atacando minha boca e retribuo.

Ele segura minha cintura me levantando do chão e enrosco minhas pernas em sua cintura posicionando-me para recebê-lo. Sinto-o me preencher e gememos entre os beijos. É uma sensação deliciosa.

— Ohhhhh... hmm delicioso... — Enrosco meus braços em seu pescoço e Alex segura minha bunda apertando conforme vai mais fundo. — Isso General, mais fundo...

— Escuta Pequena, essa brincadeira precisa acabar. — Mexe mais. — Você me irrita e me excita... E porra. — Vai fundo mexendo rápido e me prendendo a parede. — Me faz pensar em seu corpo nu, tempo demais. — Sobe as mãos na lateral do meu corpo e para em meus seios, os aperta, então sobe para meu cabelo e segura entre os dedos, puxando-o para trás e o encaro. — Precisa entender que eu mando... — Beija meu queixo deslizando a língua por meu pescoço e morde a lateral próximo ao meu ombro. — Te disse que quando sentisse tudo iria querer mais, só que hoje será a última vez, Pequena. A última. — Com isso dá mais umas estocadas e chego ao clímax me desmanchando em seus braços. — Ah, Pequena... Você é tão gostosa... — diz puxando meus cabelos e beija minha boca.

Alex me coloca no chão e afasta ajeitando sua roupa, olho por entre os quadrados da madeira que separa as cabines das motos e vejo dois homens vindo, volto a realidade rápido e corro para pegar minha calça, mas não vai dar tempo para colocar.

Olho para Alex, que vê o mesmo que eu e vejo-o pegar sua pasta do chão arrumar sua roupa e sair.

Não acredito que vai me deixar assim!

Fico irritada por ter acreditado que ele era diferente, porém, ele me surpreende novamente.

— Ei, rapazes. — Ele chama a atenção dos dois, indo até eles. — Não moro por aqui e meio perdido, será que podem me dizer como faço para chegar a Rua Álvares Tito, é uma universidade local, mas como disse não faço ideia de onde fica.

Acabo rindo. Ele está pedindo informação de como chegar a faculdade onde estudamos, para que os dois olhem para o outro lado, me dando tempo para vestir minha calça. Faço isso rapidamente e coloco o capacete, sento em minha moto e acelero passando rapidamente pelos três.

— Louca! — Alex grita assim que passo e viro olhando para ele com um sorriso maroto.

Já a caminho de casa me pego pensando que eu devo estar mesmo louca. Só pode isso.

Eu estava evitando ir à faculdade para não encontrar o Alex, já que não sabia como começaria uma conversa sobre o que fizemos fim de semana, e claro, aproveitei a desculpa de estar irritada com os meninos.

Só que estou mesmo chateada com os meninos e encontrar Alex agora foi um erro catastrófico.

Motivo? Simples. ELE É PERFEITO DEMAIS.

Primeiro cometi o erro de vir trazer o convite ao invés de mandar por Fábio, depois sentei ao lado dele e o simples fato dele ficar me olhando já encharcou minha calcinha, aí ele começa ser um bom amigo e quer falar comigo sobre minha discussão com Luíza. Pelo menos aí consegui fugir.

O que eu não esperava era que ele me seguisse, e devo estar mesmo na TPM, pois foi só ele me abraçar e desabei a chorar. Aí ele consegue ser ainda melhor e diz "vai mostrar a si mesma que é mais do que capaz de fazer o que quer".

Como disse ERRO CATASTRÓFICO. Não resisti e por isso o beijei.

Nunca ninguém me disse algo assim tão profundo.

Estava evitando esse reencontro, pois tinha certeza que não iria me controlar. Desde o dia que transamos que meu corpo se acende ao lembrar-se dele e nem mesmo consigo transar com Erick, menos ainda pensar em outra pessoa.

Alex não tem só uma pegada deliciosa, é carinhoso e cuidadoso, nas proporções perfeitas, e agora acaba de me mostrar que gosta de dominar o momento.

Claro que vou lhe mostrar que nem sempre será ele no comando. — Penso sorrindo e logo em seguida me repreendo.

— Isso não vai rolar de novo. Ele acabou de dizer e eu sei que não posso, meu Deus, tenho namorado. — Olho para frente e vejo Erick parado no portão de casa. — Por falar nele... — Paro a moto e desço.

Ele se aproxima e me beija. Assim como sempre faz, com determinação e posse, só que desta vez, não sinto absolutamente nada. O que é estranho.

Cachorrinha, estava um bom tempo esperando você chegar. Onde estava? — Segura minha cintura.

— Me larga Erick, não estou com saco para draminha hoje, estou numa TPM lascada e não estou agindo normalmente. — Afasto-me de seu toque. — O que quer aqui?

Uau, deve estar mesmo de TPM, está até me batendo. — diz meio sorrindo. — Cachorrinha linda, queria saber se fim de semana podemos fazer aquela viagem que tínhamos planejado e fui trabalhar? — Para na minha frente. — Só que pelo visto não está com humor para sair.

— Na verdade tenho a ópera fim de semana, não te falei? — Paro franzindo a testa.

— Sim falou, mas achei que poderia cancelar, sei que nem gosta disso. — Dá de ombros, mas está enganado. Adoro ópera, a música me relaxa.

— Não posso cancelar Erick, é um evento importante e Lucas convidou meu pai, preciso estar lá.

— Achei que não estava mais falando com aquele loiro arrogante. — Bufa revirando os olhos.

— Não estou, mas papai vai e preciso estar lá. — respondo sem paciência e vou a minha moto novamente. — Preciso entrar Erick, vou ver se consigo mudar o horário da faculdade para manhã.

Cachorrinha, espera. — para ao meu lado. — Podemos ir depois da ópera então, se puder vou com você e vamos direto depois. — Acaricia minha bochecha com as costas da mão. — Você está bem?

Sinto-me uma pessoa ruim por ter transado com Alex a pouco no meio do estacionamento e não contar a ele, mas não me sinto confortável falando isso e também, não vai mais acontecer, então melhor me concentrar em meu namoro.

— Estou bem, Erick. — Mordo meu lábio e fecho os olhos com força. — Só que não consigo mais viver assim. — O encaro e suspiro. — Queria que nosso namoro fosse como os demais, sabe? Tipo. Sairmos para um jantar, um parque e... — Modo o lábio novamente, sei que vai reclamar. — Transarmos só um com o outro, sem esse negócio de ter outros parceiros.

— Ah, Cachorrinha, eu ia te propor exatamente isso na viagem, por isso queria que fossemos logo, não quero imaginar que tem outro cara tocando você. — Segura meus cabelos e me puxa para outro beijo. — Queria conhecer seus pais.

— Sério? — O encaro sem acreditar. — Está pronto para sair em diversas revistas de fofocas? — Acabo sorrindo. — Eu sempre dou um jeito de driblá-las, mas às vezes elas são rápidas. — Beijo seu queixo. — Quer mesmo isso?

— Claro, Cachorrinha, quero sair só com você de agora em diante. — Me beija sorrindo. — Serei seu eterno amante. — Suas mãos passeiam por meu corpo, mas sinto algo oposto a desejo, algo como repulsa.

Talvez seja por ter acabado de transar com outro cara e não ter dito a ele.

— Posso ir com você a ópera então? — Afasta me olhando com um sorriso encantador. — Prometo deixar minhas mãos comportadas durante o evento.

— Acho melhor mesmo, meus pais vão estar perto e teremos diversos fotógrafos. — lhe dou um sorriso, não tão sincero. — Como não vou te apresentar antes aos meus pais, vamos à ópera, como amigos e quando finalizar apresento você a eles e vamos viajar, pode ser?

— Como desejar, minha Cachorrinha perfeita. — Segura minha cintura apertando. — E hoje teremos um stripper para o papai aqui? — Mexe as sobrancelhas para mim sorrindo. — Estou com saudades de ver seu corpo gostoso e suado de tanto foder.

— Hoje não Erick, estou de TPM eu disse, não estou sociável. — lhe dou mais uma desculpa, mas realmente não quero nada com ele hoje.

— Está certo, vou esperar você melhorar, mas lembrando que somos exclusivos e que vou querer mais de você agora.

— Vai mesmo ficar longe daquelas mulheres que tanto ama? — Dou a partida na moto, o encarando. — Acho que não vai ser tão fiel assim.

— Claro que vou Cachorrinha, você de agora em diante será exclusiva. — Abre um sorriso que queria retribuir, mas não consigo.

— Preciso entrar Erick, tenho que ir a empresa do meu pai hoje ainda.

— Até sábado então. — diz indo a moto dele e sai.

Vou direto para o chuveiro, o cheiro de Alex ainda está em meu corpo e estou quase certa que Erick notou, mesmo disfarçando. Não consigo apreciar o momento do banho e nem mesmo tomar um banho descente já que estou muito. Tudo culpa do Alex.

Ele podia ser um ser normal, mas não, tem que ser carinhoso e bom de foda.

Estou muito atrasada já que era para ir ao restaurante deixar o convite e ir à empresa de papai falar com o doutor delícia. O que? Não me olhe assim. Ele é mesmo gostosão, mas não vou pegá-lo, tá. Enfim, era para ir lá e falar com ele as 16h, mas por culpa de Alex, tive que vir tomar outro banho e agora estou atrasada.

Quase nem mesmo cumprimento o pessoal, exceto claro, Max que é o ascensorista do mundo.

— Max, meu lindo, me diz que papai está tranquilo hoje?

— Helen, só vi seu pai pela manhã, não sei dizer.

— Ele não foi almoçar? — digo estranhando e retoco a maquiagem no espelho do elevador.

— Ele pediu almoço, estava em reunião. — diz e logo a porta se abre. — Bom trabalho, senhorita Benacci.

— Se eu não aparecer em uma hora pode chamar a ambulância, estarei morrendo. — brinco, ele sorri. — Boa tarde, Evelin, papai está? — digo já com a mão na maçaneta.

— Está em reunião senhorita, mas o senhor Geraldo, veio ver se a senhorita havia chegado umas três vezes.

— Qual a sala que ele está? — Fecho os olhos, suspirando.

Evelin me diz a sala e sigo até lá fingindo que nada me abala, já que sou filha do dono ele não vai me encher o saco pelo atraso.

— Boa tarde, Geraldo. — entro na sala como se fosse algo comum, porém, ele está atendendo. — Desculpe. — Ergo as mãos em sinal universal de rendição e viro para sair.

— Senhorita Benacci, que bom que chegou. — Levanta e me encara. — Estava esperando que estivesse aqui antes de iniciarmos, mas como demorou iniciamos sem a senhorita. — Estende a mão e seguro o acompanhando. — Priscila, essa é a senhorita Benacci, dona da empresa e minha assistente. — A mulher me olha sem graça e se encolhe um pouco. — Ela está aqui para aprender algumas coisas, e não se preocupe, ela sabe sobre a ética em nossa profissão e seus segredos estarão seguros. — Me olha erguendo uma sobrancelha. — Correto, senhorita Benacci?

— Claro, senhor Geraldo. — digo ainda sem graça e olho Priscila. — Tudo bem com a senhora? Espero que esse cara feio não tenha te feito mal esses dias que eu não estive aqui, ele é um mostro horrível, eu sei. — Ela ri e morde o lábio inferior. Adoro saber que consigo deixar as pessoas relaxadas, às vezes. — Como estão as coisas? Tem filhos? Quero saber tudo. — digo empolgada, mas logo sou interrompida.

— Senhorita Benacci, está aqui para observar, a ficha de Priscila sobre as últimas conversas estão no armário. — Apronta o local. — Pode avaliar e observar a nossa conversa de agora.

— Como quiser, doutor. —digo sendo sarcástica e Priscila abre um sorriso. — Vou ficar aqui isolada e quietinha, enquanto o senhor, faz seu digníssimo trabalho. — Brinco, mesmo sabendo que é algo sério.

— Fique a vontade, senhorita Benacci. — Aponta a outra poltrona e volta a seu trabalho.

Pego as ultima anotações de Geraldo e posso notar o quão profissional ele é, por incrível que pareça ele é muito bom, lembro-me de diversas coisas que aprendi nos últimos anos na faculdade, conceitos básicos, mas que parecem muito bons quando aplicados por quem sabe, suas anotações me deixam quase que dentro de Priscila, sem mesmo ter falado com ela.

Quando Priscila sai, Geraldo, senta mais uma vez em sua poltrona e finaliza as últimas notações, então se inclina colocando os cotovelos sobre os joelhos e me encara com um sorriso lindo.

— Senhorita Benacci, queria ter conversado com você antes de atendermos juntos, mas deve ter ocorrido algo importante para atrasar, correto?

— Sim foi algo inesperado, eu diria. — digo tentado me manter calma, pois sei que pode me ler com tranquilidade.

— Imagino que seja algo que não estava em seus planos, mas parece-me que foi gratificante. — Levanto e começo andar pela sala, fugindo de sua avaliação.

— Gostei bastante sim, mas como estava fora dos planos tive que voltar em casa antes de vir para cá, desculpe o atraso.

— Sabe, senhorita Benacci, gostei muito como interagiu com a Priscila, a pouco, leva jeito para motivar as pessoas. — Para ao meu lado. — E é muito bonita também. — O encaro, piscando algumas vezes. — Quando seu pai me disse que trabalharia com você imaginei alguém bem diferente, confesso. — sorri e senta, me observando.

— Eu achei que você era um velho barrigudo. — começo a rir, ele ergue a sobrancelha. — O que foi? Geraldo é nome de velho. — Dou de ombros.

— É o nome do meu avô. — Ri de lado.

— Como disse, nome de velho. — continuo rindo.

— Não te imaginei velha — diz sorrindo ainda. —, mas confesso que pensei ser alguém um tanto mais... séria.

— Quer dizer com cara de executiva, certo? — Abro um sorriso enorme. — Não é minha praia isso aqui, sinto-me sufocada aqui dentro, meu assunto é liberdade. — Vou até a janela e vejo o estacionamento de motos. — Olha lá minha belezinha. — Ele para ao meu lado e aponto. — Viu só, aquilo é liberdade.

— Gosta de adrenalina então. — Sinto seu hálito quente em meu pescoço. — É bonita. — Viro o rosto e ficamos bem próximos. — Sua moto, muito bonita. — Ele afasta, parecendo desconfortável.

— Poxa, achei que estava falando que eu era bonita, fiquei até iludida. — Brinco sentando sobre a mesa e cruzo as pernas. Estou de shorts desta vez, e coloquei uma blusa larga.

— A senhorita é linda, Helen.

— Só Helen, pelo amor de Deus. — levanto da mesa. — Não vou ficar te chamando de senhor, nem de doutor. — digo dando risada. — E não precisa dizer que sou bonita, sei que perco feio para muitas mulheres Geraldo, mas gosto de ser eu mesma.

— Te achei bem sexy, para ser filha de um empresário tão centrado como o senhor Franco Benacci. — diz vindo até mim. — Tem namorado Helen?

— Bem direto você não é, Geraldo? — Abro um sorriso, confiante.

— Gosto de ser direto quando me interesso. — Me encara, lambendo os lábios.

— Tenho um rolo, Geraldo. — digo enrolando a ponta do meu cabelo em meu dedo, só para provoca-lo. — E você?

— Estou sozinho, por enquanto. — ri de lado e pisca para mim. — Se desistir do seu rolo e quiser se divertir um pouco, ainda estou na pista. — Senta em sua poltrona e coloca o tornozelo sobre o joelho, cruzando as pernas. — Posso te dar mais que aulas de psicologia.

— Proposta tentadora, Geraldo, mas fica para uma próxima vez. — Pisco para ele e saio da sala.

Cada coisa que me acontece.

É só Erick resolver que quer assumir um relacionamento sério que tudo desanda, encontro um MALA que me excita e agora um PSICÓLOGO que está dando em cima de mim na cara dura.

Pior é que minha mente ficou ainda mais confusa, Geraldo parece bem interessante, mas quando disse a ele que tinha um rolo, minha mente não imaginou Erick, sim Alex, o que não faz o menor sentido.

Sábado - Ópera.

— Querida, está incrivelmente linda. — Mamãe me encara sorrindo. — Parece até outra pessoa.

— Mérito das suas funcionárias mamãe, olha como está perfeito esse vermelho. — digo mexendo em meus cabelos, recém pintados. — Tem as melhores em seu salão.

— Claro que tenho querida, não é a toa que atendemos os mais famosos artistas. — diz sorrindo. — Seu amigo, o senhor Durant, parece ter feito um trabalho excelente nos convites, fique sabendo que teremos pessoas importantíssimas nesse evento.

— Querida, onde está... — Papai chega sala e nos encara. — Estão lindas. — Fica ao lado de mamãe e a beija. — Vai ser difícil me concentrar no trabalho com você linda assim ao meu lado.

— Querido, para de graça. — Mamãe fica vermelha de vergonha, mas já estou acostumada com os dois se beijando por aí. — Onde está o que amor? — Segura o queixo de papai e o beija.

— Os convites, não sei onde os deixei. — Sorri e fecha os olhos.

— O que faria se não fosse minha pessoa em sua vida, hein? — Mamãe ri e sai.

— Não teria uma vida. — papai diz alto e ela ri. — E você querida, vai com algum acompanhante? Deveria ter chamado Geraldo para ir com você, ele disse que você foi incrível esses dias.

Claro que disse, ele ficou falando gracinhas durante todo o tempo que estávamos sozinhos, e se não estivesse tão centrada em ser uma namorada fiel, teria cedido a tentação, até mesmo Alex, tirei da minha mente esses dias. Quer dizer nem tanto.

Ontem sonhei que estávamos transando em um lugar repleto de flores, estávamos na grama sorrindo e nos beijando, sem roupas e debaixo de um sol escaldante. Só de lembrar meu corpo se arrepia.

— Filha? — Papai me chame e volto a realidade.

— Vou levar um amigo papai, por isso não convidei, Geraldo. — digo sem saber se o assunto ainda é esse. — Logo ele vai chegar, tenho certeza que...

— Senhorita Benacci, seu convidado. — Lilian uma das empregadas informa.

— Viu papai, Erick chegou. — Vejo Erick, todo lindo com seu smoke e abro um sorriso. — Papai, esse é Erick Scarelli, meu amigo. — Ele acena com a cabeça parecendo envergonhado. — Erick esse é meu pai, senhor Franco Benacci.

— Eu conheço você de algum lugar, não é? — Papai diz franzindo a testa e parece não gostar muito.

— Foi ele que me salvou do João papai. Lembra que eu te disse?

— Ah, sim. — ele sorri olhando novamente para Erick. — Vamos indo. — Vê minha mãe chegando e sai juntamente com ela. — Querida esse é o Erick, o moço quem salvou nossa filha do João anos atrás, reconhece? — Reviro os olhos.

— Muito prazer senhora Benacci. — Erick diz estendendo a mão para mamãe.

— Nunca fomos formalmente apresentados, meu jovem. — Aperta a mão dele sorrindo. — Nunca o agradeci de verdade pelo que fez. — Olha para mim.

— Sim. Temos muito a conversar rapaz, nunca mais soube nada sobre você e... — para abrindo a porta do carro.

— Vamos de moto, papai. — digo levantando meu vestido.

— Querida, não está com roupa apropriada para pilotar sua moto.

— Mamãe, Erick, pilota mãe e vou levantar o vestido... — ela vai falar a impeço. — Não vai amassar, prometo. — Ela suspira e fecha os olhos. — Nos vemos lá. Fui. — Puxo Erick para onde estão minhas bebês.

— Seus pais, não gostaram de mim. — diz parecendo chateado.

— Relaxa Erick, quando se conhecerem eles mudam de opinião. — Tiro meu vestido, ficando de top e shorts. Erick, ergue a sobrancelha. — O que foi? Eu disse que não amassaria a roupa, não disse que iria pilotando com ela.

— Você é muito louquinha, Cachorrinha. — Segura minha cintura beijando meu pescoço. — Adoro isso em você.

Vamos a ópera e como sempre preciso ser uma Benacci comportada, o que me deixa extremamente cansada. Para meu azar vejo Luíza com William logo mais adiante e fecho os olhos lembrando-me de como Erick, estava no início da semana por ela ter deixado William o espancar. Minha reação é espontânea ao virar de costas para não vê-la. Ainda não acredito nisso.

— Minha Cachorrinha linda, preciso ir ao banheiro, antes de entrarmos, será que pode ficar um pouco sem mim?

— Claro Erick, vou sobreviver. — Dou um sorriso, ainda chateada, por não poder nem mesmo confiar em Luíza, que tanto achei ser minha amiga.

Erick, sai para ir ao banheiro e como meus pais já estão no camarote reservado aos Benacci, vou ir para meu lugar, pelo menos a ópera vai me tranquilizar disso tudo.

— Helen. — Escuto a voz de Alex e meu corpo paralisa.

Não queria sentir nada perto dele, e não vamos mais nos ver, já que consegui mudar o horário do curso. Então por que sinto um arrepio na coluna apenas ao escutar sua voz?

— Oi, Xande. — Opto por usar seu apelido que não gosta. — Está elegante.

— Helen precisamos conversar sobre nossos últimos encontros, eu...

— Filha, você está demorando... — Papai para olhando para nós dois. — Algum problema, querida?

— Papai, esse é Alexandre. — apresento agradecendo por papai me interromper. — Estamos no mesmo curso.

— Olá, como vai? — Papai o cumprimenta e Alex força o sorriso. — Suponho que seja empresário também?

— Sim e não. — Alex sorri para meu pai. — Tenho uma fazenda e alguns projetos em curso. — Papai aprova com um aceno de cabeça.

— Maravilha, poderia ensinar minha filha a pegar gosto pela coisa. — Papai está falando de negócios, eu sei, mas minha mente imaginou algo bem longe disso.

— Papai, por favor. — Suspiro e Alex, ergue uma sobrancelha me dizendo em silencio "Isso não é hora." Olho para Alex, lhe dizendo "Cala a boca" apenas com o olhar.

— Querida, estamos em um evento onde tem vários empresários e... — Papai continua falando.

Alex, sorri de lado me dizendo com o olhar "Aqui não é hora para pensar nisso, Pequena" retribuo o olhar dizendo "Você se acha demais, seu Mala." Ele ri e continua e encarando "Sabe que estou dizendo a verdade".

— Viu só Alexandre, nunca presta atenção quando estou falando. — Papai interrompe seu sermão, olhando para Alex, que prontamente lhe dirige a atenção. — Ela precisa de mais amigos como Luíza e o senhor Durant. — Nega suspirando. — Não demora filha, já vai começar a premeria parte. Cadê seu acompanhante?

— Foi ao banheiro, papai. — digo já irritada com o que ele disse. — Já vamos entrar.

— Ótimo, não atrapalhe o seu amigo. — aponta Alex e entra.

Suspiro mais uma vez irritada com o modo que meu pai fala, ele consegue me colocar para baixo, mesmo sem notar isso.

— Helen, sabe que seu pai não disse por mal. — Alex segura em meu pulso tirando minha mão do rosto. — Só quer que dê continuidade ao negócio da família.

— Não sou a filha perfeita que ele desenhou Alex, não sou a mulher inteligente que ele tanto quer. —Solto meu pulso da mão dele. — Entra logo Alex, vou achar meu acompanhante.

— Helen, é mais que inteligente e sabe disso. — diz, mas me afasto dele.

Vou em direção ao banheiro para encontrar Erick e entrarmos, estou quase chorando de raiva por meu pai, não aceitar quem eu sou de verdade, mesmo que eu esteja me esforçando nada parece bom o suficiente para ele. Vejo Erick, falando com Luíza e vou até ele.

Era só o que me faltava, mesmo sem falar comigo, vir provocar meu namorado.

Chego perto escutando apenas a parte final da frase e Erick e acabo sorrindo internamente, ele está me defendendo novamente, provando a ela que me ama.

— ...e estou até pensando e tornar isso para sempre.

— O que quer dizer com isso? Nós dois sabemos que não a ama, agora quer casar?

— Isso é um fato... — Ouço Erick confirmar e paraliso.

Como assim é um fato? Não posso ter escutado ele me falar tal coisa. Não pode ser.

— Nunca a amei de verdade — Luíza olha para mim, mas disfarça e prossegue a conversa deixando Erick à vontade para falar. —, mas ela deve acreditar nisso...

Sinto meu coração parar de bater. Minha garganta fecha e a vontade de chorar vem muito mais forte agora.

Eu sou mesmo uma idiota, nunca notei que ele estava apenas brincando quando dizia que me amava, que eu era importante. Essa semana mesmo, parei de fazer minhas coisas para cuidar dos seus machucados e agora ouço isso...

Minhas pernas paralisam e tudo a minha volta parece escuro demais, uma dor imensa invade meu peito, só que Erick e Luíza continuam a conversa e escuto o restante como se tiros estivessem passando por meu corpo, um após o outro.

— Você é desprezível, Helen é maravilhosa! — Luíza, fala irritada e noto minha amiga leoa como sempre me defendendo. Como pude duvidar dela? — Você é idiota por não dar valor a mulher que tem. — Ela fala sem medo dele. — Escuta bem... Um dia vai chorar lágrimas de sangue por ela não te querer mais.

Erick solta uma gargalhada horrível, algo que nunca o vi fazer, mas que Luíza já havia mencionado e deixo minhas lagrimas rolarem, sem conseguir prendê-las mais.

Estou sem forças para fazer outra coisa se não chorar. Fui ingênua por acreditar nele, idiota por deixar ele me controlar, mas muito imatura por não acreditar em algo tão obvio quando Luíza e Lucas me alertaram.

— Aí Luiza, você ainda acha que pode mudar algo? — Continua gargalhando e meu coração parte em mais pedaços. — Só você não percebe o quanto ela está cega por mim, me ama loucamente.

— E você não sente nada por ela...

— Gosto de muitas coisas sim... Apesar de ela ser muito pervertida — Sinto-me ainda pior —, mas ela me proporciona o que muitas mulheres não me dariam — Faz gesto de dinheiro com os dedos esfregando —, fica difícil olhar os outros defeitos.

— Acha que ela nunca vai descobrir? Deixa eu te contar uma coisa... Confio na lei do retorno, tudo que fazemos tem volta, cuidado Erick. — Luíza o enfrenta e faz isso para que eu escute, eu sei.

Sinto mãos envolverem meus braços e meu corpo ser retirado de perto da cena que não queria ter presenciado, mas que foi bom. Demoro a notar que é Alex, mas quando faço, só o abraço e choro novamente.

— Ah, Pequena, não sei o que escutou, mas não é real... — Seus braços fortes estão envolvendo meu corpo quase todo e estou aninhada em seu peito. — Não fica assim Helen, gosto mais quando está me xingando. — Afasta meu corpo do dele e segura meu queixo. — Escuta aqui, sei que é mais do que todos pensam Helen, mesmo agindo feito louca naquela coisa asquerosa que pilota, sei que é responsável e que vai tomar a decisão correta da sua vida. — Limpa meus olhos e abre um sorriso irritante. — Alias, vi que veio pilotando aquela coisa.

— Minha moto não é ima coisa, eu já disse. — lhe dou um soco de brincadeira, mas acabo sorrindo. — Obrigada por me tirar de lá. — digo limpando meu rosto. — Estou horrível, meu Deus. Vou retocar essa maquiagem.

— Vai ficar tudo bem? — Alex me encara, preocupado.

— Vou sobreviver, obrigada. — digo e saio para o banheiro.

Digo determinada a mudar isso de vez.

Nunca precisei de Alex em minha vida e pensando bem Luíza tem razão, já o agradeci demais pelo que fez anos atrás, e passado é passado. Além do mais, esse não é nada parecido com o Erick que conheci na adolescência.

Retoco minha maquiagem e encontro Erick já sentado em nosso lugar reservado. Sento ao seu lado tentando agir com naturalidade, só que ainda lembro-me de cada palavra que ele disse e isso dói.

— Helen o que está havendo?

— Escutei o que disse a Luíza.

— Não sei o que escutou, mas eu só estava dizendo a ela para ficar longe do nosso caminho.

— Ficar longe? Você praticamente me rebaixou falando com ela o quanto não sou importante a você.

— Helen, o que ela te disse?

— Eu escutei tudo Erick, não foi alguém que disse. — Levanto irritada, já que estou quase fazendo escândalo na ópera. Erick me encontra no corredor e segura meu braço. — Me solta Erick, se quiser podemos ser amigos, mas não quero nada mais com você, nada, escutou! — Grito com ele e vou ao estacionamento. Ele acabou com minha paz.

Tento correr mais essa roupa e sapato não estão ajudando, então tiro o sapato e jogo o vestido no lixo próximo para ir mais rápido.

— Qual é Cachorrinha... Não é isso. — Tenta segurar meu braço e solto.

— Sai da minha frente Erick, sai! — Grito, irritada.

Erick, me surpreende. Me coloca sobre o ombro e começo espernear e gritar, se não me soltar alguém vai aparecer, mas estou com pressa e logo teremos diversos fotógrafos aqui com meu gritos, então soco suas costas ele para e me coloca no chão, xingando muito.

louca, sua vadia?

— Quero que vá se foder Erick, não quero mais te ver, será que não entende? SAI DA MINHA VIDA! — Grito.

— Cachorrinha, me perdoa, eu não quis te magoar, estava apenas fingindo para sua amiga achar que tem razão, mas quero me casar com você. — Respiro fundo e sinto mais lágrimas virem.

Olhos seu olhos azuis que tanto me fascinam e sinto uma dor no fundo do peito. Uma pena que beleza não define caráter.

— Não me toca. — Grito com ele, afastando-me.

Vejo Alex se aproximar, e com ele, meus amigos que magoei sendo estupida.

Quero um buraco para me jogar e esquecer tudo.

— Não ouviu o que ela disse? — Alex, está completamente irritado, não imaginei que pudesse espantar dessa forma.

— Fiquem longe, não é assunto de vocês. — Erick, vira para o enfrentar, mas não quero nada disso. Preciso respirar e me tranquilizar.

Ouço Lucas falando algo e não olho para trás, apenas corro até minha moto e saio.

Preciso pensar e ficar sozinha.

Muita coisa em uma única noite e só que queria era um colo para me aconchegar e um carinho para dormir relaxada.

Passo por meus amigos, e por Alex que me olha preocupado, e simplesmente vou pilotando para longe. Não vou para casa, pois terei sérias reclamações a escutar de meu pai e não tenho muito lugares que queria ir, então vou ao lugar aonde vamos quando estamos meio deprê.

A cobertura do Lucas. Ele não usa e temos a chave. 

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