3 - Helen
Galerinha linda do meu coração.
Essas duas próximas semanas vou estar em off, desculpem, não poderei mesmo postar nada.
Essa semana vou estar trabalhando dia e noite por conta da páscoa e a próxima estarei revisando Desejo Dormecido para poder levá-lo a Amazon, então ficarei sem postar durante as duas semanas Despertar de um desejo.
Primeiro, achei melhor deixar todos avisados e segundo peço desculpa por não ser uma super mulher kkkk
Para que não queiram me matar (mesmo sabendo que vão kkk), vou postar agora os dois capítulos que seria um dessa semana, o outro da próxima.
Espero que compreendam .
Então é isso, Alexandre, não é tão chato quanto parece.
Ele foi até fofinho me trazendo em casa, mas definitivamente não sei o que está rolando com meu corpo.
Tipo, não sei o motivo de estar sonhando com ele, essa foi a segunda noite e para ferrar de vez comigo Lucas ainda pede para ligar para o Alex do meu celular, por que deixou o dele no carro e não queria pegar.
Agora o numero dele está no meu celular e fico tentada a mandar mensagem para ele, só que nem amigos somos, o que não faz o menor sentido.
Erick, ligou me falando que vai chegar hoje a noite e que vamos sair, mas como havia combinado com os meninos, vou ao Madalena primeiro, estou de saco cheio de ficar a mercê dele e se ele não aceitar que nosso namoro seja de forma normal, vou acabar logo com isso.
Engraçado que essa noite tive um sonho bem esquisito com Alex, ele estava pilotando minha moto e rindo, por não conseguir fazer isso direito, estávamos sorrindo e brincando, algo que não é comum, e de alguma forma nossa interação parou em um beijo, um beijo terno e simples, mas que me fez voar até as nuvens.
Desta vez não acordei espantada, mas sim estranha.
Agora aqui está ele, todo chato agindo como se fosse meu pai, me dizendo o que beber e quanto beber, cara ele realmente é um pé no saco. Deveria cuidar mais dele mesmo, e me deixar viver, quer ser chato que seja sozinho.
Ainda bem que Luíza está bem solta hoje e está dançando como nunca, estou adorando.
— Helen chama o Lê para dançar, ele está muito parado. — penso em dizer para ela fazer isso, mas estou atrapalhando muito o lance do Will.
Volto para mesa e sento junto com ele, olho Luíza dançando com William e finalmente acho que as coisas vão entrar nos eixos, eles se merecem e sei que William não vai ser baixo como Fernando foi com ela, só precisa Luíza baixar um pouco a guarda.
— Então, senhor certinho, você não dança?
— Faz tempo que não faço isso. — Olha para Luíza dançando. Talvez queira dançar mesmo, só não está à vontade para isso. — Você parece bem solta hoje.
— Adoro dançar. — Bebo o suco dele. — E você não bebe nada descente, pelo visto. — digo o provocando.
— Além de beber meu suco, ainda reclama. — Pego da sua mão. — Acho que deveria tomar muita água antes de terminar a noite.
— Estou bem, General Carrancudo. — Tento ser gentil, mas ele não colabora. Luíza me olha ainda dançando e sei que vai me dar um sermão, melhor ser rápida. — Tá a fim de dançar a próxima? — Ele me olha espantado. — Só uma dança Xande, não vai morrer. Vem. — Levanto e grito para Luíza, enquanto Alex, fala com Will alguma coisa.
Vamos até a pista de dança para esperar a próxima música tocar e isso me causa uma sensação estranha novamente.
Ele é bem alto e me sinto pequena nos braços fortes dele, isso que ele nem mesmo se posicionou para dançarmos, já que a música ainda não iniciou. Torço mentalmente para ser uma música agitada para vê-lo dançar, me divertindo.
O chamei, por ter combinado com Luíza, mas estou querendo matá-lo e será divertido vê-lo dançar assim.
Ele é um saco fica toda hora pegando no meu pé para eu parar de beber, que saco, o Erick vem me buscar mais tarde e ele vai pilotar, então, posso beber a vontade.
Mas estou mesmo irritada com joguinho dele, só por que sabe da minha moto fica fazendo graça, vou ter que abrir o jogo para a galera logo para ele parar com essa graça.
— Pronta? — Me puxa de vez e praticamente bato em seu peito.
— Muito cavalheiro, você. — Reviro os olhos e me posiciono.
Não tenho ideia de que música vai tocar, mas já quero que acabe logo.
A introdução começa e fico irritada. Que droga vão tocar Thinking Out Loud. Adoro essa música, mas agora vou odiar, pois, vou ter que dançar com esse mala, e do jeito que é chato, é perigoso nem saber dançar música nenhuma.
https://youtu.be/lp-EO5I60KA
— Serei um perfeito cavalheiro, Senhorita Sabe-Tudo. — diz com uma voz baixa, fazendo meu útero contrair.
Que porra! Nem gosto desse cara, mas ele tem uma voz muito sexy.
Suas mãos descem por minhas costas lentamente e me puxa para mais perto me prendendo por completo em seus braços, sinto um frio na barriga ao notar como está me olhando, é tão intenso e sensual.
Coisa da minha cabeça, coisa da minha cabeça...
Conforme a música vai ficando mais lenta, ele me prende mais e nossos corpos se alinham deixando o ar a nossa volta quente.
— Você é bonita, Helen, não precisa beber para mostrar como é destemida. — diz próximo e me roda, prendendo novamente em seus braços fortes.
— Quem disse que bebo para isso? — olho em seus olhos. Um grande erro. Ele está ainda mais intenso que seus braços em minha cintura.
Sua mão sobe pela lateral do meu corpo, acariciando, e sei que é só pela coreografia da música, mas ainda assim, sinto meu corpo ferver, quando chega à altura dos seios sei que vai ir para minhas costas, como é o correto, e assim que ele faz. Me jogo para trás fazendo nossos corpos manter contato apenas na parte de baixo, então me puxa novamente e me afasto colocando minha mão em seu abdômen, assim como a música pede, mas quase não consigo afastar de verdade.
Ele parece tão musculoso que quase perco o compasso da música.
Volto a tempo de virar de costas para ele e desta vez sim meu corpo ferve...
Ele me puxa para seu peito, pousando a mão em minha barriga e encosta tão forte em mim que sinto o volume de suas calças em meu bumbum... Viro o encarando e agora não quero mais que a música acabe, quero tirar nossas roupas e montar em cima dele.
O que eu estou falando?
O que tinha naquela cerveja?
Alexandre, continua a coreografia, mas estou completamente perdida em suas mãos. O que ele fizer, eu não vou ligar.
Ele levanta minhas mãos, ainda fazendo a coreografia da música, e desce a dele sobre meu corpo parando em meu quadril, isso tudo olhando em meus olhos, abaixo minhas mãos, sentindo novamente seu peito, acariciando devagar e ele segura minha mão me fazendo girar novamente e cola seu peito em minhas costas.
Ficamos assim, dançando coladinhos, e por um instante esqueci que estávamos dançando e não outra coisa, então ele me joga para o lado sem soltar minha mão e quando volto girando em seus braços, ele segura meu rosto, como se fosse me beijar. Sua mão acaricia minha bochecha e vai para trás do meu cabelo, enquanto, a outra está próxima a minha bunda.
Me olha com uma intensidade que nunca vi antes, nem Erick, me olha assim.
— Confia em mim? — sua voz grossa e rouca, faz meu útero contrair novamente e seus olhos me hipnotizam.
— Sim. — Minha voz sai baixa.
— Ótimo. — Abre um sorriso típico masculino. — Vou levantar você e quando fizer isso, me abraça na cintura com as pernas, vou te jogar para trás e puxar bem lentamente, então você escorrega pelo meu corpo ficando de pé de novo, compreendeu? — diz tudo muito colado ao meu corpo e sussurrando em meu ouvido. — Compreendeu, Helen? — Sua mão desce da minha nuca por meus braços e só consigo fazer sim com a cabeça.
Ele dá um daqueles sorrisos masculinos, ainda mais irritante que os de Lucas, sabe que está me provocando, mas é um jogo para dois e posso retribuir o favor, se claro, meu cérebro colaborar.
Ele faz exatamente como falou e quando me trás de volta escorrego por seu corpo, bem devagar, fazendo com que sinta meu corpo no dele, não paro de olhar em seus olhos e minhas mãos escorregam por seu peito em uma caricia lenta.
Seus olhos escurecem e sinto sua ereção ainda mais ativa. Consigo escutar um gemido muito baixo vindo dele e fico feliz por ter lhe dado o troco. Sei que ele gostou, mas essa brincadeira está fodendo meu cérebro.
Fico de pé e mais uma vez ele me prende em seus braços fortes, continuamos a dança agora coladinhos e nos olhando, nem quero saber se tem mais gente em volta olhando nossa dança, completamente nada a ver, só o quero mais perto, quero sentir todo o calor dele me envolver.
Uma de suas mãos, descem pela lateral do meu quadril e sinto-o puxar meu vestido para baixo.
— Acho que está deixando alguns marmanjos, bem excitado, Senhorita Sabe-Tudo. — diz acariciando minhas curvas, quando volta sua mão a minha cintura.
— Que morram duro, só ficam olhando já que não podem tocar.
— Espero ter sido um cavalheiro, Senhorita Sabe-Tudo. — Seus braços soltam um pouco, mas não me larga por completo. — Ainda bem que tive a sorte de tocar, não só ver. — diz afastando e fico paralisada.
Como assim a música acabou?
Será que sentiu a mesma coisa que eu senti durante toda a dança?
Vou até ele e seguro em seu braço, fazendo-o virar para mim.
— Quer dizer que estava duro por minha causa, Senhor Mala? — provoco, mas quero muito que ele diga SIM.
Ele chega bem perto de mim, coloca meu cabelo para trás da orelha e segura meu queixo ficando bem próximo a minha boca, então beija minha bochecha.
Porra! Sério que só beijou minha bochecha? Achei que ganharia um beijo de língua daqueles que me faria ir às nuvens.
— Você é um tesão, Senhorita Sabe-Tudo, mas o dia que eu te pegar nunca mais vai querer provar outro homem. — Sussurra em meu ouvido e afasta indo a mesa.
Com isso só tenho a dizer que: vou precisar trocar a calcinha...
Vou até a mesa, ainda atordoada com tudo, e para distrair pego meu celular, preciso de distração, urgente. Olho os status, e tudo está bem, até claro, eu ver o do Erick, ele está com uma loira praticamente nua em seu colo e ela está beijando seu pescoço.
Definitivamente, já deu. Amanhã mesmo acabo essa merda toda.
— Ela pode até estar, mas William não parece confortável. — diz Alexandre sobre a dança do Will e Paula e ainda estou irritada demais para socializar. — Dá para notar o movimento do corpo dele, não está tranquilo parece tenso, como se estivesse fazendo isso apenas por obrigação. — Dá de ombros e pega a taça da minha mão.
Ele é tão diferente de Erick, mesmo tentando ser idiota comigo, ainda tem um ar de preocupação. Não que eu precise de alguém para cuidar de mim, mas foi tão mágico o momento de nossa dança, que fico pensando o que ocorreria se ao invés de Erick, eu namorasse com o Xande.
Levo um susto com meu pensamento, estou ficando louca só pode. Deve ser TPM, pois estou precisando chorar e se demorar muito vou desabar aqui mesmo.
— O que foi Ruiva? Surpresa com algo? — Alex me olha, sorrindo por trás da taça.
— Ruiva, quero ir ao banheiro, bora. — Luíza fala notando que não estou bem, ela é incrível.
Nem chegamos ao corredor e minhas lágrimas já estão saindo, viro para Luíza e a abraço com força. Queria tanto ser mais centrada com ela, nunca a vi desabar, mesmo quando está mal, ele é forte.
— O que houve, Ruiva?
— Erick, não vem me buscar, acabou de mandar mensagem dizendo que está ocupado.
— Está no trabalho? — Segura meu queixo preocupada.
— Não. Está com alguma vadia, vi no status.
— Hel, quando vai dar o pé na bunda desse cara?
— Gosto dele, tá legal, ele me escuta, me entende e sabe que cuida de mim. — digo a verdade, mas até mesmo eu já não consigo mais manter isso. Eu mereço mais que isso.
— Hel, nós te escutamos e te entendemos, ele só te usa. — diz irritada.
— Não é verdade! — Acabo me alterando, mas se pensar bem, ela não está errada.
— Então me diz por que quase desabou na mesa? O que houve então? Se gosta dele e aceita as idiotices que ele faz, por que está chorando agora?
— Não sei, tá legal, não sei! — Começo gesticular, irritada.
Estou pura confusão. Erick, não é tão cuidadoso como pensei e agora estou notando que talvez a desculpa de não aparecer nas revistas seja só isso mesmo, DESCULPA. E para piorar agora tem esse Alex, invadindo meus sonhos e minha mente, me deixando confusa ao extremo.
— Só estou estranha hoje e tudo é culpa sua. — Culpo Luíza, por ter me mandado dançar com Alex. Claro que ela não compreende, já que não faz ideia de como meu corpo e cérebro vem brigando nos últimos dias.
— Tá legal, o que eu fiz? Dancei com você como uma louca no meio de um bando de desconhecidos, cantei Beyonce com você, estou vendo William dançar com a Paula e louca para ir até lá, mas estou aqui com você... — Ela se altera e vejo como estou sendo injusta. — Devo ser mesmo uma merda de amiga!
— Não. Você não é. — A abraço, novamente chorando. Não posso perdê-la por ser tão idiota, ela não tem culpa de nada. — Eu sou uma droga de amiga. — Afasto limpando as lágrimas. — Desculpa, Emy, vai lá tirar o William das garras daquela coisinha. — Tento sorrir. Ela merece o céu e não o inferno em forma de amiga.
— Não vou te deixar, até me explicar o que está havendo?
— Nada amiga, é sério. — Seguro a mão dela, querendo mesmo essa conversa, mas nem mesma eu sei o que está havendo comigo. — Eu devo estar de TPM, é isso. — Minto, e mudo o assunto. — Droga, minha maquiagem já era. — reclamo.
— Te ajudo com isso. — Como sempre se oferece para me ajudar, mas não vou fazer isso desta vez. Desta vez, vou resolver sozinha.
— Não. Você vai voltar e resgatar o William. — Suspiro, encolhendo os ombros. — O cara gosta de você Lú, dá uma chance para você ser feliz, tá legal. Vai lá e deixa de ser, Virgem. — Bato na bunda dela, sorrindo.
— Hel, vai me contar o que está havendo? — para, ainda segurando minha mão.
— Assim que eu descobrir o que é. — sorrio e vou ao banheiro.
Arrumo minha cara da melhor maneira que posso, porém, minha bolsa está na mesa e perdi toda a vontade de arrumar mesmo, só tiro os borrados, e pronto. Estou nem aí se está bonito ou não, vou dar um rolê por aí com minha moto e depois vou para casa.
Quando saio, Luíza e Will, já não estão mais, espero que ela tenha me escutado e aproveitado a noite com William, eles merecem está na cara.
— Você está bem? — Alex, pergunta, disfarçadamente.
— Estou sim, deve ser a TPM, estou meio estranha desde ontem.
— Vamos Helen, te deixo na sua casa. — diz Lucas, segurando meu braço.
— Não vou agora, quero beber mais um pouco e ainda está cedo.
— É quase, meia-noite, princesinha. — diz meu apelido irritante.
— Agora virou meu pai? — Encosto na cadeira e cruzo as pernas.
— Qual é Helen, ainda tenho que descolar uma mina para hoje e não vou deixar você sozinha aqui, sem chances.
— Vai dar seu rolê, Lucas, quando achar alguém pode ir. — Olho para Alex, na esperança que ele me ajude. — Vai ir embora agora, Lê?
— Não. — diz sério e olha para Lucas. — Fico de olho nela.
— Certo, esse é o numero do motorista dela, liga e certifique-se que ela vai estar dentro do carro, antes de sair daqui.
— Não sou uma adolescente, Lucas. — Reviro os olhos, irritada e bebo a cerveja dele.
— Está bêbada. — diz e entrega o numero a Alex. — Só vai embora quando ela for com Fábio para casa. Diz que ela bebeu muito.
— Lucas, se você não vazar daqui, vou chutar seu pau e não vai poder usá-lo por uns bons dias, vaza. — digo irritada. Ele beija minha bochecha e sussurra.
— Ainda não sei se posso confiar nesse cara, por favor, não vacila, e me liga se der algo errado. — Acabo sorrindo. — Boa noite, Ruiva. Valeu parceiro. — Bate no ombro de Alex.
— O que houve Helen, você não parece bem. — Alex puxa conversa.
— Já disse devo estar de TPM, melhor não me irritar. — Peço mais uma cerveja, a minha já esquentou. — Quando o Lucas for embora eu vazo também, vou dar um rolê por aí.
— Não acho seguro você ficar andando por aí sozinha essa hora da noite. — Avisa e o encaro. — Não me olha assim, sabe que é perigoso.
Perigoso??? Ele não tem ideia do que é perigoso.
Perigoso é essa coisa estranha dentro de mim, parece um monstro louco para sair, e pior é que sinto que se deixar sair, será algo sem controle.
— Tá afim de mais uma dança, Senhorita Sabe Tudo?
— Não. Acho que estou com fome. — Estou bebendo demais, melhor comer algo. — Aí carinha, trás uma porção de fritas extra com muito molho, por favor. — grito para um dos garçons.
— Fritas? — Alex, me encara sorrindo. — Achei que vocês mulheres fugiam de frituras.
— Deve ter notado que não sou uma mulher comum. — digo rindo. — Quer algo como um sanduiche natural, mocinha? — digo o provocando.
— Gosto mais de fritas, mesmo.
— Está pensando em comer minha comida? — O encaro sorrindo.
— Alguém acabou com meu suco. — Mostra a taça vazia. — Duas vezes. — levanta a mão pedindo mais um para o garçom.
— Em minha defesa, eu estava com sede. — Dou de ombros.
— Em minha defesa, estou com fome. — ele responde sorrindo. — Agora vamos conversar, você não ficou bem agora a pouco, aconteceu alguma coisa? Fiz algo durante a dança que não gostou? Se fiz, desculpa, só segui a coreografia que lembrava, faz tempo que não danço.
Esse cara não existe, não é possível. Não vou assumir que estava quase tirando toda a roupa durante a dança, mas nunca deixaria que ele se culpasse por algo que não fez.
— Não foi você, foi meu namorado. — digo sentindo nojo da palavra agora. — Talvez, ex namorado amanhã, enfim... Assim como ontem à noite, hoje me deu bolo de novo, isso me deixou irritada e acabei surtando a pouco, não foi você, General. — Lhe dou um soco no ombro por cima da mesa.
— Então estava chorando ontem, por culpa dele também?
— Eu sou bem idiota. Achei que ele gostava de mim, mas estou vendo que me enganei mesmo. — Esfrego atrás do pescoço com a mão, girando minha cabeça. — Sou idiota, Alex. É isso.
— Desculpa discordar, já que sempre discordo de você. — diz com ar de riso e o encaro. — O que eu disse a pouco quando estávamos dançando é real, você é muito bonita, só precisa achar um meio de usar isso, beber não é a solução e pelo visto seu namoro também não é a melhor coisa a se manter.
— Ser bonita é fácil Alex, minha mãe é dona do salão de beleza mais badalado do Brasil, meu pai empresário, e eu posso estar sempre na moda e bonita, mas ainda assim serei idiota.
— Se quer saber minha opinião. — diz sem esperar que eu concorde. — Eu acho que além de bonita você é inteligente, já notou que seu namoro não está bem e pelo que vi, vai tomar uma decisão, não sei qual vai ser, mas sei que será inteligente suficiente. — Bebe seu suco que o garçom trouxe e coloca a mão no bolso. — Desculpa meu celular está tocando, preciso atender. — levanta e sai.
Fico aqui olhando pelo vidro da janela onde Alex está de pé do lado de fora falando ao telefone.
Ele é tão forte e alto, além de ser bem legal quando quer. É estranho como somos opostos em todos os sentidos, porém, agora ele acaba de me deixar feliz e pelo visto nem notou o que fez.
Sou inteligente, claro que sou, por isso amanhã vou terminar com Erick, melhor sem namorado do que com um namorado como ele, que nem se importa comigo. Aposto que se eu caísse de cama como Luíza estava esses dias, ele nem mesmo ligado teria. Cansei disso, não preciso dele e mesmo que ele tenha salvado minha vida, acho que já o agradeci suficiente.
Tomo mais uma cerveja e vou ao bar pegar algo mais forte, ao chegar ao balcão peço uma Tequila e Marguerita e quando o drinque fica pronto, viro a dose de uma vez e volto à pista para dançar novamente.
Está tocando uma bem sensual...
Estou bem relaxada e leve, nem mesmo me lembro do motivo de estar chateada a pouco, realmente a música liberta.
Sinto duas mãos grandes me puxar para trás, segurando em meu quadril, mexo mais me encostando a sua virilha, sei que é o Alex, sinto o cheiro de madeira com algo natural que não sei o que é...
Imagino que ele afastaria já que é um mala e está desde o início da noite me provocando, mas para minha surpresa ele continua dançando comigo. Ficamos no mesmo balanço, até a música acabar e logo em seguida vou ao banheiro.
Sabe a parte ruim de beber muita cerveja? Ficar indo ao banheiro sempre. Afff.
Faço xixi, e graças a Deus, mamãe sempre me ensinou a andar com lenços umedecidos na bolsa, pois nunca se sabe onde vamos precisar usar o banheiro. Quando vou lavar as mãos me olho no espelho, estou um caco, além da maquiagem estragada por conta de Erick ainda tem o fato de ter bebido todas.
Estou zonza e pilotar realmente não vai dar.
Alex já se ofereceu para me levar para casa e acho que vou aceitar. Do jeito que estou não vai ser bom pilotar.
Tiro meu celular de dentro do short que está por baixo do vestido e ligo para Fábio.
ELE — Senhorita, Boa noite, em que posso servi-la?
EU — Pede para virem tirar minha moto, aqui no Madalena, não vou conseguir pilotar.
ELE — Vou buscá-la, senhorita Helen e Henrique vai pegar sua moto, chegaremos em breve.
EU — Espera. Meu pai está em casa? — Se estiver vou para outro lugar.
ELE — Está, senhorita, precisa dele?
EU — Não. Era só para pedir que avise que vou dormir na Luíza, por isso é só pegar a moto.
ELE — Como desejar, senhorita.
EU — Vou deixar a chave no balcão. — Desligo.
Bom... Não era o plano, mas Lucas está com a menina que saiu à pouco e Luíza deve estar com William na casa dele ou em um hotel, Carlos, está com o pai e posso ficar lá até estar sóbria. De jeito nenhum vou deixar meu pai me vê assim.
Olho novamente no espelho e estou mesmo um trapo de gente. Vou chegar à casa da Luíza, tomar um banho rápido e deitar de vez. Espero que ela e William se entendam e que não estejam na casa dela. Seria uma bela mancada da minha parte.
Tiro o short e a calcinha, para facilitar minha chegada ao banho na casa da Lu, coloco em minha bolsa e saio do banheiro já com a chave na mão. Como disse só vou tomar banho e dormir.
Saio e Alex já está me encarando. Passo por ele para deixar a chave com Ryan, que trabalha na recepção, e já nos conhece, mas ele me segura pelo braço me fazendo parar.
— Aonde pensa que vai?
— Me solta vou deixar a chave da moto na recepção para o Fábio.
— Bem melhor assim. — diz me olhando sério. — Achei que teria que colocar um pouco de bom senso em sua pequena cabecinha oca.
Cara como detesto quando me tratam como criança.
— Posso perfeitamente pedir um táxi e ir embora. Não preciso de guarda costas. — viro para o balcão. — Ryan, o Fá logo tá aí para pegar a beleza lá fora. Cuida dela cara. — Ele sorri e segura à chave junto com minha mão.
— Cuido como se fosse minha.
— Não senhor. Cuide melhor que isso, tá louco? — brinco com ele e sorrimos.
Claro que minha alegria dura pouco já que Alex segura minha cintura e me puxa.
— Vamos logo, Helen.
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