CAPÍTULO 46: Sombras Celestiais
1207 palavras
Nos salões etéreos do reino celestial, os anjos bons se reuniram em um conselho solene, suas asas brilhando com a luz divina que emanava do próprio coração do céu. A atmosfera estava carregada de tensão e inquietação, como se o próprio ar estivesse impregnado com a gravidade do momento. Os anjos, com suas feições serenas e majestosas, compartilhavam olhares preocupados, cada um sentindo o peso da responsabilidade que recaía sobre seus ombros imaculados.
À medida que o conselho prosseguia, as vozes dos anjos se misturavam em um murmúrio constante, cada palavra carregada de preocupação e incerteza. Eles discutiam os acontecimentos recentes, as escolhas de Lúcifer e Amenadiel que haviam abalado as fundações do reino celestial. As perguntas pairavam no ar, sem respostas claras:
— Como poderia Lúcifer, o príncipe das trevas, ter encontrado redenção tão facilmente?
— Seria possível que ele estivesse tramando algo sombrio, usando sua aparente mudança de coração como um disfarce para seus verdadeiros planos malignos?
Enquanto as discussões se desenrolavam, uma sensação de urgência se apoderava dos presentes. Eles sabiam que não podiam permitir que Lúcifer enganasse e conquistasse o céu, colocando em risco a paz e a segurança que tanto haviam lutado para preservar.
Era imperativo agir com prudência e determinação, permanecendo vigilantes contra qualquer ameaça que ele representasse.
Em meio à preocupação generalizada, um anjo de cabelos dourados ergueu a voz, sua expressão séria e determinada, refletindo a determinação do grupo.
— Devemos estar preparados para enfrentar qualquer desafio que possa surgir, declarou ele com firmeza.
— Não podemos permitir que Lúcifer nos engane ou nos manipule. Nossa lealdade é para com o céu e seus habitantes, e faremos o que for necessário para proteger nosso lar celestial.
Assim, os anjos bons concordaram em permanecer unidos e vigilantes, prontos para enfrentar qualquer ameaça que surgisse em seu caminho. Pois sabiam que, embora o desafio pudesse ser grande, sua determinação era ainda maior. Eles estavam determinados a preservar a paz e a harmonia do reino celestial, não importasse o que custasse.
— É inconcebível, disse um dos anjos, sua voz ressoando com autoridade celestial.
Outro anjo assentiu solenemente, seus olhos radiantes carregados de desconfiança.
— Ele está jogando um jogo perigoso, buscando tomar o poder do céu para si mesmo. Não podemos permitir que isso aconteça.
A preocupação se espalhou entre os presentes, cada um compartilhando o mesmo medo de que Lúcifer estivesse tramando algo sinistro. Afinal, ele era conhecido por suas artimanhas e enganos, sua habilidade de manipular os outros para alcançar seus próprios objetivos sombrios.
Mas agora, sem Amenadiel para protegê-lo e orientá-lo, Lúcifer estava mais vulnerável do que nunca. E isso apenas aumentava a urgência de agir antes que fosse tarde demais.
— Devemos agir com prudência, declarou um anjo de cabelos dourados, sua expressão séria e determinada.
— Não podemos permitir que Lúcifer engane e conquiste o céu. Devemos estar vigilantes e prontos para enfrentar qualquer ameaça que ele represente.
E assim, os anjos bons concordaram em permanecer em alerta máximo, vigilantes contra qualquer movimento de Lúcifer que pudesse comprometer a paz e a segurança do reino celestial. Pois, embora o príncipe caído pudesse ter mudado de aparência, eles sabiam que sua natureza maligna permanecia intocada, uma sombra que pairava sobre o céu, ameaçando consumir tudo o que era puro e sagrado.
Dentro dos salões celestiais, onde a luz brilhava com intensidade divina, Rafael, o anjo de cabelos dourados, ergueu sua voz em meio ao conselho angelical. Seus olhos irradiavam sabedoria enquanto ele falava, e cada palavra carregava o peso da verdade celestial.
— Lúcifer, o anjo mais sábio e belo dos céus, começou Rafael, sua voz ressoando com autoridade e conhecimento.
— Seu esplendor era como o brilho do sol em seu auge, sua beleza transcendia os limites do entendimento mortal. Seu semblante era como uma obra de arte divina, cada traço perfeitamente esculpido pelo próprio Criador. Dizia Rafael.
Enquanto Rafael falava, os outros anjos ouviam com reverência, sabendo que suas palavras eram verdadeiras. A beleza de Lúcifer era lendária, sua presença no céu era como uma luz radiante que iluminava todos ao seu redor. Mas, Rafael fez uma pausa, e seus olhos se estreitaram com um brilho penetrante.
– No entanto, olhem para essa simples mortal, Charlotte; continuou ele, com um gesto despreocupado em direção à mulher humana.
— Que humildade em sua forma! Que falta de graça em sua existência! Ela é uma criatura comum, sem beleza ou esplendor. Seus traços são comuns, seu semblante é banal. Como alguém como Lúcifer, que já foi coroado como o mais belo entre todos os seres celestiais, poderia se apaixonar por uma mera mortal como ela?
— Ele só pode estar querendo nos enganar. Disse o anjo Miguel;
As palavras de Rafael ecoaram nos salões celestiais, carregando um tom de desdém e desaprovação. Ele pintou um retrato da mulher humana como uma figura insignificante, uma sombra pálida em comparação com a glória radiante de Lúcifer. E enquanto ele falava, uma sensação de desconforto se instalou entre os outros anjos, fazendo-os questionar a natureza do amor entre um ser celestial e uma simples mortal.
Mas apesar das palavras de Rafael, havia algo na mulher humana que chamava a atenção de Lúcifer. Algo que ia além da beleza superficial, algo que ressoava com sua própria alma. Pois, no fim das contas, o amor não se baseia apenas na aparência exterior, mas sim na conexão profunda que une dois corações, independentemente de sua origem ou forma.
De longe, ele podia ouvir cada palavra desdenhosa, cada julgamento lançado sobre a mulher que ele amava mais do que qualquer coisa neste universo. A indignação crescia dentro dele, não apenas pela audácia de questionarem sua devoção, mas principalmente pela injustiça de subestimarem a pureza e a bondade de Charlotte.
A voz de Rafael e dos outros anjos ressoava no coração de Lúcifer, inflamando sua indignação. "Quem eles pensavam que eram para julgar Charlotte, a mulher que ele amava com todo o seu ser? "
"Como podiam ousar menosprezar a pureza e a beleza de sua alma gentil? "
Cada palavra de desdém era como uma faca afiada perfurando seu coração, alimentando a chama de sua determinação.
Lúcifer não podia tolerar que falassem de Charlotte daquela maneira. Para ele, ela era tudo, a luz em sua escuridão, a esperança em seu desespero. Seu amor por ela transcendia qualquer barreira, qualquer julgamento dos céus ou do inferno. Ele estava disposto a desafiar o universo inteiro para proteger sua amada, para mostrar ao mundo a verdadeira beleza de sua alma e o poder do amor que compartilhavam.
Enquanto observava, uma tempestade de emoções tumultuava dentro de Lúcifer. Seu amor por Charlotte transbordava em seu coração, uma chama ardente que queimava com intensidade, desafiando qualquer dúvida ou descrença. A visão de sua amada sendo menosprezada o enchia de uma fúria incontrolável, uma determinação implacável de provar a todos que o amor deles era verdadeiro e inabalável.
Nesse momento, Lúcifer compreendeu que nada poderia abalar sua convicção. Ele estava disposto a enfrentar os céus e os infernos, se necessário, para proteger e honrar o amor que compartilhava com Charlotte. Pois, para ele, ela era mais do que uma simples mortal; era sua luz, sua esperança e sua redenção em um mundo repleto de trevas e tormento.
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