Capítulo 3: A Notícia da Redenção
510 palavras
Lúcifer caminhou pelas profundezas do inferno, mergulhando em seus pensamentos sombrios, quando a notícia da profecia da redenção finalmente o alcançou. As histórias das criaturas das trevas se espalharam como um vento gélido, carregando a notícia que ele tentou ignorar por tanto tempo. A notícia era uma sugestão proibida, uma promessa impossível que parecia desafiar a própria natureza do inferno.
Inicialmente, ele sentiu uma mistura de emoções. Uma dúvida o assolou. Como alguém tão desprezível quanto ele poderia ser merecedor de redenção? Lúcifer questionava se suas ações passadas, suas revoltas e rebeliões, poderia ser perdoada ou esquecida. Ele olhou para os horrores que testemunhava e perpetuava no inferno, a escuridão que residia em seu próprio ser, e duvidava se pudesse existir qualquer esperança para alguém como ele.
Era uma humana, uma criatura frágil e efêmera, projetada para trazer a luz à sua escuridão, a mudar ou inalterável. A ideia da redenção de Lúcifer o abatido como um raio, e ele foi inundado por uma tempestade de emoções que há muito tempo foi enterrada nas profundezas de seu ser.
O deboche também se fez presente em sua mente. Lúcifer riu amargamente, achando uma ideia tão ridícula que mal conseguia conter o desdém.
- "Uma humana? Quem ousa sonhar em me redimir?" Ele zombou da ideia, considerando-o um absurdo demais para ser levado a sério.
No entanto, à medida que a notícia da profecia persistia e se espalhava, uma raiva começou a borbulhar dentro de Lúcifer. A raiva de ter seu passado arrancado de suas profundezas escuras, a raiva de ser provocada a confrontar a possibilidade de que pudesse haver alguma verdade nessa profecia. Ele se sentiu acuado, encurralado por algo além de seu controle. A raiva o impelia a rejeitar essa ameaça percebida à sua autoridade e ao equilíbrio do inferno.
A raiva se misturou à dúvida e ao deboche, formando uma tempestade dentro dele. Ele sentiu seu orgulho ferido, sua supremacia ameaçada.
Lúcifer foi dividido entre o ceticismo e o temor, enquanto a notícia da profecia ecoava em sua mente como um eco insistente. O temor não era uma emoção comum para ele, pois há muito tempo havia se tornado imune aos sentimentos que assombram a humanidade. No entanto, a ideia de que essa profecia pudesse ser real o deixava inquieto. Seria possível que, após todos os séculos de autoimposto exílio nas profundezas do inferno, pudesse haver uma chance real de redenção? As dúvidas e os tormentos se agitavam dentro dele, desafiando sua compreensão do mundo e de si mesmo. Lúcifer sentiu que não estava nos limites de algo monumental, algo que mudaria o curso de sua existência e, talvez, o destino do próprio inferno.
A notícia da redenção o atormentava, deixando-o com uma mistura intensa de emoções que ele não experimentara em eras. A única coisa certa era que, a partir daquele momento, sua jornada adentraria territórios desconhecidos e incertos, onde o suspense pairava no ar como uma névoa densa, obscurecendo seu caminho e seu destino incerto.
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