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Capítulo 20: Entre Gratidão e Amor


774 palavras

O silêncio pairava no ar enquanto Charlotte abraçava Sophia com força, como se temesse perdê-la novamente. As lágrimas fluíam de seus olhos, testemunhando a tormenta emocional que aquela breve separação havia provocado. Lúcifer, desconcertado diante da expressão sincera de gratidão, permanecia ali, sem palavras para oferecer conforto.

— Não sei como agradecer, Lúcifer. Você foi um anjo... ou, bom, algo assim enviado para me ajudar, disse Charlotte, tentando sorrir apesar das lágrimas.

Em um gesto impulsionado pela emoção, ela se aproximou, envolvendo Lúcifer em um abraço aconchegante, como se quisesse transmitir sua gratidão não apenas com palavras, mas com o calor de seu afeto.

Lúcifer, ainda hesitante em abraçar plenamente a complexidade de suas próprias emoções, permitiu-se sentir a intensidade do momento. A presença de Charlotte e Sophia, aquele vínculo recém-descoberto, começava a penetrar nas barreiras de seu coração antes intransigente.

As lágrimas de Charlotte, um misto de alívio e emoção, deixavam rastros em suas bochechas. Ela afastou-se gentilmente do abraço, mas suas mãos permaneceram nas de Lúcifer, como se temesse que esse encontro fosse efêmero demais.

— Você não faz ideia do quanto significou para nós, murmurou Charlotte, sua voz embargada. Eu pensei que tinha perdido minha filha, e você... você a trouxe de volta para mim. Como vou agradecer por algo assim?

Lúcifer, incapaz de articular totalmente suas próprias emoções, ofereceu um sorriso compassivo. A vulnerabilidade de Charlotte ressoava nele, tocando uma parte de sua essência que ele havia mantido oculta por eras.

— Às vezes, as palavras não são suficientes, respondeu ele, surpreendendo-se com a sinceridade de suas próprias palavras. Apenas saber que vocês estão bem é o suficiente para mim.

Lúcifer, ainda inseguro de como lidar com as emoções humanas, simplesmente assentiu, aceitando a gratidão que pairava no ar. Quando Charlotte sugeriu que fossem tomar um lanche juntos, ele hesitou. Contudo, ao ver o sorriso contagiante de Sophia e sentir sua mão pequena puxando a sua, algo dentro dele se rendeu.

A casa de Charlotte, agora iluminada pelo sol da tarde, tinha uma atmosfera acolhedora. Enquanto Sophia animadamente mostrava cada canto da casa, Lúcifer observava as fotografias que decoravam as paredes. A felicidade estampada nos retratos de Charlotte e sua filha, momentos capturados em sorrisos e abraços, contrastava com a escuridão que ele conhecia tão bem.

Ao se sentarem para o lanche, Charlotte olhou nos olhos de Lúcifer, suas palavras carregadas de sinceridade.

— Eu realmente não sei como agradecer por tudo o que fez, Lúcifer. Você foi como um anjo da guarda para nós. E eu... eu me sinto em dívida.

Lúcifer, surpreendido pela vulnerabilidade de Charlotte, encontrou-se em um território desconhecido. Ele, que estava acostumado a ser temido e rejeitado, agora se via diante de um agradecimento genuíno.

— Não há necessidade de agradecimentos, Charlotte. Fiz o que qualquer pessoa faria, respondeu ele, tentando desviar a atenção de si mesmo.

A conversa fluiu naturalmente, Sophia compartilhando histórias da escola e Lúcifer participando da animada troca. À medida que o tempo passava, Lúcifer começou a perceber uma estranha sensação em seu peito, algo que ele mal conseguia identificar. Uma mistura de calor e perturbação, como se algo estivesse se transformando dentro dele.

Quando o sol se pôs, Charlotte agradeceu novamente e acompanhou Lúcifer até a porta. Ele, por sua vez, estava prestes a se despedir quando Sophia o abraçou.

Sophia, observando a cena com seus grandes olhos curiosos, rompeu o silêncio com uma pergunta inocente:

— Lúcifer, você vai voltar para brincar comigo?

Lúcifer, pegando de surpresa pela simplicidade da criança, sorriu genuinamente. Era uma pergunta que o forçava a encarar a ideia de continuidade, de estar presente na vida daquelas duas almas que, de alguma forma, haviam tocado a dele.

— Claro, Sophia. Eu adoraria voltar e brincar contigo, respondeu, sentindo que, de alguma forma, estava se comprometendo com algo mais do que apenas uma promessa de diversão.

— Você é legal, Lúcifer! Volte sempre! Disse ela com um sorriso inocente.

O impacto daquelas palavras foi profundo. Lúcifer, acostumado a ser associado a tudo menos "legal", sentiu uma estranha gratificação.

Enquanto caminhava para longe da casa, ele se pegou pensando nas palavras de Sophia e na expressão de gratidão de Charlotte.

Ao se afastar, Lúcifer percebeu que a escuridão que o envolvia há tanto tempo estava cedendo lugar a algo novo. Ele não sabia se era a redenção que tanto buscava, mas estava claro que, naquele momento, ele encontrara algo inesperado: o calor de uma família, a sinceridade de um agradecimento e a leveza de um sorriso inocente. O diabo, que outrora ria nas sombras, agora se via caminhando em direção à luz, mesmo que ainda não entendesse completamente o que isso significava.

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