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Capítulo 7

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Eu não conseguia parar de martelar as palavras de William em minha cabeça. Ele estava realmente disposto a se casar comigo? Penso que o que eu sentia era medo. De algum modo eu tinha em mente que se não nos casássemos nada do que ocorrera com Phillip poderia voltar a acontecer. Mas não podia negar que a ideia de me casar com William me agradava.

Eu sabia que ele era diferente, que com ele seria diferente. Duas batidas leves foram deferidas contra a porta, fazendo minha atenção se voltar para lá rapidamente. Como quando escutamos alguém chamar nosso nome e procuramos rapidamente a direção de onde vem o som.

— Posso entrar? — Era a voz de Elouise. Ela entrou de cabeça baixa com uma bandeja na mão e passou alguns minutos calada, como se tomasse coragem para falar. — Trouxe seu café da manhã.

— Não precisava se incomodar. — Falei ríspida com uma certa ironia na voz. Eu não estava mais com raiva, só não achava precisar me aproximar novamente naquele instante. Eu precisava pensar seriamente sobre muitas coisas.

Ela caminhou até perto e colocou a bandeja na cama, se afastando um passo. Finalmente tirei os olhos do bordado que eu fazia e olhei fixamente para ela, em seus olhos. Eu não era das mais fãs da arte da costura, mas naquele momento eu estava a procura de qualquer coisa que distraísse minha mente. Nem que por alguns minutos.

— Eu queria pedir desculpas por ontem, sei que não deveria me meter na sua vida daquele jeito e... Fiquei tão preocupada... — Lágrimas se soltaram dos seus olhos e meu coração se amoleceu de imediato.

— Não chore. — Caminhei até ela. — Eu sei que a sua intenção não era ruim.

— Mas eu não precisava falar daquele jeito com você...

— Tudo bem, Elouise. Eu a desculpo, mas me prometa que irá pensar muito bem antes de falar aquele tipo de coisa para mim novamente. Você é a pessoa em que eu mais confio no mundo, a única que sabe exatamente tudo por que passei.

— Eu sei, Florence. Eu sei.

A abracei e ela logo se acalmou. Também não demorei muito tempo para fazer as pazes com Aurora, eu sabia que grande parte do motivo de tudo era preocupação. Não que o fim justificasse os meios, mas eu sabia que ela me amava e se fosse eu em seu lugar também me preocuparia. Papai e mamãe conversaram comigo a respeito do que lhes foi dito por carta. Não que eu tenha ligado para o que me disseram, no momento eu não estava muito a fim de escutar discursos sobre minhas atitudes. Eu já não era mais criança.

Resolvi dar um passeio, eu estava ficando sufocada dentro daquela casa. Apesar de estar repleta de pessoas a casa parecia vazia.

Levantei-me disposta a sair o mais rápido possível, e claro, sem ser notada. Não queria dar explicações de para onde eu estava indo. Mas é claro que a vida tinha que me pregar uma peça, mamãe me pegou no flagra já perto da porta, andando na ponta do pé.

— Se o intuito é sair escondida, aconselho a porta dos fundos. Assim não precisará passar pela vergonha de ser pega no flagra.

— Eu não ia... — Suspirei fundo. Coloquei a sombrinha e o chapéu em seus devidos lugares e voltei pelo caminho que trilhei. Eu estava subindo os degraus da escada quando mamãe chamou novamente minha atenção.

— Não ficará trancada no quarto novamente, não é Florence? Por tudo que é mais sagrado, isso me irrita!

— Como se me dessem muita liberdade por aqui. — Retruquei mal-humorada voltando a descer a escada. — Vocês me tratam como se eu ainda fosse uma debutante na sociedade. Como se eu fosse me quebrar facilmente com um toque desajeitado.

Mamãe estreitou os olhos para mim e seguiu para a sala de recepções. Encontrou com uma das serviçais no caminho e mandou o chá da tarde ser servido. Ao se sentar em uma das poltronas fez sinal com a mão para que eu a acompanhasse. Sentei-me também, o mais distante possível.

— Eu sei que você já viveu uma fração da sua vida, Florence. E sei mais ainda que você não gosta de toda essa proteção e atenção que estão sendo direcionadas a você, mas tente entender nosso lado como pais. Você passou anos longe e quando saiu daqui ainda era uma garota imatura, é difícil para assimilarmos que você não é a mesma pessoa que antes. — Ela levantou-se se aproximando de mim, segurou minha mão com carinho. — E imagine só após tanto tempo descobrirmos que a pessoa para a qual entregamos você, a machucou tanto... Não acha que também não sentimos uma parcela de culpa nisso?

Eu não havia pensado por esse lado. Meus pais também se culpavam por tudo que acontecera. Eles carregavam e carregariam aquele fardo para sempre com eles.

— Nós a amamos, Florence. E o que queremos é ver a sua felicidade, por isso tanta proteção. Não queremos que você se machuque novamente. E eu sei que apesar de você ter perdoado sua irmã, você ainda está chateada. Por favor, tente compreender, ela também sente culpa nisso. Ou você acha que ela não lembra que foi ela a pessoa a insistir no casamento de todas as formas possíveis?

— Eu sei, mãe. Eu sei. — Senti meus olhos marejaram e ela me abraçou, fazendo com que eu me sentisse reconfortada.

A empregada chegou acabando com o clima sentimental que se apossara do ambiente segundos atrás. Mamãe voltou ao seu lugar como uma matrona impenetrável e fiquei em silêncio, lutando contra os meus pensamentos. Mamãe odiava se mostrar fraca e sensível perto dos empregados, a única exceção fora com Lily, mas todos sabíamos que ela sempre foi mais que uma acompanhante. Lily de algum modo — pelo menos no tempo que exerceu suas funções na casa — Era parte da família.

— Chá, querida?

— Por que não? — Aceitei o chá que logo me foi servido.

A serva se retirou e vi mamãe relaxar um pouco mais. Os ombros caíram de maneira involuntária e sua expressão ficou mais suave.

— Se lembra de quando eu colocava vocês duas para dormirem? Você e Aurora demoravam a pegar no sono para que eu ficasse no quarto o máximo de tempo possível. — Ela tinha uma expressão nostálgica.

Ri ao me lembrar. Juntávamos as camas e mamãe se sentava entre elas. Segurava as mãos das duas e contava histórias tiradas de sua própria cabeça.

— É claro que me lembro, mãe. Principalmente das melodias cantaroladas e do beijo de boa noite. Eram bons momentos, e éramos felizes. Todos nós.

— Às vezes eram bons momentos mesmo. — Vi seus olhos tão cheios de amor se tornarem gélidos. — Às vezes eu me sinto tão frívola, a culpa me invade e parece querer me sufocar. Por mais que eu já tenha recebido o perdão.

Ela não precisava falar mais nada para eu saber sobre o que se tratava. Mamãe falava de papai e Aurora. Eu via que ela realmente se sentia culpada.

— Mas só me arrependo da parte de ter magoado seu pai. Aurora e você são as pessoas que mais amo na vida e se não fosse por meus erros do passado eu não a teria.

— Mãe...

— Eu me sinto tão egoísta. — Ela continuou. — Por privar sua irmã de momentos bons com seu pai. Ele a ama e eu sempre soubera, mas preferia se manter afastado de Aurora, e eu o encorajei todas às vezes a se afastar dela. Eu acreditava que seria o melhor, eu preferia que ela não soubesse dos meus erros do passado. Como se a preservação de minha imagem fosse mais importante que a vida dela. Ela viveu em uma mentira constante por tantos anos...

— Não se culpe sozinha por tudo. Papai poderia muito bem ter contado-lhe em algum momento. E eu também. Aurora não guarda rancor, não fique a se martirizar com isso. Você iniciou a mentira, mas fomos nós que resolvemos continua-lá.

Mamãe pareceu mais leve depois de minhas palavras, como se de algum modo eu tivesse tirado um peso de seus ombros. Papai apareceu e sorriu para nós.

— O que as mulheres mais lindas da minha vida estão a fazer?

— Nada de mais, papai. — Eu ri. — Nos acompanha?

— Seria um prazer.

— Por que voltou cedo, querido? — Mamãe o questionou com estranheza. Não era costumeiro ele voltar aquela hora do dia para casa.

— Problemas com alguns fornecedores. Achei melhor voltar para casa a ficar tentando resolver um problema que sei que não encontrarei a solução hoje.

— Fez bem. — Ele se sentou e mamãe segurou a mão dele.

Já era noite. Aliás, bem tarde da noite. Grande parte da casa já dormia, mas minha insônia costumeira fez com que eu ficasse perambulando de um lado para o outro incansavelmente. Desci até a cozinha a fim de tomar um copo de leite, mas percebi que eu não sabia ligar o fogo para esquentar. O jeito fora beber o leite gelado mesmo. Senti algo quente em contato com meus pés descalços e quase dei um pulo. Era Genevive.

— Quer um pouco de leite? — Perguntei balançando o recipiente como se ela entendesse.

A resposta foi um latido alto. O som preencheu todo o ambiente fazendo um eco.

— Shhh, Genevive. Garota má. Garota má.

Despejei o leite em um pote e o coloquei sobre o chão. Ela não esperou nem um segundo, bebeu tudo com imensa rapidez.

Resolvi subir de volta a fim de falar com Elouise se ela ainda estivesse acordada. Ao chegar perto da porta do antigo quarto de Aurora ouvi murmúrios, sons de respiração acelerada. Abri a porta mesmo assim. Coloquei de imediato a mão na boca em sinal de surpresa quando vi quem estava no quarto com Elouise.

Era um dos nossos empregados, o cocheiro para ser mais exata. Eles estavam se beijando na cama, com veracidade e eu poderia até dizer que paixão. As mãos dele seguravam o cabelo de Elouise com firmeza, trazendo-a para mais perto. Fiquei ali observando a cena por segundos, mas ao deixar soltar um suspiro involuntário de surpresa, saí o mais rápido que pude, mas não antes de Elouise conseguir me ver. Entrei em meu quarto e fechei a porta. Ela foi aberta, segundos depois por uma Elouise assustada.

— Ah, meu Deus! Não era para você ter visto aquilo. Eu... Sei ser errado mas...

Comecei a rir. Alto e sem me preocupar com a possibilidade de mais alguém escutar.

— Por que você está rindo? — Ela me questionou.

— Eu não sei. — Falei acalmando a risada. — Só não consigo acreditar que você...

— Que sou uma pecadora? Que me deitei com um homem antes do casamento?

Não é como se eu a pudesse julgar. Ao lembrar novamente de William e de nossa noite quase deixei um sorriso escapar dos meus lábios. Respirei fundo dissipando de vez os pensamentos.

— Não fale assim, Elouise. — Minha voz se tornou mais sóbria, como se antes ela estivesse carregada por um teor de álcool. — Não consigo acreditar que você nunca me contara que já possuía essas experiências.

— Não acho que isso seja algo que se deva andar contando. Você sabe muito bem o que acontece quando...

— Eu sei, não se preocupe com isso. Só quero que saiba que eu nunca a julgaria por estar sendo feliz. E me desculpe pela interrupção inapropriada. — Abafei o riso. — Da próxima vez é melhor manter a porta trancada.

— Ah, Florence... Você não sabe o quanto eu te odeio! — Ela então voou em meu pescoço me dando um abraço apertado.

— Te amo muito mais. — Sussurrei em seu ouvido.

Ela saiu do quarto logo depois e eu me deitei. Ao me aconchegar na cama consegui pegar no sono, mas não antes de ver a imagem dos olhos de William em minha cabeça.

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