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Capítulo 27: O primeiro legado de Hécate

As velas roxas formavam um círculo ao redor do mapa estelar, juntamente com pétalas de rosa branca.

O pêndulo da realidade estava bem no centro, e conforme fazíamos o ritual de localização, ele brilhava cada vez mais.

— Pelos fios do tempo, eu encontro Morweena. Pelas linhas da realidade, eu encontro Morweena. Pelo ponteiro do tempo, eu encontro Morweena. Pelo meu sangue, eu encontro Morweena. — Repito o ritual de localização, cortando uma parte da minha mão e pingando em cima do pêndulo.

Logo em seguida, uso uma das velas para queimar o mapa. O mapa não queima por inteiro, mas suas letras e seus desenhos mudam enquanto a brasa queimava apenas as bordas. Logo, o fogo se apaga e o mapa revela um único lugar.

— Grécia? — Miyu questiona, olhando atentamente o mapa.

— Grécia Antiga. — Corrijo. — Ela está no Santuário de Hécate.

— Vamos para a Grécia Antiga? — Bianca questiona surpresa.

— Que legal! — Letícia diz empolgada.

— O que esse santuário tem de importante? — Carol pergunta.

— É lá onde os Pilares da Magia estão. — Respondo, pegando o pêndulo e tirando o sangue com um paninho.

Ativo o objeto mágico e rapidamente tudo ao nosso redor começa a mudar. Em questão de segundos, estávamos em outro lugar, e nossas roupas também eram outras.

— Chegamos. — Aviso, olhando o enorme templo na nossa frente.

— Que lindo! — Miyu diz impressionada e dá um passo à frente. — Se ela estiver lá, o que iremos fazer?

— Sei que vocês três foram escolhidas como a nova tríade divina, e você, Miyu, é uma bruxa muito habilidosa e com poderes únicos. Mas, quem irá lutar contra Morweena sou eu. Este é o meu destino. — Digo confiante, e as quatro me olham em choque.

— Está louca? Não vamos deixar você lutar com a Morweena sozinha! — Bianca diz, se negando para tal.

— Sem querer ofender, Luna, mas você não tem poderes. Como pretende deter a Morweena? — Carol questiona.

— Vou cumprir meu destino quando vocês cumprirem o de vocês.

• • •

O santuário de Hécate era literalmente um lugar mágico.

Estátuas antigas da deusa, esculpidas em pedra cinza-claro, erguem-se majestosamente ao redor de um altar central de mármore polido, cercado com runas entalhadas que reluzem à luz. Um aroma suave de ervas místicas paira no ar, misturado com o suave som de uma fonte sagrada, cujas águas cristalinas fluem tranquilamente em um pequeno lago ornamental. Ao redor, árvores antigas e retorcidas formam uma cortina natural, protegendo o santuário e seus segredos mágicos.

Mais ao centro eu conseguia sentir uma forte energia, tão forte que eu parecia que iria derreter como cera. Lá estava Morweena, flutuando no centro dos quatro pilares, que se conectavam por uma forte luz linear de poder.

— Luna? Que surpresa vê-la aqui. — Morweena diz, realmente sem esperar que fôssemos até lá. — Posso imaginar o motivo da vinda.

— Você não pode assumir os Pilares da Magia. Você não é uma deusa, Morweena. Você não é Hécate. — Digo firmemente, com os punhos cerrados, e Morweena me encara seriamente enquanto volta ao solo.

— Eu sou maior que Hécate. Se eu não estivesse aqui, quem estaria? Hécate não foi capaz nem de proteger o Livro Primordial das Sombras, nem a si mesma, que dirá os pilares que sustentam todo o nosso mundo, e não digo apenas o mundo da magia, mas também do mundo humano. — Morweena ergue as mãos e eu vejo o pêndulo, o qual estava pendurado no meu pescoço, começar a brilhar.

— O que você está fazendo? — Questiono, mantendo minha ligação mental com Miyu para garantir que nenhuma das quatro, as quais se mantinham afastadas, interfira no meu confronto com Morweena. Pelo menos ainda não.

— Vou contar a minha história.

Tudo ao redor começa a se alterar, mas não fomos para nenhum lugar, época ou realidade específica. Fomos para as lembranças de Morweena.

Havia uma mulher, a qual parecia ser Morweena bem mais jovem. Ela estava ao lado de um homem e os dois pareciam estar decorando uma árvore de natal. Consegui observar um pequeno altar de adoração à Hécate no canto da sala, e então, um menininho que deveria ter aproximadamente dois anos se aproxima correndo, e Morweena o pega no colo.

Aparentemente pareciam felizes, e eu não fazia ideia de qual época ou país eles estavam, mas consegui enxergar a neve caindo lá fora.

— Essa era a minha família, Luna. Meu esposo e meu filho Eliot. Uma graça, não acha? — Morweena questiona ao meu lado, e eu apenas olho a cena sem entender nada. — Eu sempre fui uma bruxa tradicional. Servia à Deusa Mãe e ao Deus Cernunus, fazia os Sabbaths e os rituais da lua. Eu não tinha coven, era uma bruxa solitária, mas era feliz assim. As pessoas que eu mais me importavam já estavam comigo.

— E o que aconteceu? — Pergunto genuinamente interessada, e vejo as imagens mudarem diante dos meus olhos.

Era noite de lua crescente. Morweena estava sozinha na parte externa da casa, com uma bacia de pedra cheia com água e algumas velas ao redor. Morweena estava com os olhos fechados e estava fazendo uma oração para Hécate.

— Eu a amava. Eu clamei por Hécate e ela me ouviu. — Diz Morweena ao meu lado, e na imagem, uma mulher surge das sombras com três cães ao seu lado.

A mulher usava uma túnica preta que cobria todo seu corpo, um vestido roxo e gracioso, como se fizesse parte da realeza. Ela tinha os cabelos longos e negros como a noite, e seus olhos eram castanhos claros. Havia uma tocha na mão direita dela, e seu rosto era delicado e maduro.

— Salve, Deusa Mãe, senhora da noite, deusa da magia, rainha do submundo! — Morweena diz com a voz trêmula, vendo a própria deusa bem na sua frente.

— Ouvi seu clamor, minha filha. Vim lhe trazer uma missão. — Hécate diz firmemente, e os olhos de Morweena se enchem de lágrimas, enquanto ela se ajoelha na frente da deusa.

— Sim, sim, sim! O que eu posso fazer por ti, senhora?

— Você será agraciada com meu poder e minha força. Tu, Morweena, serás o meu legado. — Hécate anuncia, e os cães ao seu lado começam a latir alto. — Há um grande mal que deve ser detido, e o destino diz que tu o impedirá.

— E como eu farei isso? — Diz Morweena, com uma pontada de dúvida na voz.

— Enviarei uma de minhas anfitriãs para treinar você. Seja cuidadosa e não me decepcione. — A deusa diz firmemente e logo desaparece nas sombras, do mesmo jeito que surgiu.

— Então você foi o primeiro legado de Hécate. — Digo surpresa, sem notar que as imagens ao meu redor estavam mudando.

— Sim. Herdei grande parte do seu poder, era muito poderosa. Fui treinada até que fosse forte o suficiente para deter o Somniphagus.

— Somniphagus?

— Era uma criatura que de dia era um homem normal, e a noite se alimentava do pesadelo das pessoas. Sugava toda sua aura até elas morrerem vazias e com medo, e por fim, se alimentava da casca vazia que restava em seus corpos. — Morweena explica, e conforme ela falava, eu sentia certa familiaridade com aquela criatura, como se eu já tivesse ouvido falar dele em algum momento da minha vida.

Consegui ver a figura de uma criatura monstruosa, parecia uma besta, com unhas e dentes enormes. Ele estava coberto de sangue e Morweena lutava contra ele com o máximo de poder que tinha. Ela era extremamente ágil e habilidosa, mas a criatura era tão forte quanto, e transmitia uma aura extremamente assustadora.

— Você o venceu? — Pergunto, olhando para Morweena.

— Sim. Mas vencê-lo custou tudo o que eu tinha. — Ela responde com um ar triste.

As cenas mudam novamente, e agora pude ver Morweena ajoelhada diante do que restou do corpo do seu marido e do pequeno Eliot. Suas mãos e seu vestido estavam completamente manchados de vermelho, e Morweena chorava abraçada com seus corpos. Era uma cena extremamente cruel, me fazia até mesmo encontrar onde estava a justificativa pelos seus atos.

— Hécate, por favor! Me ajude, eu imploro! — Morweena chorou, chorou e clamou pela deusa, e seu luto ultrapassou todos os portais que estavam abertos naquele momento.

— Eu chamei, eu dei tudo de mim. Eu segui todas as ordens dela, e no final ela me deixou sozinha. — Morweena diz e eu vejo seu rosto imóvel, sem uma expressão sequer. — Ela me usou, e quando cumpri o que ela mandou, Hécate me abandonou.

— Sinto muito. — Digo sinceramente, mas Morweena continua olhando para frente.

Novamente a imagem mudou, e agora eu vi Hécate novamente na frente de Morweena, mas Morweena estava diferente. Seu olhar estava carregado de rancor, dor e vingança.

— Onde você estava quando eu precisei? Eu treinei todos os dias, lutei contra aquela criatura, dei meu sangue pela magia, e onde você estava quando deixou ele matar minha família? Meu filho? — Morweena questiona com raiva, ao mesmo tempo que duelava contra Hécate.

— Era o seu destino, eu não podia impedir. — Hécate diz, tentando não revidar contra Morweena, mas era difícil.

Morweena usava técnicas e feitiços os quais aprendeu sozinha, durante seu momento de luta. Estava mais forte, mais poderosa, quase incontrolável. Ela era inteligente, sabia o momento certo de atacar, de revidar e de se proteger.

— Meu destino era salvar outras famílias e perder a minha? — Morweena berra, lançando uma forte rajada contra Hécate, que se desestabiliza por alguns segundos.

— O destino realmente é imprevisível. — Hécate responde, e isso atiça ainda mais a fúria de Morweena.

— Você vai pagar por tudo o que me fez passar. Pode não ser agora, nem amanhã, mas a sua hora vai chegar, Hécate. — Morweena responde furiosa, prestes a dar seu golpe final em Hécate, um feitiço de extremo poder até mesmo contra os deuses. — Você vai sentir tudo o que me fez sentir.

Porém, Hécate agiu mais rápido, e abriu um portal onde empurrou Morweena, diretamente para o submundo.

Tudo ao redor começa a girar, e quando me dei conta, estávamos de volta ao santuário.

— Não é só por mim. Que egoísta eu seria de tentar assumir o posto como deusa da magia apenas por uma vingança pessoal. Eu sei que não fui a única, sei que Hécate nunca se importou com nenhuma bruxa. — Morweena diz carregada de rancor, e logo se direciona para o centro dos pilares novamente.

— Eu sei que você não é a grande vilã da história, Morweena. Eu entendo seu luto, suas motivações, mas esse é o jeito errado! — Insisto, e logo vejo Miyu e a tríade colocando o nosso plano em ação. — Você ainda assim é uma bruxa, não uma divindade. Irá morrer se tentar absorver tanto poder dos pilares da magia.

— Vale a pena correr o risco. Eu tenho a chave mestra, veremos o quão forte posso ser. — Morweena então começa a se conectar aos quatro pilares. — Uma nova era está começando.

Miyu usa dos seus poderes para hipnotizar nós três e nos fazer apagar. O plano real e o plano espiritual já estavam dominados por Morweena. Agora ela irá em busca do plano etéreo.

Eu sabia que podia dar tudo errado, pois aquele plano envolvia uma vibração de energia muito maior, mas havíamos nos preparado para qualquer possibilidade. Assim que nossa consciência deixou nossos corpos, Carol usou um feitiço para manter nossa energia plena.

— Você tanto julgou Hécate, mas se tornou igual a ela. — Digo, vendo a tríade prestes a iniciar o ritual.

— Nunca mais diga isso! — Morweena diz com raiva, e uma onda de poder a atinge.

A tríade havia convergido seus poderes e suas energias, e Carol comandava todo o processo sendo o centro do ritual. Seu poder conseguia deixá-la incrivelmente bem mais forte do que no plano material.

Morweena estava prestes a revidar, mas a chamei novamente. Precisava ganhar tempo para o ritual de absorção se concretizar.

— Você usou o André assim como acredita que Hécate te usou. — Começo a falar, e Morweena se vira novamente para mim. — Usou um garoto em luto para seu plano. Deixou pessoas inocentes morrerem em outras realidades. Você sabia as consequências disso.

— Chega! Eu deveria ter matado você também quando tive a oportunidade! — Morweena diz furiosa e as mãos dela começam a brilhar com uma chama branca.

E então, minha força maior me atingiu.

De repente, diversas lembranças invadiram minha mente de uma vez, graças ao plano etéreo em que estava. Ele ativou todas as minhas memórias, minha identidade, e então eu lembrei de cada detalhe da minha longa e imortal existência.

Apesar de começar a ter consciência de quem eu era, ou quem eu sou, ainda não tinha meus poderes porque Morweena estava com a chave mestra, mas me lembrei dela também. Me recordei de tudo como se fossem lembranças recentes. A dor que senti quando enviei Morweena para o submundo.

— Morweena! — Digo firmemente, e meus olhos começam a brilhar em um roxo intenso. — Eu me lembro de tudo.

— Ótimo! Agora você saberá porque estou te fazendo passar por isso. — Morweena diz, se aproximando de mim. — Você tirou tudo de mim! E quando o portal da magia foi aberto e eu descobri que você estava presa em Setealem, vi a oportunidade perfeita de fazer você realmente sentir o que é ser apenas uma mortal! Cada sentimento, felicidade, tristeza, amor, luto, raiva!

— Você não me matou, Morweena. Teve a oportunidade, mas não o fez. — Seguro seu pulso com força, antes dela disparar seu poder em mim. — Se você acha que me matar vai aliviar sua dor, faça. Ande, me mate!

— Eu jamais te perdoarei, Hécate!

Continua...

E vamos de último capítulo. 😘

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