Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 25: Guardiã de mistérios antigos

Quando eu caí no sono, tive sonhos estranhos. Haviam pessoas as quais eu tinha a leve impressão de conhecê-las, apesar de nunca tê-las visto antes.

Era um grupo de pessoas em uma floresta. O tempo estava frio e sombrio, e eles lutavam contra um homem que vestia um sobretudo preto, e que estava sempre sorrindo maleficamente.

Havia um garoto, jovem e forte, mas que parecia não enxergar. Ele usava uma bengala cuja ponta era afiada como uma lança, e duelava contra aquele homem, aquela criatura, fazendo movimentos rápidos e ágeis. Porém, a força daquele homem era extremamente superior.

Mas o garoto não desistiu, lutou até o seu limite, mesmo sabendo que era uma guerra perdida. A criatura demoníaca que residia no corpo daquele homem abriu uma espécie de cratera no chão, onde lá embaixo era apenas abismo.

E então, o garoto fora jogado, e nunca mais foi visto.

Uma garota alta, de cabelos longos e escuros e olhos que brilhavam em azul se ajoelha e começa a chorar, marcada para sempre pela perda.

— Chris! — Ela chorava, desolada.

As outras pessoas ao seu redor tentavam tirá-la dali, apesar de todos estarem sentindo a dor da perda, mas principalmente ela, por ter perdido seu amor.

A cena do sonho muda, e agora estávamos em um lugar afastado da cidade, onde havia um homem ferido no chão, lutando pela sua vida, ao lado de uma mulher que chorava e implorava para ele não ir.

— Não! Solte-o! É a mim que você quer! Deixe-o ir! — Ela implorava com lágrimas nos olhos, mas aquilo só pareceu divertir uma outra mulher, a responsável por aquele caos.

— Está tudo bem, Amália. — O homem diz com a voz suave e esboça um sorriso fraco no rosto coberto de arranhões. — Não precisa se preocupar. A morte nunca é o fim. Eu a encontrarei em outras vidas e amar-te-ei novamente quantas vezes for preciso. Também reencontrarei minha irmã Francisca, e todos os outros.

— Não... — Cada vez as lágrimas saíam mais rápido dos olhos dela. — Cassandra, deixe-o! Por favor, eu imploro mais que tudo...

— É uma escolha exclusivamente sua. E você escolheu isso. — Cassandra ergue a adaga que andava consigo e a pressiona no pescoço do homem, acabando com o último resquício de vida que ele tinha.

Novamente o ambiente muda. Estávamos em uma época mais recente, e havia uma jovem de cabelos claros e olhos verde claro debruçada em um caixão branco e fechado. Haviam flores por todo o lado, e uma foto dele logo ao lado do seu memorial.

"Em memória de Noah Fletcher, filho, amigo e namorado".

— Por que ela não faz nada? Por que Hécate não nos ajuda? — A garota soluçava, e sua voz parecia carregada de rancor.

Uma mulher semelhante a ela se aproxima, uma mulher extremamente familiar, e toca os ombros da garota.

— A morte é algo que o destino não pode impedir, filha.

— E agora você,

Luna Trindade,

sabe como

elas estavam se sentindo?

• • •

Abro os olhos, atordoada pelo sonho que tive. Pareciam lembranças, mas ao mesmo tempo parecia apenas uma visão.

— Você está bem? — Bianca pergunta, batendo na porta do quarto e me olhando preocupada de longe.

Dois dias se passaram desde que tudo voltou ao normal real. Bianca decidiu que seria melhor eu ficar na casa dela ao invés do instituto, que no momento só me trariam as memórias de Daniel e Elly.

Miyu estava ajudando as três enquanto eu ainda não tinha forças sequer para levantar da cama. Por ser uma bruxa psíquica, ela conseguia criar ilusões e alvos quase reais para que Bianca, Carol e Letícia treinassem seus poderes. Também ajudou a levar André para uma espécie de prisão mágica, pois ainda não sabíamos se ele era confiável ou não. Não sabíamos o quanto de informação ele podia passar para Morweena.

— Estou. — Viro para o outro lado, e vejo Bianca se aproximar, preocupada.

— Você precisa levantar da cama, Luna. — Ela diz suavemente e se senta ao meu lado. — Mas eu entendo. O luto realmente não é fácil de lidar. Talvez você ainda não tenha sentido isso antes.

— Eu acho que já senti... com outras pessoas, mas não lembro. É só uma sensação. — Encolho meus ombros e olho para ela. — Mas agora é pior.

— Eu sei que é. — Bianca puxa o lençol de cima de mim. — Você precisa de um banho e um café bem quentinho.

Com muito esforço, consigo levantar da cama do quarto de hóspedes da casa de Bianca. Vou até o banheiro e deixo a água quente cair em cima de mim, mesmo sabendo que aquilo não conseguiria lavar minha alma.

Coloco um vestido florido e uma jaqueta, e também uma bota de cano curto. Dou uma rápida olha no espelho e vejo meu rosto pálido, com algumas olheiras e o olhar carregado de cansaço.

— Bom dia, querida. Você dormiu bem? — Vejo a mulher sentada na mesa, com bastantes opções de café da manhã. — Sente-se. Você precisa comer.

— Com licença. — Sento-me em uma das cadeiras e pego um pedaço de bolo e coloco no meu prato. — Até que dormi melhor.

— Que ótimo! Qualquer coisa pode falar comigo. Você é muito bem-vinda aqui, viu? — A mãe de Bianca diz, de forma bastante gentil, mas não me sinto acolhida.

Quando termino de comer, saio daquela enorme mansão e caminho sozinha alguns metros. Hoje estava um pouco frio, não havia um raio de sol iluminando a cidade. As ruas estavam vazias, mas eu segui uma trilha por dentro da mata, onde haviam árvores espalhadas por todo o redor.

Acabo perdendo noção de quanto tempo andei, e eu sequer sabia para onde estava indo. Quando cheguei ao final, meu corpo paralisou ao ver um cemitério bem bonito. Eu estava no oeste da cidade, uma região onde era tudo bem mais vazio e onde ficava o Cemitério Municipal de Três Luas. Entro no lugar, onde havia algumas pessoas de preto reunidas para o funeral de uma senhora.

Passo ao lado deles e caminho pelos túmulos, procurando um em específico. Eu sabia que ele ainda estava recente.

Vejo, relativamente no início do cemitério, o túmulo de Daniel. Minhas pernas vacilam um pouco antes de continuar seguindo. Havia um buquê de flores recém colocado na sua lápide, seu nome e uma foto sorridente dele.

— Por que as coisas precisaram ser assim? — Pergunto, mesmo sabendo que não teria respostas. — Você pareceu tão real, mesmo não estando de fato aqui. Se as coisas pudessem ser diferentes... droga!

Me ajoelho ao lado da sua lápide, encarando sua imagem com um imensurável vazio dentro de mim.

— Eu sinto sua falta, Daniel. Mas vou fazer o que você pediu. Vou lutar pela sua memória, vou viver por você. Espero que onde quer que você esteja, fique bem. — Me levanto e dou uma última encarada na sua lápide. — Ainda sinto você comigo.

Uma borboleta branca passa ao meu lado e pousa bem no meu braço. Acho que aquilo foi uma confirmação. Uma confirmação de que no final tudo vai dar certo.

Saio do cemitério e rapidamente vou até a casa de Miyu, onde André estava preso. Eu precisava falar com ele, entender algumas coisas que ainda não tinha entendido.

Após uma longa caminhada, decidi pegar um ônibus. Levei cerca de vinte minutos até chegar lá, pois já estava cansada de andar. Bato na porta e vejo Miyu abrir.

— Preciso ver o André.

Ela me dá espaço e me leva até uma parte da casa, onde deveria ser um quarto, mas era apenas um cômodo com uma grade que brilhava. André, do outro lado, ergue os olhos confusos para mim.

— Luna? — Ele diz confuso, e eu me aproximo.

— Oi André. — Cumprimento ele, que apenas me observa estático. — Eu só vim aqui para dizer... que eu te perdoo.

— Perdoa? — Ele pergunta, ainda confuso, e abaixa os olhos. — Eu não mereço o perdão de ninguém. Apenas fiz coisas ruins que prejudicou vocês, porque não quis deixar o Daniel descansar em paz. Eu brinquei com a morte e com realidades, e isso acabou dando tempo e força para Morweena.

— Morweena. — Digo o nome daquela mulher com asno. — Ela disse alguma coisa?

— Disse que precisava de um aprendiz. Que eu poderia fazer o que quisesse com a realidade, porque ela precisava de tempo para assumir os pilares da magia. — André responde. — E disse que precisava de uma chave para isso. A que estava com você.

— Os pilares da magia... — Digo comigo mesma, tentando me recordar de onde eu conhecia esse termo. — Acho que sei o que ela está planejando fazer.

— Espero que vocês consigam consertar tudo. — Ele diz, aparentando estar sendo sincero.

— Tudo bem. Você ainda tem muito o que aprender. — Dou as costas a ele, prestes a sair, mas antes disso o encaro a última vez. — Fica bem, está bem?

Ele consente com a cabeça, e eu logo saio da casa de Miyu. Eu precisava de uma última confirmação do destino, e iria atrás dela agora.

Vejo uma figura me encarar um pouco além da floresta. Era grande e emanava uma energia muito forte, uma energia a qual eu me conectei imediatamente. Atravesso a rua e vou atrás daquele ser, que relincha para mim assim que me aproximo.

Era um cavalo de pele marrom, com algumas manchas brancas pelo corpo. Faço um leve carinho em seu rosto, e ele o recebe muito bem.

— O que você está fazendo aqui, garoto? — Pergunto, e ele apenas bate os cascos no chão algumas vezes. — Você definitivamente é um ser mágico...

Os são símbolos de perseverança e da capacidade de enfrentar desafios com coragem e dedicação. Com sua permissão, subo em cima dele, que imediatamente começa a galopar pela floresta. Ele era veloz e ágil, e parecia saber bem para onde estava indo.

Eu sentia o vento bater contra os meus cabelos, sentia a liberdade dentro de mim e um poder o qual até então não havia sentido. O cavalo para de correr assim que chegamos do outro lado da floresta, onde havia um lindo campo  onde algumas plantações, um pequeno riacho e uma casa pequena de madeira.

Desço dele e caminho até a casa. Eu ia bater na porta, mas a vi se abrindo sozinha assim que me aproximei. Quando entrei naquele lugar, observei uma decoração mística, com algumas velas ao redor, de diversas cores. O cheiro era de incenso de lavanda, e haviam alguns símbolos pagãos espalhados e um altar com a figura de Hécate, brilhando com sua tocha nas mãos e a lua tríplice no topo.

— Que bom que veio. — Uma voz familiar diz de trás de mim. — O destino estava ansioso para a sua chegada.

Olho para trás e vejo a mulher, com seu olhar maduro e uma roupa longa, com seus cabelos pretos que desciam pelas suas costas. Ela sorria acolhedoramente, e era a última pessoa que eu esperava ver ali.

— Brunilda? — Pergunto surpresa. — Achei que você estivesse em outra realidade.

— Eu estou. Estou lá, estou aqui, estou em todos os lugares. — Ela diz suavemente, me levando até uma cadeira e me fazendo sentar. — Chá?

Ela me entrega um tipo de chá, em uma xícara de porcelana feita pelas próprias mãos. Sem hesitar, tomo um pouco do chá, que instantaneamente faz meu corpo relaxar e se curar de dores que eu sequer percebi que estava sentindo.

— Eu preciso saber... qual é o meu destino. — Digo, e Brunilda se senta ao meu lado e segura minha mão.

De repente, sinto como se minha alma tivesse dado um salto. Diversas imagens passaram por mim instantaneamente, mas elas não faziam sentido.

Ó, pobre criança sem memórias. A senda que te aguarda é tecida com os fios do poder e da responsabilidade, teu caminho está entrelaçado ao da tríade sagrada, mas o verdadeiro arbítrio sobre o mal reside em ti mesma.

Tu és a fonte de um poder imensurável, cujas profundezas são desconhecidas até para ti. Desde tempos etéreos, teu caminho tem sido delineado por uma única linha que se desenrola nas estrelas.

Em teu coração repousa a chave para a balança do mundo, e em tuas mãos, a capacidade de tecer e desfazer os fios do destino. Aceita esta verdade com discernimento, pois és guardiã de mistérios antigos e do futuro que se agiganta além da compreensão mortal.

Assim que abro os olhos, olho confusa para Brunilda, que se levanta e caminha pela sala como se nada tivesse acontecido.

— O que isso quer dizer? — Questiono confusa.

— Você irá saber na hora certa. Agora, sua tríade está esperando. — Brunilda se aproxima e me entrega uma athame dourada e faz um tipo de reverência para mim. — Foi uma honra servi-la.

Olho confusa com aquilo tudo, mas apenas agradeço e vou em direção à saída. Quando passo pela porta, acabo esbarrando com um homem um pouco mais baixo que Brunilda, com uma barba branca e longa e de óculos de grau.

— Perdão, senhorita. — Ele se desculpa e passa por mim, entrando na casa e cumprimentando Brunilda com um beijo.

Sorrio ao perceber que aquele era o Elardino em sua versão humana.

• • •

— Arrumem suas coisas. — Chego na biblioteca da escola, onde Carol, Bianca e Letícia me esperavam após eu enviar uma mensagem falando que precisava vê-las.

— Para que? Onde vamos? — Carol pergunta confusa.

— Vamos para Saint Luna. — Respondo confiante e toco o pêndulo do tempo, que estava comigo.

Continua...

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro