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Capítulo 14: Nas encruzilhadas da vida

Pude perceber disfarçadamente Bianca, Letícia, Carol e Paulo em postos para começarmos nossa missão. Lá do alto, pude ver André com um cavalheiro bem bonito ao seu lado, e os dois pareciam felizes juntos.

Uma versão instrumental de Enchanted, da Taylor Swift, começa a tocar e todos os casais do baile dançam juntos, como se estivéssemos todos em um conto de fadas.

Senti Daniel segurar minha mão e me puxar para o centro do salão, e eu não soube exatamente o que fazer. De longe, Paulo fez um coraçãozinho com as mãos e saiu de fininho junto de Carol, provavelmente em rumo a sala secreta.

Enquanto a música preenchia o salão opulento do baile de gala, eu me encontrava envolvida nos braços de Daniel, meu par. Sentia seu toque suave na minha cintura, e a outra mão segurando a minha. Sua presença imponente contrastava com a graça de seus movimentos, enquanto dançávamos em perfeita sincronia. A suavidade de seu toque e a firmeza de seus passos me faziam sentir segura, como se flutuasse em um mar de melodias antigas.

Cada passo era uma história contada, um momento compartilhado entre nós dois. Enquanto rodopiávamos pelo salão, eu me via transportada para um universo onde o tempo era apenas uma ilusão, onde nada disso era real, nem essa história de magia ou de viagem em realidades. Onde as barreiras entre os mundos se dissipavam diante de nossos olhos.

Era impossível não notar a proximidade entre nós, cada olhar trocado carregado de significados não ditos. Sentia meu coração acelerar a cada toque, a cada sorriso trocado. Uma sensação nova começava a se insinuar em meu peito, algo além da amizade que compartilhávamos desde que nos conhecemos no Instituto.

Enquanto girávamos pelo salão, percebi que estava me apaixonando por Daniel. Cada movimento, cada riso compartilhado, era como se uma conexão mais profunda se formasse entre nós, transcendendo os limites do tempo e do espaço. E naquele momento, no meio daquela dança, eu sabia que meu coração pertencia a ele, não importava em qual universo ou época estávamos presos.

— Só um minuto. Onde eu... onde eu estou?

Daniel começa a tossir e se afasta, então percebo sangue em suas mãos. Ele dá as costas e corre para fora do salão, e quando eu estava prestes a segui-lo, sou barrada por André, que se aproximava com um sorriso no rosto.

— Luna! — Ele se aproxima de braços abertos. — Que ótimo que veio ao meu baile.

— André. — Falo seu nome, rangendo os dentes. — Queria saber o que se passa na sua cabeça de criar um universo tão sem nexo.

— Ah, é a primeira vez que mudo tudo assim tão radical. Os detalhes foram erro de magia, mas o que importa é que eu estou me divertindo! Você não está? — Ele questiona, como se tudo aquilo não passasse de uma piada e aponta para o rapaz que estava com ele, onde o próprio permanecia no mesmo lugar. — Aquele é o Príncipe Leonardo, meu noivo.

— E por acaso ele existe na realidade normal? — Pergunto, e ele solta uma risada.

— É claro, Luna! Todos existem, eu não sou capaz de criar pessoas novas, né. — André toca meus ombros, e então reparo o colar preso no seu peito, um pouco para dentro da sua roupa. — Tudo aqui é maravilhoso! Não tem dor, nem sofrimento, nem problemas do mundo real. Não há tragédias, um governo que nem sequer liga para nós. Aqui todos são felizes, como um conto de fadas.

— Mas isso não é real, André. — Olho para o rapaz, e ele me encara confuso. — Isso não é o certo, precisamos voltar para casa!

— Já estamos em casa! Olhe ao seu redor, veja como tudo é tão maravilhoso. Você e suas amiguinhas podem viver tranquilamente aqui, cantar com os passarinhos, eu mesma lhes darei título na corte real. — Ele insiste, como se tudo aquilo realmente fosse maravilhoso. — Quando você vai perceber que tudo o que eu faço são coisas boas? Nunca fiz mal a ninguém! Eu não sou o vilão que você acha que eu sou.

— Você é egoísta por mudar as coisas assim e nem sequer dar opção às outras pessoas. — Digo irritada, e antes de continuar, vejo Letícia a uns metros, fazendo sinal com a mão para mim. — Agora com licença!

Passo ao lado de André, com ânsia de tomar aquele colar a força para todos voltarmos à nossa realidade. Mas, tínhamos um acordo com Brunilda, e as chances de dar tudo errado eram altas.

— Carol achou a sala, o Paulo desacordou alguns dos soldados. Mas precisamos ir rápido, precisamos de você!

Letícia me leva até a sala secreta, que fica no andar debaixo do castelo, onde os corredores eram iluminados por tochas. Andando mais um pouco, dou de cara com uma enorme porta de madeira, e parecia que tinha a cabeça de um avestruz saindo lá de dentro.

Nas encruzilhadas da vida, sou a teia invisível que entrelaça os momentos, o fio de prata que tece o rumo dos mortais. Sou o sussurro do além que influencia o curso dos eventos, o mistério que paira além da compreensão humana. Quem sou eu, cuja presença é sentida, mas jamais vislumbrada?

A porta diz, e Carol me olha preocupada.

— Teia invisível que entrelaça os momentos. Memórias?

— Não. — Me aproximo da porta. — É melhor não chutarmos errado, senão alguma coisa ruim pode acontecer.

— É, tipo aqueles filmes em que as pessoas erram o enigma e tudo começa a desmoronar. — Letícia diz e eu concordo.

— A presença é sentida, mas jamais vislumbrada. — Repito, tentando pensar em uma resposta válida.

O enigma despertava pequenos fios de lembrança em mim, o que chamamos de nostalgia. A resposta era algo que minha mente sabia e estava na ponta da língua, mas a qual eu não conseguia me recordar de jeito nenhum.

— Destino. — Carol diz, olhando para  mim confiante. — A resposta é destino.

Antes que pudéssemos dizer alguma coisa, a porta começa a tremer se abrir. Sorrio para Carol, pois eu sempre soube que ela era capaz. Ao adentrarmos na sala secreta, meu queixo quase cai de tantas poções que haviam em prateleiras espalhadas pelas prateleiras.

— Ah, não. Droga! — Bianca reclama ao se aproximar. — Como vamos saber qual é a certa?

— Acho que tem o nome. — Letícia se aproxima das poções e lê uma de cada vez. — Poção da invisibilidade, poção de crescimento capilar, poção de soluço eterno.

— Vamos ficar duas horas aqui procurando! — Diz Carol, e então ela se aproxima de uma mesa e olha a placa que havia lá. — Encontre sua poção em dois segundos. Diga o nome dela mais "venha até mim".

— Paradas aí! — Um grupo de soldados se aproximam de nós com espadas em mãos. — Soltem as poções!

— Vai, Carol! — Grito, indicando para a garota prosseguir enquanto o resto de nós distraímos os soldados.

Haviam algumas armaduras de soldados ao nosso redor, postas como estátuas. Corro até uma delas e apanho uma das espadas, que por sorte era real, porém bastante pesada.

Começo a duelar com um dos soldados, enquanto outro tentava me atacar por trás. Era difícil manter a concentração e a agilidade. Admiro a bruxa que é capaz de lutar com uma espada em mãos.

Em questão de segundos, Carol estava com a poção em mãos. Agora, o problema seria como sairíamos de lá se a porta estava cheia de soldados.

Paulo, rapidamente pega uma poção verde e joga na direção do grupo de soldados. Uma fumaça verde explode entre nós, fazendo todos os soldados começarem a dançar sapateado.

— Há! É disso que eu estou falando! — Ele comemora, e logo começamos a correr para fora daquela sala, mas mais soldados começam a aparecer por toda a nossa volta.

— Achando que irão roubar meu arsenal de poções tão fácil assim? — André questiona, se aproximando ao nos encurralar com soldados. — Soldados, levem-nos para a masmorra!

E então, não tinha mais para onde fugirmos.

• • •

— O que faremos agora? — Bianca questiona com a voz chorosa.

Estávamos na masmorra. Um lugar que ficava bem abaixo do castelo, onde era frio e úmido e nossas vozes ecoavam por todo canto.

— Precisamos dar um jeito de sair. — Me sento no chão, respirando fundo e pensando se Daniel estaria me procurando.

— Cara, tecnicamente é a segunda vez que vou para a prisão. — Letícia diz e solta uma risada sarcástica. — Mas a primeira vez não foi tão louco quanto agora.

— O que aconteceu depois que você saiu da prisão? — Carol pergunta, se sentando ao lado da Letícia. — Você era de menor, não deveria ter ido para o orfanato como a Luna?

— No dia em que eu saí da prisão, tentei me jogar de uma ponte. Não tinha mais perspectiva de vida, não tinha mais ninguém. — Ela começa a dizer, e Bianca a interrompe.

— Você tinha a mim.

— Eu não queria ser um fardo para você. Sua mãe não aceitaria nunca e sua vida seria um inferno. — Letícia responde, e logo continua falando. — Enfim, um cara me achou e começou a conversar comigo, tentando evitar que eu pulasse a qualquer custo. Ele era professor de judô e disse uma frase: "Nos momentos de desânimo, lembre-se de que a força reside na persistência e a superação é a recompensa daqueles que não desistem." Ele me ajudou quando eu precisei, me deu uma cama e tudo o que eu precisava. O Rogério tem uma loja de acessórios de luta e me deixou trabalhando lá após a escola, além de me convencer a participar das aulas com ele.

— Uau. — Respondo, realmente impressionada com a história. — Talvez fosse seu destino encontrá-lo.

— É, mas podia ter sido diferente.

Antes de falarmos algo mais, o telefone da Bianca toca.

— Seu telefone funciona aqui? — Caroline pergunta confusa, e todos se aproximam de Bianca.

— Eu nem sabia que estava com telefone. Nem sinal tem, e tem algum número desconhecido ligando.

— Atende. — Insisto, e Bianca logo atende e coloca no viva voz.

Olá, queridas. Aqui quem fala é a titia Brunilda. — Ela diz empolgada. — Digam: "Abóbora-alada, para a casa da feiticeira encantada!"

Abóbora-alada, para a casa da feiticeira encantada? — Paulo questiona, e com um piscar de olhos, estávamos na casa de Brunilda.

— Como você tem um telefone? — Pergunto confusa, e Brunilda dá uma risada.

— Sou uma feiticeira muito poderosa, querida. Agora, onde está minha poção?

Carol se aproxima e tira o frasco de dentro da sua enorme saia rodada. Lugar inteligente para guardar a poção. Ela se aproxima de Brunilda, que fica deslumbrada com a poção, e entrega.

— Agora falta nossa parte do acordo. O colar que estava com André, onde está? — Pergunto, e Brunilda dá as costas e se aproxima de uma das portas da sua casa.

— Ah, claro! Aqui está.

Ao abrir a porta, dou de cara com um burro.

É, isso mesmo. Gritava de raiva e começou a correr pela casa toda, e eu pude jurar que sua feição era idêntica à de André.

— Sua bruxa malvada, eu não tenho mãos! — Ele exclama, e só então pude notar que aquele é o André.

Letícia e Carol correm para cima dele e o jogam no chão. Bianca se aproxima e arranca seu colar, mas André estava furioso. Ele deu um coice em todos que estavam perto e tentou sair pela porta, e eu tentei pedir ajuda para Brunilda, mas ela estava encantada demais com a poção.

André pega o colar com a boca e pula pela janela, saindo correndo para fora. Com dificuldade por causa do vestido, começo a correr atrás dele em meio à escuridão noturna, mas ele era bem mais rápido que eu.

— ELE DISSE QUE ODEIA ANÕES! — Grito ao passar ao lado de um grupo de anões, que sem saberem do contexto, começam a correr atrás de André comigo.

Três anões pulam nas costas de André e o derrubam no chão, e eu tento arrancar o colar da sua boca, mas ele estava se mexendo demais. O colar cai no chão com força, e tudo ao redor começa a mudar. André e eu nos olhamos assustados, sem entender nada, e em um piscar de olhos, eu já não estava mais lá.

Quando abro os olhos, eu não usava mais um vestido de gala. Agora usava uma calça jeans e uma blusa fina de manga cumprida, junto com um enorme agasalho de Inverno, uma touca e luvas. Olho Bianca, Letícia e Carol confusas ao meu lado, sem entenderem nada.

— O que aconteceu? Onde estamos? — Letícia questiona.

Só então me dei conta de que estávamos em uma confortável casa cuja lareira estava acesa. Lá fora estava escuro e a neve caía constantemente.

— Estamos em New Chamor. — Vejo Daniel e Paulo saírem de dentro da cozinha e caminharem até a sala, onde estávamos. — Não fiquem na janela. Ela verá vocês.

— Ela quem? — Pergunto confusa.

— A Lacuna. — Paulo responde, e então observo a data em um calendário que estava colado na parede.

20 de dezembro de 2011.

Ao voltar meus olhos para a porta, sinto meu coração acelerar mais do que nunca e o medo preencher meu corpo. Havia uma senhora lá fora e parecia sorrir gentilmente, até que sua figura aos poucos muda.

Não era mais uma senhora.

Seu corpo deforma-se lentamente em algo que parecia ser extremamente doloroso. Os músculos desaparecem, deixando à mostra apenas seu esqueleto por baixo da sua pele fina, que agora tem a cor azul clara. Suas mãos transformam-se em garras longas, além de mais dois braços extras surgem debaixo dos seus braços originais. Junto a eles, sua caixa torácica parecia quase transparente devido à finura da sua pele, o que me permitiu enxergar seus órgãos, e até mesmo seu coração, que pulsava e brilhava em azul neon.

— Estamos em um filme de terror americano? — Carol sussurra ao meu lado, olhando a mesma coisa que eu.

De repente, a energia acaba. Estávamos à mercê do caos e do desespero.

Continua...

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