Capítulo 10
Lisa
Entro com Adam em uma casa de praia bem chique e cheia de universitários bêbados, respiro fundo e sorrio quando um cara passa por mim gritando que tem um duende perseguindo ele.
-Adam.- o chamo quando ele fica muito longe.
-Vem.- ele segura minha mão e me puxa.
-Não entendi. O que a gente veio fazer aqui?- pergunto confusa.
Ele só me ligou de manhã dizendo que eu tinha que estar pronta para uma festa na casa da praia de um cara. Não me avisou sobre nada que ia acontecer, ele só disse para eu estar lá fora quando chegasse.
-Gina!- ele chama.
-Oi.- ela afasta os cabelos pretos soltos e se aproxima.- E você, como sempre, veio de preto.
-Achei que gostasse.- ele fala com um sorriso discreto.
-Você é a Lisa.- ela olha para mim e estende a mão.- Gina Cloud.
-Da boate.- sorrio apertando a mão dela.- Adoro o pessoal de lá, é sempre gentil comigo.
-Bom, eles não são com qualquer uma, então deve ter feito por merecer.- Gina pisca e me sinto estranha, aquela garota é bem atraente.- Adam me falou que precisava de ajuda.
-Falou?- olho para Adam.
-Não se preocupe, ele não contou nada pessoal, só falou que você precisava de um lugar para morar até poder colocar o nome na lista dos dormitórios.- ela explica me puxando.
Entramos em uma sala mais vazia e ela senta em um sofá branco, ela espera para que eu me sente e faço isso. Olho para o lado e não vejo Adam em nenhum dos cantos.
-Já viu que eu moro lá em cima?- ela pergunta.
-Sim, inteligente até.- admito.
-É.- ela sorri.- Então, eu tenho um quarto de hóspedes sobrando e meus pais vão ficar fora por uns seis meses.
-O tempo que demora para abrir a lista do dormitório.- murmuro e ela assente.
-Então, tudo que quero é que arrume o que desarrumou, limpe o que sujou e apague o que acendeu. Sacou?- ela franze as sobrancelhas.
-Eu posso arranjar um emprego para rachar as contas.- explico.- Não vai ser problema.
-Que bom que falou isso.- ela sorri.- Por que, onde eu trabalho, estamos precisando de gente.
-Você é um anjo.- semicerro os olhos.
-Obrigada, eu sou.- ela mexe os ombros.- Você também é uma gracinha.
-Está dando em cima de mim.- percebo.
-Não sei, estou?- mexe a cabeça e rio.
-Gosto de caras.- falo em um sussurro e ela sorri.- Mas me sinto lisonjeada.
-É, você era o que Adam precisava.- ela me observa.- Vocês dois estão juntos há...
-A gente não tá junto.- balanço a cabeça.- Ele só gosta de me ajudar.
-Eu acreditaria se fosse qualquer outro garoto da banda.- ela explica calma.- Mas vindo de Adam...
-É tão difícil de acreditar que ele goste de ajudar?- fico confusa.
-Adam sempre foi fechado, ele sair ajudando pessoas agora é novidade.- Gina balança a cabeça.- Claro, posso estar enganada.
-Ele sempre foi legal comigo, do jeito dele.- mexo os ombros.
-Quer dizer, do jeito ranzinza e mau-humorado de ser?- ela levanta as sobrancelhas e rio assentindo.
-Achei para você.- Adam aparece e me estende uma cerveja.
-Obrigada.- sorrio pegando.
-E aí?- ele senta na mesinha da frente.
-A gente marca o dia que eu vou te ajudar a arrumar suas coisas e te levo lá para casa.- ela explica tocando meu braço.- Vou chamar as meninas para ajudar a gente.
-Então...- Adam nos observa.
-Parabéns, está olhando para minha nova colega de apertamento.- Gina dá tapinhas no ombro dele.- E colega de trabalho.
-Trabalho?- ele pergunta enquanto ela vai embora.
Suponho que deixou para que eu explique a ele o que combinamos, ele também parece perceber isso e dou um gole na cerveja antes de sentar melhor na frente dele para contar tudo.
-Ela me arranjou um emprego também.- explico.- Estava tentando arranjar um emprego há tempos e ela chega salvando tudo.
-Gina é assim.- ele fala e parece aliviado.
-Você e ela...
-Não.- ele ri rouco.- Ela só está desde o início ajudando a gente.
-Obrigada.- sorrio e ele me observa.- Nesse momento eu estou adorando você, Adam.
-Devia estar adorando Gina.- ele aponta por onde ela saiu.
-Você e ela.- mexo a cabeça.
-Termina a cerveja e a gente vai.- ele aponta com o queixo.
-Toma um gole.- ofereço.
Ele pega sem pensar e dá um gole enorme, encosto meu corpo no sofá e olho envolta vendo que todo mundo está se divertindo aos montes na piscina e perto da praia.
-A gente veio pra festa e não vai curtir?- pergunto.
-A gente veio para festa pra falar com Gina e agora que a gente já falou....- ele levanta.- Vamos embora.
-Mas tem piscina.- aponto.
-Você não veio vestida para a piscina.- ele mexe a mão.- Vamos.
-Eu vim de biquíni.- me levanto e ele me encara com raiva.- Você disse que era festa da piscina...
-Lisa, não...
-Só uma horinha.- seguro a mão dele.- Tem umas garotas jogando vôlei, você fica vendo elas e eu dou um mergulho no mar.
-Você falou que ia na piscina.- ele fala irritado.
-Piscina? Não, eu quis dizer mar. Mar.- falo lentamente.- Vamos.
🎸
Adam
Passo a mão pelo maxilar sentindo a barba por fazer e não sei por que estou deixando isso acontecer. Lisa já cansou de não me ouvir, eu deveria deixar ela aqui depois de tudo que já fiz por ela.
Qual é, consegui um emprego e casa para ela e é assim que ela comemora? Eu não esperava nada em troca, mas usaria essa moeda se podesse fazer com que ela parasse com essa ideia.
A ideia de começar a tirar a roupa na frente de um monte de idiota bêbado, ela tira aquele vestido branco florido para mostrar o biquíni branco simples. Todos os caras que percebem ela fazendo isso, olham para o showzinho.
-Segura.- ela coloca o vestido no meu colo.
-Um mergulho rápido.- peço.
-Claro, vai e volta.- ela se vira.
Limpo a garganta quando desço os olhos para a bunda dela e percebo que é uma das bundas mais gostosas que já vi. O corpo todo dela é bem bronzeado e bem formado, é difícil não ficar olhando.
Lisa tem 1,65, no máximo, mas tudo nela parece se adequar, a bunda, os seios, a cintura e aquela tatuagem de trevo minimalista na nuca quase não é visível daqui.
-Cara.- Gina se joga do meu lado.- Ela é boa demais para você.
-Eu não tô com ela.- falo enquanto ela prende os cabelos em um coque enquanto entra na água do mar.
-Sério? Então vai deixar os caras babando em cima dela?- Gina me observa.- Tenho certeza que esta adorando.
-Olha, eu não sou nada dela.- explico com raiva.- Então a garota pode fazer o que...
-Ah, olha!- ela aponta.
Viro o rosto para ver onde está Lisa, vejo um cara se aproximando dela enquanto ainda está molhando os ombros e respiro fundo tentando me controlar.
-O que você quer, Gina?- tento sorrir.
-Sei lá, ela é um anjo.- Gina deita a cabeça no meu ombro.- Não entendo como ela possa estar com você.
-Que doce.- rio.- Acha que alguém como ela não ficaria com alguém como eu?
-Não, eu acredito.- ela explica.- Aposto que você é um docinho com ela.
-Eu não sou um docinho com ninguém.- digo.
-Ah, olha.- ela repete e vejo Lisa saindo do mar.- Parece cena de filme.- ela fala divertida.
Por que Lisa tem que ser tão gostosa?
O cara se aproxima dela e Lisa passa por ele falando algo que o faz ficar vermelho, talvez tenha o dispensado. Ela continua andando e fecho a cara quando ele a segue sem desistir.
Levanto lentamente segurando o vestido dela e Lisa olha para mim com as sobrancelhas franzidas, mexo a cabeça para ela vir mais rápido e o cara está quase alcançando ela.
-Vai lá, gatão.- Gina empurra meu corpo com o pé.
Reviro os olhos e caminho até as escadas que dão para a praia, ela chega em mim e encaro aquele imbecil enquanto ela veste o vestido na minha frente.
-Tudo bem aí?- falo com raiva.- Perdeu alguma coisa nela, imbecil?
-Me chamou de que?- ele levanta as sobrancelhas.
-Você ouviu.- abro espaço e a faço passar.
Vou atrás de Lisa e mexo a mão para Gina, ela dá tchauzinho e Lisa segura minha mão, já estou querendo soltar quando sinto ela tremendo perto de mim.
Tiro minha jaqueta e quando saímos a cubro para passar o braço por seus ombros, ela morde o lábio e chegamos na frente da caminhonete pego as chaves para abrir a porta.
-Por que sempre que eu falo algo, você faz o contrário?- pergunto.
-Do que adianta viver sem aproveitar?- ela responde com outra pergunta.
-Quando você virou poeta?- franzo as sobrancelhas.
-Quando você aprendeu a tocar baixo?- ela faz de novo e travo o maxilar.
-Já teve seu mergulho, agora vou deixar você em casa.- aponto com o queixo.- Entra.
Lisa entra e fecho a porta, giro a chave nos dedos e dou a volta até entrar no banco do motorista. Dou a partida e começo a sair da parte de casas de praia e cheia de gente de biquíni e calção de banho.
Olho para o lado e vejo Lisa esfregando as mãos nas coxas, aquela simples ação me faz ter um arrepio na espinha e ele vai direto para meu pau. Me ajeito na cadeira e limpo a garganta tentando não deixar ela ver que meu pau está duro.
Estou ficando doido. Muito doido.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro