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• 29 •

— Posso dizer que estou nervoso? — Matheus pergunta, enquanto coloca o terno.

Coisas que eu nunca imaginei que veria: Matheus de terno.

Tópico sensível.

— Pode, mas não tem motivo! — Passo a mão pelo seu terno preto.

— Imagina se tivesse... — Ele respira fundo. — Estou indo para o aniversário do seu tio, o cara que aparece no Luciano Hulk todo domingo e, além disso, estarei no meio de toda sua família.

— Você vê o programa todo domingo? — O olho rindo.

— Sim, quando estou à toa...

— E você está uma gata! — Me olha da cabeça aos pés.

— Eu aceito o elogio, realmente estou muito elegante! — Me olho no espelho.

Eu estava usando um vestido colado ao corpo de cetim preto que ia até os meus pés com uma fenda na perna. Nos pés, um salto e o cabelo preso em um rabo de cavalo alto.

— Acho elegante uma palavra muito fraca. — Matheus para atrás de mim em frente ao espelho. — Eu diria gostosa e extraordinária.

Matheus aperta minha bunda.

— Vamos embora! — Me desvio, com vergonha.

Saímos do hotel em que ele estava e entramos no carro preto de sempre que iria nos levar para a festa. Era aniversário do meu tio João Adibe, esse mesmo que aparece no Luciano todo domingo, igual Matheus disse.

Já havia se passado uma semana desde que nos separamos no aeroporto, não conseguimos nos encontrar depois disso. Então, de última hora, meu tio decidiu fazer sua festa de aniversário. Matheus, que já viria para São Paulo me ver, decidiu me acompanhar.

A festa não seria das mais humildes, ao contrário, seria puro luxo. João Adibe nunca faz nada tão simples, mesmo que de última hora.

— Porra, eu tô num palácio ou o quê? — Matheus diz assim que chegamos no local.

Realmente estava tudo muito lindo, parecia um palácio por dentro, paredes cheias de molduras com cortinas nas janelas que iam do teto ao chão, vários lustres enormes e, no salão, muitas mesas distribuídas com o nome de cada um.

Me sinto em Bridgerton.

— Chegamos juntas! — Escuto minha mãe dizer e me cutucar. — Vamos lá falar com o João!

Concordamos e fomos andando até uma rodinha de homens que se vestiam extremamente bem em termos bem alinhados.

— Que bom que já chegaram! — Meu tio fala assim que nos vê. — A mesa de vocês está no centro.

— Sentaremos lá! — Minha mãe diz e lhe puxa para um abraço, lhe parabenizando. — A festa está maravilhosa.

— Realmente, está linda. — Aproximo-me, dando um abraço. — Este aqui é o Matheus, deve lembrar-se dele da festa de aniversário da Juliana.

— Lembro sim! — Meu tio diz, estendendo sua mão para cumprimentá-lo.

— Prazer e meus parabéns, a festa está linda! — Matheus o cumprimenta com o aperto de mão.

De relance, vejo um dos velhos que estava na roda com o meu tio olhar Matheus da cabeça aos pés.

— Vamos nos sentar? — Proponho, tentando nos tirar daqueles olhares.

— Estou suando. — Matheus passa a mão na testa quando estamos prestes a sentar na mesa.

— Meu tio é a pessoa mais tranquila que existe. — Comento rindo e verificando nossos nomes nas plaquinhas. — Beatriz e Matuê...

— Eu nunca estive no meio de tanto dinheiro!

— Quem vê pensa que você é um pobrezinho. — Me sento. — Você tem mais dinheiro que muitos aqui.

— Como sabe o tanto de dinheiro que eu tenho? — Ele me olhando sorrindo de canto.

— Hackeei suas contas e transferi todo seu dinheiro para mim. — Sorrio sem mostrar os dentes.

— Não veria problema se me roubasse, pode pegar toda minha grana, não deixando de sentar em mim...

— Jesus cristo! — Minha mãe chega na mesa puxando a cadeira para se sentar.

Seguro o riso, levando a mão na boca.

— Desculpa! — Matheus diz sem graça para minha mãe.

— Onde está meu pai? — Tento amenizar.

— Está conversando com aqueles velhos. — Minha mãe aponta com o olhar bebericando sua taça de vinho. — Seus irmãos são tão atrasados, até agora não chegaram.

— Romanée Conti? — Um dos garçons se aproxima da nossa mesa oferecendo algumas taças de vinho tinto.

— Quê? — Matheus pergunta.

— Sim, por favor! — Respondo duas taças. — Esse vinho é extremamente caro, só toma.

...

— E eu acho que é peruca... — Matheus diz, segurando o riso.

Estávamos em um canto da festa, comentando sobre todos que estavam ali, já havíamos bebido algumas taças de vinho, normalmente era eu e Pedro que comentava sobre as pessoas da festa.

— Tenho certeza! — Falo rindo, parecia criança.

— Da para vocês dois pararem de cochichar? Minha mãe está chamando vocês para o brinde! — Juliana aparece e segura minha mão, me arrastando até a parte de cima do salão.

— Eu gostaria de agradecer a presença de todos que estão aqui... — Meu tio segura uma taça em mãos enquanto estamos todos um ao lado do outro, olhando para todos os convidados embaixo. Pedro e Eduardo encaram de lado eu e Matheus de mãos dadas. — É uma grande honra poder ter todos aqui, inclusive toda minha família! Espero poder contar com a presença de todos daqui para sempre, até lá, vamos nos divertindo todos os dias com a vida.

Enquanto meu tio faz seu discurso decorado, percebo aquele mesmo velho de mais cedo apontando para Matheus lá de baixo enquanto fala com sua provavelmente esposa.

— Tem algum problema com a gente? — Falo o mais alto que posso para que ele consiga me escutar. — Sim, você mesmo, calvo.

— Beatriz! — Minha mãe me puxa pelo braço.

— Ainda há muita festa pela frente, vamos aproveitar! — Meu tio tenta disfarçar, dando continuidade ao discurso.

O velho continua cochichando e apontando.

— Você é surdo? Qual seu problema? — Caminho até as escadas, meu ódio estava subindo e eu iria até lá.

— Beatriz, tá maluca, porra? — Matheus diz, vindo no meu encalce, assim como minha família toda que me gritava em sussurros para não chamar atenção.

Chego de frente ao velho rabugento, ele não parava de olhar com nojo e desprezo.

— O que está acontecendo, pelo amor de Deus? — João Adibe pergunta com vergonha.

— Eu só acho que ele não deveria estar aqui, não pertence aqui, ainda mais com esse cabelo. — O velho diz, fazendo todos ficarmos em silêncio por alguns segundos pelo absurdo dito.

— Você está maluco? — Grito puxando sua gravata, fazendo meu sangue ferver. — Vou chamar a polícia para você, você é nojento.

— Beatriz! — João Adibe desgruda minhas mãos do terno dele.

Meu irmão mais velho, Eduardo, chega lhe empurrando para trás, chamando a atenção mais ainda para nós.

— Não toca em mim! — O velho nojento diz e João faz um sinal com a cabeça, dois seguranças rapidamente correm até nós segurando o velho pelos braços.

— Para pisar no mesmo lugar que nós, a primeira coisa que você deve ter é respeito! — Meu tio toma a frente, me viro para Matheus, que não tinha reação nenhuma em seu rosto. — Segundo que você nunca mais será convidado para nenhuma festa ou se quer nos ver. Seu tipo de gente não é bem-vindo aqui, pode ter o dinheiro que for.

No mesmo segundo, o velho é levado para fora à força enquanto resmunga e sua mulher vai atrás desesperada.

— Te peço desculpas pelo que acabou de acontecer, em minha família não permito nenhum tipo de preconceito, eu sinto muito mesmo. — João Adibe se vira para Matheus, que concorda calado.

Puxo sua mão e caminhamos em silêncio até um corredor daquele lugar onde havia várias portas. Entro na primeira, dando de cara com uma biblioteca com estantes enormes, lotadas de livros.

Fecho a porta atrás de mim e puxo Matheus para um abraço forte.

— Me desculpa mesmo, eu nunca te traria a um lugar assim se soubesse das pessoas que viriam. — Digo com a voz embargada.

— Está tudo bem, gatinha, eu já passei por isso algumas vezes, é meio normal para mim. — Ele diz, me abraçando, passando as mãos em minhas costas. — Decidi não fazer nada em respeito à sua família, apenas fiquei na minha, pessoas assim têm o que merece e não adianta rebater.

— Não deveria ser normal! — Olho-o apoiando o queixo em seu peito. — Me desculpa mesmo.

— Para com isso, você não teve culpa de nada, aliás, eu nunca imaginei que você teria essa reação. Me senti protegido!

— Desde o começo da festa, percebi olhares esquisitos dele e eu já havia tomado bons copos de vinho, não custou nada. — Solto uma risada.

— Obrigado por me defender, você é maravilhosa. — Ele segura meu rosto com suas mãos. — Não se culpe, porque você não tem culpa de absolutamente nada!

— Tudo bem! — Concordo, olhando em seus olhos.

Matheus sorri, me dando um beijo.

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