Oi, meus buscapés lindos!! Vocês estão bem?

Ai como eu amoooooooooooo postar CDA, mto minha xodózinha! Espero que gostem do cap tbm <3

Boa leitura e não se esqueçam de votar!

#OCúmpliceDeAldebaran

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Reinava, então, aquele que tomou, queimou e abateu. Legitimidade sempre fora um conceito capcioso. Agora, ainda mais. Usava da pluralidade dos povos para desuni-los e, então, criar o caos.

Roupagem nobre, âmago vil. Não conseguira ainda seu maior objetivo, contudo seria apenas questão de tempo. Agia como um veneno ardiloso; lento, mas mortal.

Reconheceriam a morte apenas quando ela já batesse à porta.

O silêncio pairou entre o trio durante longos segundos. Jimin e Jungkook entendiam cada vez menos o motivo de estarem ali, em uma floresta escondida, e Hoseok... Hoseok começava a ponderar se era desvairado.

— Como não sabe? — só restou a Jimin perguntar.

— Eu apenas... não sei. — Hoseok coçou o queixo, refletindo sobre as próprias ações. — Não possuo nem próximos passos sobre o que eu deveria fazer! Imagine vocês...

— Parece que compartilhamos a mesma dúvida, ao menos — Jungkook pronunciou-se, no tom grave de sempre. O mago levantou o olhar, meditando que se arrancara palavras até mesmo do grande guerreiro, de fato estava desajuizado.

— Talvez eu só quisesse falar com um elfo eremita... — ponderou Hoseok. — Ou melhor, talvez eu só quisesse falar com alguém sobre minhas preocupações quanto o mundo da magia. Vocês, elfos eremitas, são profundamente conectados com o Blesc, não são? Falando sério dessa vez.

— Sim, somos... — Jimin suspirou, cedendo ao menos aquela informação. Não poderia fazer mal, certo? Pelo visto, aquele detalhe era conhecimento comum.

— Não é possível que não note algo de estranho acontecendo!

— Sendo sincero... — Jimin ficou pensativo. — Tudo é muito estranho para mim, porque tudo é muito diferente de onde eu vim. Porém, imagino que pareça estranho por causa do meu próprio referencial. Eu não saberia dizer se está estranho para o padrão do resto de Antares.

— É verdade... — Hoseok suspirou, sentindo-se cada vez mais incompreendido. — Confesso que meu julgamento também é falho... Minha mestra me ensinou e contou muito sobre Antares quando eu era criança, então quando fui viajar esperava ver diversas plantas e pequenas criaturas mágicas pelas florestas, ser recebido por ninfas, conhecer todo tipo de elfos e magias diferentes... Existe a chance de estar como antes e eu ter criado uma expectativa diferente através das histórias.

— É uma possibilidade — Jimin concordou, mesmo que tivesse a mesma sensação estranha sobre magia.

— Mas ainda há os acontecimentos do campo de treinamento. — Jungkook lembrou. — Você o observou com sua mestra a vida inteira, não? E a magia realmente enfraqueceu.

— Verdade! Jungkook, o Bravo, também é Perspicaz! — Hoseok arregalou os olhos e levantou-se em um pulo, animado.

— Jungkook não é bravo! — Jimin retrucou mais uma vez, enlaçando o braço ao seu lado por instinto. Agora que Hoseok não parecia tanto uma ameaça, poderia ficar menos tenso e agir normalmente.

— Então tem mesmo algo acontecendo! — Hoseok continuou tagarelando, e Jungkook apenas o observou em silêncio, confuso. Imaginara que, depois de tudo que aconteceu com o mago no campo de treinamento, tal fato fosse incontestável. — Ah, que felicidade! Na verdade, não! Ai, isto é, de fato, uma infelicidade! O que faremos? Temos que salvar a magia!

— Não fale no plural — Jungkook pronunciou-se de novo. — Aparentemente, só viemos até aqui ouvir seus lamentos. Você não possui nem um plano, nem um pedido para fazer, então não nos inclua.

— Verdade, você possuía um pedido... — Jimin rememorou a conversa antes de serem arrastados até a floresta. — Mas você não possui.

— Possuo, sim! Ajudem-me a resolver o problema da magia no mundo!

Jimin e Jungkook entreolharam-se, como se buscassem descobrir no olhar do outro uma confirmação de que ouviram uma piada e não a entenderam como deveriam. Mas se fora uma piada, não existia graça.

— Hoseok, o Feliz... — Jimin disse, adotando um tom conciliador. — Não sabemos se existe algum problema com toda a magia do mundo e, se existe, também não sei como podemos ajudar.

— A situação em Voienii! Pelo menos ela! Vocês podem ajudar de alguma forma, não? Querem ver a Guarda Real do próprio reino fraca e corrupta? Temos que fazer algo!

— Você viajou durante um ano completo para fugir deste problema e não sabe o que fazer. Por que acha que nós temos algo a fazer sobre essa questão? Somos apenas viajantes de passagem — Jungkook insistiu.

Jimin até levantou o olhar, surpreso com engajamento do parceiro na conversa, mas a verdade era que Jungkook temia que Jimin, gentil como era, se encontrasse em uma enrascada devido a um mago desconhecido com uma boa lábia. Definitivamente, causar uma confusão no centro de treinamentos da Guarda Real não parecia uma boa ideia, ainda mais junto a um homem que nem ao menos tinha um plano.

Achou ter soado resoluto o suficiente.

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Jungkook percebeu não ser tão resoluto quanto pensou ao encontrar-se vestido com um uniforme de recruta no meio do campo de treinamento da Guarda Real de Antares. Estava certo de que algo daria errado. Porém, não podia negar alguns lados positivos.

O primeiro deles era que seus olhos possuíam, pela primeira vez na vida, cores normais. Hoseok criou, junto a sua mestra, um anel mágico contendo um feitiço para esconder a estranheza de seu olhar durante os dias de recruta. Para ser melhor, apenas se pudessem arrumar suas mãos também, mas este era um pedido mais desafiador.

O anel conseguia simular uma mão comum, contudo, suas mãos reais eram tão desproporcionais que, se alguém o tocasse, perceberia a existência de um feitiço ali, pois o tato não era compatível com a visão. Dessa forma, Jungkook manteve as luvas, com o trunfo de poder tirá-las em caso de emergências ou questionamentos. Seu plano, porém, sempre fora e continuava sendo evitar que o tocassem. Também recebera orelhas de elfo em seu visual, o que lhe parecia completamente estranho. Era um elfo alto demais.

O segundo era que Jimin estava ao seu lado. Contudo, não tão positivo assim por significar que a segurança de seu amado elfo estava em risco. E tal preocupação ajuntava-se com outro fato no mínimo estranho: ele também recebera feitiços sob medida... O cabelo e os olhos prateados estavam castanhos; não havia nenhum traço de sua pintura facial tão característica nem das roupas de sua tribo que sempre vestira orgulhosamente.

Porém, o que mais o incomodava era a pele... A linda pele acobreada do elfo, tão bela que carregava seu próprio encanto, agora exibia um tom pálido como o dos outros elfos de Antares. Jimin não deixava de ser lindo e encantador, claro; a verdade é que ele era belo de qualquer forma. Porém, observar Jimin sem as individualidades das quais tanto se orgulhava fazia uma certa estranheza pairar.

Para encurtar a história que os levou até ali: Jimin cedeu.

O elfo resistira bravamente, Jungkook sabia, porém Hoseok era muito hábil em convencer. Ou melhor, era exímio chorador. Passara um total de quarenta e sete minutos lamuriando-se até Jimin oferecer ajuda; algo que poderia ser chamado até de dom.

Então, encontravam-se ali, no campo de treinamento, em busca de alguma pista sobre o que deveriam fazer ou descobrir, já que toda a história era uma grande incógnita. Mesmo com longos seis dias de preparação escondidos na casa da mestra de Hoseok, confeccionando artefatos mágicos que os ajudariam a se camuflar, pouco sabiam sobre o que procuravam.

A ideia principal rodeava o ato de entrarem como recrutas e, por sorte, descobrir quem os manipulava. E, quem sabe, descobrir mais algum detalhe da conspiração a partir daí. Em resumo: estavam no escuro e carregavam muitas ações condicionais.

O cenário perfeito seria descobrirem de imediato quem controlava os recrutas. Porém, se isso não ocorresse, Jimin deveria mostrar-se mais habilidoso do que a média com magia — mas apenas com um elemento a fim de não levantar suspeitas indesejadas — e analisar se seria excluído. Ficaria a cargo de Jungkook continuar misturado aos recrutas e ver como seriam manipulados.

Jungkook rogava para que não precisassem chegar àquele ponto; afinal, quando ocorrido com Hoseok, ele sofrera uma tentativa de assassinato e a simples ideia de alguém tentar assassinar Jimin o perturbava. Que sorte seria se fosse o responsável pelo assassinato! Assim, só fugiria com o elfo em completa segurança, sem precisar lutar nem nada.

Foi desperto de seus pensamentos quando o general responsável pelo combate corpo a corpo gritou ordens para que começassem o treinamento. Os recrutas dividiram-se em duplas e apressou-se até Jimin. Não queria assistir alguém brandir a espada de madeira contra o elfo eremita.

Talvez o ideal fosse não se manterem tão próximos, a fim de não levantar suspeitas. Mas Jungkook convenceu-se que seria natural os dois recrutas mais recentes ficarem juntos antes de se enturmarem com o resto dos soldados.

— Você sabe usar uma espada? — Jimin perguntou, apontando as armas de madeira que tanto ele quanto Jungkook seguravam.

— Sim. Sou melhor com o machado, porém treinamos com todo tipo de arma. Espada é a base — respondeu.

Jimin ficou curioso com o "treinamos". Seria um treino específico para guerreiros como Jungkook? Onde ele aprendera a usar armas? Sabia tão pouco do parceiro... O único recorte de seu passado era um irmão que morrera de fome.

Porém, antes que pudesse perguntar, um novo grito do general indicou que começassem a lutar. Jimin ficou nervoso.

— Eu nunca segurei uma espada na minha vida... — confessou baixinho para Jungkook. — Não sei o que fazer.

— Eu te ajudo. Vamos treinar devagar. Se o general perguntar, alegamos que estamos aperfeiçoando a base. — Jungkook indicou com o queixo que Jimin se afastasse e ficasse em guarda.

— Oh, que inveja... Parece muito natural para você — Jimin comentou ao tentar posicionar seu corpo em guarda como o de Jungkook e estar certo de que todos seus membros estavam em posições erradas. Sentia-se ainda mais pressionado ao ouvir o barulho de combate de todos os outros recrutas ao redor: madeira com madeira, pisões, gritos e gemidos.

— Segure a espada com as duas mãos por enquanto... — Jungkook sugeriu, pensando com amargura que não havia nada belo em ser natural em algo que se resumia a matar. — Vai ajudá-lo a se acostumar com o peso da espada e dar mais força em seus movimentos. O lado negativo é que pode restringir seus movimentos e não permite o uso de um escudo no outro braço.

— Certo... — Jimin segurou o cabo da espada, nervoso, tentando aprumar-se. — Assim?

— Isso. Distribua o peso melhor entre suas pernas, você deve ser capaz de utilizar qualquer uma das duas em qualquer momento. — Jungkook demonstrou, recuando para vários lados a fim de justificar a importância do peso distribuído.

Jimin assentiu e tentou fazer o mesmo. Jungkook observou, impressionado, a postura perfeita do elfo; ao menos nas pernas, provavelmente por causa do treino com arco e flecha em conjunto à vida na floresta. O problema era apenas a forma de segurar a espada.

— Essa posição aqui é a guarda. É a mais importante, serve tanto para atacar quanto para defender-se rapidamente. — Jungkook levou a espada até a posição e demonstrou, devagar, tanto um ataque quanto uma defesa. Jimin já vira o parceiro afugentar alguns saqueadores, mas nunca percebera a fluidez e de seus movimentos, mesmo sendo um homem alto. — Você nunca deve abaixar ou levantar a posição da guarda, porque isso expõe seu tórax e axila. Tente manter os movimentos para esquerda e para direita apenas. Vou testar um ataque.

Jungkook avançou, lento para Jimin acompanhar seus movimentos, e atacou a lateral de seu corpo. O elfo reagiu de uma forma um tanto demorada, perdido, mas conseguiu se lembrar de balançar a espada para a esquerda, chocando na de Jungkook.

— Você tem que evitar que a espada atinja você — Jungkook falou. — Desse jeito, eu ainda acerto seu ombro.

Jimin tentou aplicar força na espada oponente, mas ela não desviava, mesmo que Jungkook não atacasse com tanta firmeza. Frustrado, tentou mais algumas vezes, sabendo que em uma batalha de verdade estaria morto.

— Você tem que evitar a espada — Jungkook repetiu.

Por um momento, o elfo achou que aquela fora uma reprimenda por não conseguir desviar a espada mesmo que Jungkook literalmente esperasse sua reação. Porém, por ser tão atípico de seu parceiro, pensou melhor e, com uma risada, deu uma passada para o lado, tirando seu corpo da frente.

— Era isso?

— Para o seu caso, sim — Jungkook concordou, afastando apenas para preparar um novo golpe e avançar mais uma vez. Jimin reagiu mais rápido. — De atributos físicos, esgrima requer força e agilidade, e ambos devem ser treinados. Um bom guerreiro é capaz de reconhecer qual das duas é um diferencial contra o oponente, ou qual não é... Eu costumo ser mais forte do que a média, então você não deveria usar força contra mim. Porém, talvez você encontre um oponente com o qual você seja o mais forte entre os dois e, então, utilizar sua força. Não que esses atributos se excluam.

— E se o oponente for mais forte e mais ágil do que eu?

— Você tem que ser mais esperto do que ele.

— E se ele for mais esperto do que eu?

— Torça para suas pernas serem rápidas o suficiente para fugir. — Jungkook iniciou mais um golpe, transformando-o em uma sequência dessa vez, ainda que lenta.

— E se não forem? — Jimin não deixou de perguntar, mesmo desviando com dificuldade dos golpes de Jungkook. Era frustrante, porque não era sequer parecido com uma luta real de tão lentos que estavam e, mesmo assim, fugia por um triz.

— Torça para aparecerem reforços.

— E se eu estiver sozinho?

— Você morreu. — Jungkook quebrou a guarda de Jimin e apoiou a ponta de sua espada no peito do elfo com cuidado.

— Estou morto. — Suspirou chateado, enxugando um pouco do suor que escorria pelo rosto.

— Com a espada, sim. Porém, em uma luta de verdade, você me mataria com suas flechas antes de eu sequer perceber sua presença. Isso sem contar a magia.

Jimin aceitou a colocação. De fato, possuía outros talentos, porém encontrava-se em uma situação em que não convinha utilizá-los. Mesmo assim, continuou insistindo que Jungkook o ensinasse mais, porque se já estava ali, queria aprender o quanto pudesse. E também porque adorava a forma que o homem alto recitava frases estranhamente longas. Gostava de sua voz.

Treinaram durante três horas, recebendo algumas reprimendas pela lentidão da luta quando o general que vistoriava passava por eles. Jungkook apenas abaixava a cabeça, e Jimin percebeu rapidamente que deveria fazer o mesmo. O guerreiro parecia conhecer melhor como portar-se no ambiente, como se houvesse nascido ali.

Após o treino, houve o período de almoço. Não foi difícil para Jimin se enturmar ao sentar-se junto a Jungkook em dois espaços vazios de uma mesa já lotada de recrutas. Jungkook sempre se impressionava em como Jimin conseguia cativar a todos, até mesmo sem sua exótica aparência de elfo eremita. Jimin era algo a mais.

Em poucos minutos, prometeram acordá-lo para participar de uma festa escondida que faziam a cada 10 dias, longe da vista do general e com direito a música e bebida; também ganhou um pedaço extra de pão e abraços de lado de seus compatriotas elfos. Jimin animou-se com a ideia e, de algum jeito, envolveu Jungkook também apesar deste não ter muito interesse na festa. Não recusou, porém, ao menos estaria lá para garantir a segurança do elfo.

— Ele não fala muito. — Jimin apresentou Jungkook aos outros. — Mas é de confiança, encontrei-o na estrada e viemos juntos ao descobrirmos que nosso destino era Voienii.

— Na altura de Bliskii — Jungkook ajuntou a mentira com seu conhecimento mais vasto sobre o mapa de Antares.

E as breves palavras foram o suficiente. Jungkook foi incluído de imediato, mesmo que ninguém ligasse muito para ele. Verdade seja dita, a falta de interesse era uma benção, como se Jungkook pela primeira vez tivesse espaço para respirar. Antes, chamava muita atenção por causa de seus olhos; era constantemente vigiado e inimizado. Agora, desfrutava da sensação de ser um homem quieto, apagado e igual a todos.

Passado o primeiro dia, as horas dentro do campo de treinamento eram quase indistinguíveis umas das outras. O único detalhe que as diferenciava era a melhora gradual de Jimin com a espada. Espada, almoço, arco e magia, jantar, etiqueta, filosofia e código de conduta da Guarda Real, dormir. Até mesmo a festa a cada dez dias parecia quase parte da rotina, muito mais quieta e recatada do que fora vendida; todos com muito medo de serem descobertos.

No final do 15º dia, Jimin demorou-se na hora de pegar o jantar para que Jungkook se aproximasse. Fingiu estar muito interessado na comida e logo o parceiro era visível pelo canto dos olhos. Jungkook nunca falhava em estar ao seu lado.

— Como nada aconteceu até agora, amanhã eu vou usar magia de verdade. Apenas para avisar. Tente jantar com outras pessoas hoje, não posso ser sua única ligação aqui dentro.

Jungkook manteve-se em silêncio e foi para uma mesa qualquer discretamente após pegar seu jantar, em uma concordância quieta. Por dentro, cada pedaço de seu corpo era tomado por aflição, detetava o risco ao qual Jimin se expunha. Porém, estava de mãos atadas, não controlava as decisões do elfo. Apenas nutria esperanças de ser capaz de protegê-lo quando necessário.

O dia seguinte foi normal até a hora do almoço. No treino de magia, porém, a bolha de marasmo rompeu-se assim que Jimin formou uma esfera flamejante — apesar de ser mais hábil com água e ar, o elfo preferiu utilizar o elemento mais comum em Antares —, tão expressiva e forte que Jungkook ouvia as chamas crepitarem mesmo de longe. Lembrou-se da vez que Jimin comentara que fogo era um dos elementos que pior manipulava e temeu entrar em um combate com ele, ainda mais com todos os elementos.

Notou o sucesso do plano não por cochichos ou avisos; a mudança na atmosfera do campo de treinamento foi imediata e assombrosa. Todos os recrutas pararam o que faziam para observar o poder das chamas com um temor vívido estampado nas expressões. Um silêncio sepulcral abateu-se nos vastos metros de terra batida. Jungkook, relativamente distante, apenas perscrutou a tensão no acampamento, com os olhos ofuscados pelas chamas de Jimin.

No jantar, Jimin já fora excluído. Tentou chamar alguns conhecidos para conversar, contudo recebeu apenas silêncio de volta. Ele e Jungkook entreolharam-se por um suspiro de tempo, e o guerreiro, íntimo da solidão e do desprezo, quis muito salvar Jimin de passar pelo mesmo.

— Não se aproxime dele. — Foi interrompido por um recruta que buscava comida ao seu lado. Jungkook virou-se na direção dele para ouvir melhor os sussurros. — Estou dando este aviso porque você é novo... Mas da última vez que um íntimo da magia apareceu, todos que ficaram perto foram severamente punidos.

— O que ele fez de errado?

— Também não sabemos. — O recruta balançou a cabeça e olhou os arredores com nervosismo aparente. Sua voz não ousava aumentar sequer um tom. — Porém, não temos para onde fugir. O melhor que você pode fazer é se afastar. É mais seguro para você e para o Ji... para o usuário de magia. Agora vamos, não fale disso.

Jungkook, sabendo ser parte de sua tarefa, apenas seguiu o fluxo, sentando junto aos outros recrutas, distante de Jimin. A maior tortura era conseguir enxergar seu amado elfo em uma mesa completamente vazia.

Seu coração apertou ao observar a expressão do elfo eremita, sempre tão sorridente, magoada enquanto mexia desinteressado na comida. Não que fosse um homem de diálogos, porém desejava ao menos estar ao seu lado; para fazer presença, para estar lá. Ver Jimin daquela maneira era estranho. Parecia errado.

O elfo eremita continuou isolado durante as aulas de etiqueta, sentado sozinho no fundo da sala como se uma grande parede invisível o separasse do resto. A exclusão era tão tangível que parecia um aspecto físico do cômodo.

E, enquanto caminhava em direção ao dormitório depois das aulas, Jungkook foi puxado pelo ombro. Virou-se e deu de cara com um daqueles recrutas que almoçara com ele e Jimin no primeiro dia e fizera o convite para a festa. O semblante que, em memórias, era animado estava tomado por uma seriedade dolorosa.

— Me siga, Jungkook, o general Won está nos chamando. 

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Amo esse arco porque é tipo "oi hoseok tudo bem? hm n to afim não OPA INVASÃO NO CAMPO DE TREINAMENTOOOOOOOOOO ASSASSINATO BORA BOLA DE FOGO!!"

E aí, algo que deixou vcs ~pensativos~ enquanto liam? Queria dizer algo, mas aí seria spoiler, né shuahuasa hora de prestar bastaaaaaaaante atenção porque esse arco tem várias dicas! Ah, e o final dele revela alguns mistérios 💜 não todos, claro, pq CDA é uma mega história!

Como sempre, muito, muito obrigada por quem lê, comenta, vota e surta comigo no #OCúmpliceDeAldebaran🏹! Eu fico tãoooo feliz postando CDA, é minha pitiquinha!

Ah, e um último aviso! Criei uma newsletter, que basicamente é um e-mail que vocês vão receber quinzenalmente com spoilers/atualizações e coisas referentes às minhas histórias, então é perfeito pra quem não consegue passar a semana acompanhando ou quer saber mais a fundo (porque lá consigo escrever mais do que em redes sociais). Já postei a primeira edição semana passada💜 Se você quiser vê-la e se inscrever, o link tá na minha bio do wattpad!

Beijinhos de luz e até dia 13/12 às 19:13! Amo vocês!