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15. Epifania tardia

Oiii, meus buscapés!! Que saudades de vocês aaaaaaaaaa!! Vocês estão bem?

Boa leitura e não se esqueçam de votar!

#OCúmpliceDeAldebaran

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Procurar, silenciosamente, os rastros do que a civilização fora e agora era, tornou-se a grande tarefa essencial. Primordial como as duas forças combatentes.

Porém, poucos ousavam se comprometer a tal busca, pois sabiam trilhar caminhos perigosos e sem nenhum mérito. Afinal, carregar a responsabilidade de salvar um mundo inteiro não era glória, apenas maldição.

Pesarosos, os estudiosos que abraçavam a missão não faziam-no por ignorância quanto às consequências. Eram peritos em cada sequela que ela deixaria. Apenas aceitaram o papel que saberiam desempenhar na história.


Continuaram sua jornada de forma disciplinada; como se fossem escravos da constância das passadas, a única que poderia libertar suas mentes. Apesar das palavras trocadas, o desconforto permanecia.

Jimin carregava o crime, isso era fato. Mas achava frustrante não poder fazer mais nada sobre. Não poderia remediá-lo? Viver em silêncio com a escravidão dos anões era algo que ainda não aprendera a fazer. Talvez aquela fosse a penitência de se cometer um crime irreversível: não ser capaz de gozar da paz nunca mais.

Jungkook também mantinha-se em silêncio, mais melancólico do que o usual. Jimin ponderou se deveria perguntar o motivo, entretanto sabia, no fundo, que era um daqueles questionamentos que Jungkook não era capaz de responder. Restava demonstrar apoio como de costume: com conversas inofensivas e quase unilaterais, uma comida mais bem elaborada e um beijo na bochecha quando ele estivesse distraído o suficiente.

Durante a viagem, Jungkook descobriu conseguir caçar animais um pouco mais lentos — um javali e às vezes um peru selvagem mais distraído —, então começou a abraçar mais a tarefa enquanto Jimin aproveitava o momento para treinar mais seu Blesc, que começava a enferrujar.

Também já desenvolvera uma experiência satisfatória em limpar e cozinhar animais. Antes, Jimin não entendia muito bem por que Jungkook ficava tão interessado em aprender já que continuaria sendo responsável pela tarefa sem problemas, mais que acostumado a prover seu próprio sustento. Porém, desde que soubera das sequelas causadas pela fome no passado de Jungkook, ensinava com ainda mais empenho.

Não fazia a mínima ideia por qual dificuldade Jungkook passara. De onde veio as florestas não possuíam animais o suficiente? Ninguém nunca o ensinara a caçar? Independente do motivo, estava comprometido em evitar que o parceiro sofresse daquela intempérie novamente. Durante o caminho, mostrava quais árvores e arbustos possuíam raízes comestíveis, o melhor momento para colher e como avaliar a qualidade.

Jungkook sempre foi um ótimo ouvinte — quiçá um questionável orador — e demonstrou, talvez por tal característica, ser um ótimo aprendiz. Como suas armas não eram tão ágeis quanto o arco de Jimin, quando não havia grandes animais para serem abatidos, cuidava de colher raízes, cogumelos e frutas. Foi uma satisfação pessoal para Jimin vê-lo tão empoderado quanto a própria alimentação.

Jungkook desejava ter algo a ensinar, contudo sua única aptidão era manejar sua arma e escudo. E os usava para uma função muito menos nobre do que o arco de Jimin... Portanto, deveria contentar-se em apenas receber os aprendizados valiosos e ponderar sobre o tamanho da sua ignorância perante aos fartos conhecimentos de Jimin.

Sua maestria quanto guerreiro era ao menos útil quando sofriam ataques de saqueadores. Alguns grupos começavam a utilizar as florestas pois as estradas estavam sendo evitadas pelos viajantes e, aos poucos, começavam a ser vigiadas pela Guarda Real de Antares. Jimin sempre impressionava-se com a velocidade da luta. Nunca movia um dedo e, em um piscar de olhos, os saqueadores jaziam desmaiados aos seus pés.

No fim, não era de fato um obstáculo cruzar com tais grupos. Perdiam fácil e proviam refeições bem diferentes por alguns dias, pois levavam leguminosas e carnes mais difíceis de encontrar na floresta, vindas de aldeias com cultivos e pastos.

Também receberam muito dien ao entregar os pertences anteriormente roubados em postos de recuperação erguidos às pressas pelo governo como remediação ao problema dos saqueadores. Funcionava como uma espécie de resgate e instalavam-se próximos a aldeias. Devido à proximidade de Scorpii, a capital, era possível ver esses esforços do governo com mais agilidade do que nas terras mais distantes.

As aldeias também ficavam maiores aos poucos, muitas delas sendo especializadas em agricultura e algumas outras tomadas por grandes moinhos que trabalhavam os grãos de aldeias vizinhas. Também possuíam estabelecimentos maiores e mais bem arrumados. Nada perto de Zapreii, porém como o elfo não tinha visitado a cidade, ficava suficientemente impressionado.

Mesmo assim, continuaram a dormir no relento, mais do que acostumados e sentindo-se até mesmo mais seguros daquele jeito, compartilhando timidamente calor um com o outro. Talvez tivesse virado um grande hábito do qual não desvencilhariam-se tão cedo.

Durante a viagem, passaram por uma paisagem que nenhum dos dois conseguiu definir o que era. Entre estradas espaçosas e movimentadas, como se aquilo fizesse parte da paisagem, estava uma espécie de floresta fossilizada. Nas bordas, árvores finas, enegrecidas e retorcidas continuavam em pé, porém não vivas.

Curioso, Jimin aproximou-se, percebendo que no centro daquela enorme mancha preta no meio da relva tão verde que sempre fora sua paisagem não havia árvores. No lugar via-se pedras desiguais, retorcidas em alguns cantos, pedaços solidificados que tinham formato de manta, como se estivessem esperando fluir e recobrir mais pedaços de terra antes de ter virado pedra para sempre.

Em alguns lugares, porém, em vez de pedras robustas, via terra rachada, enegrecida, em tantos cacos que mais parecia vidro queimado. Nunca tinha visto nada sequer parecido, nem nunca ouvira falar de nenhuma história do tipo, mesmo que os anciões de Radnaii carregassem com eles até mesmo contos sobre as terras-além-do-mar. Portanto, sentia-se ainda mais confuso mesmo depois de sua breve investigação.

Jungkook seguiu ele depois de um tempo, observando também o local que parecia desolado. Sua expressão indicava que também não tinha nenhuma pista sobre o que era aquilo, pois nem ao menos tinha passado por lá durante suas viagens. Jimin suspirou frustrado.

Abordando alguns outros viajantes que utilizavam as estradas que circundavam aquela grande quebra na paisagem, a única coisa que o elfo descobriu foi que seu nome era Lago Zelionii. Tentando entender como que algo daquele tipo poderia ser um lago, a única resposta que recebeu foi que "secou".

Como e quando havia secado, ninguém saberia dizer, aparentemente o Lago Zelionii era parte da paisagem há tantas gerações que os habitantes e viajantes da região nem achavam-no estranho, já acostumados. Jimin ficou tão frustrado com a sensação de incompletude daquela história que Jungkook até mesmo sugeriu que ele treinasse um pouco com Blesc para que se acalmasse, o elfo sempre parecia entrar em uma espécie de transe quando treinava.

Continuaram viajando por dias, suas paradas sempre breves, apenas o suficiente para perguntar da forma mais discreta que podia se elfos estavam sendo sequestrados e vender os remédios que produzia e peles que sobravam da caçada, além de alguns utensílios que conseguia fazer com os ossos dos animais maiores. Quanto às suas vendas, Jimin poderia considerar-se até mesmo orgulhoso de suas habilidades, quanto os sequestros porém... Tudo ainda parecia nublado.

De fato, na maioria das cidades houveram relatos de que alguns elfos que trabalhavam como mercadores ou viajavam muito entre aldeias estavam demorando um pouco mais do que o normal para voltar para casa. Mesmo assim, não era algo incomum de acontecer, pois muitas vezes prolongavam suas viagens por causa de negociações mais importantes e, como não havia pressa, não chegavam a mandar cartas ou mesmo falcões do sol — o que, inclusive, era uma forma muito cara de enviar mensagens.

Ninguém parecia alarmado com a demora, então Jimin aceitou que provavelmente não deveria também. Além disso, não havia um mísero relato sobre qualquer coisa parecida com aquela criatura enorme e misteriosa que irrompeu sua casa daquela vez. E sabia muito bem que ela lhe pareceu fora do normal não só por viver isoladamente em Radnaii, em seus meses viajando com Jungkook também não encontrara nada parecido pelo caminho.

Era impossível qualquer ser não reconhecer algo com aquele tamanho e força se o visse. Jimin perdia cada vez mais as esperanças, pois as pistas sobre o sequestro de Jihyun pareciam ser fruto de sua imaginação toda vez que alguém negava ter visto qualquer coisa parecida.

Donos de taverna, viajantes, comerciantes, nenhum deles, que viam e ouviam muitas coisas por causa de seu trabalho, não tinha nenhum relato útil a oferecer. Jimin, ao enxergar bem ao longe no horizonte grandes muralhas coloridas que Jungkook explicou ser a capital, começou a temer chegar até Scorpii.

Se Scorpii também não fosse capaz de dar as respostas que precisava para continuar indo atrás de seu irmão, para onde iria? Não fazia a mínima ideia e até pensar naquilo o aterrorizava. Portanto, fez seu máximo para não pensar. Não queria pensar em talvez voltar para Radnaii, não queria pensar em terminar sua jornada com Jungkook, que também estava indo até a capital.

Não queria pensar, mas aqueles pensamentos sempre voltavam até sua cabeça e tudo que ele queria fazer era fugir. Sem mais alternativas, segurou a mão enluvada de Jungkook que caminhava a passadas consistentes e barulhentas ao seu lado.

— Por favor, Jungkook, me segure, porque eu quero fugir — pediu baixinho. O homem alto ao seu lado apenas obedeceu, acomodando com uma firmeza delicada a mão do elfo na sua.

Jimin acalmou-se um pouco, gostava daquele lado de Jungkook. Do apoio silencioso que não precisava de explicações e cuja presença também valia muito mais do que palavras. Deixou que o toque metálico antes frio e agora esquentando-se com o contato de sua mão fosse uma âncora para todos o desespero e aflição que sentia.

Mesmo assim, a proximidade de Scorpii, cada vez mais visível no horizonte, o aterrorizava. Pensou que os olhos brilhariam com os belos muros coloridos e as enormes árvores milenares que rodeavam a maior construção que já vira na vida. Mesmo assim, só sentia apreensão, o que fez com que insistisse com Jungkook que em vez de irem direto, parassem na última aldeia antes da capital de seu reino.

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A dita aldeia ficava mais impressionante cada vez que aproximavam-se. Provavelmente era possível nomeá-la de cidade apesar de não estarem completamente convencidos da exatidão do termo também.

Há poucos quilômetro de Scorpii, que erguia-se como uma gigante no horizonte, a entrada do local era decorada por belos e trabalhados arcos de pedra. As casas, todas brancas e muito parecidas, pareciam milimetricamente construídas, formando quarteirões ordeiros e uniformes. Alguns estabelecimentos, aparentemente comerciais, diferenciava-se apenas no formato da construção, mais estreitos, altos e com grandes fachadas envidraçadas.

Jungkook, que já tinha visitado a capital, não ficou surpreso com a abundância de vidros, tão raro por sua fragilidade e complexidade de obtenção no resto de Antares. Porém era normal que cidades e aldeias perto da capital tivessem mais recursos.

Porém outros dois detalhes daquele lugar o diferenciavam de uma cidade comum. O primeiro eram os transeuntes: muitos vestiam armaduras leves e tecidos arroxeados, exibindo orgulhosamente no peito um brasão prateado de um Falcão do Sol, todos estavam armados e a movimentação pelas ruas era ordeira e precisa.

— São Guardas Reais de Antares — Jungkook murmuou ao perceber Jimin observar atentamente as figuras caminhando altivamente ao longe. Jimin assentiu, tinha observado alguns pelo caminho, principalmente vigiando a estrada contra saqueadores, porém nunca tinha visto tantos.

O outro detalhe, porém, era um grande campo aberto, livre de construções, porém lotado de pessoas enfileiradas. A maioria delas eram homens e, além disso, elfos. Uma voz mais alta soou e eles movimentaram-se coordenadamente.

— Ah... — Jungkook lembrou-se daquela cidade, tinha a visto no mapa. — Aqui é a cidade militar de Antares, Voienii.

— Oh, acho que já ouvi falar disso... — Jimin assentiu. De fato, a maioria das coisas que vira pelo caminho já fora descrita por algum ancião ou ocupava páginas de livros de história de Radnaii. Porém, reclusa desde a Grande Guerra, as únicas passagens sobre Voienii eram desatualizadas, de quando a cidade começara a ser construída. — Faz parte do Tratado, não?

— Sim. Ambas Antares e Aldebaran possuem quantidade máxima de soldados protegendo suas cidades, as forças militares devem ser treinadas ao ar livre e fora da capital também — recitou com facilidade os limites militares do tratado. — Teoricamente uma forma de desencorajar conflitos entre os reinos sem impedir que seja possível regular e proteger a população de saqueadores, ladrões e assassinos.

Jimin assentiu, apesar da ideia de existirem ladrões, saqueadores e... Por Iredanus... Assassinos ser surreal. O que poderia motivar alguém a matar outros seres conscientes? Por mais que tenha sido avisado frequentemente antes de sua fuga que o mundo externo era muito diferente de Radnaii, ainda não conseguia associar aquela informação.

— Nós podemos andar por aí? — Jimin perguntou, sentindo-se um pouco oprimido com a cidade ordeira.

— Sim, é aberta ao público. Podemos assistir aos treinamentos e visitar as lojas, principalmente a de armas. A população que reside aqui é em maioria feita por soldados que já aposentaram da guarda e passaram a lecionar e suas famílias, porém estão acostumado a visitas também, pois é perto da capital.

— Você já veio aqui, Jungkook? — o elfo questionou, impressionado com a quantidade de informações. Jungkook afastou o olhar.

— Não, porém como as guardas funcionam depois da Guerra é de conhecimento público.

— Oh! Verdade, você deve receber os livros de história que aquele moço de Maslii comentou... Pena que eles não chegam até minha aldeia natal.

— Vocês nunca se comunicam com ninguém?

— Muito raramente. Sendo sincero, desde que a Guerra acabou a única vez que soube sobre qualquer forma de comunicação foi quando...

— Quando...? — Jungkook perguntou, preocupado com a interrupção de Jimin. O elfo parecia ter o dom de falar.

— Quando meu irmão foi sequestrado... — Sua voz saiu em uma espécie de sussurro.

Muito tinha culpado os anciões, o chamado de covardes e tinha certeza que eles não estavam fazendo nada para lutar por seu irmão, mas... Eles tinham enviado um falcão do sol à capital e conversado com outras tribos... Provavelmente de outros elfos eremitas, como eles mesmos eram. Como não tinha percebido aquilo? Aquele grande esforço de comunicar-se depois de jurar reclusão após a Guerra?

Até sair de Radnaii, Jimin não sabia o quão misteriosa e rara sua Tribo era, porém agora, depois de tudo que tinha passado, percebia que o gesto realmente fora grandioso e desesperado. Eles nunca quiseram misturar-se novamente ao reino de Antares. Serviam a Iredanus e apenas a ele.

Passou cinco meses recuperando-se, mas recusou ouvir qualquer palavra que lhe dirigissem. Será que se tivesse ouvido os mais velhos estaria menos perdido agora? Jimin percebeu que desde que acordou de seu coma, com as pernas fraturadas, Radnaii já sabia mais sobre os sequestros do que ele agora, há mais de seis meses sem seus irmãos. Eles sabiam que outras aldeias tiveram elfos sequestrados, provavelmente de outras tribos de elfos eremitas, imaginavam que fosse obra de Aldebaran e montaram um comitê de investigação.

O quanto será que conheceria sobre todo o acontecido se tivesse permanecido lá? Se ao menos tivesse dado ouvidos nos cinco meses que usou para recuperar-se? Definitivamente muito mais do que ele agora, ao lado de Scorpii e ainda sem nenhuma pista sobre o paradeiro de seu irmão.

Sentiu-se tão ignorante e tão arrependido pela própria inconsequência egoísta, a racionalidade completamente tomada pela perda de seu irmão, que quis chorar de frustração.

Sua terra natal importava-se, eles sempre cuidavam um dos outros, de uma maneira que nunca percebeu de fato antes de encarar uma realidade na qual tal coisa não era garantida. Eles buscaram, da forma que podiam e que manteria sua população segura, resolver sua dor, e definitivamente ainda buscavam. O problema sempre esteve na dor que adotou como absoluta e acima de qualquer outra coisa em seu peito.

Jungkook percebeu a mudança de humor do elfo imediatamente. Sem saber o que fazer direito para consolá-lo, apenas apertou de leve que ainda estava entre a sua. Jimin virou-se para ele, com olhos marejados, sorrindo um pouco com o pequeno gesto de carinho.

— Não tinha percebido que estava tão angustiado que você perceberia também. — Riu baixinho.

— O que aconteceu? — Jungkook arriscou perguntar.

— Temo que cometi um grande erro... Porém, não sei se posso voltar atrás.

— Por quê?

— Porque... — Jimin mastigou o questionamento. Claro, tinha certeza que sua Tribo receberia ele de volta apesar de tudo, eles simplesmente eram generosos daquele jeito. Seria cuidado, como sempre foi quando precisou, mesmo que não enxergasse. Mesmo assim... Voltar depois de tanto tempo para chegar onde estava não parecia certo. Continuar sua jornada era, de fato, sua melhor opção, pois mesmo que não encontrasse nada com ela, pelo menos tinha a chance de descobrir coisas diferentes. Confiaria em Radnaii em olhar os pontos que não alcançava. — Agora que eu segui um novo caminho, acho que devo buscar o que ele pode me oferecer.

— Você parece melhor. — Jungkook observou. Jimin sorriu para ele docemente.

— Estou — confirmou, devolvendo o aperto entre os dedos. — Graças a sua pergunta, pena que você não acredita que é um espelho das coisas que me faltam.

— Está bem mesmo? — perguntou mais uma vez só para garantir. Jimin riu com a preocupação e assentiu com a cabeça.

Jungkook trocou seu peso de um pé para o outro, desconfortável e tomando coragem. Por um momento, Jimin achava que aquilo era um sinal de impaciência para que visitassem logo Voienii em vez de ficarem parados. Porém, logo foi supreendido ao ver Jungkook inclinar-se em sua direção após soltar sua mão.

Seus dedos foram parar em uma das bochechas do elfo e Jungkook poderia jurar que sentia a quentura mesmo sendo impossível por causa da luva metálica que separava o toque. Nervoso, levou sua boca até a outra, deixando um beijo tímido nela.

Jimin sorriu imediatamente, e Jungkook espantou-se, com o coração acelerado, ao sentir a bochecha do elfo levantar sob sua boca. Ter o rosto de alguém tão próximo assim era realmente... Era realmente precioso, era como se notasse todas as emoções de Jimin com uma nova profundidade.

O elfo repousou suas mãos nos ombros do grande homem, mantendo-o abaixado e ao seu alcance. Fixou os olhares, tão próximos, antes de beijar a testa de Jungkook, o coração transbordando de ternura. Estava tão feliz com a coragem dele de ter iniciado aquele carinho, mesmo sendo naturalmente mais contido que não parecia caber em seu coração.

— Posso pedir mais um? — perguntou baixinho em um tom manso, oferecendo a bochecha, querendo provar mais uma vez do toque desengonçado de Jungkook.

O homem não falou nada, apenas deixou que a boca buscasse a pele tão macia e cheirosa do elfo, querendo provar mais daquelas sensações gostosas, tanto físicas quanto emocionais. Beijar Jimin era tão bom quanto receber beijos dele.

— Obrigado... — Jimin suspirou baixinho. Era perceptível que Jungkook nunca tinha beijado a face de ninguém, mais tocando em seu rosto com a boca do que dando um beijo de fato, porém aquilo fazia Jimin derreter-se ainda mais. Ele realmente estava esforçando-se, indo muito além dos próprios costumes apenas para agradar-lhe.

Sorriu, pensando de fato que Jungkook era muito esperto. Não só apagara aquele rastro de aflição que ainda existia mesmo depois de sua pequena decisão de manter-se em marcha como a enterrara com uma camada tão grossa de felicidade e gratidão que aquilo pareceu momentaneamente distante.

Soltou os ombros dele, que empertigou-se, novamente alto e um tanto distante. Porém apenas fisicamente, porque Jimin sentia-se mais próximo dele do que nunca e sabia agora poder pedir beijos e que abaixasse. Não que fosse fazê-lo, claro, continuaria respeitando os limites de Jungkook, mas saber que tinha a possibilidade era gostoso também.

— Você está corado... — Observou sem conseguir conter o sorriso largo em seu rosto. Voltou a segurar a mão de Jungkook. — Eu sei o quanto você se esforçou para isso, estou tão feliz, Jungkook! E tão grato... Obrigado, de verdade.

Jungkook queria responder que ele que deveria agradecer, pois era sua honra tocar algo tão raro e precioso como Jimin. Não só por seu um exótico elfo eremita, mas sim por ser a pessoa mais encantadora com a qual cruzara em sua vida. Queria agradecer Jimin por sua própria existência, tanto que a necessidade de beijá-lo ao ver o semblante ainda aflito foi maior do que poderia aguentar.

Sabendo que Jungkook estava sem graça demais para comentar qualquer coisa, Jimin apenas fez com que os dois voltassem a caminhar tranquilamente. Com Jungkook, tinha aprendido a degustar o silêncio tão gostoso e cúmplice que cultivavem.

Ao chegarem na cidade, passaram em uma loja de armas porque Jungkook achava que seu machado poderia beneficiar-se de uma pedra de amolar de verdade. Jimin aproveitou para entregar sua faca de caça também já que já estavam ali.

Jimin puxou Jungkook até os campos de treino aberto da Guarda Real, querendo assistir para passar tempo enquanto as armas recebiam um cuidado melhor do que eles conseguiam fornecer viajando pelas florestas. O homem relutou um pouco, porém logo seguiu Jimin como de costume.

Sentaram-se em uma pequena arquibancada que avistaram quando chegaram mais perto. De fato, os treinos eram completamente abertos, e várias pessoas assistiam os aspirantes a soldados derramarem suor. O campo que já parecia grande de longe era ainda maior vendo de perto.

Havia um grande circuito de obstáculos, uma área em que ocorriam treinos de espada, outra para treino de magia, um para treino de arco e flecha e outro de marcha, onde os homens aprumados faziam movimentos belos — porém inúteis, Jimin refletiu — em sincronia.

Esgueiraram-se para observar também, em silêncio assim como o resto da plateia que observava com quietude respeitosa e olhos admirados. Um grupo relativamente grande de crianças estava lá também, provavelmente pequenos da capital que sonhavam um dia poder fazer parte daquela tão majestosa Guarda Real, de tecidos roxos e brasões prateados.

Jimin observava a movimentação concentrado, principalmente no campo de treino de magia. Chateado, percebeu que realmente cada elfo ali manipulava apenas um elemento e o fazia de maneira quase bruta, como se jogasse Blesc de lá para cá em vez de manipulá-lo de fato.

— Frustrado porque eles dominam Blesc muito mal? — Uma voz estranha ao seu lado interrompeu seus pensamentos, assustando-o.

Virou-se com os olhos arregalados, o que fez o desconhecido gargalhar alto. Ao contrário do que esperava por causa da fala, ele... Ele não era um elfo. A túnica laranja longa, o grimório entre as mãos e uma grande bolsa na cintura pareciam ser grandes indicativos que era um mago.

Um mago muito amigável, aparentemente. Seu sorriso era largo e passava sinceridade a Jimin, mesmo que o elfo estivesse confuso e assustado com abordagem. Sentiu Jungkook ao seu lado inclinar-se na direção do homem também, provavelmente para espantá-lo que nem fazia com alguns saqueadores durante o caminho, ou pessoas que tentavam assediar-lhe quando visitava as aldeias.

Pousou a mão em cima da perna de Jungkook, ainda sentado ao seu lado, pedindo silenciosamente que não fizesse nada. O mago, astuto, notou a movimentação com facilidade e gargalhou ainda mais. Ele realmente soava barulhento, especialmente em todo aquele silêncio honrado que a plateia tinha até então.

— Seu amigo é bravo desse jeito? — Inclinou-se para olhar Jungkook cara a cara e espantando-se com o olhar heterocromático. — Parece mesmo...

— Quem é você? — Jimin perguntou por fim, como sempre fazia.

— Ah, que falta de modos a minha! — O homem sorriu e fez uma reverência desajeitada com as mãos e os cabelos. — Meu nome é Hoseok, gosto de me intitular de Hoseok, o Feliz, porque aparentemente sou o único mago que não tem cara de injuriado por essas bandas. Prazer!

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O HOSEOK APARECEUUUUUUUUUUUUUUUUU!!! Alguém esperava?? Hihi!

Aliás, qual foi a parte fav de vcs? Eu sou boiola, então vou ter que escolher o beijo na bochecha do Jungkook 😭 

Como sempre, muito, muito obrigada a quem acompanha, vota, comenta, surta na #OCúmpliceDeAldebaran e é um amor comigo, de verdade!! Vocês são meus amores!!

Vou ter que fazer uma confissão. Não acho que eu revisei esse capítulo com a qualidade que eu mais desejaria, não sei se foi perceptível, e espero que não :( mas quando eu estiver com a cabeça um pouco mais descansada, eu reviso com o nível de qualidade de sempre, tá? Juro de pé junto! Postei apesar disso porque ainda passa a mensagem que eu gostaria, apesar de não todas as técnicas que eu tenho usado para melhorar meu texto, e porque eu tinha prometido essa data. Aí quando eu revisar, querem que eu avise para vocês relerem?

Beijinhos de luz e até dia 13/10, às 19:13!! (niver do jiminho aiiii 😭 )

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