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Capítulo 10

     Estava escuro, e o cheiro de morte penetrava em meu nariz, levando-me a um estado de pânico. Meu corpo não obedecia aos meus comandos, eu queria correr, precisava fugir. Não sei como havia chegado à esse lugar escuro e úmido, mas à minha frente, contra qualquer lei da física, as sombras se movem. E se aproximam. Estão chegando perto... cada vez mais perto. Lágrimas confundem minha visão até que de repente um grito agudo faz-me tremer sem controle.

     Acordo tremendo e suado. As lágrimas rolam pelo meu rosto sem parar. Sento-me com esforço na cama, tentando afastar de uma vez a sensação de medo, pânico. Meu coração bate tão aceleradamente que posso ouvi-lo em minha nuca.

     - Edgar, o que está havendo? - Ouço Louis dizer ao entrar desesperado no quarto - Te ouvi gritar.

     - Gritei? Gritei. - Digo confuso tentando afastar o sonho da realidade.

     - Sim, tu gritaste. Tiveste um pesadelo? - Pergunta olhando em meus olhos. 

     As batidas do meu coração se acalmam aos poucos, levemente, e a respiração torna-se mais calma. O medo vai saindo de meu corpo como se estivesse a transpirar ele. Mas eu não lembro, não consigo lembrar.

     - Não sei.

     - Bem, estavas gritando. Estás suado e também chorando... Acho que...

     - Eu não sei. - Digo antes dele terminar a frase. Sei que foi um pesadelo. Lembro-me da sensação, do medo, da dor. Lembro-me do grito agudo que fez-me tremer. Mas é tudo muito vago, não sei ao certo o que aconteceu. 

     - Bem, - Ele diz pondo sua mão direita em meu ombro - acho que ficará feliz em saber que tem alguém à tua procura.

     Paro para analisar o que ele quis dizer:

     - Como conseguiste...

     - Victor.  - Ele me interrompe - Enquanto estavas a dormir, tratei de procurar alguém que te conhecesse. Ele está vindo aqui. - Eu sorrio, ignorando a dor no queixo que não dói tanto quanto na noite passada - Vejo que estás melhor também. Mas estás cortado.

     Levo as mãos à cabeça, onde senti o corte. - Ficarei bem - Digo.

     - Espero que sim. - Ele diz entre um riso - Viana virá aqui trazer-te o que comer e o que vestir. Quando precisares de mim, chame. - Diz sorrindo e sai, deixando-me só outra vez, tentando com todas as forças lembrar do que vi no sonho. 

     As horas que se passaram vieram carregadas de lembranças. Viana veio trazer-me comida e , juro, disse que já podia comer só, afinal, estou mesmo sentindo-me melhor. Mas ela insistiu e eu fui alimentado feito um bebê outra vez. Não que fosse ruim ser tratado assim por ela, mas sua presença faz-me sentir uma saudade imensa de Anna. Anna... Depois que Viana entregou-me umas peças de roupa e saiu do quarto, Louis voltou e ajudou-me a caminhar até o banheiro, onde pude lavar as manchas de sangue que ainda marcavam meu corpo. Foi um pouco complicado, minhas costas não doem tanto mas minha cabeça insiste em latejar quando me esforço para fazer algo. Louis disse que meu cansaço na noite passada foi resultado de perca excessiva de sangue. Depois de me vestir e voltar para o quarto ainda um pouco tonto, chamei Viana e perguntei-lhe sobre o colar e a chave de Juliet, que eu estava segurando forte nas mãos quando apaguei na estrada.

     - Oh, sim! Esqueci-me de dizer sobre o colar. Encontramos ele preso entre seus dedos. Achamos que devia ser muito importante e guardamos para entregar-te. - Disse ela.

     Segurei a chave nas mãos. Uma sensação de missão cumprida me invadiu, embora esteja a faltar muita coisa para descobrir o que de fato preciso saber. Foi com essa sensação que esperei Victor chegar.

     Brinco com a chave entrelaçando entre meus dedos. Ouço a voz de Victor vindo do outro lado da casa. Segundos depois ele entra no quarto sem bater. Sorrio. É bom vê-lo. É bom saber que nada acabou, e que eu não fui esquecido.

     - Menino, pensei que... Oh, eu... Ah, que bom que está bem. - Diz e abraça-me. Contenho um gemido de dor. Abraço-o também.

     - Estou bem, Victor. Só dói um pouco.

     - Estás ferido... Bem, trataremos de ti ao chegar em casa. Vamos, menino, há alguém lá que esteve muito preocupada.

     Eu não posso ver meus olhos, mas sei que eles brilharam. Anna, é dela que Victor está a falar, eu sei. Ela esteva preocupada, ela... Sorrio com o pensamento.

     - Vamos. - Digo.

     

     Victor veio acompanhado de Christopher, mas eu só o vi ao sair da casa do Louis, ele estava encostado numa picape vermelha, velha também, o que fez-me lembrar da minha caminhonete, mas muito bem cuidada. Christopher conversava aos risos com Viana. Ela sorria sempre que ele dizia algo, o que me fez sorrir também, deixando minha imaginação criar situações diversas.

     Despedi-me de Louis e Viana com sinceros pedidos de agradecimento. Descobri que Victor costuma visitá-lo às vezes, o que era bom, poderei vê-los outra vez. Victor gastou mais tempo do que eu agradecendo, até porque quando eu falava por certo tempo, a cabeça começava a doer. Depois fomos para o carro e seguimos uma estrada de terra que parecia não ter fim.

     - Então, diga-me o que aconteceu, menino. Todos estavam preocupados. - Disse Victor virando-se para me olhar. Ele está no banco do passageiro e Christopher está dirigindo. 

     - Longa história. - Digo numa tentativa inútil de resumir o que aconteceu.

     - Edgar, preciso saber o que de fato aconteceu. Entendes que estamos preocupado? - Victor pergunta sem alterar a voz.

     Suspiro prevendo a dor na cabeça que voltará quando começar a falar, mas começo a dizer:

     - Eu fui para casa em busca da chave de Juliet. Procurei feito um louco por toda parte, mas simplesmente não encontrava em lugar algum. Fui até para a o quintal, para a árvore... Pensei que talvez Anna tivesse deixado cair por lá, mas também não estava. - Minha cabeça começa a latejar e meu queixo também incomoda muito, mas eu apenas falo ignorando a vontade de parar - Victor, sabes o quanto é estranho estar lá? Tanta coisa mudou, estava a ponto de ir embora sem ter encontrado a chave porque a sensação de estar lá dentro é tão... tão ruim. Eu levantei-me da mesa e ouvi o barulho de algo caindo, sim, era a chave, o colar, tudo perfeito. Então eu saí o mais rápido possível de lá, mas estava chovendo, chovendo muito forte. Eu já estava dirigindo a um certo tempo quando, numa curva, ceguei-me com o farol de um outro carro que vinha na direção contrária, perdi a direção da caminhonete e bati de frente numa árvore. Eu estava sangrando, tentei ficar acordado mas acabei apagando. Acordei um tempo depois ainda ensanguentado, peguei a chave no porta-luvas e saí do carro, com medo dele explodir, porque estava saindo muita fumaça. Caminhei por algum tempo mas acabei caindo na estrada, inconsciente.

     - Louis disse que cortaste a cabeça no acidente.

     - Estou bem, Victor. Só sinto dor na cabeça quando me esforço e fico um pouco tonto, às vezes. Mas já estou melhor. Ficarei bom logo.

     

     A vigem seguiu em silêncio. Ao chegar na casa de Victor deparei-me com Anna e Eloah a minha espera. Não posso dizer que esperava algo além disso, era suficiente, era o que eu precisava. Senti algo como o que agente sente quando volta para casa depois de uma viagem longa. E todos estavam ali. Ela estava ali...

     Entrei na casa e tive de explicar tudo outra vez, ignorei de novo a dor, entendendo que eles deviam estar mesmo preocupados. Não consegui entender o que se passava com eles, tentei imaginar o que suas expressões diziam, mas pareciam apenas confusos. Quando disse sobre a chave lembrei-me de que a caixinha estava ali, e mal pude conter-me de ansiedade.

     - A caixinha, onde está? - Pergunto olhando para Victor.

     Ele levanta-se e diz com firmeza:

     - Acho que devias descansar. Mais tarde, ao acordar, veremos o que esta caixinha esconde. Até agora ela já nos trouxe prejuízo de mais.

     Vou para o quarto mesmo sem querer. Quero saber o que a tal caixa esconde. Preciso saber.

     - Edgar? - Ouço a voz de Anna. Ela entra no quarto e fecha a porta atrás de si.

     - Anna...

     - Oh, Edgar. Estava tão preocupada, prometa-me que nunca mais fará isso comigo! - Ela diz sentando-se na cama, ao meu lado. Abraça-me e continua a dizer: - Prometa-me!

     - Senti tua falta. - Digo.

     Ela afasta seu corpo do meu e olha-me. Aqueles olhos... não posso perder-me neles. Gosto da sensação de olhá-la. Seus olhos negros me fascinam, é isso. 

     - Eu sinto tua falta, sempre... - Ela diz-me sorrindo, levanta-se e caminha em direção à porta. Está usando um vestido longo, como sempre. Um vestido verde. Ela faz-me lembras as donzelas da idade média, mas eu nunca ousarei dizer isso. Ela é linda. Linda.

     -Tchau. - Diz ela.

     - Tchau.

     

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