Capítulo 8 - União
O casamento fiz uma mistura de culturas, para deixar algo único e diferente
Contém 3440 palavras.
Amanheço com você no meu peito
Não há cortinas no lugar onde moro
O dia nasceu, abra seus olhos
Porque isso só deveria durar uma noite
No entanto, estamos mudando de opinião aqui
Ser seu, você ser minha querida
Tão perto com você em meus lábios
Os narizes se encostando, sentindo sua respiração
Seu coração se aproxima e se afasta, sim
Seja meu verão em um dia de inverno, amor
Eu não consigo ver nada de errado
Entre nós dois
Seja minha, seja minha, sim
A qualquer momento, a qualquer hora
Ooh, você sabe que eu estive sozinho por um bom tempo
Não estive?
Eu pensei que eu havia conhecido de tudo
Que havia encontrado o amor, mas eu estava errado
Mais vezes do que o suficiente
Mas desde que você apareceu
Eu estou pensando
Amor, você (sim) está despertando uma versão diferente de mim
Não há rede de segurança embaixo, estou livre
Me apaixonando completamente por você
Você se apaixonou por homens que não eram o que pareciam, sim
Aprisionada em uma corda bamba, agora estamos aqui, livres
Me apaixonando completamente por você
Falling'all in you- Shawn Mendes
Ao chegar no gazebo, meu olhar automaticamente seguiu pelo local, admirando o trabalho de Selene, pois estava exatamente como ela imaginou. As colunas foram adornadas com profusão de flores coloridas em vários tons de vermelho, que se entrelaçaram, criando uma dança de cores e uma fragrância calmante. O altar simples, mas cuidadosamente enfeitado com ramos de eucalipto e flores sazonais, completava a decoração ao redor do gazebo, as mesas dispostas harmoniosamente para cada convidado, decoradas com centros florais e velas delicadas, adicionando um toque de magia ao cair da noite, já que o casamento seria realizado ao pôr do sol. As cadeiras, elegantemente decoradas com laços de cetim, e o caminho entre as mesas foram cobertos por pétalas de flores.
O lado esquerdo da noiva estava com todos os elfos importantes do reino, cada fileira destinada a uma classe da monarquia, mas ao olhar melhor os convidados dela, percebo que Selene não convidou apenas a parte da realeza, mas alguns de seus súditos simples complementavam a sua fileira.
Ao meu lado, os deuses estavam separados em cada panteão por fileira, os nórdicos à frente, no altar destinado ao meu pai e irmão que estavam mais ao longe, ambos divididos entre conversar com os deuses e os elfos, mas a presença que mais ocasionou surpresa, não somente dos deuses, mas dos elfos, foi a chegada da mamãe, que mesmo usando seus poderes para ficar do tamanho normal, foi impossível não notá-la.
Uma mulher com quase 1,90 de altura, longos cabelos ruivos intensos como os meus e olhos tão roxos como os de Loki e o mesmo sorriso malicioso dele. Apesar de ela não ser exatamente igual, ambos têm muito em comum.
O sorriso terno dela para mim, enquanto se aproximava, ocasionou um leve sorriso em resposta.
— Thor, meu querido, está tão lindo! — ela me puxou para seus braços, sem se importar com a força, me abraçando com tanto carinho, que foi impossível conter o resmungo.
Ela sabia que não gosto desses gestos públicos e mesmo assim fazia!
— Oi, mãe!
Retribui o abraço da melhor forma, fazendo-a me abraçar mais forte.
— Meu bebê, era para estar aqui desde que sua noiva chegou, mas fui impedida, somente aceitei pois não queria estragar seu momento, me perdoe! — Jord murmurou chorosa contra meu ouvido.
— Eu entendo, não se preocupe com isso — sussurrei de volta, me soltando suavemente.
A palma de sua mão acariciou minha bochecha, enquanto ela sorria ternamente.
— Meu bebê cresceu, está um homem lindo e agora vai formar uma família — seus olhos marejaram mais, me deixando desconcertado.
— Mãe, não chore...
Ela sorriu levemente, limpando as lágrimas e então se afastou, seus olhos percorrendo o local, provavelmente à procura de Loki, e seu rosto se iluminou ao encontrá-lo.
Loki caminhou lentamente até ela, sorrindo levemente, quando foi puxado para seus braços.
— Loki, amor da mamãe! — ela o abraçou como uma mãe-ursa.
Não controlei o riso ao vê-lo vermelho, tanto pelo deboche dos deuses ao redor quanto pela força dela, que fisicamente era maior que a nossa.
— Mamãe, não me aperte tanto! — Loki resmungou, fazendo-a apertá-lo mais.
— Não seja desnaturado, há tempos que não vejo você, estou louca de saudades! — sua voz saiu trovejante, levando-o a tremer levemente.
Era uma cena engraçada, visto que a única criatura no mundo que conseguia colocar medo em Loki era a mamãe. Mais que medo, ele tem uma verdadeira veneração por ela, então, ela era a única que o colocava no lugar sem esforço.
— Você e seu irmão estão precisando de uma boa conversa! — ela se afastou, colocando as mãos na cintura, numa típica postura de bronca. — Nenhum foi me visitar e já tem um mês!
— Mãe, sabe que, com tudo que aconteceu em Alfheim, foi uma loucura aqui, não pude ir vê-la — respondi sincero.
— Sim, tivemos muito trabalho — Loki concordou.
Olhei indignado para ele.
— Que trabalho você teve?
— Acalmá-lo, afinal, você é pior que qualquer emprego! — ele retrucou brincalhão.
Ele não tinha nem vergonha na cara!
— Não comecem a brigar! — a mãe resmungou, puxando nossas mãos para que focássemos nela. — Os dois não têm desculpa, afinal, é o casamento do meu bebê e não tiveram nem a consideração de me chamar antes, para conhecer a noiva!
— Mãe...
— Selene é incrível! Ela deu uma surra em Thor! — Loki me interrompeu, animadamente.
A mãe o olhou chocada e o miserável fez questão de mencionar o pequeno embate que tivemos antes de ver as decorações.
— Ela é uma moça bem extraordinária — Jord sorriu maliciosamente.
Revirei os olhos, para o divertimento de ambos.
A mãe ia retrucar, mas a sombra ao meu lado a calou, sua face serena foi substituída por uma carranca.
— Jord, é um prazer vê-la — Odin a cumprimentou cortês.
Seus olhos brilharam em fúria, ocasionando um leve sorriso no pai como resposta.
— Curioso esse fato, já que não recebi convite nenhum, como pode estar contente em ver-me? — sua mãe perguntou, ácida, fazendo o pai suspirar.
Eles vão começar!
Apesar de terem dois filhos, eles nunca foram um casal, não no sentido literal da palavra. Loki era três anos mais velho que eu, nossos pais tiveram apenas uma noite, que resultou no meu irmão. Lógico que eles não tentaram ficar juntos, por conta de Frigga, a Deusa não se importou com o filho fora do casamento, mas ainda assim preferiu não conviver perto dele, por isso Loki foi para Jotunheim com a mãe, mas o pai não quis essa distância, então, quando numa reunião para decidir com quem Loki ficaria, tiveram uma recaída que resultou em mim.
Foi mais um motivo de briga do pai com a esposa Frigga, que preferiu morar do outro lado de Asgard, evitando contato conosco. Apesar disso, o pai usou toda sua influência para nos manter com ele. Não foi difícil a mamãe ceder, já que os outros jotuns não são pacíficos com os deuses e ela não poderia deixar o seu reino. Para nossa proteção, ela permitiu que ficássemos com o pai. Ela nos visitava sempre, mas não tem um relacionamento pacífico com o pai, ambos são explosivos perto um do outro.
Loki pensava que tudo não passava de desejo encubado, concordo com ele, pois eles evitam ficar sozinhos no mesmo local, se não for desejo de ficarem juntos e possuem muito orgulho para admitir, ou porque querem se matar.
De fato, era desejo, basta saber se era carnal ou guerra.
— Sem brigas, é meu casamento, não teve convite por conta dos jotuns — expliquei antes deles começarem a brigar.
Não a convidei, apesar de ser minha mãe, ainda era uma jotun, os reis elfos foram mortos recentemente pela sua raça, os cidadãos de Asgard foram mortos no ataque deles anos atrás, eu mesmo matei vários do povo dela.
Claro que pretendia mostrar Selene para ela, mas em um lugar que tivesse menos gente raivosa.
— Tudo bem, meu querido, eu entendo, mesmo me irritando — ela resmungou, então desviou o olhar para o lado de Selene no altar, obviamente vazio. — Sua noiva não tem familiares?
— Não.
— Ela perdeu a família no ataque dos jotuns — Loki explicou, ocasionando um rubor no rosto da mãe.
Era por isso que não queria que ela viesse, para evitar esse constrangimento para ambas, mesmo que soubesse que a mãe não tinha culpa.
Um murmúrio percorreu os convidados, principalmente pela parte dos elfos. Desviei o olhar e vejo um elfo extremamente alto se aproximando a passos confiantes do lugar destinado à família de Selene. Seus cabelos, brancos como a neve, brilharam em contraste com a pele completamente negra, sua armadura, adornada com ouro puro, demonstrou um poder irritante.
Ele parou em minha frente, os olhos azul-gelo fixos nos meus, com um sorriso frio.
— Não fomos apresentados, chamo-me Uziel Asger — ele estendeu a mão em minha direção, num gesto cortês, se não fossem os olhos gelados.
O rosto angular e bem definido, com traços aristocráticos, longe de ser amável, carregava a arrogância dele.
Como ele ousa estar no lugar destinado aos familiares dela?
Depois de tudo que ele fez!
A raiva cresceu rapidamente, como uma tempestade prestes a explodir. Aperto as mãos com tanta força que meus dedos ficaram doloridos. A audácia desse cretino não tem limites, apenas olhei irritado para sua mão estendida para o rosto cínico, querendo quebrá-lo completamente.
— Seu lugar não é aí!
O lugar ficou em silêncio, todos os olhos voltados em nossa direção. Uziel recolheu a mão, sorrindo maliciosamente.
— Meu pai era primo distante do seu falecido sogro, sou mais da família do que pensa — Uziel retrucou audacioso.
O sorriso irritante parecia grudado em sua face, mas a sombra em seus olhos revelou a pura arrogância, tão profunda que era possível ver a escuridão da sua alma podre.
Não consegui controlar a corrente elétrica que passava por seu corpo, vou tirar esse maldito sorriso!
— Thor!
Mamãe colocou a mão firme em meu ombro, atraindo meu olhar para ela. A sua tranquilidade fez meus poderes recuarem.
Não poderia causar uma cena por causa dele.
— Saia desse altar agora — desviei o olhar para ele, tentando manter a frieza. — Não avisarei novamente.
Jamais permitirei que ele fique nesse lugar, pertence apenas à família de Selene, ela vai pirar ao vê-lo aí, mas não era somente isso, não o queria perto dela.
— Ou o quê? — Uziel perguntou, sorrindo maliciosamente.
As correntes elétricas começaram a circular meu corpo, criando uma estrondosa faísca que acabou assustando os presentes. Sem controle, me aproximei dele, ocasionando tremor da terra sob meus pés. Esse mero movimento impôs respeito a todos, menos ao maldito que aumentou o sorriso.
— Ou eu mesmo vou tirá-lo daí!
Um senhor aproximou-se, colocando uma mão em meu ombro e a outra sobre Uziel, com um semblante apaziguador, apesar de senti-lo tremer levemente.
— Hoje é uma celebração, não são permitidas desavenças.
Sabia que ele queria apenas acalmar os ânimos, mas isso me irritou mais.
— Quero ele fora do altar!
— Sou o parente mais próximo de Selene, quer que seu lado fique sozinho? — Uziel retrucou, sentido.
Idiota maldito, estava se fazendo de coitado!
— Uziel, por favor, saia, o lado de Selene será ocupado por Asha e Cyrius por desejo da mesma — o senhor decretou, fazendo o elfo olhá-lo irritado.
— Eles não são nada dela, Sir! — Uziel resmungou.
— Ela os considera sua família, vamos atender seu desejo e respeitar, pois é o casamento dela.
Os olhos frios de Uziel encontraram os meus antes de sair, aumentando a minha fúria. Não fui capaz de me mover, as mãos firmes de Loki sobre meu braço me paralisaram.
Queria matá-lo lentamente, como ele merecia!
— Agora não é hora — Loki sussurrou.
Para ele ser a minha voz da razão, era coisa séria!
Assenti, carrancudo, ele suspirou, me soltando.
— Desculpe por isso, Uziel era contra essa união desde sempre, desconfio que ele sente algo pela princesa, mas não se preocupe, ele não atrapalhará mais — Sir comentou calmamente.
Após tudo que fez, ele ainda tinha essa desculpa estúpida!
Preferi manter o silêncio, pois ainda estava com raiva e descontaria no ancião. Ele tomou o gesto como uma resolução e tomou seu lugar, para realizar a cerimônia no costume dos elfos.
O som suave da harpa ecoou ao fundo e todos se levantaram. Olhando para o final do corredor, direciono o olhar para lá e toda a raiva sumiu.
Meu coração disparou ao vê-la ao final da trilha de pétalas de rosas. Selene estava com Cyrius do seu lado esquerdo e Asha no direito, caminhando graciosamente em minha direção. Cada passo pareceu ecoar com as batidas do meu coração. O vestido prateado brilhou sob a luz do pôr do sol, que se infiltrava nas árvores. O corpete estilo espartilho realçou sua figura esbelta, de uma maneira que me deixou completamente sem palavras. A cada movimento, o vestido deslizava como se o tecido estivesse dançando ao redor dela, mal consegui respirar ao vê-la tão deslumbrante.
Seus profundos olhos encontraram os meus, a suave maquiagem destacou seu rosto, deixando-a mais bela. Não consegui desviar o olhar, gravando cada detalhe, a beleza e a força emanada dela somente aumentou minha admiração por ela.
Meu coração batia descompassado contra meu peito, cada passo em direção ao gazebo parecia mais pesado que o anterior, como se o peso de todas as minhas emoções estivesse sob meus ombros.
Precisava me acalmar, ou vou morrer!
— Está tremendo, tudo bem? — Cyrius apertou minha mão, com a voz preocupada.
Como falar que meu coração parecia que ia saltar do peito?
Estava tão assustada, prestes a dar um passo que sabia que mudaria minha vida, e era impossível não lembrar do passado. Ao mesmo tempo, sentia ansiedade para encontrar o Thor, pois sabia que ele era diferente.
Eram sentimentos confusos, mudando de rumo tão rápido que nem conseguia pensar direito.
Sentia felicidade, mas também a tristeza e a raiva.
Tinha direito de ser feliz, após tudo?
Estava seguindo em frente para proteger meu povo e sequer pude fazer isso com minha filha. Minha amada Luna, que nem ao menos segurei mais em meus braços.
— Querida, não pense mais no que passou, infelizmente não podemos corrigir os erros do passado, mas agora pode escolher o que e onde errar — Asha apertou carinhosamente minha mão.
— Não quero mais sofrer!
Não vou aguentar outra decepção, meu coração estava quebrado, não tinha concerto!
— Selene, não podemos escolher se vamos ou não sofrer, mas podemos escolher por quem vamos sofrer, abra seu coração e deixe-o entrar — Asha respondeu, carinhosamente.
Olhei para ela, sentindo meus olhos marejarem, as mãos de Cyrius apertaram suavemente as minhas, atraindo meu olhar.
— O amor está batendo na sua porta, deixe-o entrar e ofereça uma cadeira a ele, pois ele não bate duas vezes na mesma porta — Cyrius murmurou melancolicamente com os olhos fixos em Asha.
Elfos se apaixonam apenas uma vez na vida. Asha e Cyrius se amam desde crianças, mas infelizmente ela foi prometida a outro desde que nasceu. Ela casou-se e foi feliz por anos, apesar de não amá-lo. Ele infelizmente morreu no mesmo ataque dos meus pais. Apesar de viúva, ela não estava livre para viver seu amor. Asha tinha seu período de luto que precisava passar, seus filhos deveriam aceitar a nova união, pois eles ficaram responsáveis por ela, mesmo com ela sendo capaz de cuidar de si mesma, além de que os elfos só se casavam uma vez na vida, independentemente de se tem amor no casamento ou se ficamos viúvos.
O mundo era cruel demais para as mulheres!
— Desculpe!
A culpa me preencheu, o amor deles era puro e impossível e eu aqui lamentando!
— Não se preocupe, mas Cy... Cyrius tem razão, deixe o amor entrar — Asha murmurou suavemente.
Thor é tão doce e compreensivo comigo, posso tentar lhe dar uma chance...
Quando meus pés tocaram o extenso corredor de pétalas de rosas, a atenção de todos foi em minha direção, mas ignorei a todos, focando nele no altar.
Thor estava lindo, com seus longos cabelos ruivos intensos ao vento, trajado como um guerreiro, em tom verde, como costume dos elfos. O uniforme destacou sua figura impotente, a capa verde-escura caindo sobre os ombros lhe conferiu uma aura de poder. Não conseguia impedir o sorriso ao vê-lo assim, como um verdadeiro líder do meu povo.
Nossos olhos se encontraram, a mistura de admiração com vulnerabilidade me atingiu, mas a determinação em seu olhar me fez ter a certeza de que ele era a pessoa certa para abrir meu coração.
O sorriso dele iluminou todo o local, a cada passo em sua direção, mais seus lindos olhos esverdeados brilhavam, me dando mais segurança.
Parei em sua frente, Cyrius se aproximou dele, lhe dando um pequeno embrulho. A tradição era do pai da noiva presentear o noivo com um colar, um amuleto em forma de dragão, símbolo da minha família, e a porta da chave de Alfheim.
— A partir desse dia, somos da mesma família — Cyrius lhe entregou o colar.
Thor sorriu levemente, aceitando o presente.
Asha aproximou-se, colocando ambas as mãos no fogo sagrado sob o altar e depois as colocou mirando na cabeça dele, já que Thor era consideravelmente mais alto e ela não alcançou sua cabeça.
— Seja livre de todas as energias negativas que possam tê-lo atingido antes desse dia, esse fogo o purificará de seus pecados — a voz dela ecoou de forma melódica.
Thor virou-se para mim, os olhos brilhando numa ternura infinita, ele estendeu sua mão em minha direção. O toque da sua palma firme contra a minha foi reconfortante.
— Desse dia em diante, são a mesma carne, sangue e espírito — Asha e Cyrius murmuraram juntos.
Entrelacei nossas mãos, fazendo seu sorriso aumentar. Corada, virei para o ancião que segurava um cálice em cada mão. Sir nos entregou em nossas mãos livres.
— Senhor Thor, dê à sua noiva o cálice de hidromel, invocando as bênçãos para o casamento.
— Que sejamos felizes nessa união, que ela nos traga frutos para nos unir ainda mais — Thor colocou suavemente o cálice em meus lábios.
Dei um pequeno gole na bebida, sem tirar os olhos dele, que mantinha os olhos fixos nos meus, com tanta intensidade que roubou meu ar.
— Sua vez, princesa.
— Que nossa vida seja repleta de alegria e possamos viver harmoniosamente.
O brilho em seu olhar intensificou, ocasionando um pequeno frenesi. Meu coração disparou loucamente, para sua visível alegria, pois um sorriso singelo surgiu em seus lábios carnudos.
— Princesa, os votos.
Suspirei, pegando a pulseira feita para ele. As cores quentes o fizeram sorrir alegremente.
Pelo visto, acertei.
— Eu, Princesa Selene Aruna de Alfheim, amarro meu destino ao teu, pela eternidade, invocando a energia do sol que irradia luz, iluminando nossas vidas, e a lua, trazendo os sentimentos e nos protegendo.
Thor arregalou os olhos assim que terminei de amarrar a pulseira em seu pulso, fazendo-o sorrir levemente.
Apostava que ele não sabia o significado das cores que escolheu!
— O que Loki disse dessas cores? — Thor resmungou num sussurro, enquanto pegava a pulseira.
Apesar de adorar seu desespero, ocasionado unicamente pelo seu orgulho em pesquisar, resolvi tirá-lo da miséria, sussurrando o significado das cores.
O rosto dele, antes rosado, ficou da cor de seus cabelos.
— Vou matar o Loki! — ele resmungou. Ao fundo, a risada do cunhado ecoou, demonstrando que Thor falou mais alto do que pretendia.
— Eu, Thor, Deus do Trovão, amarro meu destino ao teu, pela eternidade, invocando a energia do amor e liberação dos medos.
Foi impossível conter o rubor que tomou conta de toda a minha face, descendo para o colo apenas com a simples menção.
Ele realmente queria... expurgar meus medos, me fazer feliz!
— Como presidente do conselho, reconheço essa união — Sir nos abençoou — Senhor, pode lhe dar a aliança.
Sem tirar os olhos dos meus, ele deslizou o anel em meu dedo anelar. Uma onda de emoções me cobriu, a joia magnífica coube perfeitamente, com uma ametista brilhando intensamente ao centro, cercada por pedras menores e padrões que me lembraram folhas. Ao sentir o toque frio do metal contra minha pele, meu olhar encontrou o dele, vendo o carinho em seus olhos esverdeados, ocasionando uma emoção sem fim em meu coração. Meus olhos marejaram, pisquei rapidamente para tentar manter a compostura.
— Estão casados — o ancião declarou, as palmas ecoaram pelo recinto.
Thor sorriu, aproximando-se repentinamente. Meu coração disparou com a possibilidade, mas o suave e singelo beijo foi em minha face corada, próximo aos meus lábios.
Entendia que ele queria que tudo ocorresse naturalmente entre a gente, mas era impossível não sentir frustração, pois nesse momento queria muito sentir o gosto de seus lábios e isso me assustou um pouco, pois após o que me aconteceu, não imaginei que sentiria desejo por alguém, ainda mais dessa maneira.
— Você está linda, a mulher mais deslumbrante que já vi — Thor enlaçou minha cintura, puxando meu corpo ao encontro do seu. — E pensei que fosse impossível, mas está ainda mais brilhante hoje.
Meu coração disparou loucamente, fazendo-o sorrir levemente.
— Você também está lindo... — sussurrei.
Em resposta, ele apertou mais minha cintura, aproximando mais nossos corpos.
— Precisava estar à altura da minha linda esposa — ele declarou, me fazendo corar. — Gosto do vermelho em sua pele, acentua mais sua beleza.
Por todos os deuses, não vou sobreviver com ele flertando comigo!
— Está mais descontraído... — murmurei, ofegante.
Thor sorriu, elevando minha mão aos seus lábios.
— Tudo mudou, agora é minha esposa e preciso conquistar seu coração, mas sou um guerreiro, só entro em batalha para ganhar — ele piscou maroto.
— C-conquistar meu coração?
— Selene, vou curar todas as suas feridas, seu coração pode estar aos pedaços, mas vou lhe dar cada parte do meu, pois, como Cyrius disse, somos uma só carne.
Deuses!
Ele queria me matar?
— Sorria, minha esposa, temos companhia — ele sorriu amavelmente ao ver que nossas famílias se aproximavam.
Os sentimentos me atropelaram, por mais que sinta, jamais falei abertamente para ele sobre minhas emoções e ele me entendeu.
Cyrius tinha razão, o amor estava aqui, pedindo uma chance para adentrar a minha vida e dessa vez era diferente, pois Thor valia a pena.
https://youtu.be/LGWM9hsrAl0
Jord
Na minha história ela é mãe do Thor e do Loki, na mitologia ela é apenas mãe do Thor.
O Gazebo é assim:
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