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Capítulo 30 - Ficará tudo bem


Contém 3385 palavras

Boa leitura❤️

Eu posso ouvir seu coração batendo

Está me chamando de novo

Eu sei que você está lutando

Você não precisa esconder mais isso

Eu sei que você gosta de ir sozinho

Mas está muito escuro para onde você está indo

Deixe-me estar ao seu lado

Você não precisa se esconder de mim

Como um anjo no fogo

Estarei lá para te salvar

Angel In The Fire - Natalie Taylor

Um largo arrepio percorreu minha espinha. O olhar de Uziel, furioso, pesado, me atingiu como um golpe físico. Instintivamente, minhas mãos foram para meu ventre, protegendo a vida que crescia dentro de mim. Meu corpo se contraiu, tenso, a respiração presa na garganta. Thor, percebendo meu medo, se colocou à minha frente, seu corpo imponente se interpondo entre mim e a fúria de Uziel. Seus olhos analisavam friamente Uziel, avaliando a situação, pronto para agir.

— Parem com essa merda! — a voz dele ecoou pela sala, rouca, carregada de uma fúria borbulhante. — Se quisesse fazer algo, não faria abertamente, todos sabem que estou com vocês! — ele rosnou, a fúria borbulhando em cada palavra. — Só quero dizer que aceito a derrota, não vou mais os incomodar, irei sair de Alfheim por um tempo, preciso esfriar a cabeça, mas como faço parte do conselho, preciso comunicá-los.

Seus ombros estavam tensos, seu corpo rígido, como se estivesse se segurando para não explodir.

Olhei para ele, completamente atordoada. Ele... estava admitindo a derrota? Uziel, o orgulhoso, o poderoso Uziel, estava simplesmente... fugindo? A incredulidade me atingiu como um choque, me deixando sem palavras.

— O quê? — a pergunta escapou dos meus lábios, num sussurro perplexo.

Ele respirou fundo, o ar entrando e saindo com dificuldade. Seus olhos encontraram os meus, e o ódio ali era puro, intenso, direcionado somente a mim. Era um olhar que queimava, que me congelou no lugar. Um ódio frio, calculista, que me deixou petrificada.

— Só um idiota não consegue ver esse... amor de vocês, não posso lutar contra isso — Uziel resmungou, o desdém claro em sua voz.

Ouvir aquelas palavras me feriu profundamente, como se uma lâmina afiada tivesse cortado meu peito. Não, esse não era ele! O Uziel que conhecia jamais desistiria assim, não se renderia tão facilmente.

— E quem me garante que está falando a verdade? — Thor questionou, e o rosnado em sua voz trouxe uma tensão palpável ao ar. Ele estava sempre pronto para proteger, mas sentia que a situação estava fora de controle.

Uziel elevou a mão, pressionando a ponte do nariz, respirando profundamente enquanto tentava manter a calma. Os músculos de seu rosto estavam tensos, o olhar irritado quando finalmente encarou Thor. Era uma batalha de vontades, e me sentia impotente no meio disso.

— Tsc! Não preciso que acredite em nada, se quiser pode colocar alguém na minha cola, não ligo! — ele resmungou entre dentes, a frustração transbordando em suas palavras. Seu olhar se desviou para Cyrius, que se mantinha quieto no canto da sala, como uma sombra observadora. — Tudo que quero é ficar longe, estou partindo hoje mesmo!

Ele estava... estava finalmente me dando a liberdade? Ele me deixará em paz?

— Só peço que deixe minha casa sob as ordens de Cyrius, não quero que meu pai tome novamente as decisões. — o peso de sua súplica era evidente, mas o desespero em sua voz me fez sentir estranha.

Cyrius franziu o cenho, mas concordou com a expressão séria e contemplativa.

— E Thor... não permita que meu pai chegue perto dos recrutas, você não confia em mim, mas ele é mil vezes pior — Uziel continuou, as palavras saindo de sua boca como um aviso. Ele se virou, as costas largas se afastando, deixando um vazio imenso na sala.

Instintivamente, me joguei-me nos braços de Thor, meu corpo tremendo como uma folha ao vento. A imagem de Uziel se afastando, a promessa de paz, era como se uma parte de mim estivesse indo junto. Era uma mistura confusa de sentimentos: alívio, incerteza, medo, preocupação. Mas o que se sobressaía era a preocupação, uma angústia profunda que me apertava o peito. Apesar de sentir que uma página finalmente havia se fechado, uma parte de mim recusava-se a acreditar em sua sinceridade. Aquele olhar, carregado de ódio, ainda estava gravado em minha mente.

— Estou com medo! — a confissão escapou em um sussurro trêmulo, minhas mãos agarradas à sua camisa.

— Não precisa ter medo, vou proteger vocês! — a voz dele era um bálsamo, calma e firme, transmitindo segurança. Ele apertou o abraço, me envolvendo em seu calor, um escudo contra o medo que me assolava.

— Thor, ele sabe que estou grávida! — a informação escapou como um grito silencioso, carregada de pavor. A ideia de Uziel saber da minha gravidez me causava um medo profundo, irracional.

Thor suspirou longamente, um som pesado de preocupação. Ele beijou o topo da minha cabeça, um gesto suave, reconfortante.

— Ele não vai ousar encostar um dedo em você ou no bebê, não se preocupe! — sua voz era firme, cheia de convicção, mas eu sentia a tensão em seu corpo.

Fechei os olhos, buscando conforto em seu calor. Com ele, sentia-me segura, protegida. Mas a angústia, apesar de tudo, ainda persistia, uma sombra escura pairando sobre minha felicidade. O medo de Uziel, de seu ódio, ainda me assombrava.

Não negarei que achei estranho o discurso de Uziel. Ele era teimoso, obstinado, do tipo que não desistia fácil. Mas não havia nada em sua postura, em seus gestos, que indicasse uma ameaça. Pelo contrário, ele cumpriu sua palavra. Duas semanas se passaram em relativa tranquilidade. Seu pai não tinha nenhum controle sobre o conselho, como Uziel havia pedido, e nada foi feito contra mim e Selene.

Isso me dava uma trégua, um espaço para vivermos nosso momento, a espera do nosso filho. Mas hoje, sob o brilho intenso da lua, a ansiedade era insuportável. Não conseguia ficar parado, andando em círculos pela sala, fazendo Selene rir da minha inquietação.

Era a noite em que anunciaríamos a chegada do nosso bebê à minha família. A ansiedade não era apenas pela reação deles, mas pela presença de minha mãe, que viria a Alfheim pela primeira vez. Sendo uma Jotun, não sabia como os outros reagiriam, mas Selene insistiu que toda a minha família deveria estar presente.

O som de passos pesados ecoou pelo salão, chamando minha atenção. Olhei ansiosamente para a entrada, meu coração batendo forte no peito. Vi minha mãe, com seu semblante emburrado de sempre, ao lado de meu pai, imponente e taciturno. Loki, ao lado deles, mantinha um sorriso enorme, claramente irritando os dois.

— Thorzinho! — a voz dele ecoou, alegre e estridente, rompendo a tensão. Loki entrou no salão, o sorriso radiante em seu rosto.

Meu corpo paralisou, o peito apertou por uma emoção inesperada. Só naquele momento percebi o quanto senti sua falta. Caminhei rapidamente em sua direção, envolvendo-o em um abraço terno. Ele ficou surpreso, demorando alguns segundos para reagir, mas então me abraçou com firmeza, batendo em minhas costas. Ele podia ser insuportável, irritante, mas nunca passei tanto tempo longe dele. A saudade era uma onda que me invadia, forte e avassaladora.

Nos separamos, antes que pudesse dizer qualquer coisa. As mãos grandes e fortes de minha mãe me puxaram para um abraço apertado, seu corpo tremendo contra o meu. Senti seu cheiro familiar, o perfume suave e reconfortante que me trazia lembranças de infância. Ela fungava em minha camisa, as lágrimas quentes escorrendo por seu rosto.

— Seu desnaturado! — a voz dela estava carregada de emoção, um misto de reprovação e afeto. — Sequer mandou notícias!

O abraço se intensificou, me apertando com uma força que, apesar de me causar um pouco de desconforto, me transmitia todo o seu amor.

— Desculpe, foram tantas coisas — murmurei, retribuindo o abraço, sentindo a emoção em seu corpo, a saudade que a consumia. A culpa me apertava o peito.

Ela se separou, segurando meu rosto entre suas mãos, seus dedos macios tocando minha pele. Seus olhos, cheios de amor e preocupação, me analisaram por inteiro, como se estivessem tentando decifrar minha alma. Um sorriso lento, radiante, surgiu em seus lábios, dissipando a tensão.

— Só vou perdoá-lo por conta desse brilho em seu olhar — ela desviou o olhar para Selene, que mantinha os olhos marejados, observando nossa interação. O sorriso de minha mãe era um sinal de aprovação. — E nem preciso perguntar como estão, vejo que estão se entendendo muito bem.

Sorri, acenando levemente, sentindo um calor invadir meu peito. A presença dela, o seu amor incondicional, me trazia uma paz profunda.

— Meu filho, é maravilhoso vê-lo alegre! — a voz de Odin era grave, mas carregada de afeto. Seus olhos, penetrantes e sábios, me analisaram por um instante, antes de um sorriso se formar em seus lábios. — Ver ambos bem!

Seu olhar se voltou para Selene, transmitindo satisfação. Senti um calor invadir meu peito, a aprovação de meu pai era importante para mim.

Loki se aproximou de Selene, com um sorriso bobo estampado em seu rosto. Seu olhar era um turbilhão de afeto e admiração.

— Está ainda mais linda, Selene! — a voz dele era suave, quase um sussurro. Ele piscou para ela, maroto, fazendo-a rir. A alegria em seu sorriso era contagiante.

— Meus sogros, bom vê-los em nosso lar, estamos muito bem! — Selene respondeu, seu sorriso radiante e genuíno. Seu olhar, gentil e carinhoso, se voltou para Odin e Jord, transmitindo gratidão e afeto. — Também é bom vê-lo, cunhado, sempre galanteador.

Um toque de brincadeira em sua voz quebrou a formalidade do momento. Loki riu, seu sorriso se alargando ainda mais.

— Me conhece, não perco a oportunidade — ele respondeu, seu olhar travesso encontrando o de Selene.

Balancei a cabeça em negação, desviando o olhar de Selene para meu pai. Seus olhos estavam marejados, um brilho intenso que denunciava a emoção contida. Ele analisava Selene com uma mistura de admiração e afeto. Então, seus olhos encontraram os meus, e um sorriso largo, radiante, se abriu em seu rosto. Não pude conter o meu sorriso. Em momentos como esse, a aura do bebê era palpável, uma energia que emanava de Selene, uma presença que todos os presentes já haviam percebido. Loki e minha mãe olharam para ela, a surpresa estampada em seus rostos.

— Era o que queria contar, vou ser pai! — a declaração saiu como um sussurro, mas carregada de emoção. Meu sorriso se alargou, a alegria transbordando em meu ser.

Loki arregalou os olhos, seus movimentos rápidos e impulsivos. Ele pulou em mim, me envolvendo em um abraço apertado.

— Puta merda! — a exclamação saiu como um grito contido, mas a alegria era evidente em sua voz. Ele me apertou com força, e eu ri, retribuindo o abraço com entusiasmo.

— Olha a boca! — Odin e Jord murmuraram juntos, seus rostos expressando uma mistura de afeto e repreensão. O tom era suave, mas a advertência estava clara.

Afastei-me de Loki. Odin e Jord vieram em minha direção, envolvendo-me em abraços ternos e calorosos. Nesse momento, todas as rixas, as desavenças pareciam desaparecer. Sua atenção estava focada em mim, em minha felicidade. Minha mãe se afastou, seus olhos incertos, observando Selene. Ela parecia hesitante, insegura se deveria ou não abraçá-la. Mas Selene agiu primeiro, puxando minha mãe para um abraço terno e reconfortante. Quando se separaram, meu pai se aproximou de Selene, tomando suas mãos em suas grandes e fortes mãos. Seu sorriso era radiante, cheio de amor e aprovação.

— Estou tão feliz por isso, obrigada, minha filha, por esse presente! — a voz dele estava embargada, a emoção transparecendo em cada palavra.

Selene assentiu, seus olhos marejados. Sabia que ela estava se lembrando do pai, de sua ausência. Ele amaria saber da chegada do neto. Nesses momentos, a saudade, a dor da perda eram mais intensas.

— Estou feliz também, vou mimar muito esse serzinho! — Loki murmurou, a alegria transparecendo em sua voz. Ele pegou Selene no colo, girando-a no ar. O grito de surpresa dela ecoou pela sala.

Esse idiota! O rosto vermelho de Selene, a expressão de desconforto, não foram suficientes para fazê-lo parar. Eles não tinham intimidade para esse tipo de brincadeira. Embora ficasse feliz em vê-lo tratá-la como uma irmã, não podia deixar que ele agisse como um imbecil. Aquele movimento foi brusco demais.

— Larga ela! — minha voz saiu como um rosnado baixo, carregado de advertência. A preocupação com Selene era palpável, a raiva com Loki, também.

Loki revirou os olhos, sua expressão ficou irritada.

— Deixa de ser ciumento, ela é como uma irmã para mim! — ele retrucou, rindo. Aquele tom despreocupado me irritou ainda mais.

Suspirei, caminhando até eles com passos firmes e decididos. Tirei Selene dos braços de Loki, com meu toque firme e cuidadoso.

— A gravidez dela é de risco, idiota! — minha voz estava séria, fria, carregada de reprovação. A preocupação com Selene me apertava o peito, um nó de angústia que me impedia de respirar. O medo me gelava por dentro, o ato de Loki poderia ter tido consequências terríveis. O ar ficou pesado, carregado de tensão.

Loki arregalou os olhos, o tom brincalhão evaporando instantaneamente, deixando para trás apenas o pavor estampado em seu rosto. Seus ombros se contraíram, como se estivessem esperando um golpe. O medo de ter machucado Selene era palpável, uma aura visível que emanava dele. E naquele medo, naquele arrependimento evidente, encontrava um pouco de consolo.

— Desculpa cunhadinha! Não queria ferir você! — Loki murmurou, arrependido. Sua voz era baixa, quase um sussurro, quebrado pela culpa.

— Tudo bem, você não sabia — Selene respondeu com a voz baixa, seu semblante ficando levemente pálido. Seus dedos tocaram levemente a barriga, um gesto quase imperceptível, mas carregado de preocupação. Ao ver meus olhos assutados em sua direção, ela forçou um sorriso fraco, quase irônico diante da situação. — Não se preocupe, apenas estou tonta.

Suspirei pesadamente, o som ecoando no silêncio tenso que se seguiu. Loki me olhou, o sorriso amarelo, quase um reflexo de sua culpa, contrastando com a gravidade da situação. Seus olhos pareciam suplicar por perdão.

— Meu filho, o que aconteceu? — Jord perguntou ansiosa, sua voz carregada de preocupação. A inquietação era visível em seus gestos apressados.

— Longa história... — respondi, o peso da situação me esmagando.

Minha família assumiu um semblante ansioso enquanto contava tudo sobre a gravidez de risco de Selene. A cada palavra, a preocupação em seus rostos se intensificava. Meus pais, Odin e Jord, assumiram expressões sérias, seus olhos fixos em Selene. Jord, com um gesto suave, colocou um braço em volta de Selene, abraçando-a de lado, seu sorriso transmitindo amor e apoio.

— Uma gravidez de um semideus, dependendo da espécie, é complicada — Jord murmurou suavemente, seu olhar alternando entre Selene e Odin. Sua voz era calma, reconfortante, mas carregada de experiência. — Quando estava grávida dos meninos, tive muitos sintomas, principalmente o cansaço extremo. Odin tinha que sempre me revitalizar com seus poderes. Thor e Loki não são apenas deuses, mas jotuns. Claro que seus poderes como deuses e por serem filhos de Odin, isso ficou quase nulo, salvo por poucas características.

Selene arregalou os olhos, surpresa, seu olhar indo de mim para Jord, buscando respostas.

— Meu filho terá também? — a pergunta escapou em um sussurro, carregada de incerteza. O olhar de Selene buscava segurança, mas a dúvida era evidente. Jord sorriu levemente. — Não me entenda errado, apenas não pensei nisso... 

Sabia que era difícil para ela. Minha mãe era uma jotun, e os pais de Selene haviam sido mortos pelos jotuns. Claro que esse histórico a afetava, e sentia que essa sombra pairava sobre nós. Selene estava aguentando bem, mas podia notar o peso que carregava. Eu mesmo frequentemente esquecia do sangue que corria em minhas veias pelo lado materno. Por mais que estivesse no lado oposto, sempre lutando contra eles, nunca realmente tive problemas. Afinal, meu lado divino sempre falava mais alto, me protegendo das sombras do passado.

— Claro, mas pode ser apenas pequenas coisas, como seu tamanho absurdo, veja Thor, por exemplo — A resposta de Jord era calma, tranquilizadora, mas carregava um tom de compreensão. Selene assentiu pensativa, absorvendo as informações, seus olhos buscando respostas. — Selene, a criança não será como os demais da minha raça, são apenas pequenos nuances.

Selene corou, desviando o olhar para minha mãe, a vergonha evidente em seu rosto. Aquele rubor suave em suas bochechas era um sinal de sua vulnerabilidade.

— Não pensei exatamente nisso... um pouco confesso, não cheguei a ver a destruição deles, mas eles mataram meus pais, então somente imagino e não é nada legal — Selene admitiu, a voz baixa, quase um sussurro. A vergonha era palpável, mas também a honestidade em suas palavras.

Sorri, meu olhar transmitindo carinho e compreensão. Queria que ela se sentisse segura, acolhida. Aquele rubor em suas bochechas se intensificou, como se ela sentisse o peso de suas palavras.

— Amor, não fique com vergonha disso, todos entendemos seus sentimentos — respondi carinhosamente, meu tom de voz suave e reconfortante. Queria que ela soubesse que não estava sozinha.

— Sim, não é algo que dê para esquecer facilmente — Odin concordou, sua voz grave, mas cheia de empatia. Seu olhar transparecia compreensão e apoio.

Selene assentiu, ainda um pouco envergonhada, mas com um alívio perceptível.

— Só que não tinha pensado nisso até agora — ela sussurrou, a voz carregada de preocupação. A culpa era palpável, um peso que a oprimia. — Minha preocupação é a saúde dele, já errei muito com o bebê.

As lágrimas brilhavam em seus olhos, refletindo a angústia que a consumia. Queria abraçá-la, confortá-la, mostrar que tudo ficaria bem. Meu coração se partia ao vê-la assim.

— Selene, a culpa não é sua! — murmurei ansiosamente, meu tom de voz suave, reconfortante. Precisava que ela entendesse isso.

Queria que ela compreendesse que não havia como ela saber que não poderia tomar o chá de sílfio. A culpa era mais minha do que dela. Se não fosse um Deus, ela teria conseguido se proteger de uma gravidez indesejada, mas era justamente por ser quem sou que nosso filho estava a caminho. Não que achasse que ela se arrependesse, mas ela se culpava por qualquer coisa que pudesse acontecer com o bebê, tudo por conta daquele chá que deveria ter servido como contraceptivo.

— Thor, sei que sente que não é minha culpa, mas não consigo deixar de pensar nisso — Selene admitiu, a voz quebrada, a dor em suas palavras era profunda, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto. — Ele está em perigo por minha causa.

Suspirei, exasperado, a impotência me consumindo. Minha mãe, Jord, balançou a cabeça em negação, seus olhos transmitindo compaixão. Com um gesto suave, ela virou o rosto de Selene em sua direção, preparando-se para confortá-la. O amor e a preocupação em seu olhar eram palpáveis.

— Não se preocupe com isso — Jord continuou, sua voz firme e cheia de convicção. — Mesmo que você tenha evitado com o sílfio, o fato desse serzinho ainda estar aqui significa que ele é forte.

Odin ajoelhou-se perante Selene, seu gesto transmitindo respeito e admiração. Aquele ato simples, mas significativo, demonstrava a profundidade de seu afeto e a importância que ele dava àquele momento. Um sorriso gentil se formou em seus lábios, um sorriso sereno e cheio de amor, dissipando a tensão que pairava no ar. Antes de ele elevar a mão em direção ao ventre de Selene, uma pausa, um instante carregado de expectativa. Então, sua mão se iluminou, uma luz dourada e quente emanando dela, envolvendo o ventre de Selene em um brilho suave e reconfortante. Era como se uma onda de calor e paz se espalhasse pelo ambiente, acalmando os corações presentes. Selene abriu um lindo sorriso, seus olhos brilhavam com lágrimas de alívio e gratidão. A luz dourada parecia ter limpado suas lágrimas, substituindo-as por um brilho radiante de esperança.

— Minha filha, não se preocupe, essa criança nascerá saudável — sua voz era suave. As palavras de Odin eram mais do que simples palavras, eram uma promessa, uma garantia de proteção divina. Seus olhos, cheios de carinho e sabedoria, transmitiam uma paz profunda, dissipando as últimas sombras de dúvida e medo. Era como se ele estivesse transmitindo uma força vital, uma energia que envolvia a todos os presentes, confortando e acalmando.

Sorri, meus olhos marejados, a emoção me afogando. Aquele momento era mais do que a confirmação da saúde do meu filho, era a reafirmação do amor e do apoio incondicional de minha família. Selene também sorriu, seus olhos brilhando com lágrimas de alívio, o peso da culpa finalmente se dissipando. A presença deles, o apoio incondicional que emanava de cada um deles, nos trazia esperança e força. Sabia que meu pai havia usado seu poder para abençoar meu filho, não somente dando a segurança de que nossos corações necessitavam, mas também aliviando o peso da alma de Selene, dissipando suas dúvidas e medos, substituindo-os por uma certeza reconfortante. 

https://youtu.be/A96zOkIDRUA

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