Capítulo 22 - As belezas de Alfheim
Tradução do nórdico:
Ljósit mitt: Minha luz.
Kæra: Querida.
🚨Cenas de sexo 🔞🚨
Contém 3660 palavras.
Boa leitura❤️
Em seus olhos, estou viva
Por dentro, você é lindo, algo tão incomum
Em seus olhos, eu sei que estou em casa, sim
Cada lágrima, cada medo
Foi embora com a lembrança de você
Mudando o que achei que sabia
Eu serei sua por mil vidas
Estou livre como um pássaro quando voo em sua gaiola
Estou mergulhando fundo e estou andando sem freios
E estou sangrando de amor, quando você está nadando em minhas veias
Você me pegou agora
Estive esperando uma vida toda por você
Estive despedaçando uma vida toda por você
Não estava procurando por amor até te encontrar
Por amor, até te encontrar
Pele na pele, me inspire
Sentindo seu beijo em mim
Lábios feitos de êxtase
Eu serei seu por mil vidas (mil vidas)
Estou livre como um pássaro quando voo em sua gaiola
Estou mergulhando fundo e estou andando sem freios
E estou sangrando de amor quando, você está nadando em minhas veias
Você me pegou agora
Estive esperando uma vida toda por você
Estive despedaçando uma vida toda por você
Não estava procurando por amor até te encontrar
Por amor, até te encontrar
Não estava procurando por amor até eu te encontrar
Por amor, até te encontrar
For You- (feat. Liam Payne) Rita Ora
Os olhos incrivelmente roxos sempre me tiraram o fôlego, mas agora estavam com tanta ansiedade que somente fizeram meu coração apertar.
Minha insegurança não afetou apenas meus sentimentos, mas os dela também.
— Você não me incomoda, sua presença me alegra demais — respondi, minha mão ainda em sua bochecha, acariciando-a com ternura, tentando transmitir tudo que sentia. — E jamais ficaria longe de você.
Selene parecia um pouco surpresa, os olhos brilhando de uma maneira que me fez sentir ainda mais vulnerável, mas, ao mesmo tempo, me trouxe uma sensação de alívio. Era como se, de algum modo, ela sentisse a mesma coisa, e isso me dava forças.
— Thor... — ela sussurrou, e foi como se o mundo ao nosso redor desaparecesse. Não importava mais nada. A única coisa que existia era nós dois, naquele momento.
— Você desperta em mim sentimentos que nunca senti... — murmurei com firmeza, mas havia uma leve tremedeira na minha voz.
Droga! Confessar meus sentimentos não era algo que conseguisse fazer totalmente, ainda mais quando existiam alguns que não entendia.
— Mesmo sendo um Deus, nunca soube o que era isso. Não sei até hoje.
Fui até ela, aproximando-me mais uma vez, como se quisesse ter certeza de que ela ainda estava ali, de que tudo isso não fosse um sonho.
— Me senti inferior hoje, perdido e com muito ciúme... muito ciúme — continuei, e agora a dor era quase física. — Vi a maneira como vocês se olharam, e foi desconfortável demais. Não pude evitar... meu coração se partiu e acabei reagindo de maneira intensa.
Selene pareceu se mover mais perto, seu olhar carregado de arrependimento e preocupação. Não pude suportar ver o sofrimento em seus olhos.
— Desculpa... nunca quis fazê-lo sofrer... — ela disse, a voz embargada pela emoção, os olhos cheios de lágrimas não derramadas, mas sinceras.
Fechei os olhos por um momento, sentindo o peso de suas palavras. Sabia que ela não tinha a intenção de me magoar. Mas, mesmo assim, aquela dor, aquele ciúme estavam ali, e não seria fácil apagá-los.
— Eu sei, mas será inevitável... — murmurei, minha mão agora tocando sua bochecha de forma mais firme, querendo que ela entendesse — Não posso simplesmente esquecer o que aconteceu, o que sinto, mas não posso deixar isso entre nós. Não quero perder você por causa disso.
Ela colocou suas mãos em meu rosto, com uma ternura que me fez quase esquecer de tudo ao redor. Aquele toque, suave e tão cheio de carinho, me fez sentir como se meu coração estivesse batendo apenas por ela.
Selene olhou-me nos olhos, com uma sinceridade que cortou qualquer dúvida que ainda pudesse existir.
— Preciso que entenda que não posso apagar meu passado... — disse ela, a voz firme, mas ainda suave. — Mas saiba que meus sentimentos por ele são tomados por ódio, apenas por causa da minha filha. Caso contrário, sequer pensaria nele.
Não pude conter o suspiro que escapou de meus lábios.
Conseguia compreender isso, mas ainda era um pouco difícil de aceitar, mas não podia e não queria ficar com isso na cabeça. Selene disse com todas as letras que não o amava mais, precisava acreditar nisso.
Era seu presente, o que importava agora. Sabia que não podia competir com o passado, parando para analisar... nem queria.
Entendia que ela estava me escolhendo e isso era o que realmente importava.
Suspirei, encostando minha testa contra a dela. Esse simples gesto ancorou meu coração, que parecia querer saltar do peito.
— Por favor, ljósit mitt, não existe ninguém para mim além de você! — suas palavras saíram com tanta urgência que mal consegui processá-las.
Mas meu pobre coração entendeu, pois começou a bater mais rápido que antes, me elevando a um estado de emoção que não estive antes, mas que me fez compreender que ela era tudo para mim.
Sorri apaixonadamente, seus olhos brilharam de tal forma que me desarmaram totalmente. A insegurança ficou perdida, pois nesse momento nada mais poderia importar além da certeza de que sou eu.
— Gosto que me chame assim, kæra — respondi, com um sorriso apaixonado, mais sincero do que qualquer palavra que poderia ter dito. A voz falhou, mas meu olhar disse tudo.
Ela sorriu amplamente, e naquele momento vi o céu refletido em seus olhos. Sorri também, sem querer, sem mais inseguranças. O mundo se tornava mais fácil quando ela estava perto. Era como respirar, como a necessidade de ar. Intensos. Profundos. Incontáveis.
— Está cansada? — perguntei, meu coração pulsando com a esperança de continuar a proximidade entre nós, de aproveitar mais um segundo dela ao meu lado.
Selene inclinou a cabeça, uma expressão adorável e curiosa se formou em seu rosto.
— Não, por quê? — ela respondeu, com um brilho inquietante nos olhos que me encantava cada vez mais.
A ideia surgiu de repente, mas soube que seria perfeito. E nada mais me parecia tão natural quanto estar ao lado dela.
— Não conheço Alfheim... — comecei, um sorriso suave se espalhando no meu rosto ao ver seus olhos brilharem com a sugestão. — O que acha de um passeio? Minha esposa mencionou que ela mesma me mostraria as belezas do lugar.
Ela se iluminou ainda mais, o entusiasmo estampado em seu rosto, e sem hesitar, me envolveu com um abraço caloroso, como se quisesse me absorver para dentro daquele mundo dela.
— Vou adorar! — respondeu, e suas palavras me deram mais vida do que qualquer outra coisa.
Abracei-a de volta, sorrindo de felicidade genuína, com os corações batendo no mesmo ritmo. Ela era minha, e eu era dela. Como não reconhecer que o que estávamos construindo, com cada olhar e cada gesto, era suficiente para transformar o que parecia incerto em algo eterno? Estávamos juntos, e isso era mais do que suficiente.
Ao adentrar no centro de Alfheim, fui imediatamente envolvido por uma atmosfera ancestral, o tempo parecia parado ali, não de maneira errada, mas de forma encantadora. Ruas estreitas formadas por mármore tanzanita, as pedras em um cinza-escuro cintilando sob o entardecer, imbuídas pela essência do reino, suas veias douradas se entrelaçavam na superfície, dando a impressão de que eram raízes vivas.
Os edifícios altos, cujas fachadas longas pareciam de eras passadas, com detalhes intrincados esculpidos nas madeiras escuras, se entrelaçavam com o musgo e flores silvestres.
Algumas casas imponentes existiam ao centro, mas a grande maioria era comércio, desde pequenas a grandes e robustas, adornadas com vigas de madeira entrelaçadas com a natureza. As fachadas repletas de detalhes minuciosos, com arabescos de madeira e pedras lapidadas, portas robustas de ferro forjado, ornamentadas com símbolos arcanos.
A praça central se erguia como um pátio natural, ao centro uma fonte, feita de mármore cinzento com bordas douradas, emanava uma luz suave, como se seu jorro de água fosse uma pequena cascata de estrelas caindo no centro da praça, cada gota refletindo o brilho mágico que permeava o ar.
Apesar da movimentação ao meu redor, com o burburinho das conversas e o som suave das pessoas passando, o ambiente de Alfheim tinha uma calma que só se encontrava nas florestas mais antigas.
Selene praticamente saltitava ao meu lado, apontando para todos os lados, sorridente como uma criança. Algumas poucas pessoas que passavam nos reverenciavam com suave sorriso, apesar do semblante sério.
Algumas barracas se alinhavam ao redor da praça, junto aos estabelecimentos, com toldos de tecidos leves, para proteção durante o dia. O cheiro das comidas exaladas pelo ar, misturando o aroma do pão fresco com a fragrância de frutas doces e ervas finas que só continham ali.
— É encantador, não? — Selene sorriu amavelmente para mim.
— Realmente, existe muita tradição aqui, consigo ver apenas pelo local.
Selene riu de forma graciosa.
— A comida aqui é feita com o sabor da nossa terra! — ela apontou para uma barraquinha de doces feitos com mel das florestas de Alfheim.
— Ouvi dizer que o mel dos elfos é muito bom — respondi, piscando maroto para ela. — Mas acho que estou mais interessado em experimentar o mel de outra maneira...
Ela corou imediatamente, batendo levemente em minha barriga, e me lançou um olhar fulminante, mas não conseguiu esconder um sorriso travesso.
— Esposa, estou falando de comida — respondi com a voz fingida. Ela estreitou os olhos, mas não aguentou e riu. — Está pensando besteira, coisa feia!
Seu rosto de vermelho ficou rubro, arrancando-me uma sincera risada.
— Você é impossível! — ela resmungou, corada.
Sorri, puxando-a contra mim.
— Nunca escondi isso! — retruquei maroto.
Selene revirou os olhos.
— Olhe, existem lojas que estão aqui desde o início, você encontrará os melhores tecidos, feitos pelos nossos artesãos — ela retomou a explicação.
Deslizei o olhar pelo seu corpo, sem conseguir me conter.
— Realmente a vestimenta aqui é linda, mas aí é culpa da modelo — respondi maroto.
Selene soltou um risinho.
— Está bem galanteador! — ela respondeu, virando-se de frente para mim, seus olhos brilhando intensamente. — Gosto de vê-lo alegre.
Sorri, elevando as mãos até seus cabelos, entrelaçando-os em suas mechas claras.
— Você me faz feliz assim — admiti, apaixonado.
Selene sorriu, mas o barulho do estômago dela ecoou alto, deixando-a completamente vermelha. Meu sorriso desapareceu instantaneamente.
Olhei para ela com um olhar preocupado.
— Não comeu nada além do café? — perguntei, mais sério agora. Ela negou, envergonhada, fazendo com que meu peito apertasse um pouco. — Mulher teimosa essa!
— Estava preocupada com você após tudo que aconteceu, então não me culpe! — ela resmungou.
— Desculpe, não queria deixá-la assim! — abaixei até sua altura, beijando suavemente sua testa — Comprarei algo para você, espere aqui.
Selene assentiu, aproximando-se do banco próximo ao chafariz.
O estabelecimento mais próximo ficava a apenas alguns passos de onde Selene estava. Adentrei o pequeno local, a porta de madeira escura rangendo suavemente ao ser aberta, e me senti um pouco grande demais naquele ambiente pequeno.
O interior era suave e convidativo, iluminado por uma luz dourada que dançava nas tapeçarias finas e nos objetos de madeira esculpida. O ar estava impregnado com o perfume de ervas e especiarias, misturado ao calor de pães recém-assados. Perto do balcão, prateleiras de madeira exibiam potes de vidro com mel, frutas secas e frascos de ervas aromáticas. No canto, uma lareira queimava suavemente, e o som baixo de risos e conversas mesclava-se ao calor aconchegante do ambiente.
Foi o som de passos suaves que me chamou a atenção. Quando me virei, vi a atendente. Uma elfa um pouco mais baixa que Selene, seus cabelos pretos presos em uma trança, sorrindo amplamente em minha direção.
— Vossa majestade, seja bem-vindo à Lira de Ylva, sou Nymeria, um prazer servi-lo — ela murmurou melodiosa, curvando-se levemente. Antes que pudesse reagir, ela piscou suavemente entre os cílios. — O que deseja?
Porcaria...
Meu rosto fechou-se imediatamente ao perceber o olhar luxurioso que ela me direcionava. Não era incomum, mas agora, após Selene, tudo parecia repulsivo. Era até engraçado pensar que, em outra época, teria achado isso apenas irritante, talvez até cativante. Mas agora... tudo parecia sem graça, era uma moça bonita, mas não chegava aos pés da minha Selene, todas perdiam o brilho para ela.
— Xerotigana para viagem — respondi seco, ignorando o flerte.
— Claro, temos os melhores xerotigana de Alfheim — ela respondeu, piscando marota. — Feito com um mel bem especial, venha que vou lhe mostrar, aposto que ficará encantado.
Por algum motivo, uma sensação desconfortável se instalou no meu peito, como se estivesse prestes a caminhar por um terreno perigoso. Sabia que Selene não iria gostar disso. E de repente, a ideia de ser o centro daquela atenção me parecia insuportável.
Suspirei, impaciente, minha paciência se esvaindo com a demora de Thor. Sabia que ele tinha ido até a Lira de Ylva, mas por que estava demorando tanto? Um banquete de doces não deveria ser tão complicado de pegar.
Ao entrar, o aroma doce e acolhedor do lugar me envolveu. A loja estava tranquila, com uma luz suave que refletia nas tapeçarias e nos objetos de madeira esculpidos, criando uma sensação de conforto. O calor de pães recém-assados se misturava ao perfume de ervas e mel, um ambiente perfeito para perder o tempo. Mas não estava ali para me perder em aromas e sabores. Estava ali para pegar o que era meu, e estava começando a ficar irritada com a demora.
Me aproximei do balcão, os passos silenciosos sobre o piso de madeira polida. Olhei ao redor, esperando vê-lo logo. Mas não vi Thor no balcão. Ele não estava ali. Fiquei apenas com a imagem dos potes de mel e das frutas secas, até que algo me chamou a atenção.
A porta para a área de mercadorias estava ligeiramente entreaberta. Pelo que podia ver, não havia outros clientes na parte de trás do estabelecimento, só uma figura familiar e outra desconhecida. Fiquei parada por um momento, tentando processar o que via, até perceber que era ele, meu marido, em pé, quase tenso, com uma mulher à sua frente.
A mulher estava à sua frente, falando de uma maneira suave, quase sedutora, e vi que Thor estava claramente desconfortável. O corpo dele estava rígido, mas ele não reagia como deveria. Ele não estava empurrando ela para longe. Ele parecia... paralisado.
Como ela ousava se oferecer para o meu marido?
— O senhor é muito belo, pena que é casado... Gostaria de apenas uma noite, conhece nossas leis... mas sinto que consegue satisfazer uma mulher só com seu olhar... — ela murmurou apaixonadamente, elevando sua mão para o peitoral de Thor. Ele paralisou, com os olhos em pânico. Se fosse em outro momento, poderia rir, mas não agora.
Ele não a afastou de imediato, o que fez uma onda de calor subir do meu peito até minha cabeça, deixando minha visão turva. Minha visão ficou nublada por um instante, um turbilhão de emoções se formou dentro de mim. Fui tomada por uma onda de raiva, mas também de algo mais profundo, uma sensação de possessividade que não podia ignorar.
Não conseguia mais controlar o que sentia. Aquela mulher estava dando em cima do meu marido.
Os olhos de Thor estavam claramente em pânico, mas ele não reagia. Ele estava em choque, imóvel.
— Não quero ser grosso, apenas pegue o meu pedido e pare com isso — ele rosnou, tentando afastar a mão dela de seu corpo, mas parecia mais como uma súplica do que uma ordem.
— Sei que deve me achar uma atirada, mas nós elfos na maioria somos bem fechados, os homens principalmente, então sonhar com um homem que atenda nossos desejos... — ela segurou sua mão, elevando para baixo. — Não me importaria de ser apenas uma noite... uma lembrança, me deixo excitada apenas com sua presença.
Ao perceber onde ela elevaria a mão dele, minha fúria reagiu antes de Thor, a mulher se assustou, enquanto ele pareceu sereno.
— Melhor retirar sua mão dele agora, antes que você a perca! — rosnei, a voz saindo fria e cortante. A mulher parecia paralisada, e Thor me olhou por um segundo, aliviado.
Caminhei até ela, minha raiva transbordando, e peguei sua mão de forma firme. Ela piscou, atordoada, claramente surpresa com a minha presença.
— Está surda? — perguntei irada.
— Perdão, majestade! Jamais ousaria tal coisa! — ela tentou se desculpar apressada, a vergonha evidente em seu rosto.
— Ousou sim. Você sabe muito bem o que fez. Conhece as leis, sabe como nós mulheres somos mais cobradas por essas coisas! — rosnei, a voz baixa e perigosa. — Poderia pedir sua cabeça e você seria executada em praça pública!
Onde estava o respeito dela por si mesma?
Não podemos nos relacionar antes do casamento, obviamente não serei hipócrita por conta do meu passado, mas o que mais me irritava não era só o ato em si. Ela estava se oferecendo para um homem casado, e isso simplesmente não era aceitável.
— Se eu vê-la perto do MEU MARIDO novamente, vai encontrar uma morte bem lenta! — rosnei furiosa.
A mulher abaixou a cabeça, soluçando, e percebi que ela sabia exatamente o que havia feito. Ela sabia o que estava arriscando, uma parte de mim, furiosa, se deliciava com o medo que ela sentia.
— Selene, não precisa disso... — Thor resmungou, parecendo mais surpreso com a minha reação do que com a própria situação.
Olhei-o com desdém, minha raiva se tornando ainda mais forte ao vislumbrar seu rosto sereno.
— Vamos embora! — rosnei, puxando-o pela mão, sem me importar.
Audaciosa! Cretina!
Quem ela pensava que era para encostar no meu marido?
E esse idiota, por que ele não se livrou logo que viu?
Que droga! A vontade de esganar Thor estava empatada com a vontade de aniquilar a maldita.
— Mas e o pedido...? — ele perguntou, parecendo completamente fora de lugar.
Dei um passo mais rápido, arrastando-o comigo para fora da loja, os meus sentimentos se misturando entre frustração e um tipo de possessividade que me consumia.
— Deixe-o! — respondi exasperada, a raiva se intensificando de forma irritante.
— Estava faminta há minutos atrás, precisa comer algo! — ele resmungou, preocupado.
— Perdi a fome! — rosnei, fazendo-o suspirar.
— Não pode ter perdido a fome tão rápido assim — ele replicou com seriedade.
Por tudo que era sagrado, ele não podia ser tão lerdo!
Seu olhar confuso me irritou mais ainda.
— Espere, por que está assim? — ele perguntou em confusão, parando em um canto mais afastado, contra uma pequena área escondida pelas copas das árvores do jardim do castelo, longe dos olhares. — Você estava com fome e agora está irritada.
Pelos Deuses, vou bater nele!
— Estou normal, apenas perdi a fome! — resmunguei.
— Xerotigana é uma delícia, ia gostar — ele murmurou, tentando me animar.
— Você experimentou? — perguntei indignada.
Ele me analisou confuso por alguns minutos.
— Claro, a moça perguntou se queria experimentar como amostra grátis para provar que ele era o melhor do reino — ele respondeu como se não fosse nada de mais.
Amostra grátis?
Aquela sem vergonha estava oferecendo outra coisa!
— Tinha razão sobre o mel, realmente o dos elfos é o melhor — ele continuou e vi vermelho.
— Pelo que percebi, a moça queria que você experimentasse ela! — rosnei irritada.
— Selene, não é bem assim...
— Vai me dizer que não notou ela dando em cima de você? — desafiei.
Ele suspirou, segurando meu rosto.
— Notei, mas não liguei para isso e você também não deve ligar — ele respondeu simplesmente para meu desespero.
Ele não disse isso!
— Como quer que eu não ligue para uma maldita que ousou dar em cima do meu marido? — perguntei furiosa.
Seus olhos brilharam intensamente, de forma estranha, com lentidão ele se aproximou, instintivamente fui para trás, me sentindo uma presa diante de seu olhar intenso. Parei ao perceber a parede dura contra minhas costas. Thor sorriu maroto, colocando as mãos em ambos os lados do meu rosto.
— Está com ciúme? — ele perguntou roucamente.
Meu cérebro paralisou por completo, a raiva que me consumia era ciúme?
Não queria nenhuma outra perto dele, Thor era meu marido!
— Só acho uma falta de respeito comigo! — resmunguei, ele sorriu malicioso.
— Isso tudo é apenas porque achou uma falta de respeito? — ele perguntou maroto.
— Claro!
Um enorme sorriso desenhou-se em seu rosto, sem esperar suas mãos envolveram minha cintura, meu corpo bateu contra o dele e suspirei rendida em seus braços.
— Querida, não precisa ter ciúmes, sou apenas seu e sabe bem disso — ele murmurou rouco em meu ouvido.
— Elogiou o mel dela! — resmunguei.
Ele riu contra a pele do meu pescoço.
Cretino!
— Elogiei o mel do doce! — ele corrigiu com a voz risonha, seu nariz deslizou pelo meu pescoço, causando pequenos arrepios. — O único mel que quero provar é o seu.
— Thor... não quero mais ela perto de você! — resmunguei, ganhando um terno beijo em meu pescoço.
Suspirei, sem resistência, ao sentir seus braços ao redor de mim.
— Não tenho motivos para ficar perto dela, a única que quero é você — ele declarou apaixonadamente.
Sem me conter, pulei sobre seu colo, agarrando sua cintura com as pernas. Thor suspirou, encostando-nos contra a parede de pedras. As mãos firmes em minhas coxas, apertando de forma suave, mas que enviou arrepios pelo meu corpo.
— Thor...
Seus lábios se chocaram contra os meus, em um beijo intenso e avassalador. Cada terminação nervosa reagiu a ele, meu corpo totalmente entregue aos seus desejos, atendendo-os com o mesmo frenesi.
Não conseguia admitir em voz alta, mas sim, estava morrendo de ciúmes.
No fundo, tinha medo de que ele se cansasse e visse que estava perdendo sua vida ao meu lado.
Thor circulou apenas um braço ao meu redor, enquanto o outro foi para meus cabelos, segurando-os firmemente, o que intensificou o beijo. Me entreguei por completo, lhe dizendo o que não conseguia verbalizar em voz alta.
Ele gemeu alto, desviando os lábios pelo meu maxilar em direção ao meu pescoço, enquanto sua mão puxava vagarosamente meu vestido, de forma pecaminosa demais.
Era arriscado, sabia disso, o sol recém estava se pondo, mas não consegui aguentar diante da adrenalina.
Suspirei alto contra seus lábios ao sentir sua mão inteira contra minha intimidade, instintivamente rebolei contra ele.
— Querida... está tão encharcada que meus dedos estão deslizando — ele murmurou rouco, deslizando dois dedos em meu interior.
— Quero você! — segurei com firmeza seus longos cabelos ruivos, ele sorriu mordendo meu lábio inferior.
Droga!
— O quanto me quer? — ele perguntou, segurando meu queixo com os dedos molhados de meu prazer.
— Mais do que poderia imaginar.
Seus olhos assumiram um tom intenso, uma eletricidade pura, em uma única estocada, o senti por inteiro, meu gemido foi abafado pelo seu beijo afoito. Suas mãos seguraram minhas coxas, deslizando meu corpo contra o dele, em um ritmo alucinante. Mesmo com as camadas de roupa, consegui sentir o calor de sua pele emanando contra a minha, os gemidos ecoando em uníssono, de forma intensa, demonstrando que éramos apenas um.
O desejo intenso percorria meu corpo, senti como se estivesse pegando fogo.
— Thor!
A visão ficou turva, senti um prazer tão intenso se alastrar pelo meu corpo, minha intimidade apertou-o tão forte que seu gemido foi alto. Tremi contra ele, sentindo um leve choque pela descarga elétrica emanada de seu corpo. Longe de me machucar, apenas prolongava a sensação de frenesi.
Segurei seu rosto, puxando-o contra mim, seu olhar brilhando assim como sabia que os meus estavam. Senti meus olhos marejarem com a intensidade do sentimento que se apossou de mim, não consegui compreender por completo, mas tinha a certeza de que Thor era meu lar.
Xerotigana é um doce feito com uma massa sequinha em formato de um circulo e servido com mel em cima.
https://youtu.be/RQUuqbzQVsY
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro