Capítulo 14 - Apenas sua...
🚨Cenas de sexo 🔞🚨
Contém 3722 palavras.
Boa leitura ❤️
Eu sempre acreditei que o amor ia se render
E eu não iria cair sem uma luta
Eu sempre deixei espaço para outros competidores
Porque eu poderia mudar de ideia
Droga, eu costumava ser tão frio
Nós nunca estivemos tão perto
Não queria perder o controle
Mas desde o momento que eu experimentei
Eu soube que eu teria que persegui-lo
Você diz para eu esperar, eu não vou ser
Um homem de uma mulher
Quero que você toda para mim
Não quero ninguém mais
Você me fez acreditar que o amor é para sempre
E o amor poderia nos sustentar através de todas as lutas
Eu deixei ir todos os outros pretendes
Eles estavam me fazendo perder tempo
Eu nunca pensei que eu diria isso
Mas eu consigo nos ver tendo filhos
Eu consegui ver nas estrelas
Que eu poderia te dar o meu coração
Desde o momento que eu te conheci
Sabia que nunca te deixaria
Escapar, está bem
Você pode me fazer
Eu nunca poderia dizer que te amava
Eu mantive a minha guarda
Mas você invadiu a minha casa
Você roubou meu coração
Agora eu estou te dando a chave
Tenho tudo de você para tudo de mim
Mas amor, eu prometo ser
Um homem de uma mulher, oh
Trechos da música One Woman Man - John Legend
Ser racional em batalhas era uma coisa, mas manter a racionalidade quando a questão era ela se tornava um pouco difícil.
Em tão pouco tempo, ela me mudou, virou meu mundo de cabeça para baixo. Não era frio com Selene. Algo nela exigia mais de mim, algo que não sabia explicar. Não podia tratá-la como trato os outros, porque Selene era diferente. E o simples pensamento de magoá-la me deixava sem chão.
A felicidade dela se tornou importante para mim, ao ponto de pensar bem em cada escolha, sabendo o impacto que teria sobre ela.
Mas isso me dava direito a alguma coisa?
Selene nunca prometeu nada. Aliás, eu mesmo nunca esperei nada deste casamento. Era apenas um acordo, uma obrigação política. Mas agora... agora tudo mudou. Desde o momento em que comecei a sentir algo por ela, me tornei um prisioneiro desses sentimentos. Submisso a algo que nem mesmo entendo, esperando, não, desejando, ao menos um vislumbre do seu carinho.
Quão patético isso era?
Nunca precisei de ninguém. Então, por que agora preciso dela?
Tentei convencer a mim mesmo de que podia viver sem isso, sem ela...
Mas tudo desmoronava quando via como eles se olhavam. O aperto sufocante em meu peito era a resposta cruel que gostaria de ignorar. Não via o que acontecia, mas não precisava ver. A sensação era mais nítida do que qualquer cena diante dos meus olhos.
— Thor! Pare com isso! — sussurrou Loki, ao meu lado, com urgência.
Confuso, olhei para ele. Loki estava com os olhos fixos nas minhas mãos. Foi quando percebi o que havia feito.
A taça estava destruída, os cacos de vidro embutidos nas minhas palmas ensanguentadas. Mas nenhuma dor física poderia superar o que senti ao vê-la com ele.
Preferia enfrentar mil guerras, me lançar em batalhas inúteis, intermináveis, a passar por isso.
— Vamos cuidar disso. — Loki resmungou, mais sério desta vez, puxando-me para longe.
Não resisti. A última coisa que queria era continuar ali, sendo forçado a assistir ao que pareciam ser eles, um casal. Era assim que pareciam para mim, pelo menos.
E esse pensamento era suficiente para destruir o pouco que restava da minha paz.
Em toda a minha existência, nunca imaginei estar numa situação como essa, com Loki me observando preocupado, tanto pelos cortes nas minhas mãos, quanto pelos sentimentos que mal conseguia esconder.
Por que era tão difícil mantê-los trancados num lugar seguro, longe de olhares curiosos?
Loki continuava atento, removendo cuidadosamente os cacos de vidro incrustados. Nunca me senti tão infantil como agora, sentado ali, sendo cuidado como se fosse incapaz de lidar com minhas próprias emoções.
— Apertei a taça com força demais, só isso — resmunguei, tentando parecer indiferente.
Ele ergueu o olhar da minha mão para meu rosto, com aquele sorriso debochado.
— Claro... e nem por um momento imaginou que a taça fosse o pescoço do elfo, certo? — Loki provocou, o sorriso ficando mais largo.
Óbvio que sim!
Queria acabar com ele. Que ele desaparecesse para sempre!
Já o odiava antes mesmo de conhecê-lo, só por tudo que fez Selene passar. Desde que ouvi sua história, quis esmagá-lo. Confesso que deveria ter prestado mais atenção, estudado melhor sua posição na corte dos elfos. Esse foi um erro, mas não pretendia cometer de novo.
Não demoraria até que ele me desse um motivo justo para eliminá-lo. Afinal, o maldito fazia questão de me desafiar em cada movimento.
— Não estava conseguindo me controlar, Loki! Estava possesso! — rosnei, sentindo o calor da raiva latejar em minhas têmporas.
Loki suspirou, inclinando a cabeça ligeiramente para o lado.
— Nunca vi você assim... Nem mesmo quando alguém te provocava em batalha — comentou, enquanto limpava meu machucado com um cuidado atípico para ele. — E ainda mais por causa de uma mulher.
Suspirei, resignado.
— Nem eu...
Por que me senti assim?
Esse sentimento impulsivo e totalmente frustrante estava tomando conta de mim, e não gostava disso. Não deveria gostar.
Quem, em sã consciência, queria ser torturado desse jeito?
Mas era impossível ignorar. Não suportava vê-lo perto dela. Só o fato dele respirar o mesmo ar que Selene já me fazia querer esmagá-lo. No entanto, era a tristeza que me corria por dentro o que mais me incomodava. Porque, para ela, eu era apenas uma obrigação.
Nunca seria suficiente. Nunca conseguiria ocupar o espaço que ele tinha no coração dela.
Selene o amava.
E isso me destruía.
Maldição! Por que isso importava?
Por que deveria fazer diferença se ela o amava ou não?
Nosso casamento era político. Desde o início, era só isso. Nunca esperei nada além de manter os elfos sob controle, evitar que uma conspiração deles afetasse os deuses. Então, por que me importava tanto?
Selene precisava gostar de mim para ser feliz? Claro que não.
Mas quem estava tentando enganar?
Queria que ela me visse. Que me escolhesse. Queria o coração dela. E essa verdade era esmagadora.
Minha mente e coração estavam em guerra, cada um seguindo numa direção oposta. A razão gritava que estava sendo tolo, que tudo que precisava era manter uma relação diplomática e funcional. Mas minha emoção exigia mais. Queria que ela fosse minha em todos os sentidos.
Dançar com Uziel definitivamente foi uma péssima ideia! Não só pela irritação que ele me causava, mas também porque sentia que isso poderia refletir no meu relacionamento com Thor.
Se os demais já estavam me olhando de canto, cochichando sobre a dança, o que Thor devia ter pensado?
Claro que ele sabia que Uziel não tinha lugar em minha vida, era impossível que ele não visse isso. Podia ser idiota, mas não era burra ao ponto de cometer o mesmo erro, não mais. Não com alguém que tirou o que era mais precioso para mim: minha filha.
Percorri os olhos pelo salão, procurando sem sucesso por ele. Não consegui avistar seus cabelos ruivos em lugar nenhum. Nem Loki estava ali!
À distância, vi Odin numa conversa animada com Cyrius, mas resolvi não interromper.
O que diria? Que estava procurando desesperada por meu marido depois daquela dança idiota? Isso tudo estava ficando complicado demais. Por que tudo precisava ser assim?
Já não bastava o que foi tirado de mim, ainda tinha que lidar com as armações ridículas do Uziel?
Andei pelo salão, procurando discretamente por ele, mas sem sinal algum. Que porcaria! Como se perde um ser de mais de dois metros? Não era como se nós elfos pudéssemos escondê-lo!
Será que Thor ficou bravo comigo? Eu... não podia acreditar nisso. Não! Ele jamais sairia sem me dizer nada, ele não era assim! Então, onde ele estava?
Saí discretamente do salão, passando a procurar por ele pelos corredores, ciente de que ele não estaria tão longe, afinal, não conhecia nada dali. Nem tivemos tempo para nada ainda. Nem sequer pude mostrar as belezas de Alfheim para ele, e ele sequer viu o castelo onde moraria.
E ele não quis fazer isso sozinho, enquanto me arrumava... queria que mostrasse para ele. Sorri involuntariamente ao recordar a suavidade de seu pedido.
Como ele conseguia ser perfeito nas mínimas coisas?
Dois corredores adiante, perto da biblioteca mais próxima do salão, escutei pequenos sussurros. Me aproximei, curiosa, até reconhecer as vozes.
— Esse sentimento irritante é ciúme — ouvi a voz de Loki, murmurando, animado, seguido de um resmungo indignado. — Não negue isso, sou seu irmão, conheço bem você, Thorzinho!
Eram eles!
Por um instante, refleti se deveria me anunciar ou simplesmente deixá-los sozinhos, mas meu corpo se moveu por conta própria. Não era minha intenção escutar a conversa, mas a curiosidade foi maior que a razão. Me aproximei lentamente da porta, tentando não fazer barulho.
— Cala a boca, Loki!
— Não precisa ficar irritadinho, afinal ela é sua esposa, é normal sentir isso! — Loki retrucou, causando um suspiro exasperado dele em resposta. — Ainda mais vendo o olhar de cobiça do elfo para ela.
Só podia ser brincadeira!
Uziel não me desejava, tudo o que ele queria era a coroa. Nada mais que isso! Thor não tinha motivos para se sentir incomodado com isso. E, por mim, nem chegaria perto dele.
— Se quer que sua cabeça continue no lugar... para de me irritar! — Thor rosnou, furioso.
— Admita que está morrendo de ciúmes da sua esposa! — Loki retrucou, rindo.
O barulho de algo batendo contra a madeira fez meu corpo pular levemente, mas a risada de Loki ecoou, mostrando que não foi nele que Thor bateu.
— Loki, não me irrita ou mato você! — a voz de Thor soou como um trovão.
— Admita que está com ciúmes! Não será difícil isso, porque está na cara que sente algo por sua esposa! — Loki replicou, debochado.
Um longo silêncio preencheu o ambiente. Por um instante, pensei que não teria a resposta. Sem pensar, elevei a mão até a porta, pronta para abri-la, mas o suspiro resignado de Thor ocasionou um suave riso de Loki, que paralisou meu ato.
— Eu... eu estou com ciúmes! Agora para de me encher, ou vou matar você no lugar do desgraçado! — Thor resmungou.
Thor... estava com ciúmes de mim?
O peso de minha mão contra a porta fez ela se abrir de supetão, assustando Thor, enquanto Loki exibia um sorriso vitorioso, com a malícia dançando em seus olhos.
Ele sabia que estava atrás da porta?
Pisquei confusa, desviando o olhar para Thor, que ainda mantinha os olhos arregalados.
Oh! Thor não sabia, ou então não teria falado nada... Isso queria dizer que Loki barrou minha percepção para que o irmão não percebesse?
Loki sorriu maroto em minha direção, confirmando minha dúvida.
Ele não queria que eu escutasse, foi Loki quem armou para que ouvisse sua confissão. Mas, por que ele sentiu ciúmes?
Não estava explícito que não sentia nada além de pura raiva por Uziel?
— Selene... o que você faz aqui? — Thor balbuciou, desviando os olhos freneticamente de mim para Loki.
Eu... não sabia mais o que pensar no momento! Tudo em minha mente era a confissão dele!
Ele sentia ciúmes... mas para sentir isso, ele deveria sentir algo mais por mim, não?
— Selene? — Thor me olhou com urgência, e só então percebi que passei tempo demais em silêncio.
— Procurando pelo meu marido... você sumiu... eu... — sussurrei nervosa, sentindo um leve calor em minhas bochechas. — Senti a sua falta... não queria ficar lá sem você...
Seus olhos amarelo-esverdeados brilharam intensamente ao me escutar, e um lindo sorriso surgiu em seu rosto.
Deuses! Ele conseguia ser mais lindo sorrindo assim!
— Por que saiu? Estive uns bons minutos procurando por você e...
Minha voz morreu ao olhar para sua mão esquerda, enfaixada.
— O que aconteceu? — me aproximei afoita, segurando suas mãos. — Deuses! Está machucado, o que foi?
Por acaso, ele esteve lutando? Não, Thor jamais se machucaria em batalhas, não seria agora...
Se Uziel fez algo para ele?
Percorri minhas mãos por seu corpo freneticamente, à procura de mais machucados, sentindo meu coração apertar pela ansiedade.
— Apenas cortei a mão — Thor murmurou suavemente, segurando minhas mãos. — Não se preocupe.
O quê?
Ele se machucou do nada e não deveria me preocupar?
Pelos Deuses! Ele matou sessenta e seis jotuns, sem sequer suar, jamais derramou uma gota de sangue em uma batalha, e agora estava ferido!
— Como cortou sua mão? — perguntei ansiosa, olhando-o em direção à sua mão, vendo-o sorrir sem graça. — O que está me escondendo?
— Selene, não foi nada — ele respondeu, simples e direto.
— Nada? Olha o tamanho desse curativo! Acha mesmo que não devo me preocupar?
— Está tudo bem! — Thor elevou minhas mãos até os lábios, deixando um singelo beijo.
Oh, não, querido! Você não me esconderá nada!
— O que aconteceu? — perguntei firme.
Thor corou, desviando o olhar com uma leve vergonha. Cerrei os olhos em sua direção, tentando entender o que ele estava escondendo, mas o riso de Loki ecoou, quebrando o silêncio entre nós e me lembrando de que não estávamos sozinhos.
Olhei ansiosa para meu cunhado, que mantinha aquele sorriso maroto, mas seus olhos estavam cheios de algo que não consegui decifrar.
— Ele estava com ciúmes e imaginou que o copo que segurava era o pescoço do elfo que estava dançando de forma... bem íntima com você, cunhadinha — Loki comentou com a voz carregada de malícia, piscando para mim de forma travessa. Ele se virou, indo em direção à porta, mas antes de sair, se virou para nós, ainda com aquele sorriso travesso. — Selene, cuide bem do meu irmão, ou ele vai morrer do coração.
A porta se fechou com um som baixo, mas suficiente para nos deixar em silêncio. A única coisa que restava era o som das nossas respirações, entrecortadas, como se o ar ao nosso redor estivesse mais denso, carregado de algo que não ousávamos dizer em voz alta.
Estávamos sozinhos. E, ainda assim, parecia que uma parede invisível se erguia entre nós. Não pelas palavras de Loki, mas por essa confusão de sentimentos que não sabíamos como lidar.
Não conseguia entender o que o faria se machucar assim... ciúmes? De Uziel? Só se ele estivesse perdendo a cabeça, porque nunca, nunca mais teria nada com o maldito!
— Thor... estava com ciúmes? — perguntei, minha voz trêmula.
Seus olhos amarelo-esverdeados encontraram os meus, tão profundos, intensos, que, de repente, o mundo pareceu desaparecer ao nosso redor. Ele olhou para mim como se estivesse me revelando algo, e me vi perdida em seu olhar.
— Sim. Por que está surpresa com isso? — ele admitiu, sua voz rouca, com um brilho incomum nos olhos, e a ponta de suas orelhas levemente coradas.
A confissão... soou como um trovão dentro de mim, e fiquei ali, parada, tentando processar as palavras dele.
Ele... Ele estava com ciúmes de mim? Meu coração acelerou. Confessar para Loki, era uma coisa, mas ouvir isso diretamente dele... isso mexia comigo de um jeito que não sabia explicar.
Ele se aproximou tão devagar, quase como se o tempo tivesse desacelerado ao redor de nós. O aroma familiar dele me envolveu, tempestuoso como ele, mas foram os olhos dele, aqueles olhos amarelo-esverdeados profundos, que me tiraram o chão. Thor sorriu levemente, seu rosto agora muito perto do meu, e, com um movimento suave, me ergueu, colocando-me delicadamente sobre a mesa da biblioteca. Seu calor irradiava, vibrando contra o meu corpo, fazendo-me suspirar sem conseguir evitar.
Por que, com ele, tudo parecia tão... certo?
— Me diga agora, está surpresa em saber que estou com ciúmes da minha esposa? — Thor perguntou baixo, sua voz grave e carregada de algo que não sabia identificar.
Ele colou ainda mais seu corpo ao meu, suas mãos grandes espalhadas sobre a mesa, prendendo-me entre ele e o móvel. Não havia espaço para nada, exceto nós dois. Não conseguia mais pensar com clareza, com ele tão perto. Cada centímetro dele parecia queimar minha pele.
— E-eu... apenas... não sei o motivo do ciúme — murmurei, minha voz falhando com a proximidade.
Thor riu baixinho, o som rouco de sua risada percorreu minha espinha, e o olhar dele incendiou de um jeito tão intenso que senti que ele estava queimando até a minha alma.
— Não sabe? Ele estava desejando você, querendo-a por inteiro! — ele murmurou, a voz embargada, os olhos fixos nos meus. — Sei que seu coração ainda pertence àquele maldito, e isso estava me deixando... puto!
O choque me percorreu de ponta a ponta. Como ele... como ele achava isso? Como poderia pensar que ainda sentia algo por Uziel? O medo e a insegurança nos olhos dele fizeram meu coração acelerar. Ele estava com medo e isso, por algum motivo, me comoveu profundamente.
— Meu coração não pertence a ele, agora mais do que nunca tenho certeza disso! — consegui sussurrar, as palavras saindo com um peso inesperado, quase como se a verdade estivesse se revelando em minha própria voz.
Ele me olhou confuso, a insegurança ainda visível. Precisava fazê-lo entender.
Com uma suavidade que me surpreendeu, segurei o rosto dele com carinho, trazendo-o para mais perto, quase sem querer. Pequenos beijos fugiram de meus lábios, um toque leve aqui, outro ali, até que finalmente me aproximei de sua boca, contornando-a suavemente com a ponta da língua, antes de dar um selinho suave.
— Como pode ter certeza de que não amava ele? — ele perguntou num sussurro, a voz baixa e carregada de uma emoção nova.
Sorri com ternura. Ele, tão forte, guerreiro e acostumado a dominar tudo e todos ao seu redor, agora estava vulnerável diante de mim.
— Nunca me senti dessa forma com ele... não como você me faz... Se tivesse te conhecido antes, teria sido feliz muito mais cedo — admiti, com uma sinceridade que me fez sentir frágil, mas, ao mesmo tempo, completamente entregue a ele.
Thor sorriu amplamente, aquele sorriso de quem finalmente descobre algo que temia. A alegria nos olhos dele quase me fez derreter.
— Mas? — ele perguntou, a ansiedade agora evidente em sua voz.
— Mas estou me apaixonando por você. É por isso que não tem motivos para ciúmes. Pois os elfos amam apenas uma vez... e se estou criando sentimentos por você, significa que... — me interrompi, meu olhar desviando momentaneamente.
Estava me apaixonando, não havia mais como negar. A sensação de algo profundo, algo que nunca vivi antes, começava a tomar conta de mim.
— Significa que nunca amou ele realmente! — Thor completou, com um sorriso que parecia iluminar todo o ambiente.
Os olhos dele estavam tão brilhantes, tão cheios de vida, que me senti aquecida, tomada por algo tão puro que não consegui resistir a mais um sorriso.
— Selene... nunca senti ciúmes em toda minha vida... nunca me senti assim com nenhuma mulher... eu... também estou me apaixonando por você e pela primeira vez estou com medo de perder algo... de perder você — ele confessou em um sussurro, a voz carregada de emoção crua.
Ouvir isso fez meu interior tremer de alegria. O medo dele, a vulnerabilidade, estavam tocando minha alma de uma forma que nunca imaginei. Sem pensar, envolvi minhas pernas em sua cintura e meus braços em seus ombros, sorrindo para ele com a felicidade transbordando de mim.
— Não vai me perder, pois sou apenas sua — sussurrei em seu ouvido, sentindo que minhas palavras ecoavam com uma verdade absoluta.
Nada mais importava. Nada mais poderia nos separar.
Thor suspirou profundamente, apertando-me em seus braços com a força e a suavidade que só ele poderia ter. E ali, no calor de seu abraço, soube, com certeza, que ele era meu, e que também era dele. Para sempre.
— Marido... você me prometeu que fugiríamos da festa, então o que está esperando para provar o quanto sou sua? — provoquei.
Um sorriso malicioso se desenhou em seus lábios. Sem qualquer esforço, ele elevou meu corpo, caminhando até a porta. Confusa, arqueei a sobrancelha, mas seu sorriso apenas aumentou, enquanto me colocava contra a porta.
Ele queria fazer barulho!
Bati em seu ombro, mas ele somente riu em resposta.
— Não me julgue! — ele respondeu malicioso.
Sem nenhuma cerimônia, ergueu meu vestido até virar um bolo em minha cintura e colocou de lado minha calcinha. Antes que pudesse falar algo, senti seu membro desperto esbarrando contra minha entrada, ocasionando um atrito delicioso.
— Tão molhada... não vou aguentar esperar até chegarmos ao quarto e quero você exatamente assim — Thor murmurou rouco, penetrando-me com força.
Gemi alto, meu corpo inteiro respondeu ao dele, como se cada fibra do meu ser estivesse se conectando com a dele. O coração batendo mais rápido, sabendo que não havia mais nada além de nós dois.
Thor sorriu em pura malícia, segurando com força minhas nádegas, fazendo-me quicar sobre seu membro. O delicioso contato foi como frenesi, sem conseguir conter meus atos, agarrei seus cabelos, trazendo seu rosto para o meu, beijando-o para conter os gemidos que insistiam em sair. O beijo saiu afoito e desesperado, pois ele não parava os movimentos.
— Quero que todos saibam que é minha! — Thor estocou com mais força, ocasionando um gemido mais alto.
Droga! Ele não podia fazer isso!
— Oh! Thor... não precisa a-agir assim! — suspirei alto, sentindo-o mais fundo.
— Oh? Não? — ele perguntou, provocativo.
Sorrindo arrogantemente, ele me desceu de seu colo, olhei confusa em sua direção, sem qualquer palavra, suas mãos seguraram meu vestido, arrancando-o com brusquidão e rasgando-o no processo.
Olhei incrédula, para o vestido em farrapos no chão.
— Como vou sair daqui assim?
— Quem disse que vamos sair daqui? — ele retrucou, despindo-se lentamente sob meu olhar atento.
Ele queria me matar!
Sem demora, me segurou novamente em seus braços, levando-me para a mesa. Me senti um pouco exposta ao ficar completamente de quatro sob a superfície fria, em um lugar que não é para esse propósito. As mãos firmes em minha cintura trouxeram meu corpo contra o dele, num delicioso atrito.
— Vou te mostrar o quanto é minha! Não quero que economize nos seus gemidos, quero que todos escutem e saibam que a rainha desse local é minha esposa! — Thor rosnou, penetrando-me com brusquidão.
Por mais autoritário que estivesse agindo, entendia que isso era um reflexo da sua paixão e ciúme, não briguei por isso. Apenas aproveitei, respondendo e me entregando a cada toque, cada movimento do seu corpo ao encontro do meu, mostrava que nada mais importava, somente nós dois.
Gemi alto ao senti-lo tão profundo, intenso e delicioso. Sem me conter, meu corpo se inclinou contra ele, seu suspiro ecoou e um tapa voou em minhas nádegas. Inesperadamente, não senti dor, meu ventre se contraiu, apertando seu membro.
— Gosta que eu seja bruto? — ele perguntou, percorrendo uma das mãos por minha barriga, peito, até chegar ao pescoço, segurando com firmeza, trazendo minhas costas contra seu peito.
Oh! Sentia... tão profundo!
— Responda!
— Sim... oh sim...
Seus movimentos ficaram mais frenéticos, mais intensos e profundos, ainda assim seu corpo não machucava o meu, senti apenas o atrito dos nossos corpos, o êxtase profundo provocado pela sensação das nossas peles em contato. Quando senti o orgasmo se aproximar, ele parou bruscamente.
— Thor!
— Quero ouvir sua voz! — ele murmurou rouco, mordendo sensualmente meu pescoço.
Sabia que deveria brigar com ele, mas não consegui controlar o desejo, sorri travessa. Era impossível negar o quanto ele me fazia querer mais, me entreguei completamente, mais excitada.
— Thor!
— Isso... quero ouvir a sua voz — ele rosnou, trazendo seu quadril contra o meu.
Droga! Por que ele agindo dessa forma é tão excitante?
Sabia que ele apenas estava com ciúmes e queria mostrar sua posse, mas ainda assim, não consegui ficar brava com ele, somente queria que nossos sentimentos transbordassem. Que ele se sentisse seguro, mesmo que todos nos escutem, pois era dele, completamente dele e não tinha ninguém que poderia mudar isso.
Meus gemidos foram a única coisa que consegui expressar, e, quando finalmente alcançamos o auge, senti meu corpo se contorcer de prazer. Mas, além disso, foi o que aconteceu em meu coração que me tocou mais fundo. Sabia que aquilo não era só físico, era uma entrega completa, emocional e espiritual.
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