Capítulo 11 - O guerreiro
🚨Cenas de sexo 🔞🚨
Contém 3560palavras.
Boa leitura ❤️
Oh, os olhos dela, os olhos dela
Fazem as estrelas parecerem que não estão brilhando
O cabelo dela, o cabelo dela
Se movimenta perfeitamente sem ela precisar fazer nada
Ela é tão linda
E eu digo isso para ela todos os dias
Sim, eu sei, eu sei
Quando eu a elogio, ela não acredita
E é tão, é tão
Triste pensar que ela não vê o que eu vejo
Mas todas as vezes que ela me pergunta: Eu estou bonita?
Eu digo
Quando eu vejo o seu rosto
Não há nada que eu mudaria
Porque você é incrível
Do jeito que você é
E quando você sorri
O mundo inteiro para e fica olhando por um tempo
Porque, garota, você é incrível
Just The Way You Are - Bruno Mars
O calor gostoso do corpo dela junto ao meu trazia à tona memórias da noite anterior, não que precisasse de muito esforço para lembrar. Jamais imaginei que alguém pudesse despertar em mim tais sentimentos, mas Selene conseguia tirar o melhor de mim. Sem esforço, agia para agradá-la, como se a felicidade dela fosse a minha própria.
Quando, em toda a minha vida, dancei?
Nunca. Sempre considerei a dança uma atividade trivial, desnecessária, assim como muitas interações com outros seres. No entanto, ao lado dela, não me recusei a bailar, encontrando uma alegria incomum ao sentir seu corpo junto ao meu, seu sorriso radiante iluminando o ambiente, apenas por desfrutarmos de um momento tão simples.
Como poderia me negar?
Não era minha zona de conforto, mas ela me entendeu perfeitamente, mesmo que estivesse em silêncio sobre isso, mas ela o compreendeu, como nunca imaginei que fosse possível. Ela não me forçou, quando percebeu que para mim já tinha dado, me respeitou, mas nada tirava a alegria do nosso momento.
Selene conseguir compreender até mesmo meu silêncio era inesperado, ainda mais para nosso relacionamento arranjado e tão recente, mas, de alguma forma, sentia que ela se tornou parte de mim, uma conexão que nenhuma outra poderia igualar.
Enquanto caminhávamos em direção ao meu quarto, uma onda de pensamentos me invadia, cada um mais ansioso que o outro, imaginando como poderia deixá-la confortável. Não queria forçá-la a nada, mas a consciência de que ela me desejava tanto quanto eu a desejava era avassaladora. A cada passo, meu coração disparava, pulsando em um ritmo descompassado que nunca havia experimentado antes. Era como se um fogo se acendesse dentro de mim, iluminando tudo à minha volta. O simples fato de saber que ela também ansiava por mim transformou cada instante em algo precioso, fazendo-me sentir mais vivo do que nunca.
Nenhuma mulher jamais teve o poder de me alucinar com uma simples frase: "Me faça sua mulher."
Ao ouvir aquelas palavras, senti-me completamente rendido a ela. Selene não era apenas minha, ela estava se tornando muito especial em meu coração, e isso ia muito além da luxúria.
Ela me entregou algo inestimável: confiança e vulnerabilidade de seu coração.
Selene era tão especial que, em sua presença, tudo ao meu redor desaparecia. Era como se o mundo tivesse se reduzido a nós dois, e não conseguia evitar me sentir profundamente conectado a ela. Cada gesto, cada sorriso, cada olhar seu me fazia querer protegê-la e cuidar do que era mais precioso em sua alma.
A perfeição de seu corpo, a forma como se encaixou no meu, me fez sentir que ela era a peça que sempre faltou no meu quebra-cabeça. Uma euforia surpreendente me invadiu, uma mistura de força e vulnerabilidade que nunca experimentei antes.
Estar ao seu lado não foi apenas prazer, foi como se pudesse tocar as estrelas. Cada toque dela fazia meu coração bater de forma tão intensa que parecia prestes a saltar do meu peito. Era uma revelação poderosa: o amor que ela despertou em mim me fez perceber que, mesmo um guerreiro como eu, poderia se render a algo tão grandioso e transformador.
Como era possível com tão pouco tempo?
A perfeição dela me tomou por completo, sem que ela sequer notasse, pois infelizmente ela não sabia que era preciosa. Não conseguia acreditar nisso, em alguém que tinha uma alma tão linda, não ver como realmente era.
Seu coração estava mais machucado do que ela imaginava, as feridas eram difíceis de cicatrizar, mas queria cuidar de cada uma, dedicar minha vida para que sejamos felizes.
Nem que precise falar todos os dias que ela era perfeita e como sou sortudo por ela ser minha esposa.
Há uma semana, não me imaginaria sequer pensando nisso. Casamento seria puramente uma obrigação, simplesmente uma união com o benefício de controle, então não precisaríamos nem ao menos ser amigos. Mas estar perto dela me fez perceber que não queria algo frio, principalmente porque ela não merecia isso. Com o tempo, passei a querer algo mais real com ela e esse desejo só cresceu.
Sorri, abraçando mais seu corpo junto ao meu, abrindo lentamente os olhos, percebendo a pouca claridade do local, pois as grossas cortinas impediam a luz do sol de adentrar.
Selene se mantinha completamente acomodada sob meu corpo, o rosto sereno e os longos cabelos caindo por suas costas nuas.
Tão linda... Acariciei suavemente seu rosto, sentindo meu coração tão tranquilo com a maneira como acordamos.
Poderia demorar séculos, mas faria seu coração me amar...
Um largo sorriso surgiu em sua face e seus olhos se abriram vagarosamente, me contemplando com uma curiosidade intensa.
Como ela conseguia ser tão linda?
Selene brilhava como a luz do sol e sequer se dava conta disso.
— Desculpe, não queria acordá-la — sussurrei.
Ela corou, desviando o olhar e se aconchegando mais a mim. Suas mãos começaram a acariciar meu peitoral, de forma suave e carinhosa, abruptamente ela parou, com os olhos assustados.
— Continue, seu carinho estava bom — retruquei, sorrindo abertamente.
— Não te incomoda que te toque? — ela perguntou tímida, diante do meu olhar confuso. Ela mordeu o lábio inferior, nervosa. — Sabe, tem gente que não gosta de ter seu espaço invadido, nem de carinhos, não quero irritá-lo.
Me irritar com seu carinho?
Como ela poderia imaginar que...
Oh! Aquele maldito arruinou até mesmo isso?
Não conseguia acreditar que ele fosse tão frio ao ponto de não gostar de ter o corpo dela assim, de receber um lindo sorriso e um carinho tão genuíno.
Como podia ficar irritado se sentia meu coração disparar a cada toque seu?
— Selene, não sou ele, jamais vou agir dessa maneira com você — sorri, elevando suas mãos até meus cabelos. — Até porque, gosto do seu toque, me sinto querido por você.
Ela sorriu meiga, acariciando suavemente minhas madeixas, e um suspiro contente escapou pelos meus lábios.
— Tudo que quero é viver plenamente com você, então esqueça tudo que sabe sobre relacionamentos, por mais que não tenha experiência no quesito seriedade, quero fazer tudo certo com você... — admiti, arrancando um pequeno riso dela.
— Aprenderemos juntos? — ela perguntou sorridente.
— Exatamente! — murmurei alegre, então beijo suavemente sua testa. — Bom dia, esposa.
Selene sorriu, olhando-me de uma maneira que não tinha visto até então.
— Bom dia, marido — ela devolveu a brincadeira, sorrindo abertamente.
Uma palavra tão simples, mas que fez meu coração bater descompassado.
O guerreiro acaba de ser abatido aqui...
Acariciei suas bochechas rubras e ela intensificou o olhar em minha direção.
— Está bem? — perguntei, preocupado.
Nossa noite foi esplêndida, mas não sou um completo boçal, entendia que para as mulheres era diferente, ainda mais quando temos corpos desproporcionalmente diferentes.
Selene arregalou os olhos, provavelmente surpresa pela minha preocupação. Não era preciso muito para entender que ela nunca teve isso, aquele idiota não a tratava bem, só esse pensamento me deixou com raiva.
Ele tinha tudo nas mãos, mas jogou fora e tudo isso por poder?
No final, ele vai ficar sem nada, como um verdadeiro verme que era!
Farei questão disso, de reduzi-lo a nada e de fazê-la feliz, pois tudo que queria era que ela conhecesse o que era ser amada, que sentisse que uma mulher pode e deve receber carinho, mesmo que seja um guerreiro frio e calculista em batalhas. Com ela podia ser diferente, tratando-a como a joia mais rara do universo, como ela merecia, e ela esquecerá todos os seus traumas.
— Estou muito bem, a noite de ontem foi... inesquecível para mim — Selene admitiu, sem tirar os olhos dos meus.
Saber que estamos na mesma página aqueceu meu coração, pois diálogo para mim era tudo, prezo demais a sinceridade.
Percorri a mão ao longo de sua coluna, até seus cabelos, enrolando as madeixas em meu punho, trazendo-a até perto do meu rosto, com os lábios roçando levemente aos dela.
— Para mim também foi inesquecível — murmurei rente aos seus doces lábios. — Pois foi você...
Seu olhar brilhou com uma intensidade que incendiou meu coração, e suas pequenas mãos, delicadas e firmes, se enroscaram em meus cabelos, puxando meu rosto em sua direção. Quando nossos lábios se encontraram, foi como se o mundo ao nosso redor desaparecesse, e tudo que existisse fosse aquele momento. O beijo foi repleto de volúpia, um encontro explosivo que arrancou suspiros manhosos meus, fazendo-me sentir uma mistura de desejo e carinho que nunca imaginei ser possível. Cada toque, cada respiração compartilhada, selou a conexão entre nós, deixando-me completamente sem fôlego.
Estava ficando sem ar, quando seus lábios começaram a desviar pelo meu queixo, rumo ao pescoço, com pequenos beijos que arrepiaram todo meu corpo, aumentando meu desejo e deixando meu sangue quente.
Cada toque em minha pele parecia me fazer ferver, senti a corrente elétrica percorrer minhas veias e um gemido alto escapou.
— Selene... está deixando-me louco! — rosnei, virando-a sob a cama.
Seu olhar quente parecia um reflexo do meu, aumentando ainda mais minha temperatura. As pequenas mãos foram para minhas costas, arranhando meus ombros, um arrepio percorreu minha coluna, gememos juntos quando meu membro estocou fundo em sua intimidade molhada.
— Selene...
Meu gemido se transformou em rosnado, à medida que meus quadris batiam mais forte contra os dela, arremetendo num ritmo alucinante. Seu aroma misturou-se ao meu, transportando meu ser para um mundo completamente nosso, onde nada era mais importante que tê-la em meus braços.
Oh... minha pequena travessa estava me deixando completamente maluco!
Suas pernas rodearam minha cintura, aprofundando mais nosso contato, e seus gemidos passaram a ficar mais altos, preenchendo o ambiente com uma melodia sensual e quente. Segurei suas coxas, apertando-as, e seu suspiro tornou-se sôfrego, aumentando meu prazer.
O rosto delicado, mergulhado no êxtase, era a maravilha mais linda de todo o universo!
Seu olhar brilhava com uma intensidade hipnotizante, transformando seus olhos roxos em luzes cintilantes, como estrelas que dançavam no céu noturno. O suor reluzia em seu corpo branco, acentuando cada curva e tornando-a mais deslumbrante do que nunca. Seus cabelos, em tons de areia, se espalhavam pelo travesseiro, criando uma moldura perfeita para seu rosto, que exibia uma satisfação tão pura que parecia quase etérea. Cada traço dela emanava um magnetismo irresistível, deixando-me sem fôlego, completamente cativado pela beleza que estava diante de mim.
— Oh?! Thor! — Selene gemeu quando atingiu o orgasmo.
Sorri arrogantemente, continuando a estocar violentamente, prolongando seu prazer, até meu próprio explodir, rosnei baixo em seu ouvido, sentindo meu corpo queimar.
O corpo dela tremeu junto ao meu, deixando-nos num estado de pura alegria.
Esqueça tudo que falei sobre casamento, pois podia me acostumar a viver assim pela eternidade!
— Essa é uma boa maneira de acordar — murmurei, beijando seu pescoço.
Selene sorriu e meu corpo caiu ao seu lado na cama. Sem tirar o sorriso do rosto, ela deitou a cabeça em meu peitoral, abraçando-me com carinho. A sensação boa que ela traz era como estar no verdadeiro paraíso.
Elevei a mão até seus cabelos, acariciando suas longas madeixas claras, e seus olhos tremularam em prazer, retirando um pequeno sorriso do meu rosto.
Era assim que queria vê-la, mergulhada na alegria.
Uma leve batida ecoou, quebrando nosso momento.
— Urgh, agora não! — Selene resmungou, brava, afundando o rosto em meu pescoço.
Esperava honestamente que não fosse Loki, pois era hoje que o matava!
— Quem é? — rosnei sem sair do lugar.
Sério, não existia nenhuma lei que proibia interromper os recém-casados?
O sol nasceu há poucas horas, não tinha nenhum compromisso e sabia que ela também não, podíamos muito bem ficar horas aqui. Não que pretendesse matá-la de fome, mas não estava pronto para dividi-la com ninguém, ainda mais depois de tudo que passamos nessa noite e manhã.
Tudo estava perfeitamente bem, mas tinham que achar algo para estragar!
— Desculpe-me interrompê-los logo cedo, mas o conselho precisa seguir com os protocolos — escutei a voz irritante do ancião dos elfos.
Não!
Eles não estavam nos interrompendo a essa hora apenas para seguir essas porcarias!
— Argh! Já vamos! — Selene resmungou alto.
— Que protocolo? — perguntei, já irritado.
— Eles precisam ver a mancha de sangue nos lençóis — ela respondeu entre dentes.
Eles estavam brincando com a sorte, até agora tenho sido paciente, mas isso já era demais!
Será que não conseguiam ver como isso era ridículo?
As mulheres passavam por isso lá?
Isso irá mudar, não permitirei que mais nenhuma sofra dessa maneira, nem que precise aniquilar todos os malditos anciões!
— Esses idiotas completos! — levantei irritado, decidido a encerrar essa porcaria de uma vez por todas.
Esses imbecis tinham a coragem de um rato, pois duvidava que mantivessem a decência ao ver que conseguiram o milagre de me irritar.
Peguei um roupão, colocando-o sem conter a raiva. A fúria queimava meu sangue como um fogo incontrolável. Vi que ela também se vestia, tampando completamente seu corpo, uma visão que só alimentava minha indignação, pois percebi o quão desconfortável ela estava.
Com passos largos e decididos, fui em direção à porta, abrindo-a de supetão e assustando os anciões que aguardavam do lado de fora. A raiva em meu rosto era palpável, uma tempestade prestes a explodir, e foi o suficiente para que eles se encolhessem e desviassem o olhar como os covardes que eram.
A humilhação que estavam fazendo Selene passar era insuportável, uma afronta não somente a ela, mas à minha honra, pois eles achavam que ficaria quieto diante dessa afronta!
O corredor estava mal iluminado, com apenas alguns reflexos da luz do sol que adentrava pelas janelas. O ar pesado, carregado de tensão, enquanto eles pareciam em pânico, nem ousando respirar.
— Desculpe pela interrupção, disse que isso podia ser feito depois, mas eles não escutaram — Cyrius tomou a frente, com o semblante irritado para os demais.
A face raivosa dele demonstrava o quanto ele estava furioso com os anciões, e com toda a razão.
— Sabe que essas são as regras, Cy — escutei a voz irritante do maldito ecoar, enquanto ele parava ao lado de Cyrius, olhando debochado para mim. — Não é como se pudéssemos interromper muita coisa, se ela era pura, não entende do assunto.
— Não lhe dei intimidade para que me chamasse assim, Uziel! — Cyrius resmungou, adentrando o quarto. — Vamos logo, eles merecem paz!
Uziel sorriu, se aprontando para entrar também.
Meu corpo tremeu de raiva. Aproximei-me mais da porta, tapando sua visão num claro sinal para que ele se afastasse. As paredes frias pareciam se fechar ao meu redor, intensificando minha fúria. Senti minha aura se intensificar, uma energia poderosa e sombria emanou de mim, fazendo o ar ao meu redor vibrar, para a clara alegria do elfo. Meus punhos se fecharam, os músculos ficaram mais tensos, prontos para atacá-lo.
Uziel riu alto, revirando os olhos.
— Faço parte do conselho, caso não saiba. É meu direito estar aqui, estou no lugar de meu pai, desde que ele renunciou, então saia da frente — Uziel debochou, sorrindo arrogante e baixou o tom de voz apenas para eu escutar. — Prometo que não vou olhar, até porque já vi tudo.
— Estou a um passo de matá-lo!
A fúria cresceu como um vulcão prestes a entrar em erupção. Minha aura pulsava com intensidade ameaçadora, refletindo a tempestade de emoções que rugia em mim.
Quero que ele suma!
Ele merecia uma morte lenta e dolorosa, mas sabia que não tinha a menor graça lutar contra alguém tão podre, pois ele não merecia nenhuma honra.
As pequenas mãos de minha esposa cobriram meus punhos, a corrente elétrica que passava pela minha pele não a feriu, como se meus poderes soubessem que ela não deveria ser machucada, pois meu ser entendia quem ela era.
Olhei-a de canto, percebendo seu olhar doce, entendi suas palavras não ditas e, por mais que ficasse irritado, sabia que ela tinha razão.
Tudo que ele fez, uma morte rápida, era pouco. Primeiro, precisava fazê-lo ver que nada do que ele aprontou teve êxito, pois transformarei Alfheim em um lugar próspero, principalmente para as mulheres, mas principalmente, farei Selene uma mulher feliz.
— Vamos acabar com isso logo, por favor? — ela sussurrou, puxando meu corpo para ficar próximo ao seu.
Assenti, adentrando o quarto com um dos braços em sua cintura, sentindo-a tremer de leve.
Ela era quem precisava de proteção!
Era uma situação totalmente desgastante para ela, estava mentindo para todos, algo que já percebi que ela odeia, correndo o risco de ser descoberta e com o acréscimo do idiota que a colocou nessa situação estando presente nesse momento.
Selene precisava mais de mim, não podia me deixar levar pela raiva, poderia acabar com ele em outro momento.
Os anciões reviraram os lençóis, encontrando a mancha de sangue, assim como as provas de que passamos a noite juntos.
Senti o corpo dela tremer e seu rosto fechou, segurei mais seu corpo em volta do meu, como uma proteção.
— Muito bem, está tudo provado! — Cyrius decretou, olhando diretamente para Uziel.
— Cyrius, recolha os lençóis para a análise — Sir declarou sereno.
Rosnei, fazendo os elfos tremerem de medo. Cyrius seguiu os comandos, não me ignorando, mas entendendo que minha raiva não era para ele.
— Bem, não abusem da minha boa vontade, sumam daqui! — declarei friamente.
Selene cobriu seu rosto no meu peitoral, seu corpo tremendo pelo medo e isso me deixou mais irado.
— Claro, senhor! — Sir respondeu trêmulo.
Uziel mantinha a face fechada num semblante sombrio, seus olhos se voltaram irados para Selene e ela segurou mais firme em meu corpo, tremendo de medo.
— Sim... tudo está provado, a princesa era realmente pura... — Uziel resmungou sarcástico. — Quem diria...
Coloquei o corpo de Selene atrás do meu, olhando irritado para o elfo, que, diferente dos demais, sequer tremulou ao me encarar de volta.
Ele poderia ser um verme, mas não era um covarde.
— Vamos, Uziel, temos que deixá-los a sós — Asha puxou seu braço.
— Claro, Asha, devemos deixar os pombinhos aproveitarem seu tempo — ele ameaçou, saindo sorrindo do quarto.
Quando o último ancião saiu, o corpo dela desabou e seu soluço ecoou no quarto. Segurei-a com força, abraçando seu corpo por inteiro, sentindo-a tremer em meus braços.
— Prometo a você, ele nunca mais conseguirá machucá-la! — declarei em seu ouvido.
— Tenho muito medo do que ele possa fazer, ele não é uma pessoa boa, seus poderes são incompreensíveis! — Selene retrucou, aconchegando-se mais em meu corpo.
— Vou protegê-la, não esqueça de quem sou — repliquei, fazendo-a sorrir levemente.
— Confio em você — Selene respondeu, me dando um delicado selinho.
A mesa do café da manhã estava cheia, porém apenas nossos familiares, estendendo-se a mamãe e Frigga, ambas em lados opostos, mas sem nenhuma rixa. Melhor assim, não suportaria olhar para os anciões após vê-los logo cedo, menos ainda ver o maldito.
— Bom dia a todos — Selene cumprimentou, aproximando-se timidamente.
Todos nos cumprimentaram alegremente, puxei a cadeira para que ela se sentasse ao meu lado, evitando propositalmente o olhar malicioso de Loki.
Esperava que esse imbecil não decidisse fazer alguma brincadeira besta. Não queria deixar Selene constrangida, até porque ela não conhecia meu irmão, não sabia que ele respirava brincadeiras, principalmente aquelas que irritavam os demais.
— Sei que já disse isso, mas repito: você é linda, minha querida, estou tão alegre em ver o brilho nos olhos do meu bebê — mamãe murmurou emocionada.
Selene sorriu, corando fortemente.
— Mamãe, não se chama um homem de bebê após a noite de núpcias — Loki retrucou, sorrindo ao ver Selene engasgar com o fresco. — Cunhada, sem esse pudor, sabemos o que rola, principalmente se tem um esquenta antes.
— Cala a boca! — rosnei, aumentando seu sorriso.
Asha e Cyrius tiveram a decência de esconder os risos, diferente da minha família que riu alto, deixando Selene mais corada.
— Não ligue, mamãe o derrubou quando ele nasceu! — murmurei alto o suficiente para que o idiota escutasse.
Loki elevou a taça de refresco, sorrindo como um idiota.
— É, mas não sou eu que fico de amassos na festa de casamento — Loki retruca, rindo ao ver que conseguiu deixar Selene completamente rubra. — Sabe, pensei que as elfas eram tímidas, quero conhecer mais seu povo.
Frigga abafou o riso no braço de meu pai, ao contrário da mamãe que, observando meu olhar irritado e o rosto corado da minha esposa, puxou a orelha do meu irmão.
— Já brincou, agora chega! — ela repreendeu, embora seus olhos estivessem brilhando em divertimento.
— Ai! Não tenho culpa se eles não são discretos! — Loki resmunga, se soltando dela.
— Você que é um intrometido! — repliquei, apontando o dedo em sua direção. — Se está tão louco para casar, podemos resolver isso!
Loki arregalou os olhos, um riso alto ecoou e sorri ao notar Selene se divertindo às custas dele.
Como ela poderia ter um riso tão fofo?
Nunca imaginei que fosse pensar que o riso de uma mulher seria agradável, mas a alegria dela era como se fosse a minha própria e foi impossível não rir junto dela.
Era tão bom essa alegria junto dos nossos, principalmente sabendo que logo partiremos para um local desconhecido para mim e totalmente o lugar do maldito.
— Senhor Thor, sei que preferia aproveitar mais o tempo com sua família aqui, mas precisamos partir cedo para Alfheim, o povo aguarda a chegada de vocês — Cyrius anunciou, olhando meigo para Selene.
Se pudesse, ficaria em Asgard junto dela, pois não queria que ela ficasse no meio daquela sujeira que a esperava. O maldito fará de tudo para derrubá-la e não queria isso.
— Creio que temos que partir ainda hoje, Cy... Cyrius — Asha tremeu, corando e desviando o olhar para longe do elfo. — Sabe que precisamos deixar tudo sob o comando deles e evitar que Uziel faça algo.
— Quanto antes resolvermos isso, melhor — Odin confirmou.
Senti Selene tensa ao meu lado, entrelacei a mão na sua, apertando-a suavemente, e seu sorriso mínimo surgiu.
Estava ao seu lado, não deixarei nada lhe atingir, podia até não conseguir mudar seu passado, mas seu futuro será melhor!
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