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Capítulo 9

Capítulo 9

Samuel saiu do saco de dormir ao primeiro sinal do nascer do sol. Daniel o sentiu escorregar de seus braços, mas não questionou. Ele sabia que Samuca tinha adormecido pacificamente durante a madrugada, mas o sono não voltou para Daniel. Durante grande parte do tempo, ele se deitara com o calor do caminhante no peito e na barriga, imaginando que eventos horríveis poderiam ter dado vida àquele tipo de medo nos olhos do homem gentil. Claro, ele tinha visto reportagens sobre os estouros de cativeiros pela polícia na televisão, mas era apenas isso, era como ficção para Daniel. Coisas que não influenciavam em sua vida diária ou na maioria das pessoas que ele conhecia.

"O que você estava fazendo, caminhante, enquanto eu estava procurando pela minha próxima dose?" - Daniel perguntou em silêncio e pressionou o rosto no cabelo curto. Quando Samuel acordou, Daniel decidiu não insistir. Se o homem quisesse falar, ele ouviria, mas de alguma forma duvidava que a reticência dele em discutir seu passado mudasse da noite para o dia.

A fogueira foi reconstruída e quando o fogo foi aceso, Samuel olhou para cima e pegou Daniel observando-o. Não houve hesitação em seu sorriso. -Terei o café da manhã pronto em um instante. Ah, e há papel e uma pá se você precisar.

- Legal - Daniel riu e chutou as pernas para fora da bolsa. - Merda, ainda está muito frio. - Ele se levantou e esfregou os braços nus antes de pegar suas botas.

- Verifique as botas antes de calçar - Samuel lembrou a ele. - Você nunca sabe o que pode estar lá.

Daniel gemeu com o pensamento, mas bateu as botas no chão e inclinou-as antes de deslizar os pés dentro.

- Tenho que amar uma situação onde você acorda cedo e tem que colocar suas botas para ir dar uma mijada.

Enquanto se afastava do acampamento, Daniel ouviu a resposta - Cuidado, uma cobra pode picar sua bunda.

Daniel lhe mostrou o dedo, mas certificou-se de verificar seu entorno da mesma forma. Ele se aliviou em muitos ambientes ao ar livre ao longo dos anos e não pensou duas vezes sobre isso, mas Daniel percebeu no meio do caminho que ele estava sorrindo. O que era sobre este lugar que até mesmo uma mijada da manhã o fazia se sentir bem?

- Você realmente está enlouquecendo, Dani -, ele murmurou alegremente, repetindo as palavras que ouvira seu irmão dizer muitas vezes, mas com implicações mais sombrias. Ele examinou o horizonte na direção em que eles vieram, mas não conseguiu mais distinguir a estrada e ficou vagamente surpreso que isso não o incomodasse. Na verdade, isso não o incomodou nem um pouco. Daniel sabia que ele estava seguro com Samuel.

- Sua bunda ainda está inteira? - Samuel brincou quando ele voltou para o acampamento.

- Você quer ver? - Daniel retrucou e se agachou ao lado da fogueira.

- Não antes do café da manhã, companheiro.

Eles se sentaram e comeram uma versão muito saborosa de mingau e beberam café preto quente. Nenhum dos dois falou da noite anterior.

- Vamos chegar ao Coração hoje? - Daniel perguntou enquanto bebia o último gole de seu café.

- Nós poderíamos - disse Samuel, era óbvio que o que ele não estava dizendo era mais importante.

- Mas? Eu sei que há um 'mas' silencioso no final dessa frase.

Samuca sorriu. - Poderíamos passar pelas cavernas e continuar caminhando, mas se seguirmos um caminho mais indireto, podemos passar o dia explorando e fazer a caminhada amanhã.

- Amanhã é meu aniversário - disse Daniel em voz baixa.

- Porra companheiro! Você manteve isso em segredo. É por isso que você quer chegar a Coração tão rápido?

- Sim, acho que sim.

- Talvez seja por isso a marcha dos animais? Festa no Coração?

Festa no coração. Daniel assentiu e olhou para o ex-policial.

- Nós vamos ter certeza que você esteja lá no seu aniversário, Dani. Não se preocupe.

Ele não tinha certeza se era a convicção na voz de Samuel ou a expressão de determinação sincera, mas Daniel não estava preocupado.

- Coração só amanhã, porque hoje iremos explorar.

***

Explorar sempre soava como uma ótima ideia, até você realmente fazer isso. Daniel grunhiu com os dentes trincados, esperando que sua bota não escorregasse da base que Samuel jurou ser segura. Eles seguiram um caminho que se contorcia e girava através das gigantes pedras vermelhas, e agora parecia que tinham que subir.

- Diga-me novamente por que estamos fazendo isso - Daniel perguntou quando Samuca finalmente o levou ao topo.

- Dê uma olhada.

Daniel virou-se um pouco instável e olhou através da vegetação.

- É para lá que vamos amanhã. Feijão assado para o seu jantar de aniversário no Coração.

A natureza se estendia interminavelmente na frente deles, a Gruta do Janelão ao longe, brilhando sob o sol do meio-dia.

Daniel se levantou e olhou para ele sem palavras para responder até que a mão de Samuca segurou a dele.

- Que tal nos sentarmos aqui por um tempo?

- Mm sim. Obrigado.

- Você está bem, Dani?

"Eu estou bem?" - Pergunta difícil - admitiu Daniel. - Quando a ideia me bateu para vir aqui, foi apenas um sonho, sabe? Algo que imaginei sem realmente acreditar que eu chegaria aqui.

- Então, o que fez você finalmente fazer isso?

- Eu tenho vinte e sete anos. Depois de anos usando drogas, salas de emergência, reabilitação, eu percebi que talvez não passasse dos vinte e sete. - Daniel olhou para Samuel como se isso significasse alguma coisa, mas Samuca apenas deu de ombros. - Você nunca ouviu falar do clube vinte e sete? Merda, um monte de artistas morreu nessa idade e eu achei que estivesse indo para o mesmo caminho. Eu estava em reabilitação novamente quando outro morreu, e decidi que tinha que ser minha última vez lá ou não chegaria aos vinte e oito.

Naquela hora, Samuel assentiu. Ele não conhecia tudo o que Daniel estava tentando explicar, e talvez Daniel também não, mas ele sabia sobre a sobrevivência.

- Vai ser um bom aniversário, Dani, você vai ver.

- Sim. - Ele olhou para as mãos entrelaçadas. Muito diferente.

- O que você está pensando?

- Que os últimos dias não parecem reais.

Samuel inclinou a cabeça para ver o rosto de Daniel através da cortina de cabelos negros. - Por que não?

- Não sei. É este lugar, mas mais que isso. Você ... e isso. - Ele levantou as mãos unidas. - Você não é do tipo que se interessaria por mim em outras circunstâncias.

- E aqui estamos juntos, sentados em uma pedra grande no meio da natureza selvagem, de mãos dadas.

Daniel sorriu com o quão ridículo tudo parecia. - É o que eu quero dizer.

- Por que diz isso, Dani? Aqui não há passado e amanhã é apenas uma ideia que ainda não aconteceu.

- Isso realmente funciona? - Daniel sentou-se um pouco mais reto e olhou para a paisagem reluzente.

- Às vezes. Na maioria dos dias. - Samuca encolheu os ombros.

- Mas não à noite.

- Sonhos são algo diferente. Algo que não podemos controlar, então todas as coisas com as quais não lidamos durante o dia nos visitam ali.

- Sinto muito - disse Daniel em voz baixa. - Eu não deveria ter mencionado isso.

- Sim, você deveria - disse Samuel e assentiu. - Eu tinha um namorado antes de ir para aquele resgate e ele ainda estava lá quando voltei. Ele era um bom homem que aguentou muita merda até que eu o tirei da minha casa e da minha vida. Os terrores noturnos eram parte disso, mas havia mais. - Ele deu um tapinha no frasco enfiado em um bolso lateral de sua mochila. - Eu descobri como lidar com a bebida. Apenas um gole de vez em quando para afastar as coisas difíceis, mas o que está na minha cabeça não é tão fácil.

- Você não tem que me dizer, Samuel.

- Eu acho que tenho - disse o ex-policial e surpreendeu ambos, levantando as mãos e dando um beijo nos dedos de Daniel. -Mas não aqui, ok? Estou fritando neste calor e sua pele de vampiro ficará queimada.

Daniel olhou para ele.

- Vamos lá, companheiro - disse Samuel quando ele se levantou e puxou a mão de Daniel. - Eu conheço um lugar para nos refrescarmos.

Antes que ele tivesse a chance de questionar alguma coisa, eles estavam descendo entre duas pedras que terminavam em uma pequena trilha escondida. A mudança foi instantânea. Ar frio roçou a pele avermelhada do sol de Daniel. Ele estremeceu. Mas foi arrepio bom. A luz fraca do caminho o envolveu. Ele foi inundado com memórias de sua avó levando ele e o irmão para ver as cidades históricas durante as férias escolares. O céu distante substituía os arcos abobadados do teto da catedral e a tonalidade celeste dos vitrais eram finos fragmentos de luz que formavam um caminho entre as pedras, mas as cores à frente deles eram igualmente vibrantes. Azul, dourado, vermelho encheram sua visão no final do caminho frio e estreito. Samuca olhou por cima do ombro com um sorriso que preencheu um pouco mais o coração de Daniel cada vez que ele o olhava. "Estou bem aqui, Dani", dizia a ele. "Você está seguro comigo e eu não vou te deixar para trás".

Daniel sorriu de volta com o mesmo significado.

Eles se aprofundaram nas rochas e os sons da mata desapareceram. Não havia farfalhar da leve brisa que pegava os galhos secos ou o grito de uma ave descontente. Os únicos sons que Daniel ouviu foram o barulho das botas sobre terra, pedra e cascalho, e sua respiração. Ele parou por um momento e prendeu o ar nos pulmões. As botas de Samuel e seus próprios batimentos cardíacos. Nada mais. Quando os passos pararam, Daniel se levantou e ouviu seu coração. dum, dum, dum ...

Ele soltou a respiração com uma risada na expressão curiosa no rosto do caminhante.

- Apenas escutando.

- O que você ouviu?

Com qualquer outra pessoa, Daniel teria mentido, mas sabia que Samuca não riria dele. - Meu coração. Está tão quieto aqui que eu posso ouvir batendo nos meus ouvidos.

- Viu só? Você está vivo, Dani. - Outro sorriso e Samuel voltou para o caminho e continuou sua jornada.

O caminho caiu brevemente e eles foram forçados a descer através de uma fissura nas rochas. Uma luz forte explodiu do outro lado. Dani estava ao lado de Samuca e olhou para a vista diante deles.

- Eu disse que conhecia um bom lugar para nos refrescarmos.

Daniel entrou no sol; seu ardor foi instantâneo, mas ele não se importou.

- É seguro? Não tem piranhas aí, quero dizer?

Samuel pegou sua mão e levou-o até a beira do poço. A água estava cristalina na borda, mas o fundo escurecido bruscamente, e Daniel só pôde adivinhar o que se escondia em suas profundezas. Samuca ainda sorria. - Olhe ao redor, Dani. Como uma piranha chegaria aqui? Isso vem do fundo da terra e das rochas.

Daniel olhou para cima e viu a chuva da noite anterior ainda escorrendo pelas fendas cheias de samambaias e entrando na água, criando pequenas ondulações que mal perturbavam a superfície. A água escura estava tão quieta quanto um espelho no centro, refletindo o vermelho vibrante das rochas que o embalavam e o azul brilhante do céu acima.

- Pode haver uma Iara ou duas, mas não piranhas.

- Sim, certo - disse Daniel, ainda olhando para a piscina natural e muito facilmente imaginando a criatura mítica espreitando-os sem ser vista.

- Então, vamos ficar aqui parados ou dar um mergulho? - Samuca disse, já inclinado para desabotoar as botas.

- E aqui estou eu sem minha roupa de banho - Daniel brincou e largou a mochila para começar a se despir.

**

Olá caminhantes,

Mais um pouquinho do Dani e do Samuca pra vcx.

bjokas e até a próxima att.

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