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Capítulo 7

Capítulo 7

O sono não tinha chegado facilmente a Daniel depois de sua conversa noturna, e quando ele finalmente se entregou, seus sonhos foram preenchidos com imagens estranhas de terra vermelha, pássaros de pernas longas dançando em uma trilha sonora de tiros. Quando o sol nasceu, ele se sentiu mais cansado do que quando se deitara para dormir.

O aroma rico de café encheu o chalé. Daniel abriu os olhos para ver Samuca encostado na porta com uma caneca fumegante em cada mão.

— Funcionaria se eu dissesse para você se foder? — Ele gemeu.

— Sem chance — disse Samuel em uma voz que estava muito feliz para o gosto de Daniel.

— Eu realmente disse que caminharia até as cavernas na noite passada?

— Não tenho certeza se 'merda' se qualifica como um sim, mas sim, eu acho que você disse. — Samuel colocou um dos cafés na mesa de cabeceira de Daniel e embalou o outro em suas mãos quando ele se sentou na beira da cama.

Daniel puxou-se sobre um cotovelo para ver que seu companheiro de caminhada estava vestido, mochila pronta, e sua cama feita com cantos assustadoramente retos.

— Que horas são? — Ele perguntou, ofegante, e pegou o café, só para desistir quando a caneca estava quente demais para segurar.

— Cedo — disse Samuel. — Mas eu pensei que poderíamos tomar o café da manhã e pegar a estrada antes que o calor aumentasse.

— Isso é insano, sabe?

O ex-policial riu e bebeu cautelosamente seu café. — As pessoas andam nesta terra há centenas e centenas de anos.

— Não as pessoas como eu.

— E que tipo de 'pessoa' você é, Dani?

— O tipo da cidade, que dirige um carro.

Samuel sentou-se e olhou para Daniel por tempo suficiente para fazê-lo se sentir como uma criança petulante tentando encontrar desculpas para fugir de algo que ele não queria fazer.

— Sim, tudo bem — disse Daniel e sentou-se para tentar novamente o café. — Estou aqui, neste momento e lugar, porque sei que sou mais do que isso ou preciso ser mais do que isso. Talvez?

— Ei, não olhe para mim atrás de uma resposta — disse Samuel com um sorriso. — Eu sou apenas um ex-policial da antissequestro fugindo do trabalho de cavar a porra de um poço.

"Um ex-policial da antissequestro" ... Isso foi o máximo que Daniel realmente ouviu Samuel falar sobre seu passado. Ele assentiu e conseguiu colocar os dedos longos em volta da caneca quente.

— Você vai ficar comigo, não é? Quero dizer, você não está planejando me levar para o meio do nada, então decidir que tem que ... não sei, voltar aqui e arrumar o poço de água ou algo assim?

O homem riu e se moveu para se sentar na cama de Daniel. — Eu vou ficar com você enquanto você precisar de mim lá, companheiro.

Daniel só conhecia Samuel há alguns dias, mas a honestidade em seus olhos o convenceu. — Obrigado — ele respondeu, apenas mais alto do que um sussurro.

As pontas dos dedos dele roçaram a pele pálida do pescoço de Daniel e pararam no decote de sua camiseta. — Nós vamos ter que fazer algo sobre isso, no entanto — disse Samuel.

— Algo sobre o que? — Daniel perguntou, um pouco perdido no toque.

Sam tirou os dedos e olhou para cima com um sorriso tímido. — Você vai virar um pimentão, companheiro.

— Muito provavelmente — Daniel murmurou e revirou os olhos. — Vamos lá, então, se vamos fazer essa merda insana, acho melhor me levantar.

***

Embora ele tenha deixado muitas coisas para trás, Daniel lutou com a mochila que o Beto tinha insistido que ele aceitasse. As alças fincaram nos ombros dele e raspava em suas costas. O saco de dormir saltava irritantemente a cada passo e ... bem, tudo o irritava. Seu andar ficou mais e mais lento atrás do ritmo de Samuel até que ele tirou a mochila e jogou no asfalto quente da estrada.

O caminhante deu mais alguns passos antes de perceber que Daniel não estava mais se mexendo. Ele se virou e olhou para o personagem miserável atrás dele e não conseguiu resistir a uma risada. — Porra, cara, parece que você acabou de perder seu melhor amigo e seu cachorro.

— Que porra eu estou fazendo aqui? Sério, que porra é essa? — Daniel estendeu os braços em descrença total com a situação em que se metera, mas isso só fez Samuel rir mais. — Cala a boca — ele rosnou, então começou a rir. Ele sabia o quão ridículo ele deveria ser. Um tatuado e gótico com um chapéu de caubói emprestado e uma camisa xadrez em uma estrada no meio do nada. Daniel gemeu e se agachou ao lado da mochila.

— Não consigo descobrir o que Beto estava pensando quando ele sugeriu que eu fizesse isso — disse Daniel às botas surradas que estavam agora ao lado dele. Uma mão se fechou sobre o ombro dele e ele estendeu a mão para cobri-la com a sua.

— Beto sugeriu que fizéssemos isso juntos, lembra?

Daniel olhou para Samuel e suspirou. — Porquê? Quero dizer, você não precisa fazer isso. Você já fez isso antes, certo?

— Vê aquela árvore ali? — Disse Samuel. — Aqui é onde nós saímos da estrada. É fim do asfalto a partir de agora, então vamos sentar na sombra e eu posso te dizer porque eu acho que o velho Beto nos disse para fazer isso.

— Este é apenas um truque para me fazer andar de novo, não é? — Daniel murmurou enquanto se levantava e colocava sua mochila novamente.

— Claro que sim. — Samuel riu. — E funcionou.

A árvore solitária oferecia uma ampla extensão de sombra e um tronco sólido para se apoiar. Os dois homens sentaram-se lado a lado e olharam para o calor cintilante que subia em ondas sobre a estrada. Daniel tirou o chapéu e passou os dedos pelo cabelo empapado de suor.

— Merda — ele gemeu e deixou a cabeça cair de volta contra a árvore. — Eu sinto que estou cozinhando de dentro para fora.

Samuel destampou uma garrafa de água e tomou um gole, depois passou para Daniel. — Você vai se acostumar com isso. Seu corpo precisa se ajustar e você precisa deixar isso acontecer.

Daniel lançou um olhar incrédulo enquanto bebia a água fria, mas Samuel apenas sorriu para ele.

— Aqui, me dê isso — disse Samuel e pegou a garrafa de volta. Ele tomou outro gole, em seguida, avisou Daniel — Feche os olhos por um minuto.

Daniel fez o que lhe foi dito e sentiu o fluxo constante de água bater em seu couro cabeludo. Ela correu em linhas finas através de seu cabelo na parte de trás do seu pescoço. Ele soltou um leve suspiro e inclinou a cabeça para que a água se derramasse sobre seu rosto. Quando chegou a seus lábios entreabertos, a ponta da língua de Daniel saiu e pegou o drible fresco da água. O sabor salgado de seu suor misturava-se com o líquido frio, mas ele sorriu e murmurou — Não que eu esteja reclamando, mas deveríamos realmente estar desperdiçando a água? — Ele abriu os olhos para ver o rosto de Sam muito perto do dele.

— O velho Beto disse que ia chover — Sam respondeu suavemente.

— E nós temos que acreditar no velho Beto, certo?

— Uh-huh.

— Mesmo quando ele disse que somos como duas metades de uma história?

Samuel franziu a testa um pouco e sentou-se para terminar o último de sua água. — Ele realmente disse isso?

— Sim, e outras coisas também.

— Merda, companheiro, agora estou preocupado — disse Samuel com uma risada que não escondia a verdade em suas palavras.

— Beto disse que estou fazendo isso porque estou ... vazio por dentro, e acho que ele pode estar certo.

A expressão de Samuel ficou muito séria quando ele perguntou — É assim que você se sente?

Daniel assentiu, depois fez uma pausa. — Sempre foi como se eu estivesse esperando algo ou algum lugar para pertencer. Ou alguém. — Ele parou, envergonhado por sua admissão.

Foi a vez de Samuel acenar com a cabeça. — Aquele velho maluco vê muito mais do que a maioria.

— Ele disse que você teve sua armadura destruída. Eu não entendi o que ele quis dizer com isso, mas eu estava pensando sobre isso na noite passada. — Quando Daniel falou, ele moveu a mão para descansar suavemente ao lado da camisa de Samuel. — Ele quis dizer isso literalmente?

O ex-policial congelou. Daniel podia ver a expressão de horror em seus olhos e deixou a mão deslizar para longe.

— Está bem. Você não precisa me dizer.

— Eu ... — Sam gaguejou e desviou o olhar.

— Sinto muito, Samuel. Realmente não é da minha conta — disse Daniel em voz baixa.

— Não é isso. Eu quero ... — Os punhos de Samuel se apertaram. — Porra! — Ele amaldiçoou baixinho, mas com uma raiva que surpreendeu Daniel.

Mais do que tudo no mundo, Daniel queria se aproximar e puxar Samuel para perto, deixá-lo saber ... deixá-lo saber o que? Ele remexeu em sua mochila e tirou sua garrafa de água.

— Que tal dividirmos essa? O Beto disse que a chuva estava chegando.

A sugestão inesperada fez Samuel piscar e ele olhou para a garrafa oferecida. Ele respirou fundo e depois novamente, antes que um pequeno sorriso curvasse os cantos de seus lábios.

— Não tenho certeza se confio tanto no barômetro do Beto. — Samuel encheu os pulmões de ar e soltou um suspiro longo, quase doloroso. — Obrigado, Dani — ele disse com mais calma. — Eu acho que você pode descobrir porque eu preciso dessa caminhada também. As coisas me deixaram mais do que um pouco fodido na cabeça. Está ficando melhor, mas ainda não estou cem porcento.

— Talvez nós façamos um bom par então? — Daniel sorriu.

— Fodidamente assustador, hein? — Samuel disse com uma risada e segurou a parte de trás do pescoço de Daniel para puxá-lo para perto. Suas testas se tocaram por um momento e Daniel pôde sentir a respiração de Samuel desacelerando. Seus dedos deslizaram pelos suaves cabelos de seu companheiro de caminhada e ele sorriu.

— Você nunca vai mudar esse seu corte de cabelo?

Houve uma leve explosão de ar quando Samuel riu, depois sentou-se. — Você não pode falar nada. — Ele levantou uma mecha do cabelo preto azulado e deu um puxão.

— Sim, eu acho que todos nós temos nossas armaduras — admitiu Daniel.

— Você lembra da primeira noite no pousada da Mila?

— Ah, sim?

— Eu tinha acabado de substituir algumas das velhas molduras da janela na parte de trás do local e estava pronto para o jantar. Os velhos estavam brigando por causa do jogo de dominó e eu vi você escondido na mesa de canto. Não sei por que, mas a visão de você dormindo e parecendo tão fora de lugar me emocionou.

— Emocionou você? — Daniel perguntou, tentando ignorar o retorno da vibração em sua barriga.

— Não sei? Como se eu quisesse ir e sentar com você, assim você não teria que estar lá dormindo sozinho — Samuel deu uma pequena risada incrédula. —Coisas de perseguidor, certo?

Daniel sacudiu a cabeça. — Quando eu era criança, eu costumava correr e rir até estar tão exausto que adormecia logo que batia no sofá. Mamãe me acordava depois de um tempo e meu irmão sempre estava lá comigo. Às vezes ele estava dormindo também, outras vezes ele estava jogando com o nosso Nintendo, mas ele estava sempre ao meu lado. Eu teria gostado de acordar e encontrar você lá. Teria fodidamente me assustado, claro, mas eu poderia ter gostado.

— Eu nunca consegui dormir sozinho, não em nossa casa louca — disse Samuel e inclinou-se para que seus ombros se tocassem. — Havia sempre muitas pessoas e não camas suficientes. Eu adorava, no entanto; o barulho, o caos, tão diferente disso. Mas não me entenda mal, este lugar é ... não sei, tão perto do paraíso quanto possível.

— Agora eu sei que você está louco. Paraíso? — Daniel riu.

— Bem, talvez não seja o paraíso, mas porra, olhe em volta. Realmente olhe para esse lugar.

Daniel fez o que lhe foi dito e olhou para a paisagem brilhando na frente dele. Céu azul, poeira, terra batida ... então ele realmente olhou para isto. O céu era mais do que apenas azul; começou pálido perto do horizonte, depois cresceu em intensidade até que a cor azul não a descrevesse adequadamente. Sujo poderia ter descrito o material cinza em sua casa, mas ao redor de Daniel havia amarelo, laranja, marrom e vermelho quebrado por arbustos verdes. Seu olhar seguiu a mão estendida de Samuel e ele viu um lagarto achatando-se em uma rocha próxima, pegando todo o calor que eles estavam evitando, sem se preocupar com a presença deles.

— Lá é para onde estamos indo —, disse Samuel e levantou a mão passando o lagarto para uma rocha avermelhada e cinza envolvida no verde. — Lindo, não é?

Daniel queria fazer um comentário sarcástico, mas não conseguiu. Era bonito, em um tipo selvagem, de uma forma aterrorizante.

— É por isso que você veio aqui? — Daniel perguntou.

— É melhor que a cidade. Não há nada tão bonito quanto isso em todo aquele concreto e vidro.

— De qual cidade você é?

— Eu sou um menino de São Paulo e eu estou supondo que você é de BH, certo?

— Ah, sim, bom palpite. Foi o meu amor óbvio pelo Cruzeiro que me entregou? — Daniel disse sarcasticamente.

Sam riu e sacudiu a cabeça. — Não, mas a roupa preta fez. E o sotaque. Montes Claros e até grande o bastante para ter várias tribos, mas seria muito óbvio.

— Besteira — Daniel respondeu com uma risada e um leve tapa na coxa de Samuel.

— É verdade. Não sei o que é, seu jeitinho come quieto, talvez?

— Agora eu sei que você está falando merda. Paulistas se acham muito superiores. Hum...

Os dois sentaram-se à sombra, fazendo piadas de um lado para o outro, compartilhando o último gole de água, enquanto as primeiras nuvens começavam a rolar. Eram filetes a princípio, mas logo se reuniram. Samuel observou a linha de sombra desaparecer enquanto o sol desaparecia e disse —Parece que o barômetro do Beto estava certo, afinal de contas.

— A chuva será um problema para nós? — perguntou Daniel, olhando para a densa cobertura de nuvens.

— Não, se você não se importar de ficar um pouco molhado. — Samuel sorriu e apoiou a mão no joelho de Daniel para se erguer, em seguida, estendeu a mão para seu companheiro. — Vamos indo para O Coração.

Daniel deixou Samuca ajudá-lo e empurrou sua mochila. — Será que vamos chegar a tempo?

— Você tem que parar de pensar no tempo, Dani. Vai pesar em sua cabeça. Pense nisso desta maneira: estamos indo para o Coração, e podemos ficar um pouco molhados no caminho, mas isso não é algo novo para experimentar? Você já esteve no sertão na chuva?

Daniel olhou para ele, então permitiu que um sorriso lento se formasse. — Você é um hippie do caralho. — Ele riu. — Mesmo com esse corte de cabelo, você é um hippie do caralho.

**

E aí caminhantes,

turu pon? Que lindo o lugar hein!! Quero ir lá quando o isolamento acabar. Acho que começou a rolar um clima entre o Dani e o Samuca, hmmmm..... hahahahaha

nos vemos na próxima att. 

bjokas.

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