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Ato I - A Coroação de Damon

Sete dias depois...

É uma noite nada calma, o vento forte aliado as ondas violentas deixam a viagem pelo mar bastante perigosa, de tal modo que a vau em que a Rainha Elissa e sua pequena comitiva viajam se torna perigosa, o barco sacudindo muito.

Ian, como um experiente homem do mar, comanda a sua embarcação com fibra, dando ordens para seus homens continuarem nos remos e ficarem de olho em qualquer sinal de chuva, pois ele sabe que, com este tempo, não demorará muito para que uma tempestade comece a cair, o que deixará a viagem deles muito mais difícil.

Ao lado de Ian no leme, Vince apenas observa o tempo, preocupado. Durante estes primeiros sete dias de viagem, tudo está tranquilo, mas, este anúncio de tempestade preocupa Vince, pois, se ela for muito forte, teme que o navio não aguente a viagem e, eles ainda têm um longo caminho pela frente.

Ian, percebendo a preocupação nos olhos do líder da Ordem dos Cavaleiros da igreja, resolver perguntar:

― Está preocupado com a tempestade que está por vir?

― Sim. – responde Vince – Infelizmente, não consigo deixar de me preocupar, principalmente porque a Rainha Elissa está a bordo. Toda a minha preocupação é para com ela.

― Eu imagino, Sir. – continua Ian, sem tirar seus olhos do leme – Mas, eu lhe garanto que sou um experiente homem do mar. Sei que está vindo uma tempestade das grandes por aí, mas, eu lhe garanto, esta nau vai aguentar o que quer que venha pela frente, e, eu lhe garanto, nada vai acontecer a minha jovem rainha.

― Que os deuses lhe ouçam, Ian.

― Eles já ouviram. Os Russell são protegidos desde o início dos tempos pelo grande deus Ulath, a última Russel se encontra nesta embarcação e, tenho certeza de que os deuses, principalmente Ulath, não deixarão que nada de ruim aconteça a ela.

Neste momento, chega Padre Jonas, se juntando aos dois.

― Sua fé me comove, Ian. – fala Jonas, se colocando ao lado de Vince.

― Não sou um homem de tanta fé assim, padre. – Ian volta a falar – Apenas no tocante a minha jovem rainha, minha lealdade a ela faz com que eu acredite em tudo, até mesmo nos deuses.

― Admiro sua lealdade a rainha Elissa. – fala Jonas, com sinceridade – Principalmente em um momento como este, em que tantos traidores se unem para depô-la.

― Eles podem até tentar, Sir, mas jamais conseguirão depor nossa jovem Rainha. Elissa é a filha legítima de Andreas, a última Russel viva, enquanto Damon não passa de um maldito bastardo. E, por isso mesmo que, mesmo que os traidores coroem Damon, ele não será verdadeiramente rei, não enquanto Elissa estiver viva. Aquele maldito bastardo será apenas um usurpador.

Jonas permanecem em silêncio enquanto escuta as palavras de Ian, feliz pela rainha poder contar com alguém tão leal quanto este homem, pois, ele sabe que, neste momento, quanto mais aliados Elissa tiver, melhor, pois, chegará o momento em que ela precisará do maior número de aliados possíveis, e, com a ajuda dos deuses, este momento não tardará a chegar.

Ethel, Arissa e Linn estão em uma cabine. As três estão achando a viagem calma e tranquila, e, para elas, isso é muito bom, principalmente porque isso significa que, felizmente, os inimigos não pegaram uma vau e tentaram segui-los, mas, isso também significa que eles tiveram todos estes dias para prepararem os seus próximos passos.

Linn fecha os seus olhos e se concentra, e, neste momento, ela sente em sua mente como se um terceiro olho estivesse se abrindo, e, com isso, imagens começam a se formar em sua mente, imagens de um local conhecido, o Palácio Real do Reino de Limmura.

Consegue ver uma grande movimentação de cavaleiros e, ela não gosta nem um pouco disso, pois, seja lá o que isso significa, sabe que não é nada bom.

Abre os olhos e não perde tempo em dizer:

― Há uma grande movimentação de cavaleiros no palácio, mas, infelizmente, não sei o que isso significa. Leon parecia agitado, de tal modo que foi difícil ver através de seus olhos.

― Provavelmente eles devem estar tentando fortalecer o seu poderio militar. – Ethel toma a palavra, tentando pensar no que essa movimentação de cavaleiros possa significar.

― Talvez seja mesmo isso. – é a vez de Arissa falar, também tentando pensar no que os inimigos podem estar tramando – Mas, também pode ser outra coisa.

― Não acham que devemos reportar estas informações para a Mãezinha? – questiona Linn, com esperança em sua voz.

― É uma boa ideia. – Arissa volta a falar – Mas, no momento Saphyre não está se sentindo muito bem, foi Nell quem me contou, e, por isso mesmo, devemos esperar até que ela esteja se sentindo melhor.

― É sensato. – concorda Ethel – Saphyre é nossa maior força mágica e, por isso mesmo, temos que fazer de tudo para o bem-estar dela, e isso inclui não levar problemas e especulações para ela enquanto ela não está se sentindo bem.

Linn concorda com as duas, pois, sabe que elas estão certas, além do mais, Ethel e Arissa são magas bem mais experientes do que elas, e, por isso mesmo, é que ela está aprendendo a confiar no julgamento das duas.

Ethel pede aos deuses para que Saphyre se recupere logo, pois, como ela bem disse, a força da maga será mais do que fundamental nos momentos em que estão por vir.

Arissa não quer falar nada com Ethel e Linn, mas, ela sabe, ou, pelo menos desconfia, dos motivos de Saphyre não estar se sentindo bem, e, se for realmente o que ela imagina, ela não quer nem pensar no que pode acontecer. Ela sabe o quanto Saphyre é uma mulher incrível, uma maga excepcional, não é à toa que ela é a líder da Ordem das Magas por tanto tempo que ninguém sabe ao certo, tudo o que sabe, é conheceu Saphyre quando era apenas uma criança e, desde então, a maga não parece ter envelhecido um único dia. Saphyre é incrível e, Arissa só consegue rezar para que, se suas suspeitas vierem a se confirmar, que a mãe de todas as magas venha a ficar bem.

Saphyre está deitada, se sentindo mal, uma fraqueza muito grande toma conta de seu corpo, e, ela bem sabe o que isso significa, mas, ela não se importa, afinal de contas este é o preço que ela tem de pagar para cumprir a sua missão, e, ela a cumpre com amor.

Ao seu lado, sentada em uma cadeira, está a pequena Nell, que, observa a mulher a sua frente com bastante atenção, o que não passa despercebido pela mãe de todas as magas que, não perde tempo em dizer:

― Não há com o que se preocupar, Nell. Eu vou ficar bem.

― Sei que sim. – Nell sorri de forma espontânea, mostrando que acredita piamente nas palavras da maga – Eu só quero ficar aqui com você, apenas isso. Espero sinceramente que a minha presença não a perturbe.

― De forma alguma, minha querida. – é a vez de Saphyre sorrir – Muito pelo contrário, sua presença é um bálsamo para mim.

― Não sabe como suas palavras me fazem feliz. – a garotinha volta a sorrir.

Saphyre quer se levantar e ver como a sua rainha está se sentindo neste momento, mas, ela tem plena ciência de que não pode. O que ela fez sete dias atrás exigiu demais de si mesma, e, ainda está exigindo, visto o tanto que seu corpo está debilitado por conta do que ela fez.

Mas, não se arrepende, muito pelo contrário, se fosse o caso, ela faria tudo de novo, sem nem pensar duas vezes, pois, esta é a sua missão, o seu destino. É para este momento que, há tanto tempo, ela vem se preparando.

Sabe muito bem qual é a sua missão, e, ela vai cumpri-la, sem fraquejar. E, por isso mesmo, tudo o que precisa agora é continuar descansando, para que seu corpo não apenas se acostume a essa carga que está começando a carregar, como também para que se fortaleça cada vez mais para esta batalha que está por vir.

Pois, se tem uma coisa da qual ela tem a mais absoluta das certezas, é de que a luta que a rainha Elissa tem pela frente não será nada fácil, e, por isso mesmo, é que ela tem de estar em plenas condições de ajudar a sua rainha, em tudo o que for preciso, e até mais além.

Assim que chegarem a seu destino, o Reino de Cytora, terão um longo caminho pela frente, e, se os deuses forem bons, não demorarão a encontrarem uma pista que os deixem mais próximos de encontrarem uma cura para a Rainha Elissa, pois, este é o motivo principal desta viagem.

Para ela, que, há muito tempo jurou lealdade aos Russell, é imprescindível que encontrem uma cura para a verdadeira rainha e, quando este momento chegar, irá amar conduzir sua rainha de volta ao trono que sempre lhe pertenceu.

Elissa está em sua cabine, pensativa, com um olhar bastante distante. A verdade é que sete dias se passaram desde que fora obrigada a deixar o Reino de Limmura, seu reino e, desde desse dia, ela simplesmente não consegue pensar em mais nada, a não ser na dor que toma conta de seu coração, desde que colocou os pés nesta nau.

Sabe que não teve escolha, que, no momento, deixar o Reino de Limmura era a única solução, mas, mesmo assim, não consegue deixar de sofrer, principalmente por seu povo, que, estarão, indefesos, nas mãos de pessoas que não valem o chão que elas pisam.

Desde que era apenas uma garotinha, prendeu a amar o povo de Limmura, o seu povo, com todo o seu coração. Sempre que saia em cavalgada pelo reino, era aclamada pelas pessoas, que jogavam pétalas de rosas em sua direção, que paravam só para agracia-la. Sim, ela sempre foi amada por seu povo, e, desde que aprendeu o que de fato significa governar, jurou para si mesma que seria uma rainha justa, colocando o bem-estar de seu povo acima de tudo.

Agora, graças a seus inimigos, que querem matá-la da mesma forma covarde com que mataram seu pai, foi obrigada a abandonar seu povo, e, isso a está fazendo sofrer de uma forma tão grande como nunca antes havia sofrido em sua vida.

Algumas batidas na porta acabam por chamar a sua atenção.

― Pode entrar. – a voz da rainha se faz ouvir.

A porta de sua cabine se abre, e, surge Stefan, que, não perde tempo em se aproximar e, se ajoelha diante de Elissa, beijando a mão da jovem e dizendo em seguida, com a sua voz carregada de intensidade:

― Minha rainha!

As palavras de Stefan, tão carregadas de sentimentos, fazem com que Elissa sinta o seu coração se aquecer e, ela sorri, ao mesmo tempo em que faz sinal para que o cavaleiro se levante, o que ele faz imediatamente.

― Sabe que não precisa me tratar com toda esta formalidade quando estamos a sós, não é, Stefan? – Elissa não consegue conter um riso enquanto profere estas palavras.

― É somente para não perder o hábito, minha doce Elissa, e também, para arrancar um sorriso desses seus lábios tão doces. Sei o quanto você vem estando chateada nos últimos dias, Elissa, e, você sabe que não gosto de vê-la assim.

Ante as palavras de Stefan, Elissa dá um passo à frente, cobrindo a pouca distância que separa os dois e o abraça. Stefan não perde tempo e corresponde ao abraço da jovem, sentindo o calor da pele dela contra a sua, sentindo as batidas do coração de Elissa, sua Elissa, contra a sua pele.

Com gentileza, o cavaleiro levanta um pouco o queixo da rainha, que o encara, seus olhos se encontrando com os olhos dele e, sem mais perder tempo, Stefan cobre os lábios de Elissa com os seus, em um beijo doce e repleto de amor.

No Palácio Real do Reino de Limmura, há uma grande movimentação por todos os lados. Movimentações de servos e cavaleiros, tudo isso para preparar a sala do trono para um grande evento, a coroação de Damon como o novo rei.

Por tradição, desde o início dos tempos, todas as coroações ocorreram no grande templo dedicado ao deus Ulath, protetor do Reino de Limmura, mas, como o templo é cuidado por cavaleiros da Ordem dos Cavaleiros da Igreja, todos leais a verdadeira rainha, suas portas estão trancadas, e, seus arredores fortemente guardados por cavaleiros pertencentes a estar ordem.

Sir Aled até pensou em colocar seus cavaleiros para matarem os adversários e tomarem o templo a força, mas, ele pensou melhor e logo desistiu da ideia, pois, para tomar o templo, precisaria de um número muito grande de cavaleiros de sua própria ordem, e, ele sabe que viriam baixas dos dois lados e, que elas não seriam poucas, por isso mesmo, desistiu dessa ideia, pois ele sabe que Elissa, onde quer que ela esteja, não desistiu de tomar de volta o seu lugar como rainha e, quando este momento chegar, ele vai precisar de todo o seu poderio militar para lutar contra as forças que se aliaram erroneamente a ela.

Pois, é esta a força para a qual ele e todos os cavaleiros que o servem devem estar preparados, pois ele sabe que serão muitos os cavaleiros que apoiarão Elissa, visto que a Ordem dos Cavaleiros da Igreja tem um número tão grande de cavaleiros quanto a agora Ordem dos Cavaleiros do Rei.

Ouve passos se aproximando e, imediatamente volta a sua atenção para o corredor de onde ele ouve os passos e, não demora muito para que ele veja Malik e Teodor se aproximando.

― Como estão os preparativos para a coroação? – Aled não perde tempo em perguntar.

― Tudo indo de vento em popa. – responde Teodor – Até onde eu sei, não tivemos nenhum tipo de contratempo.

― Nem mesmo nenhum sinal de Elissa? – Aled volta a questionar.

― Nenhum. – Teodor mais uma vez responde – Seja lá para onde ela tenha ido, a verdade é que parece que não se encontra no reino de Limmura.

― Isso significa que as chances de termos alguma surpresa desagradável durante a coroação de Damon será nula. – Aled fala mais uma vez.

― No que se refere aquela pirralha que se diz rainha sim. – Malik, que até então estava em silêncio, se junta a conversa dos dois – Porém, temos um outro probleminha, mínimo, a meu ver, mas, mesmo assim, não deixa de ser um probleminha.

― E de que tipo de probleminha estamos falando? – quer saber Aled.

― Alguns nobres e plebeus parecem não estarem nem um pouco inclinados a virem ao palácio esta noite assistir à coroação e jurar lealdade a nosso novo rei. – fala Malik, a voz carregada de ironia – Parece que ainda consideram aquela garotinha idiota a rainha deles.

― É mesmo? – questiona Aled, um sorriso de pura arrogância se formando em seus lábios – Então teremos de mostrar a eles o real poder do futuro rei de Limmura.

― Sim. – Malik responde, aparentemente sem nenhum interesse.

― Então acho que você adorará mostrar a eles o que acontece aqueles que se negam a jurar lealdade ao verdadeiro rei do reino de Limmura.

Ante as palavras de Aled, um sorriso de pura maldade brota nos lábios de Malik.

― Será um imenso prazer. – a voz de Malik soa carregada de uma maldosa satisfação.

Meio que contra a sua vontade, Leon está na sala do trono, junto com Bethanie e Nivriti.

Os três receberam ordens de ficar ali e começarem a recepcionar todos aqueles que em breve começariam a chegar para a coroação de Damon.

Bethanie e Nivriti tem em seus rostos sorrisos mais do que vitoriosos, pois, para elas, este é um dia de vitória, o dia pelo qual elas tanto lutaram.

Mas, o sorriso que Leon tem em seu rosto é apenas um sorriso de fachada, um sorriso falso, o qual ele aprendeu a cultivar nos últimos dias, tudo isso para continuar com seu plano.

Tem que estar ali, vendo tudo o que acontece no covil de seus inimigos, pois, ele tem certeza de que de, através de sua irmã gêmea, Saphyre, a mãe de todas as magas, encontrará uma forma de descobrir o que está acontecendo ali.

É esta a forma que ele encontrou de ajudar a sua rainha e, é por isso que continua ali, no meio de pessoas que ele não suporta, fingindo ser algo que ele não é.

Um traidor!

― Você escutou o que eu disse, Leon? – a voz de Nivriti o tira de seus pensamentos.

― Perdão?! – fala Leon, esforçando-se para voltar a sua atenção para as mulheres que estão a seu lado.

― Pelo visto não ele não escutou nada do que você, disse, Nivriti. – fala Bethanie, de forma totalmente impaciente.

― Me desculpe. – Leon volta a falar – Mas é que eu estava com o pensamento um pouco distante, pensando na coroação.

― Era exatamente sobre isso que eu estava falando. – Nivriti volta a falar – Falta pouco para as pessoas começarem a chegar.

― Felizmente tudo está preparado para este momento. – Leon toma a palavra – Fizemos tudo conforme as ordens de Sir Aled e Lady Samara, não há com o que nos preocuparmos.

― Isso é bom. – Bethanie volta a falar – Pois, eu não quero que nada atrapalhe a noite se Sua Majestade, o Rei Damon.

"Rei Damon". Leon pensa, com uma raiva tremenda tomando conta de si, uma raiva que ele sabe, tem de controlar muito bem, isso se ele não quiser acabar se entregando e, com isso, ter uma morte certa.

Não, a partir deste momento, terá de aprender a ter o sangue frio, a dobrar os joelhos para um usurpador e fingir lealdade a ele. Tudo isso para sobreviver e ajudar a verdadeira rainha pois, onde quer que ela esteja, ela vai voltar e, quando este momento chegar, ele estará pronto para servi-la.

Damon está em seus aposentos privativos, terminando de se arrumar. Se olha no espelho, gostando muito do que vê, pois, ele está pronto para ocupar o lugar que sempre foi seu!

Pode ter nascido fora do casamento de seu pai, mas, mesmo assim, ele, por ser o filho homem, é que deveria ter recebido a coroa do reino de Limmura, e não Elissa, que é mulher.

Mas, esta noite, este erro está para ser corrigido e, finalmente ele irá ocupar o lugar que sempre foi seu!

Esta noite, ele se tornará rei!

E, por isso mesmo é que ele não poderia estar mais feliz!

Algumas batidas na porta acabam por chamar a sua atenção.

― Pode entrar. – fala Damon.

As portas do quarto então se abrem e, surge Samara, que não perde tempo em dizer:

― Vejo que já está pronto.

― Sim. – Damon responde prontamente, sua voz carregada de uma satisfação e uma alegria tão grande que ele não consegue conter – Já está na hora?

― Ainda não. Mas, não se preocupe, está quase na hora. Quando chegar o momento, Teodor virá busca-lo, você sabe que ele será conhecido como o Protetor do Rei a partir de hoje, não é?

― Sim, ele ocupará o lugar que antes era do idiota do Stefan, que, aliás, nunca entendi porque o meu pai o nomeou para ser o Protetor de Elissa, sei que as habilidades dele são lendárias, mas, como diz Teodor, ele não é qualificado para tal cargo, nunca foi.

― Não convém falarmos de Stefan agora, Damon, até porque, ele e Elissa são cartas fora do baralho agora. Concentre-se apenas na noite que está por vir, está bem?

― Está bem, Lady Samara, farei conforme você quer.

― Ótimo. Agora vou cuidar dos últimos preparativos para a coroação.

E, após dizer estas palavras, Samara se retira dos aposentos de Damon. A mulher caminha em silêncio pelos corredores do palácio, a fim de ver como estão os últimos preparativos para esta noite.

Segue até a sala do trono, onde, as primeiras pessoas já começaram a chegar e, ver que o grande salão já está sendo ocupado faz com que um sorriso de extrema satisfação tome conta de seus lábios, pois, há muito ela espera por este momento.

É certo que a coroação de Damon é apenas o primeiro passo para que ela consiga alcançar os seus objetivos, mas, este já é um grande passo, pois, Elissa, a última Russel não pode fazer nada para impedir a coroação do bastardo de Andreas.

Elissa pode estar viva, mas, não por muito tempo, pois, tal como Andreas, ela logo sucumbirá a doença que, dia a dia, toma conta de seu corpo, e, quando este dia chegar, não haverá um Russell vivo para atrapalhar seus planos, já que Damon nada mais é do que um maldito bastardo, e, como tal, não fora agraciado pelas bênçãos de Ulath, o deus que, desde o início dos tempos, agracia os descendentes legítimos da família Russell.

A noite chega, uma noite sombria, sem lua e sem uma única estrela no céu. Uma noite sombria, tal como o humor de muitas pessoas que, se aglomeram na sala do trono, que, estão ali literalmente obrigadas, pois, não era ali que elas gostariam de estar.

Muitos nobres não estão ali, pois, mesmo que Sir Aled tenha mandado seus cavaleiros para literalmente obriga-los a irem para a coroação, eles colocaram seus próprios cavaleiros de guarda em suas propriedades, de forma a impedir a entrada daqueles que são leais a Sir Aled.

Mas, os plebeus, infelizmente não podem contar com a sorte de terem cavaleiros para protegê-los, e, por isso, mesmo que contra sua vontade, eles estão ali, prestes a assistirem à coroação de um usurpador.

Em toda a sala do trono, vários cavaleiros da agora Ordem dos Cavaleiros do Rei estão a postos, suas espadas embainhadas prontos para qualquer emergência, tudo isso para garantirem que nada atrapalhe a coroação de Damon.

No trono, Samara e Sir Aled, esperando a chegada de Damon para o início da coroação.

Por tradição, seria Vince Allen, o líder da Ordem Real dos Cavaleiros da Igreja quem deveria coroar o rei, mas, como a fé está ao lado de Elissa, Samara é quem fará a coroação do usurpador.

Neste momento, as grandes portas duplas que dão acesso a sala do trono se abrem, e, todos os burburinhos de conversa sessam, pois, Damon, surge, e, lentamente, começa a caminhar em direção ao trono.

Apoiadores de sua causa sorriem de contentamento, enquanto outros apenas exibem feições de puro desgosto por serem obrigados a estarem ali. Mas, Damon não se importa com nenhum deles, pois, para ele, tudo o que importa é o seu momento de satisfação pessoal, pois, o momento pelo qual ele esperou a sua vida inteira finalmente chegou!

Não demora muito e, Damon chega até as escadarias que dão acesso ao trono, Samara, com uma coroa em mãos e, ao lado de Aled, desce as escadas e se coloca a frente de Damon. Ela não perde tempo em dizer:

― Esta noite, estamos aqui para coroar Damon, filho de Andreas, da Casa Russell, como único e verdadeiro rei do Reino de Limmura. Ulath, o mais antigo entre os deuses antigos reconhece Damon como o único filho homem de Andreas, e, por isso mesmo, o herdeiro ao trono, que os deuses abençoem seu reinado!

Nem bem Samara termina de proferir estas palavras, e, estrondos tomam conta do céu, raios e trovões começam a cair nos céus, causando verdadeiros estrondos ensurdecedores, ao mesmo tempo em que, na sala do trono, uma ventania sem igual toma conta do local, apagando várias velas ali.

E, não se sabe de onde, uma voz velha e masculina se faz ouvir:

― Eu Ulath, protetor do Reino de Limmura, reconheço apenas Elissa Russell como única e verdadeira rainha deste reino! E amaldiçoo todo aquele que dobrar o seu joelho para Damon, que não carrega em seu sangue a graça e a legitimidade dos deuses! 

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