Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 01

* Sugestão musical para capítulo: Liability - Lorde

     O sinal estridente da Academia Northwood cortou o zumbido habitual do corredor principal, liberando uma enxurrada de estudantes para o almoço. Marjorie Cutler apertou os livros contra o peito, navegando naquele mar de rostos familiares e desconhecidos. O cheiro de pizza barata e desinfetante pairava no ar, uma fragrância tão intrínseca a Northwood quanto o tijolo vermelho aparente nas paredes ou o eco das risadas adolescentes.

     Seus olhos, como sempre, procuraram por ele. Brandon Fischer. No meio do fluxo e refluxo de corpos, ele se destacava. O cabelo loiro despenteado, o sorriso fácil que parecia acender a luz em qualquer canto, o jeito despreocupado como jogava a mochila sobre um ombro.

     Marjorie sentiu o familiar aperto no peito, um nó de anseio e admiração que se instalara ali desde a sexta série. Ele estava conversando com os amigos perto dos armários, e por um breve instante, seus olhos encontraram os dela. Brandon sorriu, um sorriso genérico, simpático, como sorria para todos. O suficiente para fazer o coração de Marjorie dar um salto, e logo depois, afundar de volta à realidade. Para Brandon, ela era só a Marjorie. A irmã gêmea da amiga dele. Nada mais.

     — Marjorie, ei! Viajando na maionese de novo?

     A voz de Marylin, animada e musical como sempre, trouxe-a de volta à realidade. A irmã gêmea surgiu ao seu lado, praticamente um espelho de Marjorie, exceto pelos olhos verdes vibrantes que contrastavam com o azul tranquilo dos de Marjorie. O cabelo ruivo idêntico, as sardas salpicando o nariz arrebitado, o mesmo sorriso fácil, mas em Marylin, havia sempre uma energia elétrica, um toque de travessura.

     — Só observando o movimento — respondeu Marjorie, tentando soar casual enquanto desviava o olhar do grupo de Brandon.

     Marylin riu, um som contagiante.

     — Falando em movimento… Adivinha quem acabou de me chamar para sair?

     Marjorie ergueu uma sobrancelha, curiosa. Marylin namorava casualmente, mas raramente ficava realmente empolgada.

     — Deixa eu chutar… O baterista novo da banda da escola, aquele das covinhas?

     — Não, esse já foi. É melhor — Marylin fez uma pausa dramática. — É o Brandon.

     O nome atingiu Marjorie como um choque elétrico. Ela parou de repente no meio do corredor, os livros escorregando um pouco nas suas mãos.

     — O Brandon? O Brandon Fischer?

     Marylin assentiu, radiante.

     — Ele mesmo! Acredita? Eu fiquei tipo, ‘o quê? O Brandon Fischer tá me chamando pra sair?’ Mas é sério, rolou. Saída nesse sábado à noite. Tô super animada!

     Marjorie sentiu um turbilhão de emoções. Felicidade genuína por Marylin, claro. A irmã merecia tudo de bom no mundo. E Brandon era um bom cara, sem dúvida. Qualquer garota teria sorte de sair com ele. Mas por baixo da felicidade, uma pontada aguda de desapontamento fincou no seu peito. O Brandon. Aquele Brandon. Chamando a Marylin. Não ela. Nunca ela.

     — Que… legal, Marylin — conseguiu dizer, a voz um pouco mais fraca do que queria. Tentou forçar um sorriso sincero, mas sentiu ele vacilar.

     Marylin, absorvida na sua própria animação, pareceu não notar.

     — Eu sei, né? Nem tô acreditando! A gente devia ir pro refeitório agora, tô faminta. Quer pizza?

     Marjorie assentiu mecanicamente, seguindo a irmã para o refeitório barulhento. Enquanto enchiam as bandejas com fatias de pizza e batatas fritas, Marjorie tentava processar a notícia. Brandon e Marylin. Juntos. Era estranho como o pensamento, que devia ser só lógico – eram ambos solteiros, ambos populares, ambos compatíveis, de certo modo – doía tanto.

     Enquanto procuravam uma mesa livre, Marjorie avistou Brandon de novo, agora acompanhado por David Walker. O contraste entre os dois garotos era gritante. Brandon, loiro e ensolarado, irradiava charme despreocupado. David, moreno e com uma aura taciturna, emanava uma intensidade reservada.

     Era conhecido por ser sarcástico, às vezes até rude, e tinha uma fama de “garoto problema” não totalmente merecida, mas também não totalmente infundada. Marjorie e David se cruzavam nos corredores desde sempre, mas era como se existissem em universos separados. Inimigos não declarados, talvez. Ou simplesmente, estranhos que se ignoravam cordialmente.

     — Olha, lá estão eles — Marylin acenou com a cabeça na direção de Brandon e David, que agora tinham reparado nelas e vinham na direção da mesa.

     Brandon sorria abertamente, o olhar fixo em Marylin. David, como sempre, mantinha uma expressão mais contida, mas Marjorie notou um brilho divertido em seus olhos azuis quando eles se encontraram.

     — E aí, Marylin, pronta pro nosso encontro de sábado? — Brandon perguntou, o sorriso ainda direcionado à irmã dela.

     — Super pronta! — respondeu Marylin, com um sorriso radiante.

     — Show! — Brandon olhou então para Marjorie, o sorriso um pouco mais genérico de novo. — E você, Marjorie? Tudo bem?

     — Tudo, Brandon, obrigada — respondeu Marjorie, tentando soar animada. — Parabéns por chamar a Marylin pra sair.

     — Ah, sim! Claro. A Marylin é… demais — ele voltou a sorrir para Marylin, esquecendo momentaneamente da existência de Marjorie.

     David lançou um rápido olhar para Brandon. Um olhar rápido demais para ser notado por Marylin ou Marjorie, mas carregado de um significado silencioso entre os dois amigos. Um breve instante de cumplicidade ou talvez, de algo mais indecifrável.

     A voz grave e meio rouca de David cortou a atmosfera levemente constrangedora.

     — Na real, o Brandon teve uma ideia genial — disse, olhando para Marjorie com um sorrisinho de canto. — Ele pensou que, já que ele vai sair com você, e a Marjorie… bom, ela também curte filme…

     David fez uma pausa, como se estivesse saboreando o momento, antes de completar, com um brilho divertido nos olhos:

     — …quem sabe eu podia fazer companhia pra Marjorie no sábado.

     O silêncio pairou sobre a mesa por um instante. Marjorie piscou, pega totalmente de surpresa. David Walker? Chamando ela para sair? Ela? Por que eu? A pergunta ecoou em sua mente como um raio. De todas as garotas em Northwood, por que logo ela? Não era popular como Marylin, não era extrovertida, não era… notada. Ela era a “irmã gêmea da Marylin”. A garota dos livros. A anti-social. Por que David Walker, com toda a sua aura de mistério e sarcasmo, a convidaria para sair?

     — Eu? — foi tudo que conseguiu articular, a voz quase inaudível, a pergunta silenciosa transparecendo em seu tom hesitante.

     David deu de ombros, o sorrisinho de canto se alargando um pouco, como se lesse seus pensamentos.

     — A não ser que você veja algum motivo muito bom para eu não te convidar, Marjorie — respondeu David, com um tom desafiador e divertido, o olhar fixo nos olhos azuis da Marjorie, como se a convidasse a encontrar uma resposta, a questionar a própria lógica daquela pergunta silenciosa. — Tipo, sei lá, você tem alguma alergia incurável a garotos problemáticos e queda por filmes antigos? Ou talvez você secretamente odeie salas de cinema e prefira tortura medieval a ter que me aguentar por duas horas? Porque, fora isso, Marjorie — David concluiu, com um tom mais suave e um sorriso genuíno, — fora isso, não consigo pensar em nenhum motivo realmente convincente para não te chamar pra sair. E você? Consegue?

     Marjorie olhou de David para Brandon para Marylin, confusa e meio atordoada. A pergunta do David a pegou desprevenida. Ela realmente não conseguia pensar em um bom motivo para ele não a convidar. Talvez… talvez não houvesse motivo nenhum. Talvez, em algum universo paralelo improvável, David Walker pudesse estar genuinamente interessado em sair com ela, Marjorie Cutler, e não apenas com “a irmã da Marylin”. A ideia era tão inesperada, tão improvável. Mas, no meio do turbilhão de emoções, uma faísca pequena de curiosidade se acendeu. Sair com David Walker? Ia ser um desastre. Ou talvez… só talvez… fosse interessante.

     — Eu… hum… acho que… sim. Companhia ia ser legal — respondeu finalmente, sentindo um rubor subir pelas faces.

     O sábado à noite, que momentos antes parecia se anunciar como mais uma noite solitária, tinha acabado de se tornar infinitamente mais complicado. E, secretamente, Marjorie admitiu para si mesma, infinitamente mais interessante.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro