Capítulo 5
8 de janeiro, Abu Dhabi
– Dani, você entrará comigo, acho que não conseguirei sozinha. – passo a mão na testa para secar algumas gotas.
– Tem certeza que não quer que eu vá no seu lugar? – Faris pergunta de novo, ele ainda não tinha confiança total, fato.
– Não, preciso de você na nossa segurança, com Amber na central monitorando. – ele assente.
Estávamos no escritório há duas horas revisando tudo que eu debateria com os ministros. Minha mente dizia que eu estava preparada, porém minhas ações, não. Eu teria que me acalmar por bem ou por mal. Para todos os efeitos, Dani iria como proteção. Para mim, como um incentivo.
– Você se sairá bem, Alícia. Você é corajosa e dona de si. Vamos arrebentar. – ela faz um joinha com o polegar.
– Vamos, o helicóptero está esperando.
Quinze minutos depois já estávamos chegando ao local da reunião. Seria em um prédio onde uma empresa desconhecida por mim funcionava, provavelmente faixa falsa, o local era discreto. Passamos pela recepção do local e a mulher por trás do balcão deu para Faris um cartão para se passar pela catraca e no elevador.
O vigésimo andar era um simples corredor bem iluminado pela luz do sol, pois no final tinha uma bela janela enorme. E a sala na metade do mesmo, onde presumo ser o local da reunião.
– Sim, não pode ser. Merda! – Faris estava falando no ponto. – A reunião não é apenas com os ministros, é uma cilada, Alícia. Droga, temos que arrumar um jeito de voltar, neste momento eles devem ter cercado o prédio.
– Eu irei entrar, não importa quem esteja aí.
– Nem representantes dos EUA? – ele me olha, desafiador.
Praguejo, dando um soco na parede.
– A reunião é sobre o quê? – Dani pergunta.
– Eu realmente não sei. – ele responde
– Bom, vamos entrar. Odeio atrasos. – puxo Dani.
Ela abre a porta e eu entro, com um sorriso. Ela entra atrás e fecha a porta.
A sala tinha apenas uma mesa comprida o suficiente para todos presentes. Sentei na cadeira que estava disponível e Danielle se prostrou atrás de mim, assim como os outros capangas.
– Estávamos ansiosos com a sua chegada, Alícia. – um velho carrancudo diz, em seu péssimo inglês.
– infelizmente, soube de última hora que a nossa reunião era uma farsa. – alfinetei, sorrindo para descontrair.
– Sim, se falássemos do conselho, seria um risco. Apenas os do conselho sabem a existência dele. – o americano pronuncia. Ele era parte dos karamakov’s. Lembro dele no salão, fazendo a segurança pessoal do Enzo. – Sinto, que te conheço, senhorita.
– Tenho certeza que não. Espero que esta reunião seja de extrema importância e ganho.
– Para uma simples conselheira, a senhorita é bem autoritária. – o mesmo americano contradiz.
– Eu não sou conselheira alguma, caro americano. Sou chefe da Black Revenge e ordeno total respeito, caso não queira sair daqui transportado por seu amigo aí de trás.
– Acho melhor aceitar calado, Leandro. – uma loira sentada ao seu lado diz, com seu sotaque britânico carregado. – Sou Katrina, conselheira britânica. Estava ansiosa para conhecer a nova Banit herdeira. Seu tio fazia questão de vim desacompanhado para o conselho. Peço desculpas por todos, mas não podíamos dizer o assunto tratado aqui dentro. A cada dois meses o conselho é feito com representantes de cada país. EUA, ela aponta para o tal Leandro, China, Holanda, Orlando acena, Inglaterra e Abu Dhabi.
– Vamos começar, meu vôo é daqui a duas horas. – Orlando pronuncia.
– Bom, a Rússia tem dado muito trabalho para nós, acho coerente mandar homens para dar jeito em Jhon. – Leandro diz e Orlando concorda.
– Sim, perdi mais de um bilhão em cargas por causa daquele miserável.
– Ajudarei com armamento, nada mais. – cruzo as mãos em cima da mesa. – Meus homens estão passando por um novo treinamento e não irei ariscar. Feito? – digo por fim.
O chinês fala algo com seu capanga, que agora percebi é seu tradutor também.
– A China aceita. Enviaremos homens e mais armamento. Em troca vocês devem aceitar o baile de Elanço que será na semana que vem, no palácio chinês. Uma festa para o imperador Franco, que deixou seu herdeiro Elendor no comando.
Todos concordam.
– A Áustria enviará carga nova para a Inglaterra, puro desenvolvimento russo. – Katrina parece falar com gosto.
– Não nos provoque Katrina. – Leandro diz.
Me lembro da revanche que era na casa de Rebekah quando eles comparavam as armas dos russos. Por décimos de rapidez e leveza os russos ganhavam.
– Quero para semana que vem. Me mande uma cromada com meu brasão e silenciador.
– Gostei de você Alícia, realmente sabe escolher as melhores. Semana que vem estará chegando na costa. Não se preocupe que mandarei homens para segurança.
Terminamos e sai rápido daquele prédio. Faris estava na recepção com mais três homens. Assim que nos viu, veio ao nosso encontro.
– E então? – ele pergunta.
– Alarme falso, os ministros estavam lá como combinado. – ajeito meu cabelo – Negócios e mais negócios, Faris. Vamos, quero ir no salão.
Já que teríamos um baile para ir, resolvi mudar o meu cabelo. De louro, ele passaria a ser castanho e na altura do ombro.
O que acharam? Votem e comentem, obrigada(o)!
Bjus da Fany!
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