Capítulo 12
4 de outubro, China - Horas mais tarde
Minhas mãos tremiam em indecisão, era fácil me perder em meio tantas pessoas no salão. Eu não sabia muito bem o que tivera ocorrido. Foi tudo muito rápido e em poucos minutos eu estava no chão cuspindo sangue. A verdade era que nós nunca sabíamos quando nossa hora iria chegar. Esse era o único problema em ser como nós somos. Como construir família se a qualquer momento eu saberia que um tiro passaria pelo meio da minha cabeça? É realmente possível ser feliz nesse mundo? Eu gostaria das respostas, mas nesse momento, eu precisava encontrar o pai da minha filha.
- Alícia, Alícia.... - uma voz continua, gritava meu nome em desespero.
Quis responder alto, mas meu corpo estava em relutância.
- Aqui, por favor, alguém. - dizia constantemente.
Senti uma mão em meu rosto, retirando minha máscara. Seria Faris? Amber, talvez.
- Estou aqui, você logo ficará bem. - queria reconhecer, mas a voz se mantia longe demais, ou seria eu que já não estava mais presente?
- E-eu-eu preci - tossi com toda fumaça que estava no ar
- Não fale nada, Alícia. - a mão acariciou meu rosto em forma carinhosa.
- Enzo Karamakov - sinto minha voz falhar. - Preciso que avise para ele - cuspo o sangue que está em minha boca - Mesmo que ele não mereça, minha filha sim merece. - a mão para de fazer carinho no momento em que toco no nome de Sophia.
- Alícia, c-como assim?
- D-diga a ele que ela é uma - a tosse cada vez mais é constante.
- Preciso que fique quieta, vou te tirar daqui.
- Ela é um amor de criança, tem a cara de Enzo e é brava como os Karamakov's
- Preciso que fique quieta e que tente respirar mais devagar. - a pessoa desconhecida me pega em seus braços e anda em alguma direção desconhecida por mim.
- E-eu não sei se você sabe, mas meu legado pertencerá a ela. E eu quero que ela saia dessa vida, ela não merece morrer jovem e sem uma família igual a mãe. - digo o mais alto que consigo, mas falho totalmente quando tento rir, fazendo graça.
- Você sabe a teoria de tudo? Sabia que esse dia iria chegar, Alícia. Você sabia que isso aconteceria se eu não estivesse em sua vida.
- Quem é você? - pergunto desorientada demais para forçar as vistas.
- Enzo, Alícia. - respiro o mais fundo que posso - Enzo Karamavok.
Apago em segundos.
Enzo Karamakov POV
Seu corpo pequeno e frágil continuava o mesmo, mesmo que seu semblante confuso e feroz tivesse mudado, para melhor, eu diria. Ela continuava absurdamente linda, e eu como um cara idiota demais, apaixonado de forma impulsiva, continuasse amando-a.
O ataque iminente era meu, de última hora, claro. Estrategista do jeito que sou, queria derrubar e sequestrar a tal ''enviada'' da Black Revenge para retirar todas as informações possíveis.
Assim que contei minha estratégia para meus companheiros, Veronica foi a primeira a se pronunciar me chamando de maluco.
- Sério, Enzo? Você não tinha ideias melhores como levar a moça para a cama, como sempre faz? - ela me olha com as sobrancelhas levantadas.
- Verdade cara, ela tá certa. - Dean logo concorda.
- Não, é isso. Eu quem mando, vocês sabem bem disso. - eles assentem.
Não demorou muito, logo alguns helicópteros começaram a sobrevoar pela mansão e os ataques se iniciaram. Foi fácil, até eu descobrir que na verdade a dama era Alícia e que eu tinha uma filha, uma filha minha.
Logo saiu do local com ela nos braços, um carro já me esperava na saída.
- Tudo combinado, chefe. 6 mortes registradas, dentro delas Faris Wajih, Amber Runner, Poliana Lacerda, Danielle Delay. E dois eram do conselho, Orlando da Holanda e Elendor da China.
- Droga - vocifero, não era pra ter causado mortes, que pelo menos fossem pessoas não tão importantes. - Tudo bem, obrigado pelo trabalho. - o homem confirma e logo entra no carro da frente.
- Enzo, precisamos ir. Alícia está morta. - Verônica grita e sinto meu corpo falhar.
O que acharam??? Eu to feliz pois saiu um capítulo bem bacana, mas lembrando, o livro já está perto do fim!! Beijos e até a próxima.
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