Estrelinha!
Antes de começar, eu queria pedir perdão pela demora... tive alguns problemas. Isso não voltará à se repetir. Agora curtam o terceiro capítulo de O Colecionador de estrelas! Não esqueçam de votar!
Aquela manhã eu acordei com as garrafas, na minha estante, pulando como se quisessem se libertar.
— Colecionador! — Felipe me chamou. — Vamos!, hoje é o golzinho contra João e Marcelo.
— Antes venha tomar café... — minha mãe cortou Felipe.
Levantei batendo a cabeça numa das estantes, pulei da cama e pisei em alfinetes no meio do caminho.
Iria gritar: quem colocou isso aqui?!, mas lembrei que na noite passada fazia o trabalho para escola e usava os alfinetes para prender os pedaços de papelões.
Depois de furar os pés unas infinitas vezes, sentia como se tivesse pisado no porco espinho e uma pinauna.
Já na cozinha, com um calo na cabeça, sentei-me à mesa, já pronta, e comi meu pão com manteiga e parti para a casa abandonada.
— Bom dia bela adormecida — disse Marcelo assim que eu cheguei.
Ele era moreno, pouco mais escuro que Felipe, gostava de fazer trocadilhos e inventar apelidos pros outros.
João fazia pontinho atrás dele. Ele jogava mais que meu irmão, os dois sempre disputavam sobre quem dava os melhores dribles e quem fazia os gols mais bonitos.
— Pensa rápido — disse ele chutando a bola em minha direção e eu desvie antes que me acertasse —, vamos começar?
Antes que armássemos os times e colocassem a bola no meio vi uma estrela romper a atmosfera e despencar no mesmo lugar de sempre.
Lambi os lábios e tive coragem de falar:
— É... Venham comigo!
Corri por trás da casa abandonada e vi a estrela irradiar embaixo de meio quilo de lama e mato.
— Estão vendo? — perguntei.
João, Marcelo e Felipe olharam para todos os lados e depois me encararam.
— Uma lama que está prestes a nós engolir? — perguntou Marcelo. — Mas então... O que você quer nos mostrar?
— Vocês não estão vendo? — perguntei. Peguei a estrela com a mão, em forma de concha, e levantei. — A estrela!
Marcelo e João riram...
— Ohh... Felipe, seu irmão é uma estrelinha — brincou Marcelo.
Eles riram mais alto.
— A nova princesa da Disney — debochou João.
— Calem a boca — A intensão era gritar com raiva, mas não passou de um sussurro.
— Deixem ele em paz! — disse meu irmão.
João e Marcelo o ignoraram e continuaram a soltar insultos e piadinhas.
Corri com a estrela nas mãos e voltei pra casa.
— Nicolas, volte aqui... Você me deve explicações! — gritava meu irmão correndo atrás de mim.
Corri pro quarto e guardei a terceira estrela em mais uma garrafa na minha estante.
— O que é isso? — perguntou Felipe vendo uma estante só com garrafas de vidro.
— Você está vendo? — perguntei a ele.
— Vendo estrelas? — ele perguntou. — Meu irmão... Você está bem?
— Você acha que eu estou enlouquecendo... — deduzi o óbvio.
— Eu não disse isso... Só acho que você deveria tirar essas coisas de sua estante — Ele tentou pegar uma das garrafas.
— Não! — gritei tirando a mão dele. — Você mesmo me apelidou de colecionador.
— Mas colecionar garrafas de vidro? — ele me perguntou.
Minha mãe subiu a escada quando viu nossa discussão.
— Tudo bem? — perguntou. — Nossa filho, esse quarto está uma bagunça, você deveria limpa-lo.
Olhei para os dois.
— Saiam daqui! — Os empurrei para o lado de fora do meu quarto e tranquei a porta, as estrelas brilharam e piscaram quatro vezes.
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