A briga!
— Fiquem todos tranquilos! — gritava a diretora.
Não sabia se ela estava cega ou não percebeu o que estava acontecendo.
A menos que toda aquela correria fosse para ver algum popstar, mas por todos os lados pessoas estavam gritando, outras sangravam e ainda alguns corpos largados pelo chão.
Muitos me encaravam e eu pude decifrar o que queriam dizer com aquela olhos cheios de raiva e os rostos cheios de decepção.
Você é um assassino...
Seu maluco...
Eu estava a ponto de dar um grito e pedir para que tudo parasse se não fosse pelo meu irmão que me tocou e me trouxe de volta a realidade.
As coisas pararam de ficar pretas, o mundo não estava mais girando e as pessoas não estavam mais me acusando pelo que aconteceu.
— A diretora mandou todos entrarem nas ambulâncias... — disse meu irmão.
— Eu... Eu vou para casa — falei.
Estava zonzo, deixei tudo e sai da escola.
Chegando perto de casa meu irmão vinha logo atrás de mim.
— Nicolas... Vamos voltar... Nossos...
— Não diga isso — interrompi —, eles não são mais meus amigos.
Uma fumaça saia da nossa casa, com um buraco no cômodo onde se localizava o meu quarto.
— Mãe... — disse Felipe disparando em direção a casa.
A parte de cima veio a baixo quando Felipe abriu a porta e, com um tum, andou em direção a cozinha.
— Mãe! — ele gritou.
Sobre minha cama seu corpo estava coberto de cinzas e seu coração furado por uma madeira.
Felipe tentou reanima-la, meu irmão está desesperado e descontrolado, as lágrimas que escorriam pelos seus olhos e tocavam o chão me faziam lembrar da todas as vezes que ele falava sobre nosso pai e o punho fechando me fazia lembrar das vezes que ele ficava com raiva de minha mãe, por sempre proteger o pai e dizer que um dia ele iria voltar.
— Isso é culpa sua! — Seus olhos estavam vermelhos, e sua expressão cheia de raiva.
Seu rosto virou em minha direção e com as veias pulsando pude ver o qual verdadeira era sua decepção.
— Irmão eu sinto muito...
Felipe pareceu não crer no que estava ouvindo, seus punhos ficaram mais cerrados e quando tocou o meu rosto pude sentir sua força transparecer pela minha mandíbula que agora estava sendo deslocada para a esquerda.
— Você enlouqueceu! — gritou Felipe — O que tinha naquelas garrafas?
— Estrelas — respondi...
— Isso é um código para explosivo... Diga a verdade. — Felipe estava alterado, a veia do seu pescoço estava a ponto de explodir.
Não respondi a sua pergunta.
— Saia daqui... E não volte nunca mais! — ele gritou.
Sai dali, corri até a avenida e um carro quase me atropelou... Alguém saiu e me levou para algum lugar... Depois dali não lembro de muita coisa...
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