Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

O DIA SEGUINTE

"Uma vida pela outra? Existe justiça nisso? A vingança é a irmã bastarda da justiça. "
J.I.j

— A cada dia que passa você está piorando.

— Eu estou morrendo, Júlio. É isso que acontece com quem está morrendo.

— Eu sei caralho... e isso me dói. Perder meu irmão. O seu café esfriou. Amanda! Venha aqui e coloque um pouco mais de café novo para Rafael!

— E o pior é que vou morrer sozinho. Obrigado Amanda, pelo café.

— Você deseja mais bacon?

— Não Amanda, muito obrigado. O café da manhã está ótimo. Pode ir atender os outros clientes.

— Não sei se vai lhe trazer alguma felicidade, mas, quando você morrer eu estarei ao seu lado. E que cara é essa que você fez? Não vai me dizer quando ela vai chegar?

— Lógico que não. Você é apenas o cara que consegue meus contratos.

— E quem vai colocar as moedas em seus olhos, seu ingrato?

— Eu farei isso. Ao senti-la se aproximando de mim, eu fecharei meus olhos e as colocarei em minhas pálpebras.

— Seu louco fodido de uma merda... o que tem medo? Que não faça isso?

— Eu? O meu medo, é que depois de morto você me sacaneie, tirando as moedas dos meus olhos. Como vou pagar o Caronte? Por que está sorrindo?

— Rafael, eu ainda não sei como acredita nessas coisas. Cara, é muita loucura na sua cabeça.

— Cada um tem sua crença Júlio... cada um vive por um sistema de crença, mesmo que seja escolher não ter nenhuma.

— E como foi o último trabalho?

— Eu tirei a foto. Um momento... vou te mostrar!

— Porra caralho! Guarda isso! Você está maluco em colocar essa foto assim? Em cima da mesa? Vai que alguém passa e ver seu doido fodido da merda! Por que está sorrindo?

— Sua cara foi ótima. Júlio, as pessoas estão cagando e andando para gente. Mas respondendo sua pergunta... ele teve o que merecia. Amanda, mais café por favor.

— Você nunca tem dúvida? Digo, quando está matando, não pensa que pode ter um inocente bem ali, na sua frente?

— Nunca duvido. A sorte nunca mente. Eu não mato inocentes, Júlio. E você sabe muito bem disso.

— Você faz como? Joga dados? Tira no palitinho?

— Tem certeza que não deseja mais bacon frito?

— Amanda, não serei rogado. Manda mais bacon para mim. Júlio, você é um cara de sorte!

— Por que diz isso?

— Olha para Amanda... ela é linda, sabe cozinhar, é educada e atende bem.

— E por que a sorte é minha?

— Não... você acredita que a merece? Júlio, você é tão fodido da mente quanto eu!

— Amanda antes de mim não era ninguém. Amanda! Poderia trazer uma toalha para nosso amigo? Porra Rafael... as pessoas olham assustadas, cada vez que tosse. O que te custa andar com um pano... qualquer coisa, sei lá.

— Fodam-se! Estou morrendo. É sério que acredita nessa sua fala? Ela mudou sua vida.

— Cala a boca! Ela está chegando.

— Muito obrigado Amanda pela toalha.

— De nada. Eu coloquei mais bacon para fritar. E muito obrigada por achar tudo que falou para Júlio.

— Eu apenas disse a verdade. Você é demais para ele.

— Seu bosta traidor de uma figa...

— Se você não acredita na escolha pela sorte, porque importa-se em querer saber?

— Voltando para a cozinha, deixando sozinhos novamente e obrigado mais uma vez Rafael!

— Você quem manda, Amanda.

— Agora ela vai se achar o último biscoito do pacote, porra. Não sorria caralho. Não vejo graça nisso.

— Vocês se merecem, estava te zoando.

— Zoando porra nenhuma! Você está me sacaneando, seu desgraçado! E sim... não acredito nessa coisa de jogar a sorte para escolher o contrato ou não.

— Júlio, no passado as coisas eram feitas assim. Vide a história de Jonas...

— Pare! Não vou escutar essa história novamente.

— Parei. Mas no passado, quando as pessoas se encontravam numa encruzilhada da vida, elas jogavam a sorte para saberem qual caminho seguir.

— Rafael, eu sei disso também. Não esqueça que foi você quem me apresentou esse mundo de escolhas, eu só acho falho e ao mesmo tempo conveniente jogar a culpa para os dados.

— Eu não jogo dados, Júlio.

— Independente de como faça, eu acredito que usa isso para não sofrer com sua consciência. Para não se torturar achando que matou um inocente.

— Entendi. E a sua consciência? Como convive com ela? E sabe mais de uma coisa? Parecemos dois bêbados arrependidos por termos bebidos toda a cachaça... e se há uma coisa na minha alma, não é arrependimento.

— Eu sei, desculpas. Todas as vezes que falamos sobre sua morte, fico nervoso e termino puxando um assunto sem sentido.

— Verdade. Da outra vez, você me mandou procurar uma mulher e ter filhos.

— Naquele dia estava bêbado.

— Alguns dizem que a bebida nos faz dizer a verdade.

— Rafael, você é o irmão que nunca tive.

— Eu sei disso irmão.

— E não precisa me abraçar. Todas as vezes as pessoas ficam olhando para gente, como se fossemos dois baitolas.

— Porra... quanto preconceito em seu coração.

— Deixe de falar merda. Se fosse preconceituoso não estava vivendo com uma transexual. O que você vai fazer agora?

— Esperar a morte.

— Por que não liga para aquela sua namorada?

— Namorada? De quem está falando?
— Da Gizela, lógico! Quem foi sua única namorada?

— Júlio, sabe quantos anos não a vejo?

— Não sei... quantos?

— Vinte e Três anos.

— Porra! Tudo isso?

— Pois é. Tudo isso.

— É... foi uma ideia estúpida.

— Eu nem vou te responder, o que achei dessa sua ideia. Bem, meu irmão, eu já vou indo. Preciso descansar.

— E não se preocupe. Se por um acaso, não chegar aqui no restaurante para tomar café, passo na sua casa.

— Isso irmão. Obrigado.

— Eu te amo irmão.

— A poucos minutos atrás, você não queria um abraço apertadinho porque as pessoas poderiam pensar que erámos dois boiolas... agora me diz "eu te amo".

— Rafael... vai se foder.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro