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CAPÍTULO II - PROCRIAÇÃO & CONCUBINAS

Poliana olha para o imenso lago dourado iluminado pelo pôr do sol bem à sua frente.

           O dia foi lindo.

           Seus olhos são os espelhos do esplendoroso anoitecer. Poli encontra-se ali para casar.

Embora seja uma semana de preparativos, o dia de amanhã deverá ser um dia mais que especial, seu coração encontra-se apreensivo.

Poliana Alcântara de Toledo, sangue indígena, formada em medicina com louvor, bem-sucedida na profissão e se encontra extremamente pensativa e com o coração pesaroso pelo encontro que terá com seus sogros.

Seu coração de realizações de bondade para com o próximo, parece querer pular para fora do seu corpo. Seus pés intranquilos agitam a tranquila água dourada do lago, fazendo pequeninas ondas.

As palmas das suas mãos estão apoiadas nas gramas e seus olhos parados nas minúsculas ondas que são ejetadas para longe do seu corpo.

Porém, parece que tudo gira no anti-horário quando Poliana pensa no Fahad Mustafá Segundo. Um engenheiro árabe, radicado no Brasil e morando em Pernambuco.

Poliana não entende essa descriminação silenciosa imposta à ela por ser quem é: Uma mulher... uma mulher índia, independente, moderna. Porém, há mais uma coisa que só aumenta a desaprovação dos pais de Fahad nesse relacionamento. E que a tratam como uma farsa.

Enquanto existem tantos muros criados pelos pais do seu noivo, nada disso a impede de ser amada pelo seu amor e ter a certeza da luta dele contra tudo e todos para consumar essa relação de forma legal.

Ele a aceitou do jeito que ela é. Sem, "mas" ou "Por quês". Somente os dois. Somente eles e seus amigos contra um mundo egoísta, arcaico, insano e hipócrita. Que se esconde numa capa religiosa de maldade.

Fahad apareceu na vida de Poliana quando ela não tinha mais esperança que encontraria o verdadeiro amor. Aquele amor que faz o tempo se mover em câmera lenta e a certeza que a mortalidade será burlada pela eternidade.

— Passarinho, o que fazes aqui fora?

Melina sempre foi sua melhor amiga. Desde os cincos anos de idade. Desde que as mais variadas mudanças aconteceram na vida de Poliana. Houve um tempo que o Mundo de Poliana virou de cabeça para baixo, e Melina estava lá para assegura-la que eram irmãs de alma. E por mais que as mais variadas situações surgissem, elas seriam irmãs com almas gêmeas para sempre.

— Pensando no dia de amanhã. — Responde Poliana mexendo os pés dentro d'água.

— É o que você só faz desde que marcou o casamento. Não sei o porquê da preocupação, se o amor de Fahad por você é... de outro mundo. Se bem que ele parece mesmo ser todo feito em outro mundo.

Poliana gargalha por causa da careta feita por Melina e, também por ela ter se abanado no exato momento que falou sobre seu noivo ser de outro mundo.

— A cerimônia será linda, não é mesmo?

— Poli, meu amor, não tenho dúvidas disso. Vocês se programaram com antecedência, já estão nessa peleja a um ano. Escolheram tudo do bom e do melhor. Alugaram essa parte do resort para deixar a festa mais intimista e privativa. O casamento será inesquecível! E fizeram a coisa certa quando decidiram chegar uma semana antes!

Poliana suspira aliviada. Realmente não há o que ter medo; mesmo ela sabendo que os pais de Fahad chegarão dias antes do casamento, carregados de preconceito, hipocrisia e insatisfação, porém, o que realmente importa é o amor dele por ela.

Melina recebe um abraço cheio de amor da amiga e isso a deixa mais que emotiva. Lágrimas correm de dentro dos olhos das duas, que sorriem emocionadas.

— Os pais do "Arabão" chegarão que horas?

— Se eles vierem...

— Eles estarão aqui amanhã ou na quinta-feira?

— Não tenho mais certeza. Ontem, fiz uma besteira... e isso tem me atormentado. —Melina ajeita-se sentando na posição de ioga e com um gesto no queixo e sobrancelhas pede que a amiga fale logo. — Eu peguei umas mensagens da mãe dele... no celular... — Poliana para de falar e olha para o sol que desce no horizonte.
— O que havia na mensagem?

— Esse sol se pondo está uma moldura.

Milena percebe pela tentativa de drible da amiga, que a mensagem de texto continua a causar estrago nos sentimentos dela.

           Embora Milena estivesse com uma baita vontade de perguntar o porquê da ideia de mexer no celular do noivo, ela prefere abrir os ouvidos para sua irmã de alma.

A demora na reposta é incômoda. Sim. Exatamente isso... e incomoda mais a Poliana do que a Melina. Haja vista, quando a demora é resultado de uma lembrança dolorosa.

Poliana levanta-se olhando para a linha do horizonte e cruza seus braços chutando um pouco de grama antes de responder:

— O pai de Fahad me acusou de acabar com a linhagem da família dele.

Melina engole seco.

— Ele teve a audácia de falar disso?

— Sim, ele teve.

— Tem mais coisa aí...

— Ela... a mãe... sugeriu concubinas para procriação.

Milena levanta-se gritando de ódio e jurando fazer um espancamento para os próximos dias.

— Puta que pariu! QUE RAIVA! Quanta maldade! Isso já deixou de ser preconceito a muito tempo! Volto a repetir: Isso é maldade. A mais perversa de todas. Estamos em pleno século 21!

          Milena levanta-se e começa a andar em círculos, xingando e dando socos no ar. Ela continua, agora falando com mais raiva:

— Eles sabem que você... que você não pode ter filhos! Mas, podem adotar! — Pausa para Milena se encher com mais ira— Eles mais do que ninguém deveriam acreditar na transmigração da alma. O destino colocará nos braços de vocês um filho ou filha de outra vida. Não é nisso que eles acreditam? E o que Fahad respondeu?

— "Eu deserdo vocês da minha vida." E os bloqueou.

— "Deserdo"? Como assim?

— Sim. Exatamente isso que você escutou.

— Puta merda! Deserdou os pais... mandou-os para puta que pariu... indiretamente.

— Pois é, na cultura religiosa da família de Fahad, quando um pai deserda um filho é o mesmo que dizer que ele é um desgraçado que está morto e enterrado para toda sua família. Imagine essa palavra vinda de um filho para seus pais.

Poliana suspira.

— Poli, eles mereceram. Não foi preocupação pela linhagem deles que fizeram digitar essa merda, e sim a mais pura maldade humana destilada contra você. O gostosão é foda! Isso preciso ressaltar!

— Imagine a dor que ele deve estar sentindo.

— E a sua dor? Eles respeitaram? Pensaram no filho que está feliz? Os pais de Fahad cagaram geral. — É a vez de Melina para de andar, ficando de frente para amiga. — Meu anjo, a melhor coisa que aconteceu na sua vida foi o "Arabão", mas tenha certeza que ele também não encontraria uma mulher igual a você em lugar nenhum do mundo e, não minimize a sua dor!

— Melina... sempre um doce.

As duas se abraçam novamente.

— Meu amor — Fahad aparece na varanda da casa feita de madeira —, os padrinhos e madrinhas acabaram de chegar.

— Olha aí! Esse é o sorriso que desejo ver amanhã! — Melina fala baixinho e batendo na saia de Poliana para tirar os carrapichos agarrados na roupa.

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