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capítulo cinco


— Você o que? — Gabriel perguntou enquanto tentava esconder o quão espantado estava.

— Eu fiz a denúncia que tirou o emprego da Milena — Allan respondeu tranquilamente. — Nossa, que vontade de tomar cerveja! Será que tem breja por aqui?

Como se a casa fosse dele, Allan pulou da mesa em que estava sentado, foi até a geladeira, abriu e procurou pela bebida. Não encontrou e se contentou com uma latinha de Coca-Cola.

— Então você estava lá quando aconteceu? — Gabriel estava incrédulo. — Você tem certeza que ela fez doutrinação comunista na escola? Porque eu tenho certeza de que isso não é algo que ela faria...

— Ta viajando, cara? É claro que não! Esse foi o papo que inventei. E não precisa ficar com dó. Acredite em mim, ela merecia isso!

— Eu não to entendendo...

Allan ficou sério, sentou-se novamente na mesa de frente para Gabriel e o encarou bem nos olhos:

— Por que você se interessa tanto?

— Eu... eu... Não me interesso tanto assim, mas fiquei curioso.

— Ok, eu vou te contar. Mas precisa me prometer que não vai contar a mais ninguém, entendeu?

— Entendi.

— Você é um dos meus melhores amigos — Allan estreitou os olhos. — Eu confio em você.

— Pode confiar.

— Beleza, então. O treinador me obrigou a fazer orientação com a Milena por um tempo. Ele disse que eu estava meio esquentadinho e tal. Fiquei P da vida, mas obedeci mesmo assim porque não dá para argumentar com aquele velho quando ele coloca alguma coisa na cabeça. Você sabe como é, né?

— Sei sim. O treinador é pentelho.

— No começo foi chato para um cacete, várias das sessões passamos apenas em silêncio, com ela olhando para a minha cara. Depois de um tempo, fui me soltando, a Milena se mostrou interessada no que eu tinha para dizer e bem mais cabeça aberta do que a maioria dos professores. Engatamos num ritmo bom e, cara, você não faz IDEIA do que aconteceu!

— O que aconteceu?

— Ela começou a dar em cima de mim!

— Sério? Tipo, de verdade?

— Sim! Quer dizer... não de uma maneira descarada... Ela precisava manter as aparências, não é? Mas, claramente tinha algo rolando entre nós. Ela me provocava, sabe? O jeito que me olhava, a forma como mexia no cabelo quando falava. Estava mais do que claro que ela queria!

— Allan, você tem certeza de que não estava imaginando nada?

— Eu to falando! A Milena estava me provocando daquele jeito que as mulheres fazem. Você tinha que ver, um dia, numa das sessões, ela apareceu com um decote tão grande que quase dava para ver o umbigo!

— E o que aconteceu?

— Um dia eu cansei de esperar, sabe? Não me aguentei! Sou homem, com instintos e tal. Tivemos uma sessão normal, conversamos muito, ela riu das piadas que fiz e tudo mais. Então, na hora de nos despedimos, tentei uma investida. Tudo ou nada. Peguei e beijei na hora.

— E ela?

— Fez um escândalo! Acredita nisso? Puxou a cabeça, desviou do beijo, disse que eu tinha entendido alguma coisa errada. Que eu era uma criança perto dela e que isso nunca iria acontecer e blá, blá, blá.

— Foi o que eu disse. Você entendeu errado.

— Gabriel, não seja inocente! Aquela vadia me provocou só para depois me dar um fora e sair como a boazona da história! Odeio esse tipo de mulher que acha que pode brincar com a gente.

— Por isso você inventou a história da doutrinação?

— Sim! Aposto que ela nunca mais vai fazer algo assim. Aprendeu a lição — Allan virou o último gole do seu refrigerante, jogou a latinha vazia no chão e se levantou. — O que acabei de te contar foi um GRANDE segredo. Em hipótese alguma conte para alguém. Entendeu?

— Sim, sim, claro... Pode deixar.

Allan saiu da cozinha e deixou Gabriel a sós com o segredo que prometeu guardar.

— O que você está ouvindo?

Davi andava pelos corredores da escola com os seus tradicionais headphones quando Juliana o viu passando, correu até ele e o surpreendeu puxando os seus fones. Davi tomou um susto e pensou que estava sendo roubado, mas lembrou que estudava numa escola de quase milionários e que isso não era um problema que acontecia por lá.

— Que música engraçada — Juliana disse, o som dançante era acompanhado por um homem cantando em falsete. — Parece um Michael Jackson futurista!

— É Childish Gambino — Davi explicou, achando graça do fato de que a Juliana estava praticamente gritando por causa do volume dos fones.

— O cara do This Is America? Não parece ele!

— Essa é uma fase mais antiga. Essa música se chama Sober.

— Você tem bom gosto, garoto novo — Juliana disse devolvendo os fones de Davi. — Está sabendo da novidade?

— Não, qual novidade?

— Vai rolar uma festa na casa de um dos garotos do terceiro ano. Todo mundo da escola vai aparecer.

— Não, Juliana. Eu nunca sou convidado para essas coisas.

— Eu também não! Mas agora que fiquei sabendo quero ir.

Davi abriu um sorriso.

— Você realmente se diverte nesse tipo de festa?

— Bom... não. Mas antes eu não gostava dos meus amigos, mas gosto de vocês e acho que pode ser diferente.

— Se você acha que todo mundo do Clube vai topar, boa sorte em tentar convencer a Maria a frequentar festas!

— Se você for, ela também vai topar.

Davi fingiu que não entendeu a indireta. Eles se sentaram em uma das mesas do refeitório, frente a frente e continuaram conversando.

— Sei lá, eu vejo as outras pessoas da nossa idade — Juliana insistiu. — E eles parecem se divertir, sabe? Bastante! Por que não podemos fazer igual?

— Porque somos jovens quebrados.

— Às vezes ser diferente é um saco! — Juliana desabafou. — Vamos tentar?

Davi suspirou e se deu por vencido:

— Podemos tentar.

Juliana sorriu, se curvou pela mesa e deu um beijo na bochecha de Davi.

— Quem sabe eles não tocam Childish Gambino?

— Haha! Duvido muito! Gabriel, você viu um fantasma?

Gabriel sentou-se à mesa com seus amigos e tinha uma aparência abatida. Custou a dormir na noite passada, pensando no que ouvira do seu amigo Allan.

— O que foi? Eu estou bem!

— Não parece — Juliana disse.

— Estou bem sim! — E logo tentou mudar de assunto. — Sobre o que vocês estão falando?

— Vai ter uma festa na casa de algum cara aleatório — Davi disse. — E Juliana quer muito ir!

— Que ideia perfeita! — Gabriel se animou. — Isso pode ajudar até na resolução da Maria.

— Pode?

— Ela quer ser menos tímida e mais sociável, certo? Não tem lugar melhor para fazer isso do que em uma festa.

— O Davi acha que não vamos nos divertir por lá.

— Pelo amor de Deus, gente! — Gabriel levou as mãos à cabeça em um ato teatral. — É UMA FESTA! É claro que vocês vão se divertir.

— Eu ainda acho que isso não vai acontecer.

— Nós vamos nos divertir — Juliana disse.

— Será?

— Nós vamos nos divertir!

Corta a cena.

Eles não estavam se divertindo.

Os outros jovens não se importavam em gritar para se fazerem ouvir no meio da música alta. Eles bebiam cerveja direto das long necks, riam de piadas invisíveis, beijavam uns aos outros na boca e expressavam genuína felicidade e estarem lá. Juliana e Davi estavam sentados no canto da sala, levemente contrariados em não conseguirem aproveitar o momento.

— O que nós temos de errado? — Juliana perguntou.

— Eu não consigo te ouvir! — Davi respondeu.

— O QUE NÓS TEMOS DE ERRADO? — Juliana repetiu mais alto.

Davi apenas balançou a cabeça negativamente. Ele também não sabia. Pegou o celular e mandou uma mensagem para Maria.

Davi

Espero que você não esteja furando com a gente. Onde você está?

Maria

Estou chegando.

Maria precisou mentir para a mãe e dizer que iria dormir na casa de Juliana. Quando o UBER parou em frente a festa, a menina foi tomada por um súbito sentimento de culpa por ter mentido para a sua mãe pela primeira vez na vida e pensou seriamente em desistir de tudo e voltar.

— Moça, você precisa decidir se vai descer do carro ou não — o motorista disse. — Já faz cinco minutos que estou parado aqui.

Ela desceu apenas para enfrentar conflito com o motorista. Respirou fundo e tentou se convencer de que nada de assustador iria acontecer. Eram apenas algumas pessoas que ela via sempre na escola e os seus amigos também estariam lá. No primeiro passo que deu para dentro da casa, ela esbarrou com força em um garoto e os dois caíram no chão, ela por cima dele, com o rosto enterrado em seu peito.

E essa é a história de como Maria chegou à primeira festa da sua vida.

— Desculpa, desculpa, desculpa — ela repetiu baixo demais para ser ouvida por cima da música alta e ficou ainda mais desesperada ao notar que o rapaz estava sujo de cerveja graças a ela.

— Relaxa, não precisa ficar nervosa — o garoto a tranquilizou enquanto se levantavam. O rapaz não disse mais nada, mas continuou a encarando com uma expressão neutra, impossível de ser decifrada. Maria automaticamente imaginou que havia algo de errado com o seu cabelo ou roupa. — Nós já nos conhecemos? Você é parente da Letícia Coin?

— Não conheço nenhuma Letícia Coin.

— Meu nome é Damian — ele se apresentou.

— Maria — ela respondeu.

Damian estendeu a mão e encostou o polegar no lábio inferior de Maria. O movimento inesperado a petrificou e fez sentir o corpo inteiro arrepiar.

— Putz... o seu lábio cortou um pouco — só então maria sentiu o corte e entendeu a razão do contato físico. — É melhor você lavar antes que fique feio. Vem comigo, sei onde fica o banheiro.

Damian pegou a sua mão e a guiou em meio a multidão, tudo que Maria conseguiu fazer foi acompanhá-lo sem resistir. O banheiro ficava no andar de cima onde o barulho da festa era muito menor. Maria lavou a boca e Damian conseguiu gelo em algum lugar próximo de lá.

Maria ficou segurando o gelo na boca sentindo a maior vergonha do mundo enquanto o semi-estranho a observava sem a necessidade de desviar o olhar.

— Você é uma pessoa quieta ou apenas quer que eu vá embora? — Perguntou enfim.

Maria sorriu.

— Sou quieta — respondeu.

— Bom, eu também sou — Damien acrescentou sorrindo. — Eu só finjo não ser.

Enquanto isso, no andar de baixo, Juliana e Davi seguiam de braços cruzados.

— Vi uma menina parecida com a Maria passando do outro lado da sala — Davi disse.

— Tem certeza? — Juliana perguntou.

— Não vi direito. Faz uns dez minutos, passou de mãos dadas com um menino e subiu as escadas.

Juliana gargalhou.

— De mãos dadas com um menino? Definitivamente não era ela. 

***

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