27. Aquele em que não somos mais amigos (Parte II)
OLÁ, PESSOAL!
Desculpa a demora em atualizar o livro, não estava conseguindo escrever nada que gostasse e sinto que esse capítulo está meio fraco, mas espero que gostem! <3
Não esqueçam de comentar o que acharam, é extremamente importante pra mim saber o que vocês estão achando. E recomendo que releiam o CAPÍTULO 26, fiz umas mudanças e dei uma melhorada, ficou um pouco mais a frente do que a primeira versão. É isso, não esqueçam de acessar o tumblr da história (www.tcaocmn.tumblr) e se quiserem participar do grupo no whatsapp, é só me chamar no inbox.
Tchauzinho, até breve! :)
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Enquanto nós três caminhamos para a saída da C.D. e cruzamos a sala amontoada de malas e garotas que sobem e descem as escadas, sinto que os olhares de todos aqui estão justamente em mim ─ e apesar de saber que isso tudo é apenas minha mente trabalhando contra mim mesma, não posso deixar de me importar.
A manhã está levemente nublada, fugindo do padrão ─ inferno ─ do TCA. O campus parece estar mais cheio do que o comum e vários alunos correm para lá e para cá, com alguns se abraçando ou se despedindo, enquanto outros já parecem estar de saída.
Apesar disso, a fila para o café-da-manhã está mais amontoada ainda, e eu procuro Lucas ou Daniel na multidão, mesmo que em vão.
Enquanto espero entre a ruma de alunos, ouço meu celular tocando e solto um sorriso ao ver "pai" na tela de vidro; sussurro para Pati e Nathália que papai está ligando e ambas acenam com a cabeça, enquanto eu caminho para um ponto mais distante e calmo do colégio.
─ Pai?! ─ exclamo, sorrindo, me apoiando em uma árvore.
─ Malu! ─ sua voz logo faz com que eu me sinta melhor e eu solto uma risada ─ Como você está, querida? Sua mãe e eu estamos mais ansiosos do que nunca! Finalmente estão voltando pra casa!
─ Também estou ansiosa para rever vocês! Sim, estou bem... ─ mordo os lábios, sentindo que estou mentindo ─ Na verdade, eu estou indo tomar o café-da-manhã daqui à pouco.
─ Ah, você quer que eu desligue? Desculpe te atrapalhar, minha princesa, mas você está me devendo alguns e-mails! ─ escuto sua risada do outro lado e o acompanho.
─ Não, não precisa desligar. E desculpe pelos e-mails, ou pela falta deles. ─ rio fraco ─ As coisas só andam um pouco corridas, ainda não me acostumei muito bem com a rotina.
─ Tudo bem, eu entendo perfeitamente. E como foi o baile ontem?
─ Ah. ─ fico em silêncio por alguns segundos, sem saber o que dizer ─ Foi... normal.
─ Filha, está tudo bem? Estou sentindo que está estranha.
─ O que? Claro que não! ─ pigarreio, olhando para os lados ─ Pai, tenho que ir agora, mas nos vemos mais tarde. Estou com muitas saudades.
─ Hm, tudo bem, está tudo bem com seus irmãos, sim? ─ sua voz ainda soa desconfiada.
─ Ãhn, sim, claro. ─ respondo apressadamente, já que fazia um bom tempo que eu não via Guto e Leo ─ Estou indo. Até. Beijo, te amo!
─ Também te amo! Até!
Encerro a ligação e, com um suspiro de alívio, ponho a mão na cabeça, comprimindo os lábios, ainda pensativa.
***
Assim que nos servimos com o café da manhã, Pati, Nathália e eu caminhamos até a "mesa de sempre", e eu dou uma leve fungada sentindo falta de mais duas pessoas.
─ E então? De que horas vocês vão embora? ─ Nathália pergunta, dando um gole no suco.
─ Provavelmente depois do almoço, e você? ─ Pati responde, dando de ombros.
─ A mesma coisa. Como sempre, na verdade. ─ ela ri sozinha ─ Mas ainda tenho que terminar de arrumar algumas coisas.
─ Eu tenho que arrumar minha mala inteira de novo, na verdade. ─ seus cachinhos loiros balançam enquanto a mesma solta um som de lamento. ─ E, por Merlin, é muita coisa.
─ Eu posso te ajudar, na verdade. O que falta pra mim é pouca coisa.
─Sério?! ─ Pati exclama, animada ─ Eu sempre soube que você tinha uma boa alma da Lufa-Lufa.
As duas riem e eu apenas suspiro, olhando para o meu prato, que continua intacto; ainda aérea, noto que Nathália me encara e está prestes a falar algo, logo sendo interrompida pela chegada de Guto e Leo.
As duas cabelereiras ruivas me surpreendem e eu exclamo, rindo:
─ Guto! Leo!
─ Malu! ─ os dois murmuram em uníssono, me abraçando de uma vez só, e Leo continua: ─ Papai nos ligou na secretaria, ele disse que você estava estranha e que devíamos ver como estava.
Mordo os lábios e reviro os olhos, ainda sorrindo.
─ Por onde andaram esse tempo de todo? Não vejo os dois há um tempão! ─ pergunto, passando a mão nas mechinhas ruivas e as bagunçando.
─ Andamos um pouco ocupados. Não é fácil tirar notas boas e, ao mesmo tempo, gerenciar o "Gemialidades Albuquerque". ─ Guto murmura, sorrindo.
─ Gemialidades Albuquerque? O que... o que é isso?
─ É o nome da nossa loja de doces, foi a sua amiga que nos deu a ideia do nome. Obrigada, Patrícia! ─ Leo acena para Pati, rindo, enquanto a mesma gesticula para ele sinais de negação.
Cruzando os braços, a fito, lançando um olhar cético de "sério?"; assim que nota que estou a encarando, a mesma finge estar olhando para o nadar, e eu rio por alguns segundos.
─ Bem, Malu, temos que ir agora. Tchauzinho! ─ tão repentinamente quanto como chegaram, os dois vão embora, sumindo da minha vista.
Soltando uma risada fraca, me viro para frente, sentindo um leve choque ao avistar, logo ao longe, Daniel.
─ Meu Deus! ─ exclamo, levantando.
─ O que foi? ─ Nathália pergunta, assustada, enquanto Pati apenas me fita com a testa franzida.
Sem responder, apenas saio correndo na direção da árvore onde havia visto Daniel. Assim que me aproximo, seu olhar se cruza com o meu, e eu vejo os cachos emaranhados no topo de sua cabeça se curvarem, enquanto ele olha para o chão.
─ Daniel... ─ engulo em seco, dando mais um passo à frente ─ Por favor, eu preciso conversar com você.
─ Eu sei, eu também preciso falar com você. ─ sua voz soa mais como um sussurro e eu balanço a cabeça, indicando para que fôssemos para outro lugar.
Ainda em silêncio, caminhamos para uma parte isolada do Campus. Apenas o barulho distante do burburinho dos alunos pode ser ouvido, e eu pigarreio, ainda sem dizer nada.
─ Eu só queria dizer que eu sinto muito por tudo que aconteceu ontem. Eu fui a pior pessoa do mundo e... ─ solto um suspiro ─ Não importa como, eu realmente te amo. Você é meu melhor amigo, não posso viver sem você, e eu não quero estragar tudo que temos. Não só entre nós dois, mas com todo o clube. Pati, Lucas, Nathália, você. Todos vocês são especiais para mim, mesmo que de formas diferentes, o que eu sinto aqui ─ coloco a mão no meu peito esquerdo, comprimindo os lábios ─ é a mesma coisa. Não quero que deixe de falar comigo, você é muito importante pra mim. Muito, mesmo.
Daniel me fita por alguns segundos, ainda sério, e após sorrir de canto, sinto-o me puxar para um abraço; solto uma risada fraca, o abraçando de maneira apertada.
─ Malu, você é muito especial para mim, também. Desde o primeiro dia, quando eu caí da bicicleta e nos falamos pela primeira vez. ─ sorrio ao lembrar da queda. Aquele dia parece ter sido há milhões de anos. ─ Desculpe se confundi as coisas... o Lucas também é meu melhor amigo, acho que todos erramos nisso. Eu conversei com ele, estamos bem, pelo menos. E acredite, ele gosta de você. Acho que agora vocês só precisam conversar. Tudo que eu disse ontem foi porque eu sempre soube que havia algo entre vocês, fui apenas bobo em achar que poderia ser o substituto de alguém.
Ele balança a cabeça, suspirando, e encara o chão, um pouco vermelho. Solto um sorriso enquanto o fito; ele sempre será assim, um coração grande & envergonhado.
─ Malu? ─ escuto sua voz novamente, quebrando o silêncio.
─ Hm?
─ Eu também te amo.
Sorrindo de maneira fraca, apenas o abraço novamente, e permanecemos assim, em silêncio, sob as folhas balançantes da árvore.
er o quepoA
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