23. Em busca do Resultado Prometido
OLÁ, PESSOAL!
Desculpa pelo atraso nas atualizações djfjdfn estava meio sem inspiração esses dias, mas gostei bastante desse capítulo; espero que gostem e me digam o que acharam <3
é isso, até o próximo capítulo e não esqueçam de acessar o tumblr de ocmn (www.tcaocmn.tumblr.com) para curtir postagens como esta:
até breve :)))
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─ Desculpa.
─ Com licença.
─ Pode sair da minha frente?
─ Por Merlin, que livro é esse?!
─ Licença...
Em meio aos burburinhos dos alunos, tudo que eu consigo escutar são apenas essas cinco frases. Enquanto Lucas tenta abrir passagem no meio da multidão, Nathália pede "licença" a cada cinco segundos e Patrícia e Daniel me empurram para frente.
Não, essa não é a caravana de Moisés para a Terra Prometida, e sim a de Lucas para o resultado das provas semestrais.
A semana passada não foi nada fácil; tudo estava sendo muito exaustivo, eu só queria descansar um pouco e saber minhas notas.
Os resultados foram espalhados pelos murais da escola e, seguindo o plano "genial" de Lucas, fomos para o Mural da Cantina ─ o menos movimentado, ou seja, poucos alunos iriam estar lá e logo teríamos nossas notas. O problema é que não fomos os únicos a terem essa ideia: assim que chegamos aqui, havia um aglomerado de pessoas em torno do quadro.
E assim se iniciou nossa batalha contra o mar de pessoas ─ onde eu fui carregada para trás duas vezes.
─ Já dá pra ver alguma coisa? ─ exclamei para Lucas, olhando para cima em busca de ar.
─ Quase lá.
Atrás de mim, Pati inspira e expira de maneira frenética, encarando o chão; ao olhar para ela, meu olhar se cruza rapidamente com o de Daniel, e eu rapidamente me viro, mordendo os lábios.
Assim que finalmente alcançamos o Mural, suspiro, dando um sorriso de alívio e encarando as várias folhas de papel, procurando pelo meu nome.
As notas no TCA valem de 0 à 100, sendo 60 a média; eu nunca fui exatamente o tipo de pessoa que tira notas baixas, mas também nem sempre tirei notas boas... e isso está me preocupando muito. No TCA, nenhum aluno pode ficar abaixo da média em mais de três matérias, ou seja, caso isso aconteça, o aluno é reprovado imediatamente.
Ao ver "Marie Lu Lima Albuquerque" no alto de uma das folhas, sinto meu coração acelerar rapidamente e engulo em seco.
─ Vai dar tudo certo. Vai dar tudo certo. Vai dar tudo certo. ─ sussurro para mim mesma, fechando os olhos com força.
Assim que os abro novamente, passo o dedo ─ tremendo ─ pelas notas, sentindo meu corpo tenso.
História: 95.
Literatura: 80.
Química: 76.
Moda:100.
Teatro: 100.
Português: 89.
Álgebra: 70.
Geometria: 75.
Inglês: 90.
Espanhol: 94.
Francês: 73.
Ciências: 80.
Biologia: 80.
Geografia: 90.
Educação Física: 100.
Artes: 100.
Música: 100.
─ Eu passei! Ah, meu Deus, eu passei! ─ exclamo, colocando a mão na boca.
─ Você ainda tinha dúvidas? ─ Daniel sorri para mim, passando a mão nos cachos rebeldes.
Sorrindo, Lucas, Daniel, Patrícia e Nathália me abraçam de maneira forte; assim que nos desvencilhamos, Nathália murmura:
─ Sabe, acho que essa seria uma ótima noite para um encontro do Clube antes das férias.
─ Definitivamente. ─ Pati e eu exclamamos em uníssono.
Ainda parados, escutamos alguma voz logo atrás de nós gritar um "saiam do meio!" para nós.
Nos encaramos por alguns segundos e, ainda rindo, saímos andando.
***
─ Eu preciso ir no banhe-
─ Shhh! ─ Daniel, Nathália, Lucas e eu sussurramos ao mesmo tempo, olhando na direção de Pati.
─ Mas eu preciso ir! ─ ela exclama, fazendo uma careta.
Revirando os olhos, coloco um dos meus dedos em cima da carta "sete" (verde) em cima do montinho.
─ Patrícia, quando colocamos a carta sete, você tem que ficar em silêncio.
─ Eu sei.
─ E só pode falar em emergências... mas só se colocar o dedo em cima da carta. ─ Lucas murmura, erguendo uma das sobrancelhas.
─ Ah.
Eu achava que era uma boa jogadora de Uno até há algumas horas atrás, mas depois de ficar em último lugar durante seis partidas e destruir uma amizade com Daniel e Patrícia após eles jogarem um "+4" para mim, sinto que minha vida inteira tinha sido uma mentira.
─ Minha vez, então? ─ Nathália coloca um dos dedos na carta e todos balançamos a cabeça.
Ela sorri, colocando sua única carta em cima do montinho e vencendo o jogo com uma carta "quatro" verde.
─ Droga! ─ exclama Lucas.
─ Eu disse pra jogar o +4 pra ela. ─ Pati revira os olhos.
─ Não acredito que inventei o verdadeiro significado de "perder". ─ murmuro, largando as cartas no chão, e todos rimos.
Com um suspiro, me largo em um dos puff's, comendo os quatro últimos salgadinhos-de-queijo do pacote em cima da mesinha.
─ O baile vai ser legal, não acham? ─ Nathália sussurra, olhando para um ponto distante.
─ É, eu acho que vai. ─ sorrio, apoiando meu queixo no joelho ─ Aliás, você já falou com o Caio?
─ Não... mas mandei uma carta de resposta. Acho que só vamos nos conhecer pessoalmente no dia do Baile. ─ ela morde os lábios.
Lucas, Daniel, Pati e eu nos entreolhamos, sorrindo, e logo voltamos a fitar Nathália.
─ Meu pai ligou hoje. ─ Lucas murmura, se ajeitando o sofá ─ Ele e minha mãe conversaram e confirmaram que eu vou passar as férias com a minha mãe.
─ Eu sinto muito. ─ Patrícia dá um sorriso amarelo para ele, que logo retribui, e todos nós fazemos o mesmo.
Dou uma risada fraca vendo os dois e engulo em seco, fazendo um barulhinho com a boca; após longos minutos em silêncio, Nathália retoma o assunto do baile:
─ Mas então, vocês já têm alguma ideia de quem vão levar para o Baile?
Automaticamente, meus olhos se viram na direção de Lucas, que também olha pra mim; com um sorriso rápido, olho para frente novamente.
─ Ainda não sei... ─ digo, encarando meus pés.
─ Nem eu. ─ Lucas e Daniel concordam.
Patrícia apenas balança a cabeça.
─ Vocês estão estranhos... tudo bem, pessoal, isso aqui não é o funeral do Dumbledore. ─ Pati salta do sofá, sorrindo ─ Podíamos fazer uma "rodinha da verdade". Contar segredos e coisas mais pessoais... podemos nos conhecer ainda mais.
Dando de ombros, sorrimos um para o outro, nos sentando no chão e fazendo uma espécie de círculo; assim que Daniel pega alguns sushis que sobraram e mais copos com refrigerante, começamos.
─ Isso é tão aconchegante. ─ Pati murmura, sorrindo, e todos nós gargalhamos.
Mas eu concordo. Tudo aqui traz uma sensação tão... boa; um ao lado do outro, as luzes um pouco apagadas, comidas, risadas. Talvez não seja preciso algo grande para fazer alguém feliz, talvez esse algo só precise significar algo grande, algo... bom.
─ Ah, já sei, sempre quis saber uma coisa sobre vocês: ─ Nathália sorri, animada ─ como foi o primeiro beijo de vocês?
Mordo os lábios, piscando. Meu primeiro beijo foi, obviamente, com o Lucas... e eu simplesmente não podia contar assim, do nada. Sem reação, apenas espero alguém falar alguma coisa.
─ Meu primeiro beijo foi quando eu estava na casa da minha amiga ─ Patrícia começa, parecendo envergonhada ─ Eu tinha dez anos e foi estranho porque foi com o irmão dela de treze. Estávamos brincando de casinha e, quando ela foi no banheiro, o irmão dela veio e disse que ele era o marido e eu, a esposa... daí ele disse que eu tinha que dar um beijo nele. Eu não entendi muito bem, mas aconteceu. Não foi algo memorável.
─ Pati... ─ murmuro, em um tom chateado ─ Que horrível. Sinto muito.
─ É, não liga pra isso... você é incrível. ─ Daniel dá um sorriso fraco para ela.
Contenho um sorriso enquanto observo os dois, vendo que pouca coisa mudou desde que se beijaram. Para ser bem sincera, eu não consigo entender o lado do Daniel... ele realmente parece gostar da Patrícia, então por que não continuou com o que ele "começou"?
─ Meu primeiro beijo foi com o Guilherme. ─ Pati exclama um "argh!" e todos nós a olhamos.
─ O que foi? Ele é um idiota! ─ exclama, balançando as mãos.
Nathália a fita por alguns segundos, continuando:
─ Foi no sexto ano, ano em que eu cheguei no TCA, no Baile do Dia das Bruxas. Foi legal. ─ ela sorri levemente – Estávamos na Casa dos Monstros. Eu tinha me assustado com uma coisa que parecia um zumbi e terminei me jogando na direção dele. Nossos rostos estavam tão próximos e... aconteceu.
Lucas molha os lábios, sorrindo de canto, e diz:
─ Meu primeiro beijo também foi aqui no TCA... foi com uma garota do primeiro ano. Ela tinha quinze e eu, onze. Foi legal, ela era bonita, mas não foi nada muito especial... na verdade, eu só fiquei com ela pra perder o BV. O Daniel também ficou com ela.
Erguo a sobrancelha, dando um sorrisinho, e encaro Daniel.
─ Ela era estranha. ─ murmura, tímido ─ Pra falar a verdade, todos os garotos do sexto ano terminaram beijando ela... um deles terminou até com uma espinha na boca.
─ Eca! ─ todos exclamamos em uníssono, rindo.
─ E o seu primeiro beijo, Malu? ─ Pati exclama, animada.
Fico em silêncio, sem reação, e olho para os lados; ao encarar o relógio, vejo que já são quase três horas da madrugada.
─ Essa é uma outra história, crianças. ─ me levanto, indicando o relógio, dando um sorrisinho.
Sob reclamações de Patrícia ("Por que só ela não falou? Se ela não falar, nós também não falaremos mais! Vai ser anarquia!"), todos nos levantamos, começando a recolher todo o lixo.
Logo que terminamos, Nathália, Patrícia e Daniel saem andando, deixando Lucas e eu para trás.
Enquanto termino de trancar a porta do Clube ─ olhando para os lados e verificando se não há nenhum monitor por perto ─, sinto o olhar de Lucas sobre mim.
─ O que foi? ─ pergunto, revirando os olhos.
─ Eu fui seu primeiro beijo?
Tiro a chave da parte e a coloco no bolso da bermuda, o encarando.
─ Ãhn... sim, foi.
Ele sorri, se aproximando.
─ O que foi? ─ pergunto, olhando em seus olhos.
─ Eu não sei... eu só me sinto, de algum modo, feliz. ─ Lucas segura minhas mãos, olhando para o meu rosto.
─ Por ser meu primeiro beijo? ─ rio baixo, mordendo os lábios.
─ Sim. ─ ele responde rapidamente, colocando seus lábios nos meus.
Retribuo por segundos, passando a mão por seu cabelo e descendo até seu pescoço; assim que nos separamos, apenas sorrio, o abraçando de maneira forte e apoiando meu queixo em seu ombro.
─ Vamos, então? ─ sussurro, me desvencilhando do abraço e segurando sua mão.
─ Vamos.
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