Não esperava porém, sim, meu salvador chegava de moto para me salvar, não conseguia ver quem era pelo capacete, claramente estava com medo de ser alguém ruim, porém aquela confiança, parecia de ser alguém que me conhecia, e ao me chamar pelo nome tive certeza apesar de não ter a mínima ideia de quem era, mas subi, e ele acelerou me deixando em uma rua mais movimentada há uns 2 quarteirões.

— Obrigada desconhecido, quem é você em?

— Não importa.

— Claro que importa, você acaba de salvar a minha pele! Desce aí vou te pagar um almoço.

— Eu só fiz a minha parte, você me deve uma... Ele disse já acelerando, e saiu.

Liguei pra Sthe, que foi me buscar.

— Caramba, você tá bem?

— Tô sim, só tô assustada com tudo que aconteceu e curiosa, não faço a mínima ideia de quem é o motoboy.

— Então quer dizer que você tem pretendentes?

— Nn aão nem sei quem é, meu único amigo não mora aqui, conseguiu uma bolsa de artes em londres, e só volta ano que vem. Não consigo imaginar alguém com esse perfil.

— Carambaa, isso torna ainda mais interessante.

A garçonete veio, pedimos 2 refeições com peito de frango.

E chegou então, segundo a Sthe, o grupo dos idiotas, compostos pelo Will, que parece que não sai mais dessa história, e os amigos idiotas dele que até então não sabia o nome, mas Sthe me falou que se chamavam Noah e Wesley, ela contou também que já ficou com o Wesley mas não deram certo porque ele é muito burro e só pensa em si mesmo. Oque parece descrever a maioria dos meninos da Elisium.

O Noah segundo ela e como eu havia reparado, só faz uma aula com a gente, que é a de Ed fisica, segundo ela ele é o mais gato porém o mais tímido, inteligente e não se envolve em confusões, o resultado dele ser mais próximo da família real, não de sangue, mas sim nos negócios, eles são a família mais rica de Querjum, e são os maiores fornecedores de mantimentos do país, e então os melhores amigos da realeza, que também os aproxima dos mesquinhos Williams.

Estava amando a fofoca até o idiota número vir me atormentar. Infelizmente tínhamos um trabalho juntos e eu tava preocupada. Mas não sabia como chamar um idiota rico pra estudar. Eu quem era inteligente ali. Mas o incrível aconteceu.

— Oi, você pode ir lá em casa depois, fazer o trabalho?

— Hmm, sim, compro os cartazes também.

— Não precisa, lá em casa tem, também acho melhor uma apresentação em Power point.

— Ok.

— Ok.

Sim, o Sr Babaca foi educado. Até fui de pressa pra casa porque parece que ia chover.

No caminho eu ficava pensando nessas coisas inacreditáveis. Como uma pessoa pode mudar de uma hora pra outra? E quem era o motoqueiro?

Caminhei o que pareceu poucos minutos e cheguei no mini apartamento dos empregados onde morava, percebi que tava precisando de uma faxina, mas era uma boa notícia, afinal era sinal que a minha mãe tava trabalhando muito na casa, e eu continuaria na escola para seguir os meus sonhos.

Estava arrumando a casa e alguém bate na porta, pensei ser algum empregado, mas era o Sr B ainda arrumado da escola com vários livros perguntando se poderia entrar, achei que estudariamos na casa dele.

Guardei todos os equipamentos de limpeza e perguntei o que ele fazia ali tão cedo do horário.

— Soube do imprevisto de ontem, imagino que não queira estar lá tão cedo, vamos estudar aqui, quero deixar de te ver o mais rápido possível.

— Isso foi muito contraditório, mas vou ignorar. Bom a saber que se importa com os empregados.

— Isso tudo vai ser meu um dia, o futuro dessas pessoas estão nas minhas mãos, pode não parecer, mas me importo, e noto que esse quarto é um tanto pequeno.

— Não é um "quarto" é uma casa, minha casa..

— tá né, vamos fazer isso logo, trouxe livros da biblioteca da casa. São alguns contos em que podemos nos inspirar.

Ele tinha trago nada mais nada menos do que vários contos de fadas, oque pela segunda vez me surpreendeu, foi uma ótima idéia, meu conto preferido é o da Cinderela, ele não sabe disso, mas leu meus pensamentos, há diversas versões dessa mesma história, inclusive o conto original é bem diferente do que conhecemos. Por incrível que pareça ele estava bem animado quanto a isso também.

— Tem certeza que pode ser esse conto? Teria que pedir autorização, já que é fora do tema proposto.

— Sim, por mim tudo bem. Tem ideia do que vai fazer?

— Ainda não, pensei em uma Cinderela espacial.

— Eu pensei na minha sapatão! ( Eu ri muito com essa possibilidade, e achei incrível haha).

Ele não parecia o mesmo cara que quebrei um copo esses dias, depois dele ir, eu tinha certeza que ele tinha precisava de mim para alguma coisa.

Sthe havia me chamado pra sair e essa pulga tava precisando sair da minha orelha.

Coloquei uma calsa um moletom de de sempre e fui.

Cheguei na casa dela, era um lugar bonito, ela tinha um irmã mais velha que se chamava Nathália, tão bonita quanto ela e fazia faculdade. Só a mãe dela estava em casa e me cumprimentou brevemente e saiu.

— Perdoa a minha mãe, ela tá quase fechando um caso, ela tá doida.

— E o seu pai?

— Família de Advogados, é um dom nato, apesar de eu querer seguir o rumo da promotoria haha.

— Eu teria medo de você.

— Poxa não é pra tanto, eu sou um amor. — Ela disse rindo. — E aí vamos?

Então ela me levou pro que parecia um porão gigante com um palco, música ao vivo e bebidas, eu não sabia explicar, mas o lugar tinha uma vibe boa. Tão boa que acabei esquecendo de conversar com a Sthe sobre o Sr Babaca, que deixou de ser tão babaca. Resolvi curtir o momento. O cantor era muito bom, tinha uma voz abençoada pelos anjos, e olhando de longe parecia um anjo também.

Sthe foi pegar uma bebida e fui pra frente do palco, algo me parecia familiar naquela pessoa.

— É o Noah, um dos idiotas de mais cedo. Disse Sthe.

— Você não disse que ele cantava.

— Não faz diferença, são todos farinha do mesmo saco.

Curti mais um pouco o show, mas já estava dando a minha hora. Já tinham tocado outras 2 bandas, mas nenhuma superou a banda do Noah.

Depois de um tempo resolvi ligar pra minha mãe e pedir ela pra dormir na casa da Sthe.

Mas.. Felicidade de pobre dura pouco, mau mau sai do show veio um imbecil e me derrubou, meu celular não era bom, mas era tudo que eu tinha, não precisava quebrar, e quem foi que fez? Sim o Noah.

— Seu idiota, filho da puta, eu não tenho como comprar outro não. — Falei brava — Sabia que vocês eram todos iguais. — Completei.

— Desculpa, não foi a minha intenção, pega o meu. — Disse me entregando o aparelho.

— Não precisa.

— Não pode ficar, num minuto reseto e depois compro outro, pode ligar ai. — Pra gente rica, tudo é fácil. Pensei.

— Não, não. Depois você conserta o meu beleza. — Falei saindo dali bufando mentalmente.

Pedi o celular da Sthe e contei tudo pra minha mãe, que me deixou dormir lá.

— Sua vida anda cheia de emoções né miga?

— Isso é porque não sabe oque aconteceu quando o Sr B foi na minha casa estudar hoje.

— Eitaa, oque?

— Não é pra pensar besteira também doida, mas sem dúvidas ele me tratou bem melhor.

— Acha que pode ser uma aposta? Tipo naqueles livros e filmes clichês idiotas? — Sthe me perguntou querendo rir da situação.

— Ah conserteza, se não ele quer se aproveitar de alguma maneira, não acredito em mudanças espontâneas. — Eu disse pensando no assunto.

— Tá, mas porquê você não aproveita isso? — Ela me perguntou.

— Tipo, como?

— Olha, ele é bem orgulhoso, deve ir até o fim pra te conquistar. Ele vai parar de te zuar um tempo e fazer tudo por você, talvez só escondido, mas você vai ter paz, e quanto mais tempo melhor. Se a aposta for ficar você enrola ele. Quem sabe ele até não gosta de você depois e para de te zuar. Você pode descobrir os podres dele também e ameaça-lo depois que ele perder a aposta, assim nunca mais vai mecher com você.

— Tá bom né. Parece uma boa idéia, talvez eu peça mais alguma coisa pra ele me conquistar, seria bom eu ganhar um carro. — Comentei irônica.

— Meu Deus Jurema, só você mesmo hein.. não cansa de me fazer rir, doida.

Ela ria muito e eu gostava dessa sensação de amizade.

Tão gostando pessoal?
Shaw Mendes como Noah, é perfeito, sim ou claro??
Oque acham de junoah? Haha
Obrigada por lerem❤ Compartilhem..