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85º Capítulo - Clara

_ Olha, eu não sei se vou ter coragem... – comentei enquanto entrava no brinquedo: uma montanha-russa gigantesca e cheia de loops que gelavam a alma só de me imaginar passando por eles. – Tem certeza que não posso ficar só olhando ao lado de mamãe?

_ Tenho. – respondeu papai. – Sua mãe está se queixando de enjoo novamente, mas você não. Vai amar a adrenalina que isso aqui causa!

_ Ai, pai... – murmurei. – Eu não quero morrer.

Ele riu.

Terminei de me acomodar e as travas de segurança baixaram. Engoli em seco e respirei fundo, tentando me controlar. O carrinho começou a andar no instante em que calafrios iniciaram uma jornada louca por meu corpo.

Ai... Nem na batalha senti tanto med...

O brinquedo disparou bruscamente, sem avisos. O grito que tentei soltar entalou em minha garganta, impedindo-me de extravasar o nervosismo. Meus olhos se arregalaram e o coração acelerou. Era agora. Teria um infarto.

Senti o corpo descolando do assento no momento de uma descida. Os nós de meus dedos tornaram-se brancos de tão forte que segurava as barras de ferro que envolviam minha cintura.

A meu lado, papai ria feito um louco, a medida que eu permanecia inerte, sem reação.

Creio que meu espírito já havia me abandonado, permanecendo apenas o corpo oco e vazio. Ao menos era assim que me sentia...

Mais uma descida repentina, desta vez engatada com um loop completo de 360º. Fechei os olhos. Fiquei completamente solta do banco, segura apenas pelas travas de ferro que me envolviam. Parei de respirar.

Minha cabeça latejou e eu arquejei, imaginando as barras que me mantinham a salvo partindo-se ao meio.

Quando voltei a mim, o brinquedo parou. Ergui as pálpebras tremendo e cocei os olhos com as mãos. Em seguida, fitei papai:

_ Meu. Deus. – foi o que consegui dizer.

Ele ria sem parar com uma expressão jovial desenhada no rosto.

_ Você estava muito engraçada, minha filha! – exclamou ele, pondo-se de pé e saindo do brinquedo.

Seguindo seus passos ainda meio trêmula e cambaleante, fiz o mesmo e deixei o banco. De pé, senti as pernas moles feito gelatina.

_ Pensei que fosse ter um ataque. – comentei começando a caminhar rumo ao local em que tínhamos deixado minha mãe a nos observar. – Mas pelo menos agora sei que meu coração é forte como pedra e aguenta qualquer mini infarto sem maiores danos.

Papai gargalhou e começou a me seguir.

_ Foi dema... – de repente ele parou. – Onde está sua mãe?

Olhei para trás e o encarei. Em seguida, segui seu olhar e notei que mamãe realmente não estava onde a havíamos deixado.

_ Senhor Ícaro? – ouvi uma voz estranha e masculina soar logo atrás de mim. Virei o rosto e observei.

_ Sim? – respondeu papai, aprumando o corpo.

_ Sua esposa, Lucy, pediu que lhe avisasse que ela foi ao banheiro. Disse para Clara procura-la quando saíssem do brinquedo. – disse o homem baixinho e velho responsável por recolher os ingressos da atração do parque, parado bem na entrada da montanha-russa.

Assenti.

_ Obrigado pela informação. – agradecido, meu pai ofertou-lhe um sorriso e depois olhou para mim. – Vá atrás dela. Acho que vou encarar a montanha-russa de novo. Procuro vocês depois.

_ Está bem. Acho que vamos estar comendo. – avisei, escutando minha barriga roncar. Era hora do almoço.

Ele assentiu e virou-se rumo a diversão. Já eu, segui ao encontro de mamãe.

×××

_ Você estava vomitando? – exclamei assustada, enquanto entrava no banheiro e via mamãe com as costas arqueadas sobre o pequeno lavabo, molhando o rosto seguidas vezes com o auxílio das mãos.

Imediatamente ela virou para trás e me encarou. Estava pálida.

_ E-eu? N-n-não... Eu... – tentou falar, mas subitamente levou as mãos à boca e cobriu-a, correndo em seguida para perto do vaso mais próximo.

_ Mãe? – apressei-me a chegar mais perto, mas fui interrompida por sua mão estendida para fora do toalete individual na qual havia entrado.

_ Saia. – pediu. – Encontro você lá fora em... – ela respirou fundo, controlando ao máximo o próprio corpo. – Em alguns minutos.

_ Mas...

_ Por favor, filha.

Hesitante, fiz o que mamãe pediu. Dei as costas para seu problema e abandonei-a, sentando no banco mais perto ao banheiro, entretanto distante o suficiente para não ouvir nenhum ruído.

O que estava acontecendo ali?

Que mamãe passava mal era óbvio. E não só hoje. Tonturas, enjoo frequentes... Se não conhecesse a "lei" de nossa família, juraria que estava para ganhar um irmão ou uma irmã. Entretanto, com as mulheres que possuem e possuíram o mesmo sangue que corre em minhas veias, isto seria impossível. Apenas uma filha nos é permitido. Sempre foi assim...

Então o que estava acontecendo com mamãe?

_ Clara? – escutei uma voz masculina chamar por meu nome e virei-me de repente. Papai estava parado bem à porta do banheiro, fitando meu rosto. – Sua mãe está vomitando?

_ Ela pediu que eu esperasse aqui fora, e não admitiu que estava passando mal. Achei melhor deixa-la sozinha ao menos por alguns minutos. – expliquei.

_ Hum... – ele pensou por um tempo encarando o nada que se estendia bem atrás de mim. – Certo, alguns minutos. – assentiu. – Mas caso ela demore demais, entraremos lá.

Balancei a cabeça em sinal positivo e virei-me novamente. Poucos segundos mais tarde, meu pai juntou-se a mim e acomodou-se a meu lado.

_ Pai? – murmurei incerta.

_ Sim?

_ Já houveram casos de mulheres com mais de uma filha em nossa família?

Ele suspirou e encheu os pulmões para falar, mas foi interrompido.

_ Clara? – chamou fracamente mamãe.

Fiquei de pé e segui em sua direção no mesmo momento. Quando vi como estava ainda mais pálida que antes, quase tive um treco.

Com as costas meio curvadas, apoiava-se à parede de fora do banheiro e sorria para nós.

_ Lucy... – começou papai.

_ Vamos comer. – ordenou ela, atropelando propositalmente as palavras do marido.

Baixando os olhos, impotente, meu pai seguiu até ela e envolveu sua cintura com um dos braços, a fim de ajuda-la a caminhar.

Preocupada, eu seguia logo atrás.

_ Mãe... – tentei também.

_ Comer. – foi a única palavra dita para me silenciar.

Praguejei mentalmente e mordi os lábios. Como fazê-la falar?

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