59º Capítulo - Lucy
A espada pesava em minhas mãos. Podia sentir a adrenalina percorrendo minhas veias, fazendo com que meus ouvidos zunissem e estalassem.
Não queria estar ali. Definitivamente não estava feliz por ter que passar por isso de novo. Da primeira vez que fui a combatente, na qual deveria ser a única, quase morri. Desta vez, não tinha a certeza de que permaneceria no quase...
Digamos que o destino estava brincando comigo. Imagine se ele acha no mínimo cômico roubar o espírito de uma tola luminescente para entregá-lo à morte? Seria o fim, literalmente.
Ou então, suponha que o universo não fique feliz pelo fato de que resolvi ser a combatente novamente? Durante anos e anos, as mulheres da família representaram uma vez a Luz. O cargo, em seguida, era passado para sua filha - mesmo que esta ainda viesse a nascer.
Era a tradição. Era o certo a acontecer. Infelizmente, tudo de ruim, inesperado ou confuso tinha que acontecer comigo!
Engoli em seco, cessando meu martírio.
_ Tenho que me concentrar. – sussurrei em voz alta a fim de me dar conta disso.
Estava parada no meio de meu quarto, a espada em mãos, o cabelo preso em um rabo-de-cavalo, a roupa inteiramente branca, dotada de pequenas contras brilhantes, justa ao corpo. Uma leggae, uma pequena sainha e uma blusa regata. Nos pés, tênis extremamente confortáveis deixavam-me livre. E só.
Franzi o cenho. Quem seria meu oponente?
Um terrível calafrio inundou meu sistema nervoso de forma súbita, fazendo-me suspirar. Não sei quem seria pior contra mim: Andrew e sua aura aterrorizante, Jake e a estranha lembrança de que é meu cunhado e deveria estar morto ou Clara e a expressão de desgosto que veria em seu rosto.
_ Clara... – murmurei. – Definitivamente Clara seria pior...
De repente, um barulho trouxe-me de volta ao mundo. A tranca da porta virou-se bruscamente e a porta rangeu, abrindo-se.
_ Temos que descer agora. – avisou Ícaro. Seus olhos cintilaram, hipnotizando-me por algum tempo. Suas roupas realçavam muito seu físico "deus grego". A regata larga ao corpo deixava à mostra seus braços musculosos, a bermuda marcava suas pernas torneadas.
_ Por que agora? – perguntei, suspirando em seguida.
_ Creio que deixamos Andrew esperando tempo demais. O traste está berrando aos quatro ventos que invocará magia negra e dará um jeito de invadir o palácio se o deixarmos esperando mais.
Engoli em seco.
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