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4 • A desequilibrista

Minha visão ainda estava entumecida pelo álcool quando Gregory cruzou o primeiro quarteirão depois da casa de Amy. Recostando a cabeça no banco, vi quando ele me olhou de esguelha, abaixando o volume da música do carro. O vento que entrava pela janela bagunçava meu cabelo para trás, mas ali, com Greg, eu não precisava me importar em mantê-lo arrumado. Relaxando, apenas fechei os olhos, sentindo a brisa gelada da noite preencher o veículo e a sensação de velocidade me deixar tonta demais quando misturada ao efeito da bebida.

— Você está bem? — Gregory perguntou.

Abrindo os olhos, eu virei o rosto e examinei sua expressão preocupada enquanto olhava alternadamente entre a rua e eu, mas logo senti-me tonta outra vez. Tudo parecia girar ao meu redor.

— Uhum. — Apenas murmurei, fechando os olhos novamente.

No fundo, eu sabia que era inútil mentir para Gregory quando ele reconheceria que estava o fazendo. Tanto foi que, quando ele sorriu, o som característico pareceu quase dizer ironicamente: é mesmo?

— Você vai ficar bem estando sozinha em casa, Maddie? — Foi o que ele perguntou, no entanto. Eu abri os olhos de novo, o fitando.

— Acho que não deveria ter bebido tanto — respondi. A resposta esquiva o fez rir novamente e seus olhos voltaram para a direção. — Você devia ter me impedido! — acusei, brincalhona. Nós dois caímos numa risada baixa e confortável no escuro do carro.

— Eu não posso te impedir de fazer nada, mesmo se quisesse. Até porque, você é teimosa demais para isso.

— Eu odeio que sempre tenha razão — admiti com um sorrisinho. Um segundo depois, meu humor se esvaiu um pouco. — E odeio ainda mais que isso tenha acontecido com a Amy — lamentei, lembrando do acontecido. O rosto de Gregory esmoreceu numa expressão tristonha.

— Isso foi... confuso. Numa hora, elas estavam bem, e na outra, a Lena termina desse jeito. É estranho.

Concordando com a cabeça, eu voltei a observar a noite pela janela enquanto pensava no caso. Já reconhecia as ruas próximas da minha casa e o céu não tinha sinais de chuva; o tempo teria ajudado Amy se ela tivesse tido a chance, afinal.

Instantes depois, nosso destino surgiu. Gregory estacionou na frente da minha casa, saindo do carro enquanto eu lutava com meu cinto de segurança. Minhas mãos passavam desajeitadas pelo vinco, mas não conseguiam se livrar da amarra, mesmo que eu tivesse o feito instantes antes. Ele riu da minha confusão e abriu minha porta para me ajudar a tirar o cinto e sair do carro. Então, sustentando muito sutilmente meus passos tortos e meio desequilibrados até porta de casa, Greg perguntou pelas chaves. De repente, a lembrança do relojoeiro retornou vívida e eu escutei sua voz roufenha sussurrar em minha mente: sempre que precisar abrir uma porta, tem que estar com a chave consigo.

Balançando a cabeça para me libertar da lembrança, eu meneei a cabeça em direção à minha mochila.

— Está no último bolso de trás — disse.

Com um aceno de consentimento meu, Greg começou a procurar as chaves na minha bola. Quando finalmente as encontrou, ele pôs nós dois para dentro e acendeu as luzes da sala. A casa estava solitária, como devia ser. Olhei ao redor, querendo apenas cair no sofá e dormir, mas minha visão rodopiou e eu me apoiei na parede, sendo rapidamente amparada pelas mãos de Gregory. Eu estava pouco resistente à bebida naquela noite e só conseguia zombar da minha própria embriaguez. Rindo comigo, meu amigo me deu o braço, certificando-se de me segurar o tempo inteiro enquanto atravessávamos a sala em direção às escadas.

— Quando você começou a ficar bêbada tão rápido? — Ele perguntou num tom brincalhão. — Nós já bebemos bem mais que isso e você ficou bem.

— Eu não bebo há muito tempo, me dá um desconto. — Eu respondi com graça, agarrando seu braço com mais força e segurando firme no corrimão da escada.

Eu comecei meu caminho pelos degraus, mas logo parei um pouco. Em minha mente, sopesava o quanto jamais ficaria tão confortável e assumidamente bêbada com outra pessoa, e o pensamento me fez rir. Greg parou comigo, me observando com uma sobrancelha arqueada e provavelmente se perguntando do que eu ria. Sem dizer nada, apenas meneei a cabeça para ele, fazendo sinal para continuarmos subindo. Quando finalmente as intermináveis escadas acabaram, eu quase suspirei de alívio, soltando Gregory para ir em direção ao banheiro.

— Eu preciso de um banho — falei, já seguindo pelo corredor. Precisava de água bem fria para despertar meus sentidos dormentes pelo álcool.

— Você tem certeza de que não quer ir direto para a cama, Maddie? — Greg perguntou, a voz séria. — Por favor, não vá me inventar de cair no banheiro.

Eu virei para ver Gregory, o encontrando encostado no guarda-corpo de madeira do corredor, os braços cruzados no peito e os olhos concisos e fixos em mim.

— Eu juro que não vou cair. — Eu cruzei os dedos numa promessa.

Gregory pensou por um instante, mas respirou fundo e assentiu em seguida.

— Está com fome? — Ele perguntou, se desencostando do guarda-corpo. Eu confirmei, fazendo um biquinho. Ele riu e a seriedade começou a deixar seu rosto. — Cuidado. — Foi tudo que disse antes de virar para descer as escadas, e eu o observei até que sumisse do meu campo de visão, entrando para meu banho em seguida.

Eu me despi rapidamente e a água fria foi como um milagre, ainda que meu queixo tremesse quando saí do banheiro enrolada na toalha. Vesti um pijama, sentindo minhas pernas descobertas pelo short arrepiarem-se com a brisa gelada que entrava pela janela entreaberta. Metade da minha embriaguez havia sido lavada pelo banho gelado, mas eu ainda me sentia muito leve e talvez animada demais.

Tirando os brincos das orelhas desajeitadamente, eu abri a gaveta da penteadeira para os guardar lá, mas outra coisa fisgou meus olhos: a chave. Eu soltei os brincos no móvel, apanhando o artefato com cuidado. Como sempre, aquele pequeno objeto dourado encheu meus ouvidos com um tic-tac melodioso, mas progressivamente menos audível. Eu o olhei bem, pensando sobre como nem sequer o havia provado. Passando o fino cordão por meu pescoço, ataquei o fecho com alguma dificuldade e a chave pendurou-se nele, fazendo seus arabescos cintilarem na luz fria do quarto.

Por fim, o penduricalho não era de todo feio. Eu passei o dedo pela chave e minhas digitais rasparam no relevo dos ornamentos. Ela me lembrava Charlie e a imagem dele me segurando pelos ombros mais cedo invadiu-me, quase me fazendo suspirar. No andar de baixo, o som da televisão surgiu e, me recompondo, eu segui as luzes que entravam pela fresta da porta. Desci as escadas apertando o corrimão fortemente, descalça na madeira barulhenta. Antes mesmo que pudesse terminar os degraus, Gregory apareceu, vindo da cozinha e trazendo nas mãos um prato com sanduíches improvisados.

— Você é o melhor, sério. — Eu suspirei, parada na escada enquanto Greg seguia seu caminho para o sofá.

Ele soltou uma risadinha convencida, sentando e dando batidinhas no estofado em sinal para que eu fizesse o mesmo. Eu logo me joguei ao seu lado no móvel, apanhando o sanduíche que ele me ofereceu. Na TV, cenas de algum filme de ação aleatório refletiam suas luzes e ecoavam seus murmúrios pela sala.

— Mais sóbria? — Ele perguntou, rindo baixinho de mim enquanto eu dava uma mordida na comida.

— Quase cem por cento.

Greg mordeu seu sanduíche, olhando para a TV, e eu passei a vista ligeira no relógio de parede perto da porta. Os ponteiros marcavam oito da noite em ponto, e ele precisaria ir embora em pouco tempo, antes que fosse muito tarde. Eu suspirei e deitando minha cabeça em seu ombro, pensei alto demais:

— Seria muito egoísta se eu te pedisse para ficar aqui só mais um pouco?

Greg se ajeitou no sofá para que eu me aconchegasse mais, me olhando carinhosamente por cima do nariz e me dando um dos seus sorrisos serenos.

— Não. — Ele respondeu baixinho, dando de ombros. — E eu já ia ficar de qualquer forma. Você fica muito desequilibrada quando está bêbada, um verdadeiro perigo.

Oh, quantos boatos! — Eu o cutuquei com o cotovelo.

Me abrigando mais no ombro de Greg, eu escutei com prazer a sua risada baixa. Os sanduíches não demoraram muito para acabar e ele levantou-se para levar as louças à cozinha. Quando voltou, alguns minutos depois, eu joguei uma almofada em seu colo para me deitar, agora me sentindo molenga e sonolenta. Ele não se opôs, ajeitando-se e pousando os dedos sobre meu cabelo. Estava muito distraído pelo filme, acariciando despretensiosa e vagarosamente minha cabeça entre os fios ondulados e longos.

— Cuidado com a hora. — Eu disse, me agarrando ao resto da minha sobriedade. — Não volta muito tarde para casa, é perigoso.

Apesar da minha apreensão, Greg apenas riu, não fazendo menção de apressar-se.

— Você precisa decidir se quer ou não que eu fique. — Ele murmurou, fazendo graça das minhas contradições.

Eu não podia ver o rosto de Gregory na posição em que estava, mas podia visualizar nitidamente seu sorriso divertido e fácil em minha mente. Era como uma fotografia viva.

— Você sabe que eu quero que fique — sussurrei. — Mas também não quero que se arrisque voltando tarde.

— Relaxa, Maddie. — Ele respondeu muito tranquilamente, continuando com o carinho no meu cabelo. — Eu prometo que não vou voltar tarde demais.

Respirando fundo, eu assenti, relaxando meu corpo no sofá e no colo de Gregory. Sabia que não tinha com o que me preocupar — nós sempre cumpríamos nossas pequenas, singelas e quase bobas promessas.

Encarando a televisão e abrandando sob o afagosuave do meu amigo, o sono enfim me acertou como uma bala ligeira. Ainda luteicontra as pálpebras pesadas, mas minha mente desligava vagarosamente e eu nãopodia mais confrontar meu corpo. Mal percebi quando dormi de vez, me entregandoem algum instante entre o fechar dos olhos e o apagar arrebatador daconsciência.

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Oi, tesouro! Espero que esteja bem e seguro! 💕

Esse capítulo é pequenininho, mas espero que tenha gostado. Se gostou, não esqueça de votar e comentar, fico muito feliz em saber sua opinião. 🥰

Muito obrigada pela leitura e até já! 💗

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