Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

30 • Desatada

Algum tempo depois...


O último dia de aulas antes das férias de verão era empolgante e nostálgico. Eu estava animada para entrar no meu ano final da escola, e ao meu lado, Amy tagarelava sem parar sobre como supostamente iríamos viajar para ver as belas montanhas do interior do estado nos dias de folga. Segurando sua mão, Louise ria abobada com ela e ambas esperavam enquanto eu terminava de apanhar minhas coisas no armário.

— Eu já te disse, mamãe ainda não me deu nenhuma permissão. — Eu disse para Amy, a vendo bufar de impaciência.

— Ah, por favor! A Sra. Davis é um amor e com certeza vai te deixar ir. — Ela choramingou.

Eu ri dela, finalmente fechando o armário e começando a caminhar pelo longo e familiar corredor em direção à saída da escola. E assim continuamos as três até que o sol do fim da tarde bateu em nossos rostos, me fazendo fechar um pouco os olhos pela claridade repentina.

Muitas pessoas já se amontoavam na grama verde, tirando fotos e se despedindo do ano letivo. Aquele era o último dia dos veteranos e agora eles deixariam seu posto para nós. Eu não gostava muito de pensar nas mudanças abruptas as quais o fim próximo da escola nos impunha, mas haviam pessoas que definitivamente não me deixaria perder em qualquer futuro: Greg, Amy, e agora, Louise.

Quando eu estava distraída demais na conversa com as garotas e nos meus próprios devaneios, mãos cobriram meus olhos, me fazendo segurá-las instintivamente para tentar me livrar. Entretanto, no segundo seguinte eu reconheci o perfume cítrico e fresco do meu namorado e relaxei.

— Consegue adivinhar quem é? — Ele sussurrou, rindo baixinho em meu ouvido.

— Um completo desconhecido. — Eu caçoei, deixando que ele deslizasse suas mãos pelo meu rosto.

Eu virei, encontrando o rosto de Gregory logo atrás de mim. Ele desceu os lábios nos meus num selinho, segurando minha mão e se aconchegando ao meu lado para cutucar Amy.

— Que ótimo que chegou, Greg! — Amy exclamou para ele. — Poderia, por favor, aconselhar a Maddie sobre como ela precisa ser um pouco mais insistente e convincente com a Sra. Davis sobre nossa viagem?

Aparentemente, aquilo não sairia da cabeça de Amy tão cedo. Gregory riu, passando os olhos ladinos em mim e arqueando uma sobrancelha.

— Mas a tia Cassie já não deu permissão? — indagou, um pouco confuso.

Amy me fitou, a princípio desentendida, mas logo corando de aborrecimento ao entender a peça que a pregara. Eu não consegui segurar a risada, gargalhando divertida.

— Por que você contou? — perguntei para Greg, o dando um toquinho com o cotovelo. — Estava sendo legal mexer um pouco com a cabeça da Amy — admiti, a vendo fazer uma careta brava para mim.

— Você está cancelada dessa viagem, Maddie. — Amy resmungou, e Louise riu alto, deixando sua cabeça repousar no ombro da namorada.

Distraída e divertida, eu passei a vista pelos arredores e pela multidão despretensiosamente, mas meus olhos logo pararam em uma pessoa em especial: Charlie. Lá estava ele, parado com um grupo de amigos, sorrindo e conversando. Ele parecia o mesmo de sempre, vestido com a jaqueta do time de basquete e roupas escuras. Pude reconhecer sua moto parada na esquina mais próxima e logo lembrei-me da breve viagem que fizera na sua garupa até o farol. Naquele dia, muitas coisas haviam mudado e muito havia sido dito.

Eu vou embora de Baybrook nas férias de verão.

Rapidamente, eu recordei de toda a história sobre seus pais e sobre sua ida para Raleigh. Talvez aquela fosse a última vez que veria Charlie, minha longa e cega paixão platônica, e eu fiquei parada por longos segundos, ponderando se deveria falar com ele. Não queria relembrar o passado nem tinha nenhuma dúvida sobre meus sentimentos, mas sentia que precisava dizer ao menos dizer um "adeus" para o garoto pelo qual um dia usara uma chave mágica pendurada no pescoço. O garoto que me dera bons momentos, ainda que enevoados pelo objeto misterioso do relojoeiro.

Eu não percebi por quanto tempo o encarei até que ele também me olhou. Com os olhos vagos pela multidão, as íris escuras de Charlie encontraram as minhas, e ele sorriu suavemente para mim e acenou. Eu gesticulei com a mão de volta para ele, escutando uma voz falar em ecos na minha cabeça: é um ciclo, vá fechá-lo.

Perdida em meus pensamentos, mal notei quando Gregory também percebeu o momento reflexivo, pousando os olhos em mim e então em Charlie. Eu segurei sua mão com força, como se o dissesse que não se preocupasse com aquilo, mas ele somente me fitou com um sorriso e um olhar compreensivos, suspirando.

— Greg, eu preciso...

— Eu sei. — Ele me interrompeu baixo e suavemente, meneando a cabeça em direção a Charlie e beijando minha mão carinhosamente antes que eu a soltasse.

Assentindo, eu andei em passos largos e apressados, chegando perto do belo garoto. Ele me viu e com o mesmo sorriso sereno e charmoso que um dia eu estremecera só por ver, abandonou um pouco a conversa com seus amigos e também caminhou na minha direção.

— Oi, Maddie. — Ele disse assim que estávamos frente a frente.

Eu passei a vista nele, mas meus olhos logo foram fisgados por algo: a chave que eu lhe dera estava pendurada em sua mochila, com o cordão enrolado como um chaveiro no cursor do zíper.

— Oi — respondi um pouco sem jeito, enfiando as mãos nos bolsos da jaqueta. — Você guardou. — Apontei para a chave que havia notado ali.

Charlie sorriu, balançando a cabeça para mim em confirmação com o olhar vago de quem acabara de lembrar de algo.

— Claro que sim! Não é todo dia que temos uma lembrança de término tão marcante quanto essa — brincou.

Eu abaixei a cabeça num riso tímido, mas Charlie repousou uma mão no meu ombro e se inclinou um pouco na minha direção, me fazendo levantar o rosto para olhá-lo novamente.

— Tenho a impressão de que veio aqui se despedir de mim. — Ele sugeriu baixinho, quase não me permitindo ouvi-lo com tantas vozes e ruídos ao nosso redor.

— Bem... sim, eu vim — admiti. — Quando você viaja? — perguntei num tom receoso, olhando em volta com receio.

— Em dois dias. — Ele respondeu em alto e bom som. — É só o tempo de terminar de arranjar tudo e então parto para Raleigh. E está tudo bem, não precisa mais se preocupar. Todos já sabem que vou embora.

A expressão de Charlie agora parecia menos descontente com a partida, bem diferente do dia em que ele me contara que iria embora, no alto do farol. Um sentimento estranho remexeu no meu peito, a sensação característica de quando se sabe que algo está indo para sempre. Contudo, eu não tinha o pesar da tristeza, mas sim o aperto de quem perde um amigo.

— Então isso é um "adeus"? — Eu indaguei, mordendo o lábio, nervosa.

— Ah, não, por favor! — Ele discordou, abrindo um sorriso para mim. — Um "adeus" é uma coisa muito séria, muito trágica. Ainda podemos nos encontrar pelo mundo, não é? Nunca é tarde para visitar um velho amigo — disse, ternura em sua voz.

Eu lembrei automaticamente do nosso primeiro encontro. Ao contrário daquele dia, agora o "velho amigo" parecia perfeitamente confortável e adequado.

— Além disso, acho que já falamos sobre você me mandar fotos das suas aventuras arqueológicas. — Ele lembrou.

— Sim, claro! — Eu concordei, rindo. — Vou te dizer um "até mais" então. Também quero que saiba que vou estar aqui torcendo para que tudo dê certo em Raleigh.

— Obrigada. — Charlie disse e abriu os braços, me chamando para um abraço.

Eu me aproximei dele, o cercando num abraço apertado que, no fundo, nós dois sabíamos que parecia mais um "adeus" do que um "até logo". Então, respirei fundo, me assegurando bem de lembrar-me do meu velho amigo e reconhecê-lo onde quer que fosse. Charlie me soltou e com um sorriso, chacoalhou meus ombros alegremente.

— Acho que seus amigos estão te esperando. — Ele disse, apontando para Greg, Amy e Louise.

— É, está na minha hora — concordei, segurando sua mão e a balançando amigavelmente. Nós realmente iríamos para o Jett comemorar o fim das aulas e devíamos partir logo. — Até mais, Charlie.

— Até mais, Maddie. — Ele falou também, acenando para mim.

Eu balancei a mão de volta para Charlie e parti. Tive vontade de virar para vê-lo uma última vez, mas impedi a mim mesma de fazê-lo. Feitas as despedidas, era hora de deixá-lo ir.

À minha frente, Gregory me aguardava, assim como Amy e Louise. Meu namorado me esperava com um meio sorriso, e eu rapidamente segurei sua mão, entrelaçando nossos dedos e sendo inundada pela familiar sensação de estar em casa.

— Tudo bem? — Ele perguntou baixinho, só para mim.

— Sim — respondi tranquilamente. — Charlie vai se mudar para Raleigh, então eu precisava me despedir.

Greg assentiu e passou um braço pelo meu ombro, um sorriso sereno em seu rosto.

— Eu entendo — murmurou, compreensivo, depositando um beijo na minha testa.

— Vocês dois vêm ou não? — Louise nos perguntou de repente, tirando-nos da nossa conversa cochichada.

Eu e Gregory sorrimos, concordando e seguindo as garotas em direção ao carro de Louise. A namorada de Amy seria a motorista da vez e nós partimos muito felizes para o Jett. No meu coração em particular, contudo, havia algo além da felicidade: era uma estranha sensação de liberdade por estar atada aos lugares certos e, ao mesmo tempo, amarrada a lugar nenhum.

Me diga, falara o chaveiro de corações. Não é mágico quando está perto da pessoa que descobriu que ama de verdade?

Sim, finalmente respondi em minha mente. Liberta de chaves, truques ou magia, eu encarei o sol poente na velocidade do carro e encostei a cabeça no ombro de Greg. Estava diante da maior e mais antiga magia do mundo — estava diante do amor.

• • •

Fim.

Ou quase isso.

Esse é o último capítulo da nossa jornada, mas sem tristeza, porque ainda temos um epílogo pela frente! Como sempre, espero que tenha gostado do capítulo! A autora que vos fala sempre fica super feliz em saber o que está achando, então não esqueça de deixar seu comentário e seu voto nesse finalzinho. 🥰

Muito obrigada por toda leitura, beijos e até o epílogo! 💗

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro