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O presente do Oceano

 "Guardava-se tanto,

Sigilosamente a sua espera,

Constante...

Até que últimas estrelas sumissem no azul profundo,

E os olhos pesados

Decaíssem e fechassem

As marés se acalmassem

E o céu se abrisse..."

(A sereia e o Navegante, por Clarice Ferreira)

Capítulo 1 - O presente do Oceano

12 anos atrás, ilha de Stradbroke, Austrália

O tempo havia mudado bruscamente e tudo em que Max pensava era que aquela era uma terrível hora para se estar no mar.

De repente ele lembrava do que o seu avô lhe dizia nessas situações, quando as ondas alcançavam àquela altura e velocidade, contra o mar revolto e o céu escurecido. Ele lembrava bem, como se fosse ontem mesmo de seu avô no farol da ilha, com ele em seu colo, fumando seu cachimbo e dizendo que rei Tritão devia estar enraivecido. Com o passar do tempo Max havia começado a desacreditar em seu avô e suas histórias fantásticas, mas ali, naquele momento, era difícil não pensar que o oceano parecia enfurecido.

Estava ensopado das ondas que batiam na balsa com fúria. Com sorte todos os passageiros já haviam desembarcado no porto, ele já estava chegando a ilha quando o temporal havia surgido. E mais sorte ainda de a Dolce Merinda ser uma embarcação tão dura quanto a cabeça de seu avô era quando a construiu.

Olhou em direção a ilha, tudo o que cortava a cortina escura do temporal era a luz do farol. Era como se seu avô o estivesse guiando. Mesmo que não fosse mais ele a cuidar do sinaleiro, ainda assim aquela luz sempre traria aquela sensação, que só precisava segui-la e chegaria em casa.

Os sinos tocavam enfurecidos do lado de fora. Havia perdido bastante coisa, levadas pelas ondas que lavavam o deque. Ainda assim, pensava que tudo ficaria bem.

Seus pensamentos, no entanto, foram interrompidos por uma onda bem maior que varreu o barco e quase o virou. Caiu no chão, soltando o leme, a cabeça batendo na madeira fria, o desnorteando. Ele não soube ali e nunca saberia ao certo, se foi o barulho do trovão ou a pancada forte que o fez alucinar quando ouviu um grito pavoroso. Um grito arrepiante de uma mulher, que fez seu coração acelerar.

Sangue esvaia de sua cabeça e praguejou. Ergueu-se mais do que depressa, recuperando o controle da embarcação. A chuva parecia ainda mais violenta.

Manteve-se firme, até chegar ao porto. O mar havia se acalmado estranhamente, a chuva apenas uma leve garoa. O tempo na ilha sempre havia sido louco.

Saltou do barco e quase beijou o chão. Puxou a âncora e amarrou com várias voltas a velha embarcação ao lado dos demais barcos. Pelo menos sabia que ninguém havia sido tão louco como ele de enfrentar essa tempestade.

Ele só queria ir para casa e tomar uma sopa quente. Era disso que precisava.

Ele nunca soube o que o fez olhar para trás quando caminhava em meio a chuva em direção a sua casa. Ele nunca saberia, qual havia sido aquela urgência de dar uma última olhada no Dolce Merinda, mas ele o fez. 

No momento que colocou os olhos, foi quando viu algo estranho na proa. Em meio a um emaranhado de lodo que fora trazido pelas ondas que quase destruíram seu barco, havia algo que tinha uma cor vermelha vibrante movendo-se com violência, debatendo-se. Por um momento pensou que fosse um peixe gigante que vivia perto dos recifes da ilha.

Aproximou-se, curioso, saltando de volta ao barco. De repente ouviu um choro baixinho, infantil. Seus olhos arregalaram-se e correu ao emaranhado de lama e redes, tentando soltar o que quer que tivesse preso ali. Viu grandes olhos da cor do mar o encarando diretamente, debaixo de cabelos vermelhos sangue. Ele estava nu, ensopado, o olhando com medo.

E não devia ter mais de seis anos de idade.

"Diabos! Como você veio parar aqui?" exclamou surpreso e a criança se encolheu mais, quase voltando a se enroscar, debatendo-se. "Ei ei, não vou machucar você."

O corpo continuou se debatendo. Max o segurou com mais força, dessa vez tendo sucesso em o levantar, o arrancando das redes e o segurando pelas axilas. E foi quando ele viu.

Sua boca se abriu sem som, levantou os olhos devagar para os da criança, que o fitava com olhos cheios de lágrimas e o corpo miúdo tremendo pelos soluços sentidos.

"Pelos mares." 

A cauda verde do garotinho se debatia no ar. Derrubando todas suas crenças. Abrindo as portas para um mistério que há muito havia deixado de acreditar.

Seu avô estava certo.

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Notas finais

Edit: 24-04-2020

Então, estou revisando e editando esse trabalho com algumas mudanças importantes: 

Primeiro: A idade de Ariel e Eric. Originalmente Ariel teria 16 para 17 anos, agora ele 17 e completará 18 no decorrer da história.  Eric tinha 24, agora ele tem 22.  Podem perceber porque era um problema para mim.

Segundo: A personalidade do Eric. Eu havia escrito esse trabalho primeiramente em anos, em razão de um longo hiatos, por isso quando li percebi algumas inconsistências na personalidade que refletem essa minha própria mudança nesse período. Foi algo que percebi e não gostei, por isso pretendo melhorá-la. O mesmo com Ariel, mas em menor escala.

Terceiro: Algumas datas, para condizerem melhor com a idade deles e atitudes que tomaram em determinados períodos. 

Quarto: Eric será um estudante de medicina, não formado ainda. 

Por enquanto isso, se lembrar mais alguma coisa retorno aqui. Boa leitura!

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