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Revelando o nome da garota misteriosa.

Depois que chegaram no abrigo oferecido pela garota misteriosa, que também não é tão misteriosa assim, Alan desceu da nave e entrou numa enorme sala.

Havia um sofá vermelho aveludado, um enorme sofá; fazia um formato de um enorme "c" no centro da sala.

Ele sentou no sofá e começou a chorar em desespero.

Newton parecia estar desorientado e Tiggo começou a ter ânsia de vômito.

A garota ficou de frente para Alan e perguntou:

-Quer algum calmante para acalmar os nervos?

Alan olhou para os olhos dela, parando um pouco de chorar e disse:

-Seus olhos me acalmam, mas sua voz me irrita, eu agradeço pela ajuda alteza, mas nada pode trazer minha liberdade e minha vida de volta.

-Eu entendo... - Disse ela.

--Entende nada! - Disse Alan se levantando do sofá. - Você nasceu no berço de ouro, tem mundos que se curvam perante você, seu sangue é avaloniano e nunca ficará pobre, nem sabe o que é a pobreza e todos te protegem e diz que me entende?

Ela cruzou os braços e disse:

-Meu nome é Arilys Maele, que na língua avaloniana significa princesa da lua, simboliza a lua da terra, mas aqui no planeta Terra II significa garota pobre, ou pobre garota. Sabe o que quer dizer? Se eu não casar com um nobre avaloniano mas sim com um terrano, eu perco o título da nobreza, porque o planeta Terra II é colônia de Nova Avalon, os nobres não perderiam um planeta concedendo a independência dele entendeu? - Disse ela nervosa. - Sim, corro o risco de ser pobre por ser uma híbrida de terráqueo com avaloniano, existe muita gente poderosa para decidir meu casamento e o futuro deste planeta. Só de ter trago você pra cá já corro o risco de perder o direito ao trono, faço isso pelo Tiggo, que tem me ajudado diversas vezes.

Newton ouviu tudo com atenção, olhou para Alan e de repente ele deu um tapa na sua testa e disse:

-É isso! - Disse Newton fazendo maior barulho. - Seu nome é Alirys! - Disse ele. - Ouviu isso Alan, ela disse o nome dela!

-Merda! - Disse a princesa com raiva. - Vacilei!

-Que mal tem em dizer o seu nome? - Perguntou Tiggo.

Um homem de jaqueta preta respondeu:

-A pessoa que ela conversou e disse o nome significa que ele tem a chance de casar com ela se pronunciar o nome dela no dia que ela for apresentado pelo seus pais na mídia. Só os nobres de Nova Avalon tem esse direito de saber o nome dela e tem que pagar uma fortuna em ouro.

-Caramba! - Disse Newton rindo. - Alan, vai preparando que você está devendo uma fortuna de ouro.

-O pai dele já pagou. - Disse Tiggo. - O tesouro dos nativos navarros que o pai dele tinha achado paga tudo.

-Já sei. - Gritou Newton eufórico. - O motivo de querer roubar o celular quântico é impedir de Alan pedir a mão dela em casamento ao trono o que qualifica o pai de Alan como um nobre da Terra II e traria independência do planeta, já que a princesa é apaixonada por este lugar.

-Como assim apaixonada? Eu não disse que amo este mundo...

-Não disse alteza, mas o fato de estar morando aqui sem seus pais e dando uma de super heroína já é uma demonstração de amor.

-Mentira. - Disse ela. - O que é você? Um investigador? Se for está ruim para esta profissão.

Newton deitou no sofá e colocou os braços cruzados atrás da sua cabeça.

- Digamos que eu sou um cara treinado pelo explorador do universo, tem aulas de lógica e um pouco de psicologia, o fato de você estar com o nariz vermelho significa que está frustrada e que está mentindo com medo de eu dizer mais verdades...

-Não! - Disse ela mais nervosa do que antes. - Eu ordeno que pare!

-Você quer a liberdade do planeta mais do que qualquer um e por isso salvou nós da polícia e mesmo achando que Alan é filho de um criminoso, disse seu nome pra ele, afinal, se Alan pegar o celular quântico e ficar rico e poderoso o suficiente, vai garantir uma disputa acirrada para o casamento e se ele ganhar, trará a liberdade para todos nós.

-Eu te odeio! - Disse ela saindo da sala. - Odeio quem sabe tudo e é metido a sabichão!

-Não alteza, apenas fiquei meio perdido pensando em como nos achou.

Ela parou para ouvir mais.

-Fala sério né, Tiggo pode até mandar mensagem, mas o celular foi quebrado no meio do caminho em uma reserva ecológica, e advinha, eu quebrei! Você estava nos vigiando e estava bem na hora em que Alan fugiu da escola, salvando ele, me diga, aonde está escondido o celular quântico para nosso amiguinho Alan pegar e fazer maior zoeira da história e me dar uma tela para eu terminar de zerar aquele jogo que eu fui interrompido quando Alan apareceu, na boa, a escola Nikolas Tesla não era a das melhores e muito tempo antes, Tiggo tinha me dado a ideia de assaltar a cozinha da escola; disse que se chegasse um colega novo de quarto, daria certo.

-Ah! Isso explica tudo! - Disse Alan. - Eu só tirava notas baixas na minha escola anteriores por causa que ela alterava minhas notas.

-Não, era burrice e preguiça de estudar. - Disse a princesa. - Você ficava babando por causa de uma tal de Bianca, não é mordomo?

-Sim alteza. - Disse o homem de jaqueta preta.

-Então está explicado. - Disse Newton. -E quem vai pagar a minha tela quebrada?

-Eu estou fora. - Disse a princesa.

Newton deu tapinha nos ombros de Alan.

-Tu é chato cara! - Disse Alan.

-É por causa da minha chatura que você está vivo, você não vai morrer antes de pagar minha tela, senão vou ao mundo dos mortos te buscar para pagar a tela quebrada.

-Esta aí uma coisa que não se vê sempre. - Disse Tiggo. - Newton mostrando o seu potencial!

Newton apenas sorriu, Alan começou a andar na sala e perguntou:

-Com tudo isso sendo declarado agora, alguém sabe aonde está localizado o celular? Aonde meu pai enterrou?

-Eu sei. - Disse Alirys. - Debaixo do local que era a fábrica do smartphone quânticus.

-Não tem como entrar lá, foi isolado pelas autoridades do governo e tem vigilância de dia e de noite. - Disse Tiggo.

-Não precisa fazer eles saírem de lá. - Disse Alan. - Eu tenho um plano.

Alirys voltou pra atrás e sentou no sofá.

- Diga. - Disse ela.

-Eu vou me entregar aos assassinos que queria me pegar, então eles sabem como tirar os vigilantes de lá.

-Mas é claro! - Disse Newton. - Se esses assassinos forem do governo, então sim, dará certo.

-E? - Perguntou Alirys forçando Alan a continuar falando.

-Eu entro lá, pego o celular e faço um pedido.

- E qual é o pedido? - Perguntou Tiggo.

-Que apague a memória de todos aqueles assassinos. - Disse Alan sorrindo.

-Será que ele apaga memória? - Perguntou Newton incrédulo.

-Pensei que pediria para matar eles. - Disse a princesa.

-O cara é inocente, nunca matou uma formiga!

-Matei sim. - Disse Alan. - Pisei em cima de uma delas um dia desses.

-Formiga não conta. - Disse Newton. - O problema é quando a esmola é demais, o santo desconfia.

-Você vai comigo. - Disse Alan para o Newton.

- Logo eu? Escolhe o Tiggo!

-Você tem mais experiência. - Disse Alan. - Aposto que sabe lutar.

-Estaria mentido em dizer que não sei, mas não fui até o final do treinamento com meu pai.

-Isso é loucura. - Disse Alirys rindo de Alan. - Você é doido?

-Você não me conhece alteza.

-O que tem em você que eu devo saber?

-Tudo. Obrigado por dizer o seu nome, agora com sua licença, eu preciso tomar um banho.

-Estou com vontade de vomitar... - Disse Tiggo colocando a mão na boca. - Será que era cereal estragado?

-Você está traumatizado. - Disse o mordomo. - Preocupado com sua família e a única reação da sua mente em resposta a estes acontecimentos é vomitando.

-E como para?

-Dormindo. - Respondeu o mordomo. - Quantos dias sem dormir?

-Talvez dois?!

-Venha senhor Tiggo, tome um banho e assista alguns vídeos engraçados e comam alguma coisa.

E assim cada um procurou alguma coisa para fazer, tentando acalmar os nervos.

Mas Alan foi ficar sozinho no seu quarto depois do banho, Alirys foi conversar com ele.

-Incomodo?

-Não. - Respondeu ele.

-Eu vim ver se você está bem.

-Porquê? Aconteceu alguma coisa?

-Sua avó morreu.

-O que? - Alan se levantou da cama desesperado. - E minha mãe, como ela está?

-Provavelmente foi sequestrada.

Alan parecia paralisado, sem reação.

-Alan?

Ele sentou na cama sem dizer nenhuma palavra, as lágrimas deceu do seu rosto.

-Me desculpe, eu não devia...

-Porque eu Alirys? Porque?

-Poderia ser outro, não sei, não sabia que seria assim, que eles eram capaz de fazer isso...

-Porque eu? Porque?

Alan começou a gritar e chorar.

-Minha avó era a mais importante pra mim. - Disse ele. - Porque?

-Acharam ela morta no quintal da casa dela, com um furo na cabeça e o corpo todo estourado, provavelmente caiu de uma nave, os peritos disseram que foi um acidente de nave e provavelmente um tiro de arma laser perdido por ai...

-Meu pai nunca fez nada de errado. - Disse Alan. -Você acabou com a minha vida, eu tinha tudo para ser feliz, tinha dinheiro, amigos e hoje estou sem ninguém.

-Sem ninguém? Newton e Tiggo não são seus amigos?

Alan não respondeu.

-Pega o celular quântico e salve o mundo. - Disse a Alirys saindo do quarto. - Eu já salvei a sua vida uma vez, agora me retribui em impedir que estes assassinos peguem o celular.

Alan ficou sozinho no quarto, afundando em um imenso lago de dor e lágrimas.

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