O primeiro dia de aula
Tiggo foi o primeiro a acordar desesperado, levantou da cama aos berros dizendo:
-Estamos atrasados! É quatro e cinquenta e cinco gente! Vamos acabar fazendo reflexões o dia todo!
Newton deu um salto da cama e correu para chacoalhar o Alan, que estava em sono pesado, o suficiente para não acordar.
Tiggo encheu a mão de água no banheiro e jogou na cara da Alan, obrigando ele a levantar.
-Que merda! -Disse Alan acordando. -Será que não posso dormir em paz?
-É quatro e cinquenta e cinco da manhã... Não, já é cinquenta e sete Tiggo!? - Newton escorregou quando pisou em uma camisa e caiu no chão. - Cacete Alan! Não vê que cinco horas da manhã teremos que estar na sala de aula?
-Puxa... - Alan passou a mão no cabelo. -Fudeu!
-Maldiçãoooooo! - Gritou Tiggo dentro do banheiro. -A escova de dente caiu dentro vaso.
Alan começou a rir, Newton estava com raiva e sentou na cama, desesperado.
-É tão ruim perder a aula assim? Acho que não deve ser ruim a aula de educação física.
-A última aula de educação física, nos obrigou entrar na lama e atravessar com outro cara nas costas, sem cair, porque se cair, repete de novo.
-Mas isso é sacanage - Disse Alan.
-É cruel! - Disse Tiggo saindo do banheiro. -Lá se foi minha escova de dente elétrica.
-Cinco horas da manhã! - Disse Newton olhando o relógio. - Que azar.
-É bom saber, eu acabei de pregar uma peça em você. - Alan deitou na cama. - Os dois dormiram com o celular ligado nas suas mãos, eu peguei, adiantei a hora, para duas horas a mais, só para vocês deixarem de ser viciados em celular e redes social.
Newton e Tiggo começaram a rugir de raiva.
-Enfim, o que eu quero dizer, é que vocês foram enganados...
-Tiggo, você faz ou eu faço? - Perguntou Newton.
-Nós dois faremos! -Respondeu Tiggo.
-Fazer o quê? - Perguntou Alan com medo.
Newton e Tiggo pegaram um travesseiro, colocaram na cara de Alan e foi segurando com força; enquanto Alan se debatia gritando.
-Somos colegas de quarto, não permitimos este tipo de coisa. - Disse Newton. - Podemos ser amigos ou inimigos.
-A próxima vez que mudar nosso relógio do celular, vamos pegar seu cartão de crédito e fazer um arraso.
Tiraram o travesseiro, Alan estava com medo e arrependido pelo que tinha feito.
Sentou na cama e se acolheu em um canto da parede da cama. Olhando com o olhar de piedade para os outros.
Tiggo e Newton também sentaram na suas camas, desanimados e aborrecidos com Alan.
Assim ficaram, um olhando para o outro até dar cinco manhã.
Charles entrou no seu escritório ás quatro da manhã. Sentou na confortável cadeira vermelha e com uma mesa feito de prata polida, com algumas pedras preciosas grudadas na mesa.
Ligou seu notebook, inclinou um pouco a cadeira e sorriu.
Era um escritório luxuoso.
Com plantas exóticas e bioluminiscentes, que usava a fotossíntese para ser uma verdadeira lâmpada de no escuro.
Uma mulher, loira, com um corpo escultural e com curvas acentuada, com um vestido vermelho colado no corpo, bateu na porta, abrindo-a um pouco.
Era a secretária dele, escolhido por ele para manter a aparência para os negociantes.
Uma estratégia usado pelo Charles Perrou; coloca uma mulher linda e sexy, que homens perderão o raciocínio e fecharão qualquer negócio favorável à ele.
Tinha funcionado muito bem, cada tipo de homem, seja velho ou novo, quando entrava na sala para fazer uma proposta, já estavam sem foco, por causa da secretária que aparecia até para servir um vinho para eles.
A secretária sabia disso, pois Charles havia instruído para ela proceder desse modo.
-Senhor Perrou?! Tem uma visita para o senhor, sem hora marcada...
Charles fez uma cara feia, levantou da cadeira e perguntou:
-Qual é o nome da pessoa?
-Ned, disse que se chama Ned.
-Obrigado!
Charles saiu da sala, indo na direção da recepção.
Havia um homem sentado na cadrira de espera, com jaqueta preta, óculos preto e uma mala preta.
-Ned... Corredor principal, venham comigo!
O homem levantou-se calado e acompanhou Charles até um corredor cheio de estátuas e plantas bioluminiscentes.
Ele abriu uma porta com senha e entraram na sala mal iluminada.
-Trouxe o que eu te pedi?
O homem abriu a maleta, tinha dentro uma capa de celular, feito de ouro, no formato de um pingo de água.
Charles pegou a capa, e girou a parte de cima para o lado, abrindo a capa.
Havia o lugar reservado para colocar o celular quântico.
-Bom trabalho! - Disse Charles. - Vou transferir o dinheiro para sua conta no meu escritório...
Charles colocou a capa em cima de uma mesa.
-Não vai pegar o celular para conferir se as medidas são exatas? - Perguntou o homem.
-Não será preciso, ele muda de tamanho.
-Pensei que o senhor andava com o celular.
-Não, aquele celular não foi criado para ficar usando no dia a dia, ele é o rei de todos os quânticus, este manda e desmanda, e ainda por cima, é um artefato místico.
O celular do homem tocou, ele pediu licença e atendeu.
Do outro lado da linha, era a mulher de cabelos rosa.
-Entregou o pacote?
O homem respondeu:
-Sim.
-Viu o celular?
-Não.
-Estou na porta, você sabe o que deve fazer.
-Entendido!
O homem desligou.
-Eu estava reparando, porque você não usa um celular quânticus, em vez de uma marca concorrente, que é os celulares da marca excallibu?
-Nem todo mundo tem dinheiro para comprar celular caros, para apenas realizar um desejo no mundo virtual.
-Certo... Mas então eu posso te dar um de pagamento...
-Dinheiro na conta, passo o cartão e você libera o valor.
-Tudo bem!
Charles abriu a porta, os dois saíram.
Charles fechou a porta com a senha, despertando a curiosidade do homem.
-Porque trancar essa porta com senha, não há nada aí.
-Tem a capa de ouro do celular quântico, ali também tem paredes secretas que leva a uma passagem até o celular. Já usei ele para fazer os meus três pedidos, então minha missão é protegê-lo, já que todos os meus pedidos foram realizados.
-Doutor, qual foi seu último pedido?
-Foi que todos comprasse meu celular quânticus e eu ficasse conhecido como inventor deste celular.
-Em algum momento não pensou em pedir para viver eternamente?
Os dois entraram no escritório. Charles riu da pergunta do homem.
A secretária apareceu com dois copos de vinho, o decote do vestido vermelho foi o suficiente para fazer os olhos do homem ficar arregalados.
-Imagina! Viver eternamente! Como foi que nunca pensei nisso? Deixa eu ver, se todos meus parentes, amigos e meus entes queridos morrerem, eu vou estar vivo e assistir eles morrendo, no final fico na solidão. É melhor morrer mesmo.
Charles colocou um celular em cima da mesa. A secretária saiu, fazendo o homem torcer o pescoço pra enxergar o traseiro dela.
-Coloca o seu cartão em cima do celular, já que você não tem um quânticus para ser transferido direto para sua conta...
O homem tirou o cartão, colocou em cima da tela do celular quântico.
O valor foi transferido automaticamente.
-Deixa fazer uma pergunta, não tem medo que alguém roube o celular quântico?
-Ninguém poderá roubar, se me matar aqui dentro, este local irá explodir dentro de cinco segundos, deixando o celular debaixo de entulhos, debaixo da terra, em um salão protegido, que só um que tem meu DNA poderá abrir a porta deste imenso salão, protegido por titânio, com grafeno, com uma camada de chumbo, protegendo da radiação. Também, um campo elétrico magnético, que fará qualquer equipamento eletrônico que tentar usar para abrir, vai estragar; então não, por enquanto, eu me sinto seguro.
-Otário! Você é a minha maldição!
Charles assustou com a forma rude do homem.
O homem pegou o celular e jogou na cara dele, quebrando um dos dentes do senhor Perrou.
Levantou-se rápido, pegou uma arma elétrica que estava escondida dentro da sua calça.
Atirou no senhor Perrou, fazendo-o desmaiar.
A secretária entrou para ver o que era, ele atirou na secretária, deixando ela inconsciente.
Ligou para a mulher do cabelo rosa.
-Mudança de planos, eu não posso matar o cara, se ele morrer, o prédio vai explodir dentro de cinco segundos!
-Que porcaria Ned, você não presta para nada!
-Não teve outra alternativa, a não ser levar ele e torturar-lo para dizer a senha para desativar o salão que fica o celular, até a secretária está desmaiada.
-Ótimo!
A mulher desligou, deu ordem a quatro homem armados com arma laser descer e ir ajudar o Ned.
Os homem saíram do carro, que parecia com uma caminhonete de seis lugares.
Os seguranças perceberam o perigo, prepararam para atirar, mas os homens foram mais rápido.
Todos os seguranças levaram um tiro a laser, caindo com um enorme furo queimado na região que fica o coração.
Os quatro homem entraram matando alguns funcionários, que resolveram dar uma de herói.
Eles entraram na sala de espera, assim que viram o Ned, acompanhou ele até o escritório.
Quando entraram no escritório, Charles tinha acabado de acordar.
Ned ficou em pânico, disse, como se tivesse presumido o que iria acontecer logo em seguida:
-Agora vamos todos morrer...
Charles levantou-se, um dos homens atirou nele, na região do coração, abrindo um enorme buraco no peito, atravessando seu corpo.
Para se ter a noção, uma arma laser pode queimar osso, carne, sangue, cortar pedra, derreter ferro dentro de um segundo. Um tiro leva segundos para ser desparado um feixe de laser, capaz de queimar tudo que tiver na frente deste raio.
Charles ficou tonto, caiu sem vida.
-Corre idiotas! Corre! - Gritou Ned.
Os homens sem entender, começou a correr junto com Ned, as portas do prédio começou a se fechar automaticamente, trancando eles dentro do prédio.
A mulher do cabelo rosa, ficou desesperada, por ter visto que todos estavam trancados dentro do prédio.
Ned tentava quebrar a porta, enquanto isso, deu cinco segundos.
O prédio inteiro explodiu, as cinco horas da manhã, na vila Westy, da cidade Anápolis.
A mulher deu um murro na tela de controle do carro, fazendo a tela quebrar.
Ligou para um número desconhecido, e quando este número atendeu, ela disse:
-A missão falhou! Me perdoe.
-Alan Diny é o nome do filho dele, vou jogar dívidas do governo para o rapaz, bloquear os bens, acusando o senhor Perrou de corrupção e desvio de dinheiro público de pesquisa, para montar seu império.
-Entendido.
-A escola dele foi paga até o final do ano, você vai entrar lá como professora e usa ele para abrir o salão e pegar o celular.
-Copiado.
-Não falhe, se falhar, dessa vez eu te mato pessoalmente.
A ligação foi desligada.
A mulher acelerou, indo para mais longe possível daquele lugar.
Enquanto o prédio do celular quânticus tinha ido para os ares, Alan teve a sua primeira aula.
Sentou numa cadeira, o quadro de aula era uma enorme tela touch screen, os alunos tinha a obrigação em usar os óculos de realidade virtual.
A aula era de física teórica, para que os alunos aprendessem, era necessário ter animações das partículas, demonstração que fazia os alunos se interessarem pela matéria.
Tiggo e Newton estavam na mesma sala.
Alan retirou o óculos e saiu, ninguém percebeu, pois eles pareciam uns zumbis, estando em outra realidade, outro mundo.
Alan fechou a porta da sala de aula sem fazer barulho, saiu pelo corredor, entrou no banheiro e tirou a tornozeleira eletrônica.
Quando estava saindo de dentro da escola, viu um vigilantes vendo uma notícia no celular.
"O prédio de tecnologia digital Quânticus acaba de explodir, já foa confirmados trinta mortos, incluindo o gênio da tecnologia, o doutor Charles Perrou Diny. Agora a herança fica para esposa e o filho do homem, com dívidas com o governo; que alega que Charles gastou o dinheiro das pesquisas para montar o seu império."
Alan ficou paralisado, sentou no canto do corredor, sem acreditar no que tinha acabado de ouvir.
Seu pai estava morto.
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