O lenço vermelho
Alan passou a focar nos estudos, pois a única coisa que restava do seu pai, ele deveria valorizar.
Como muitos terranos dizem: "Depois que perde que aprende a dar valor."
Esse foi o caso de Alan, que agora neste momento, pegou o seu lanche e na hora de pagar com o cartão do papai, ele estava bloqueado.
-Bloqueado? Mas porquê?
Alan já havia comido o lanche, pagou pra ele e para seus dois amigos: Newton e Tiggo.
-O cartão está sem crédito! - Disse a funcionária do colégio pegando os pratos magnéticos. - Vai ficar devendo...
-Eu pago pra ele. - Disse Tiggo.
-Eu ajudarei também. -Disse Newton.
Tiggo e Newton passou o celular perto do celular da escola, fazendo a transferência de dinheiro para a conta do colégio.
Alan nunca havia passado por isso, se sentiu humilhado, com vergonha... Um dia gasta o dinheiro do pai com vinho de quase quinhentos mil réis, no outro não tem dinheiro pra pagar um lanche.
-Relaxa amigão... - Newton deu tapinha nas costas de Alan. -... Bem vindo ao universo dos pobres!
Eles foram na direção da sala de aula de histórias do universo.
O professor estava alegre neste dia, bem animado em explicar a história da colonização dos avalonianos e o medo deles entrar em contato com os terráqueos.
Tiggo, Newton e Alan sentaram nas suas cadeiras e colocaram os óculos de realidade virtual.
Antes deles colocarem o óculos, uma aluna acenou para Tiggo e sorriu.
Tiggo virou pra Newton e disse:
-Eu estou arrasando cara! As minas está me dando moral! Graças ao Alan!
Alan olhou para a garota que acenou pra Tiggo, a cara da garota ficou vermelha de vergonha.
Alan piscou para ela, teve como resposta um sorriso, depois ela piscou de volta pra Alan.
Tiggo começou a ficar chateado.
-Não rouba minha gata Alan... - Disse Tiggo murmurando.
Mas a garota no final olhou pra Tiggo e beijou na mão e soprou na direção dele.
Tiggo ficou tão feliz, que não sabia nem como reagir.
-Muito bem, vamos iniciar a aula de hoje! - Disse o professor esfregando as mãos. - Óculos de realidade virtual na cara agora!
Quando todos colocaram os óculos, viram o universo dentro da sala de aula, planetas e naves espacial voando lentamente.
-Hoje vamos aprender a situação que ficou quando o príncipe Redblox, o primeiro herdeiro do trono de Avalon, deixa tudo nas mãos do seu irmão Galahad e vai atrás da pedra da imortalidade, que foi encontrada no planeta natal, que agora não passa de milhares de meteoritos vagando pelo universo.
Alan já estava sentindo sono, era sete da manhã e estava bem cansado.
-Seu irmão Galahad decidiu pousar em um planeta habitável, não havia nativos e os animais daquele planeta não tinha se desenvolvido muito. Então surgiu a Nova Avalon, que hoje chamamos de planeta Avalon II. A família real cresceu, Galahad se tornou o rei do seu próprio planeta e seu filho Blade colonizou o planeta que vivemos hoje, o Terra II.
O professor chegou perto de um planeta e tocou com o dedo nele.
-Porque Terra II? Já existia vida no planeta Terra, aonde os terráqueos estão na idade média, período da idade do ferro, e a presença da nave avaloniana expless interprise, pousou logo em um lugar chamado egito, na época de uma rainha chamada Cleópatra. Acompanhamos o desenvolvimento da ciência da Terra até o nascimento de Nikolas Tesla, na qual, infelizmente, Blade ordenou que roubasse todos os projetos do inventor. Hoje é aplicado a teoria de Nikolas nos nossos discos voadores, também no nosso dia a dia, na geração de energia da nosso escola.
O professor olhou na direção do Alan e disse:
-Blade criou uma lenda deixada na Terra, sobre um tal Aladin e a lâmpada mágica, esta lâmpada é um formato de um bule de café exótico, em que vemos vendendo nas lojas de chá no mercado, bastava esfregar este bule e de dentro saia um gênio que poderia realizar os desejos do seu dono. Blade criou esta lenda das mil e umas noites, baseadas nas lendas dos nativos Navarros do nosso planeta, na qual o pai de Alan criou o celular quântico.
Os alunos da sala olharam para Alan.
-Blade retornou ao nosso planeta, já havia passado duzentos anos de colonização. Ele se apaixonou, trouxe uma linda mulher do planeta Terra, tiveram uma filha linda, na qual ninguém sabe seu nome e nem sua idade. Dizem que esta filha de Blade se casou com um nobre, teve outra filha que agora deverá casar aos dezoito anos. A família real esconde o nome delas por tanto tempo, que chego pensar que é apenas mito. Há boatos que se você pega um lenço vermelho jogado de uma nave com o cheiro de Aloe Verus, significa que você tem que manter a distância, pois ali dentro tem alguém da realeza e você poderá ser morto.
Alan chegou a tremer, suar frio. Tiggo tirou o óculos e olhou pra Alan.
-Você está bem?
Alan puxou do bolsa da calça um lenço vermelho e chegou no nariz de Tiggo.
-Não acredito que você fez isso! - Disse Newton retirando o óculos. - Você só arruma problema cara.
O professor continuou a aula.
-Blade ainda está no trono, em breve, ele deve passar o trono para o pai da menina, um nobre burguês, pois ele é casado com sua filha, já que ela é terráquea, a lei não permite terráqueos tenha a posse do trono. Nós evitamos contatos com os terráqueos pois eles são muito ambiciosos, não só colonizam planetas, como também destrói, mata as árvores e não planta elas novamente, fazem desmatamentos, poluem o ambiente deles por causa do dinheiro, a forma de tecnologia deles é voltado para o dinheiro, não para a preservação ambiental. Outra coisa, se eles pegam um de nós, vai nos trancar em uma sala e vai nos matar pra estudar nosso corpo; tudo que temos hoje pela ciência, se cair nas mãos dos terráqueos, vai ser a destruição do universo. Imagina um louco psicopata tendo a posse do colar da regeneração que é usado pelos soldados da Terra II e pela nobreza? Assim seria o povo do planeta Terra. Também, no final do ano, eles soltam fogos de artifício para fazer contagem regressiva de virada do ano; alterando a atmosfera com a queima de carne e aglomeração de pessoas, que podem pegar qualquer tipo de doenças em um show. Pelo conselho da força espacial de Avalon II, é proibido qualquer contato com os terráqueos, mas vamos fazer visita ao planeta Terra para pesquisas, os melhores lugares é a Amazônia, África, américa do norte, por conta da tecnologia e sistema de governo, depois disso, sempre fazemos uma visita ao oriente médio, em busca de novas ideias de arquitetura. Eles servem de inspiração para os nossos engenheiros, o erro deles é um aviso para o nosso governo, evitando que nós erramos nos mesmos pontos. Assim temos uma sociedade justa e unida, evitando pobreza e conflito. Essa é a aula de hoje, alguma pergunta?
Alan levantou a mão e perguntou:
-Se alguém pegar o lenço vermelho jogado da nave, e encontrar um dia com alguém da nobreza, como vai saber que a pessoa pegou o lenço vermelho?
-O lenço vermelho tem um microchip de identificação, ele tem a função de detectar o DNA da pessoa que pega o lenço, é alimentado por minúsculas células fotovoltaicas, em vez uma bateria, é claro. Se o dono ou a dona do lenço quiser entrar em contato, vai te achar pelo chip do lenço.
-E seu eu lavar?
-O chip é a prova d'água.
-E se queimar?
-Você vira criminoso, o certo é guardar o lenço e ficar longe de qualquer um da nobreza.
-Mas não tem como anular isso?
O professor tirou o óculos de realidade virtual, desligando o universo virtual da sala de aula. Todos os alunos tiraram o óculos e o professor olhou serio para o Alan.
-Você pegou o lenço vermelho Alan?
Alan não conseguiu responder.
O professor e a sala inteira ficou em um silêncio absoluto, por fim, o professor resolveu quebrar o silêncio.
-Existe uma solução, esperar que alguém da nobreza chegue até você, pedir o lenço e ele mesmo desliga o chip. Para isso acontecer, você tem que salvar a vida do nobre, então você ganha um título de cidadão honorário e a ameaça de morte é anulada.
-Mas porque criaram isso? É uma barbaridade!
-Alan, isso é uma proteção, quando eles desconfiam de alguém, o lenço vermelho serve pra marcar a pessoa, da mesma forma que uma anel de casamento pode ter um chip que deixa o homem e a mulher estéril com uma marca que chamam de marca de casamento, o lenço serve para sua identificação, qualquer aproximação de alguém da nobreza, eles saberão.
-Mas...
-Acabou a aula! Deixa pra depois.
-Professor...
-Acabou a aula... Isso é um assunto que devia ser evitado, daqui uns dias eu serei marcado e a culpa é de Alan Diny.
O professor pegou sua bolsa e saiu da sala.
-Tiggo, me diz, não mente pra mim, porque você tem contato com a garota misteriosa, sendo que ela é da nobreza? Cadê seu lenço vermelho?
Tiggo olhou pra Newton assustado.
-Quem te disse isso? -Perguntou Newton.
-Eu mexi no celular do Tiggo uma vez, no primeiro dia que cheguei neste inferno.
-A garota misteriosa não é da nobreza. - Disse Tiggo. - Ela é uma heroína que salva uma pessoa uma vez por mês.
-Não será por isso que ela é misteriosa? Uma heroína da nobreza?
Tiggo olhou nos olhos de Alan e disse:
-Você confundiu, sim, tem uma semelhança entre as duas, mas a pele da garota misteriosa brilha sobre a luz da lua,a princesa não.
-Nossa pele brilha?
-Não Alan. - Respondeu Newton.
Alan levantou da cadeira e perguntou:
-Ouvi dizer que a pele de terráqueo absorve vitaminas que vem dos raios solares mais do que nós descendentes de avalonianos, o que acontece se existir um híbrido de avaloniano com terráqueo e ficar sobre a luz do dia?
Newton e Tiggo não respondeu.
-Vocês não vão dizer nada?
Newton disse ora Tiggo:
-Ele tem razão. A heroína também regenera, então com certeza ela tem um colar da regeneração.
Tiggo passou a mão no cabelo, suspirou de cansaço, levantou da cadeira e disse pra Alan.
-Não me meta nos seus problemas!
Tiggo saiu da sala, deixando Alan e Newton sem entender o comportamento dele.
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