O dia da loucura.
Dois dias depois do luto de Alan, ele resolveu sair da toca acompanhado por Newton.
Tiggo tinha sido levado pela princesa para a casa do pai dele e mesmo assim, ele tinha contato com seus amigos em tempo real no porão da casa do seu pai.
Alirys deixou Alan e Newton na estrada principal, para servir de isca e ser fácil de ser encontrados.
Então os dois estavam andando como se nada tivesse acontecido, Newton estava com uma blusa de frio com uma toca na cabeça, de óculos escuro no tempo de frio; fone de ouvido sem fio nas orelhas, ouvindo uma música.
Alan estava com sua jaqueta preta e uma mochila preta nas suas costas, com óculos de sol, mesmo que estava fazendo frio, a loucura e a falta de juízo já estava incorporado neles.
Alan também ouvia uma música, e foram andando até o momento que uma nave passou voando, deu meia volta e pousou na estrada deserta, bem na frente deles.
Eles continuaram andando. A porta da nave foi aberta e lá estava a mulher de cabelos rosa com uma arma laser apontando para a cabeça da sua mãe.
-Alan Diny! Resolveu querer negociar?
Alan e Newton ignorou, sua mãe já estava se derramando em lágrimas, mas mesmo assim ele foi forte.
-Veio para morrer garoto? Eu posso te matar e usar o seu DNA para abrir aquela porra de cofre do seu pai.
Alan tirou o fone dos ouvidos e disse:
-Bom dia, está bom pra dormir hoje... Já tomaram café da manhã?
-Seu imbecil! - Gritou a mulher cheio de raiva e destravou a arma laser. - Acha que estou aqui para brincar? Vou matar primeiro sua mãe e depois sua tia.
-Você já matou a avó dele. - Disse Newton tirando os fones. - Alan tem uma proposta melhor.
-Sim, eu tenho.
Eles pararam de andar e ficaram ao pé da escada da nave.
-Solta minha mãe e eu vou no lugar dela junto com Newton. Uma troca justa, solta minha tia e minha mãe e eu vou lá e te entrego esta porcaria de celular.
-Fácil assim? - Perguntou a mulher desconfiada.
-Fácil assim, veja pelo lado bom, você está com vantagem, tem três ou quatro guarda costa; vai eu e o Newton no lugar das duas, caso contrário, você mata minha tia e minha mãe e o Newton e eu estamos com chips de rastreamento e a polícia vai nos procurar muito fácil e pegará vocês.
-Idiotas, eu trabalho para o governo.
-Governo injusto hein? - Disse Newton.
-Todo planeta vai ter um governo desta forma moleque, se você se tornar uma ameaça para o governo, então ele fará de tudo para te matar.
-Igual ao planeta Terra! - Disse Alan. - Parece ser uma doença.
-Se matar Alan, tem uma bomba dentro do cofre que vai explodir e o celular quântico vai para os ares. - Disse Newton.
-É verdade! - Disse Alan. - Meu pai pensou em tudo, acha mesmo que ele só colocou temporizador nele para detonar uma bomba se caso fosse morto?
-Está blefando. - Disse a mulher.
Alan abriu os braços e disse:
-Vai, tenta a sorte, dispara o laser.
Na verdade, Alan fez isso por causa que não tinha mais alegria para viver, estava em uma depressão profunda e ser morto seria um grande favor para ele.
Já Newton estava com medo que a mulher disparasse o laser.
Mas a ousadia de Alan convenceu a mulher.
-Aceito a proposta, mas se tentar alguma coisa, será o fim de vocês. Também na minha nave tem bloqueador de rastreamento, vocês estão com total desvantagem.
-Mesmo assim nossa proposta fica de pé. - Disse Alan.
A mulher de cabelos rosa disse para o segurança:
-Solta as duas peso morto!
A mãe e a tia de Alan começaram a descer as escadas chorando, com sinal de maltrato e desespero.
Nilce continuava com a arma apontada para elas, caso Alan tentasse passar a perna nela.
A mãe de Alan deu um abraço nele, com muito custo, ele se livrou da sua mãe e os dois subiram as escadas da nave.
Sua mãe e sua tia chegaram a ajoelhar na estrada, implorando para que Alan não fosse.
A mulher, vendo que a drama continuaria enquanto Ala e Newton subia as escadas, apontou a arma para a tia de Alan e atirou.
O tiro de laser queimou a cabeça da tia dele.
Alan Diny ficou paralisado, sem reação.
A mãe de Alan ficou muda e caiu desmaiada.
Não bastou dar um minuto para Alan tentar pular na Nilce, mas bem a tempo Newton agarrou ele e disse:
-Calma Alan, calma! Vamos entregar essa porra de celular.
Alan só sabia chorar. Levantou firme diante dos olhos de Nilce e entrou dentro da nave olhando com ódio para ela.
Nilce entrou sorrindo, satisfeita com a reação do garoto.
Assim que saíram, Alirys pousou com a nave na estrada e pegou a mãe de Alan.
A tia dele estava morta e a única coisa que poderia fazer era transformar a tia de Alan em um diamante.
Depois do trabalho todo, a mãe de Alan estava em choque, não falava e nem nada, seu rosto estava com uma fisionomia de medo e pânico.
Alirys ficava encarando a mãe de Alan, até o momento que ela não aguentou e começou a chorar, até chorar todas as duas juntas e se abraçarem dentro da nave.
No meio do soluços de choro da mãe de Alan, ela perguntou para a Alirys.
-Quem é você?
Ela respondeu:
-Sou a amiga do seu filho.
-Obrigada. - Disse a mãe de Alan.
A nave de Nilce pousou no local da fábrica do celular quânticus, aonde havia destroços e entulhos, agora estava limpo e havia sido cavado um enorme buraco no chão, revelando uma enorme redoma.
Desceram da nave, Alan e Newton estava acompanhado com três seguranças, que facilitaram a passagem deles no meio dos guardas daquele local.
Entraram dentro do buraco, chegando bem perto da cápsula.
Alan deu um passo a frente e chegou perto da cápsula.
Em questão de segundos, uma porta se abriu automaticamente, deixando os guardas, segurança, Newton e Nilce de boca aberta.
Uma voz eletrônica feminina disse:
-Seja bem vindo Alan Diny. Apenas um pode entrar nesta cápsula de tesouro da quânticus.
Nilce tentou entrar na frente de Alan, mas levou uma descarga elétrica que jogou ela uns três metros de distância.
Alan olhou meio de lado pra ela, adorando ver aquela mulher na terra, toda suja e se contorcendo de dor.
Alan entrou enquanto os seguranças ajudava Nilce a levantar do chão. Um dos seguranças prendeu Newton com algemas, para usar de chantagem caso Alan não entregasse o celular.
Alan ficou de frente ao um elevador, a porta por fora foi trancada e o elevador abriu automaticamente.
Alan entrou no elevador e começou a descer.
Desceu uns cinquenta metros, quando a porta abriu, tinha apenas um corredor inteiro folheado a ouro.
-Alan Diny, tira o seus tênis para ter contato com a energia eletrostática do local para a câmera ser aberta. - Disse a voz eletrônica.
Alan tirou o tênis e ficou de meia.
- A meia também. - Disse a voz eletrônica.
-Quer que eu tiro a roupa também? - Perguntou ele fazendo gracinha.
-Eu não me importaria. Caso faça isso, eu vou filmar para ficar rindo da sua cara.
-Por acaso você é uma inteligência artificial?
-Advinha quem eu sou?
-Não faço ideia.
-Então tira a meia.
Alan tirou a meia.
-Obrigado. - Disse a voz.
-Não, eu que agradeço.
Alan começou a andar no corredor, seus cabelos ficaram levantados pra cima.
Chegou perto da porta no final do corredor.
-Encoste a mão na porta e ele vai abrir. - Disse a voz eletrônica.
Quando Alan foi encostar a mão na porta, saiu uma faísca de raio da sua mão e a porta foi aberta.
Alan ficou espantado.
-Viu isso? Eu ganhei poderes!
-Idiota, isso é energia eletrostática. - Disse a voz eletrônica.
-Mas o que é isso?
-Se tivesse se esforçado nas matérias de física da escola você não seria tão burro.
-Obrigado por me ofender.
-Não há de quê!
Alan entrou na câmara.
Quando viu um celular totalmente transparente flutuando no ar, ele ficou paralisado, sem acreditar no que estava vindo.
-Oi Alan. - Diz o celular. - Eu sou a voz eletrônica e o primeiro celular quântico criado pelo cientista Charles Perrou.
Alan deu um tapa na sua testa e disse:
-Eu sabia, estou totalmente ferrado.
Um imagem holográfica foi formado na frente dele, uma mulher igual a princesa Alirys e parecia ser real.
-Mas você é igual a Alirys?
-Eu sou aquilo que está na sua mente.
-E quem disse que Alirys está na minha mente?
O holograma virou a tia dele.
-Então seria sua tia?
-Não, droga! Logo minha tia que eu vi morrendo? Eu prefiro que seja homem.
O holograma virou o Tiggo.
-Saudade dele?
-Credo! O Tiggo não.
-Quer que eu seja o Newton?
-Seja você mesmo.
O holograma sumiu, um minuto depois surgiu um homem de terno preto e moreno com cabelos brancos e olhos verdes.
-Quem é você?
-Sou o realizador dos desejos, fui criado pelo seu pai, mas minha existência é desde a época dos nativos navarros, me chame de Tex.
-Mas até agora eu estava conversando com um celular...
-E você disse para eu ser eu mesmo.
O celular flutuou e ficou na frente dele.
-Mas como meu pai fez você?
-É uma longa história, gostaria de sentar?
-Não tem cadeira aqui!
Surgiu do nada uma cadeira.
-Uau! Mas como é...
-É possível graças a leis da física e matérias dos elementos formados por partículas...
-Bla blá, bla bla blá, bla blá!
-Se você tivesse estudado não seria tão burro.
Alan colocou a mão na cadeira, viu que era de verdade.
Sem acreditar, ele sentou na cadeira.
-Será mesmo possível? - Perguntou Alan.
-Deus formou um mundo em sete dias sem colocar sua mão, como acha que ele fez isso?
-Não faço ideia.
-É claro que não, se você consegue controlar as partículas que nem seus olhos podem ver, pense em um acelerador de partículas!
-Sim, estou pensando...
-Cria uma inteligência artificial e pega o acelerador de partículas e reduz o tamanho dele cem vezes mais até ficar do tamanho de uma bateria de celular comum.
-Meu pai fez isso?
-Sim, ele fez. Pega a inteligência artificial, coloca no acelerador de partículas e usa uma séria de caixinhas microscópica com todos os elementos da tabela periódica e assim nasce o celular quântico!
Alan estava parecendo um rapaz fora de si, sem saber se tudo aquilo era um sonho ou real.
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